quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
NPC parte 3
No Tribunal Popular, realizado em São Paulo, de 4 a 6 de dezembro de 2008, o Estado brasileiro esteve no banco dos réus e foi condenado, por unanimidade, à “pena máxima”. O principal crime cometido, apontado pelo professor Plínio de Arruda Sampaio, representante da acusação, foi o de criminalização da pobreza. No tribunal, foi definido que o Estado se aproveita do desejo de “segurança” da população para legitimar sua atuação violenta, principalmente contra a população pobre.
O Tribunal foi dividido em sessões, onde foram apresentados documentos e relatos de familiares e de amigos de vítimas. Quatro casos emblemáticos de violações de direitos humanos foram julgados: as operações militares no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, em 2007; o sistema carcerário e execuções de jovens negros na Bahia; execuções na periferia de São Paulo, em maio de 2006; e a criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul.
De Olho No Mundo Doze regras de redação da Grande Mídia Internacional quando a noticia é do Oriente
1) No Oriente Médio são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.
2) Os árabes, palestinos ou libaneses não tem o direito de matar civis. Isso se chama “terrorismo”.
3) Israel tem o direito de matar civis. Isso se chama “legitima defesa”.
4) Quando Israel mata civis em massa, as potencias ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama “Reação da Comunidade Internacional”.
5) Os palestinos e os libaneses não tem o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isto se chama “Sequestro de pessoas indefesas.”
6) Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinos. Isto se chama “Prisão de terroristas”.
7) Quando se menciona a palavra “Hezbollah”, é obrigatória a mesma frase conter a expressão “apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã”.
8) Quando se menciona “Israel”, é proibida qualquer menção à expressão “apoiada e financiada pelos EUA”. Isto pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.
9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões “Territórios ocupados”, “Resoluções da ONU”, “Violações dos Direitos Humanos” ou “Convenção de Genebra”.
10) Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre “covardes”, que se escondem entre a população civil, que “não os quer”. Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isso se dá o nome de “Covardia”. Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso se chama Ação Cirúrgica de Alta Precisão”.
11) Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama “Neutralidade jornalística”.
12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são “Terroristas anti-semitas de Alta Periculosidade”.
(Texto francês anônimo, enviado por leitor ao Blog da Carta Maior)
Na Bolívia, 99.5% da população é alfabetizada
Por meio do método cubano “Yo si puedo” adaptado à realidade boliviana, a Bolívia se declara território livre de analfabetismo. O programa foi colocado em prática há três anos.
“Agora ficam duas grandes tarefas, uma é evitar que novamente haja o analfabetismo e outra é levar em frente à continuação da educação dos novos alfabetizados”, disse o embaixador de Cuba na Bolívia Rafael Dausá a Agencia Boliviana de Informações (ABI).
De acordo com informações oficiais, foram alfabetizadas 819.417 pessoas em um universo de 824.101 que se declaravam analfabetas. 60 mil bolivianos participaram do projeto como facilitadores e coordenadores. A alfabetização contou também com a presença de 128 colaboradores cubanos e 47 venezuelanos.
No dia 20 de dezembro haverá uma cerimônia na cidade de Cochabamba para comemorar o feito.
Mais informações em www.abi.bo
Para entender o que acontece na Grécia, não acompanhe a televisão
A revista Carta Capital, na edição de 17 de dezembro, informou sobre os protestos e manifestações recentes na Grécia, ignorados pela grande mídia brasileira. A matéria está disponível em http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=9&i=2950
Pérolas da edição Por Khalil al-Dulaimi, Moradores da Maré e The Guardian
"Ninguém se comove quando o corpo que está no chão é negro. Corpo negro no chão não gera comoção em ninguém".
Lio N´Zumbi, integrante da Associação de Familiares e Amigos de Presos e Presas da Bahia (Asfap-BA), em desabafo na segunda sessão do Tribunal Popular - o Estado brasileiro no banco dos réus.
“(...) a resistência é legítima por todos os meios, inclusive os sapatos”
Khalil al-Dulaimi, ex-advogado de Saddan Hussein, sobre jornalista que atirou sapatos em Bush
“A política de extermínio do favelado ceifa a vida de quem está pela frente ou, no caso, de costas. A política de segurança pública deveria por princípio resguardar a vida”
Moradores da Maré, no Rio, sobre a violência policial que fez mais uma vítima: Matheus, de oito anos.
“A TV Al Jazeera, sediada no Qatar, com quatro correspondentes no território palestino tem conseguido “exibir imagens que nunca achariam seu rumo nas telas das TVs ocidentais”
Jornal britânico The Guardian
Novas entrevistas em nossa página Jornalistas e alunos do curso de Comunicação Comunitária do NPC saúdam Beth Carvalho em sua passagem pelo 14º Curso Anual.
Beto Almeida defende a mídia pública, já que é impossível humanizar a mídia capitalista
[Por Arthur William, Cynthia Raquel, Douglas Mendonça, Geam Queiroz, Gláucia Marinho, Gizele Martins, Jéssica Santos, Katarine Flor, Raquel Junia e Sheila Jacob]
“É impossível humanizar a mídia capitalista. Quanto mais concentrada, mais selvagem ela será”. Essa é a opinião do jornalista Beto Almeida em relação à grande mídia do Brasil. Beto Almeida foi palestrante do 14o Curso Anual do NPC, trabalha na TV Paraná Educativa e é um dos diretores da Telesur, rede de TV latino-americana com sede na Venezuela. Em entrevista, falou sobre a necessidade de se oferecer pluralidade e de existirem canais para as TVs Comunitárias, comentou o fato de TVs privadas receberem verbas públicas, e defendeu a produção de entretenimento para conscientizar, e não com objetivos mercadológicos, como faz a grande mídia. O objetivo, para ele, deve ser a transformação social. Confira a entrevista. MC Leonardo e Adriana Facina - Existe muita gente do funk fazendo música com cunho social, como um grito de socorro.
[Por Geam Queiroz, Jéssica Santos, Katarine Flor e Sheila Jacob]No encerramento do 14° Curso Anual do NPC, MC Leonardo e a professora Adriana Facina falaram sobre o funk como movimento de cultura, e a fundação da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk – APAFUNK. Em entrevista ao NPC, os palestrantes ainda destacaram os preconceitos difundidos pela grande mídia e lembraram que existem muitas letras que escapam da “bundalização”. São funks de denúncia, que falam da realidade das favelas, mas que não interessam ao mercado. Confira a entrevista. O jornalista, depois de algum tempo, assimila a consciência do patrão - Entrevista com Mauricio Dias, da Carta Capital
[Raquel Junia] Mauricio Dias é diretor-adjunto da revista Carta Capital, uma publicação, como classifica o próprio jornalista que “pensa contra o establishment conservador”. Com experiência na grande mídia, Mauricio garante que não adianta o jornalista dessas empresas lutarem ideologicamente lá dentro, mas sim, zelar pela qualidade técnica da reportagem. “É muito complicado por si só uma pessoa de esquerda trabalhar na mídia conservadora”. O jornalista participou da mesa A resistência na grande mídia, junto com Maria Inês Nassif, jornalista do Valor Econômico, durante o 14º Curso Anual do NPC.
Coronel Luis Fernando Almeida - Como ser policial e amigo dos movimentos sociais [Por Cynthia Raquel, Geam Queiroz e Raquel Junia] Coronel da Polícia Militar de Sergipe, Luiz Fernando de Almeida, já foi chamado pela grande mídia local de Capitão Sem Terra. Também já foi punido com prisão. O motivo? Só pode ser a sua postura de “comunista”. Confira a entrevista realizada durante o 14º Curso Anual do NPC. A cota é nossa fragilidade, afirma Mario Maestri
[Por Cynthia Raquel, Gláucia Marinho, Katarine Flor, Raquel Junia e Sheila Jacob]Para iniciar a discussão, trechos do filme A Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo. Na cena, um ator branco que teve o rosto pintado de preto e o nariz enxertado com algodão para viver um protagonista negro. A mesa Os mitos fundadores do povo brasileiro: Gilberto Freire, Caio Prado, Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, durante o 14º Curso anual do NPC contou com os convidados Joel Zito Araújo, Virgínia Fontes e Mário Maestri. Após o debate, Mario Maestri, professor da Universidade Federal de Passo Fundo, conversou com os jornalistas do NPC. Hamilton de Souza: O jornalismo deve estar comprometido com a transformação da sociedade
[Por Cynthia Raquel, Geam Queiroz, Gizele Martins, Jéssica Santos e Sheila Jacob]
Confira a entrevista com Hamilton Octavio de Souza, professor da PUC-SP e jornalista do Brasil de Fato e da revista Caros Amigos. Ele falou sobre a necessidade de formação crítica do profissional, e criticou a reprodução do modelo neoliberal nas atuais universidades brasileiras, voltadas para o mercado de trabalho.
Entrevista José Arbex
[Por Gláucia Marinho, Katarine Flor, Raquel Junia e Sheila Jacob]
O jornalista José Arbex escreve para a revista Caros Amigos e o jornal Brasil de Fato. É professor da PUC-SP, e autor dos livros Showrnarlismo e O Jornalismo Canalha. Em entrevista, Arbex falou sobre a necessidade de organização dos trabalhadores, a relação entre mídia e sociedade, a crise do neoliberalismo e a democratização do Estado brasileiro como condição essencial para uma efetiva democratização da mídia.
Novos artigos em nossa página No Brasil, política de extermínio virou política de Estado
[Por Sheila Jacob] - No Tribunal Popular, realizado em São Paulo de 4 a 6 de dezembro de 2008, o Estado brasileiro esteve no banco dos réus e foi condenado por unanimidade. Na edição de 11 a 17 de dezembro de 2008, o jornal Brasil de Fato deu destaque ao julgamento. Com o título Estado brasileiro extermina juventude negra e pobre, a matéria de capa anuncia o veredicto culpado dado ao final do Tribunal. Foram julgados quatro casos emblemáticos de violação aos direitos humanos: as operações militares no Complexo do Alemão (Rio de Janeiro), em 2007; o sistema carcerário e execuções de jovens negros na Bahia; as execuções na periferia de São Paulo, em maio de 2006; e a criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas (Rio Grande do Sul). Confira alguns trechos da matéria divulgada pelo jornal Brasil de Fato. A mídia em Israel toca as trombetas da guerra
[Por Gideon Levy] - Historiador do futuro que algum dia examine os arquivos dos jornais de Israel verá com clareza absoluta: para Israel, 200, 300 e, depois, 400 palestinos assassinados não é manchete. A mídia em Israel é "poupada" de ter de exibir imagens "fortes". Israel abraça e sempre abraçará qualquer guerra, qualquer barbárie. Israel crê-se tão poderosa que se brutalizou, que já não sente. Em Israel a barbárie é regente. [GL é jornalista israelense – 03.01.2008]
Implantação da TV Digital completa um ano em ritmo lento[Por FENAJ] No dia 1º de dezembro completou-se um ano do início das transmissões em TV Digital no Brasil. Seus promotores fizeram balanços positivos dos resultados alcançados até o momento. Mas o processo de implantação é lento e alcança poucos municípios. No dia anterior ao primeiro aniversário da TV Digital, o governo anunciou um protocolo de implantação de uma rede digital para as TVs públicas. Resina: terrorismo imobiliário às claras
[Por José Cristian Góes] Quem chega a Aracaju pela primeira vez fica impressionado com a quantidade de condomínios imobiliários, muitos de alto luxo. São áreas e mais áreas tomadas por conjuntos de prédios. Os terrenos livres somem. (...) Quando se apura melhor, percebe-se que o grosso dessas grandes áreas pertence, em verdade, a duas ou três grandes construtoras, as "donas" do pedaço. Esse oligopólio das terras só estabeleceu graças a conivência criminosa do poder público.
Mídia escravista em Sergipe
[Por José Cristian Góes] Este comentário não trata da história da escravidão negra em Sergipe no século XIX. Este artigo não faz referência aos anúncios de jornais onde os senhores de engenho caçavam negros fugitivos. Nada disso. A mídia e a escravidão em questão, por incrível que pareça, são do agora, deste ano e deste mês.
Expediente Núcleo Piratininga de Comunicação
Jornalista responsável: Claudia Santiago
Estagiárias: Luisa Santiago, Raquel Junia e Sheila Jacob
Colaboraram nesta edição: Beto Almeida, Arthur William, Beto Almeida, Cynthia Raquel, Douglas Mendonça, Geam Queiroz, Gláucia Marinho, Gizele Martins, Jéssica Santos, Katarine Flor.
NPC parte 2
No dia 16 de dezembro foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei 111/08, de autoria do vereador José Américo (PT) que cria o Conselho de Radiodifusão Comunitária de São Paulo (ConRadCom). O ConRadCom terá a função de orientar e colaborar com os processos de legalização de rádios comunitárias, além de fiscalizar as políticas municipais para o setor.
Na esfera federal, está em debate a anistia para rádios sem outorga. O relatório, de autoria do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), foi aprovado no dia 10 de dezembro pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara. Falta ser enviado para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e ser enfim submetido ao Plenário da Câmara. O projeto livra os operadores de rádios sem licença de processos e inquéritos que sofrem por operarem na ilegalidade, desde que tenham fins “exclusivamente comunitários”.NPC Informa Livro Rio Maria: Canto da Terra é relançado no Rio
Rio Maria: Canto da Terra é um livro de Ricardo Rezende Figueira sobre os conflitos pelo uso e posse da terra no sul do Pará. O autor escreveu o livro em 1988, quando era pároco da cidade de Rio Maria e presenciou um ciclo de mortes e ameaças. Foi em forma de diário que ele retratou essa realidade. "Esta é uma leitura obrigatória a quem se interessa pelo Brasil real, pelo cotidiano da Amazônia, pelos conflitos fundiários e pela fé como fonte de perseverança dos pobres e dos marginalizados", afirma Frei Betto sobre o livroCaros Amigos lança coleção sobre racismo
A coleção Os Negros da Revista Caros Amigos está nas bancas desde o dia 11 de dezembro. Essa edição especial faz parte dos 16 fascículos quinzenais que a revista está lançando. Entre os temas discutidos nos fascículos estão: religião, esporte, música popular e erudita, arte, a escravidão e as rebeliões.
Aberto edital para produção de minisséries para as TVs públicas
Até o dia 15 de março de 2009 está aberto o edital de Seleção de Projetos de Desenvolvimento e Produção de Teledramaturgia Seriada para TVs Públicas – FICTV. O edital se destina a produção de minisséries, com 13 episódios de 26 minutos de duração. O tema deve ser a juventude brasileira das classes C, D e E.
O edital foi lançado pelo Ministério das Comunicações, a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Mais informações em fictv.cultura.gov.br.
Novo número da revista História e Luta de Classes traz dossiê sobre Imperialismo
O 6º número da revista História e Luta de Classes traz o dossiê Imperialismo: Teoria, Experiência Histórica e Características Contemporâneas. A edição pode ser adquirida pelo email historiaelutadeclasses@uol.com.br a um custo de 15 reais.
“Em tempos de domínio social da barbárie neoliberal e de hegemonia conservadora no pensamento acadêmico, com destaque para a área da História e das Ciências Sociais, a Revista História & Luta de Classes procura servir como ferramenta de intervenção daqueles historiadores e produtores de conhecimento que se recusam a aderir e se opõem a essa dominação".
Estão disponíveis ainda exemplares dos números 3 (Escravidão, Trabalho, Resistência), 4 (América Latina Contemporânea) e 5 (Trabalhadores e suas organizações).
Estão abertas as inscrições para imprensa no Fórum Social Mundial – 2009
Os interessados em participar da cobertura jornalística do Fórum Social Mundial 2009 têm até o dia 10 de janeiro para se inscrever. Podem participar os jornalistas, empresas de comunicação, faculdades de jornalismo, profissionais free-lancers, comunicadores (as) de mídia livre, alternativa e das demais organizações e entidades.
As inscrições para a imprensa são gratuitas, e podem ser feitas pelo endereço: inscricoes.fsm2009amazonia.org.brImagens da Vida Faixa de Gaza
De Olho Na Vida Maré se mobiliza para cobrar o assassinato de Matheus
Moradores do chamado complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, e movimentos sociais realizaram um ato no dia 20 de dezembro para exigir a punição dos responsáveis pelas mortes do menino Matheus e de tantos outros jovens já assassinados nas favelas cariocas. Matheus tinha oito anos e morava na localidade conhecida como Baixa do Sapateiro, na Maré. Ele saía de casa para comprar pão no dia 4 de dezembro quando foi morto com um tiro na nuca.
Os moradores acusam policiais militares do 22º BPM pelo assassinato. A polícia alega que Matheus é mais uma vítima de “troca de tiros”. Entretanto, a análise do local do crime já constatou que não há marca de tiros nas paredes perto de onde o garoto foi atingido.
"Infelizmente essas duras histórias não param de se repetir em favelas do Rio de Janeiro. A política de extermínio do favelado ceifa a vida de quem está pela frente ou, no caso, de costas. A política de segurança pública deveria por princípio resguardar a vida. Entretanto, o que se vê são policiais explicando e justificando o inexplicável e o injustificável”, exclama o panfleto de convocatória para o ato.
No dia 10 de dezembro, data do aniversário de 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, houve uma manifestação para cobrar o fim da política de extermínio do Estado. Familiares de Matheus também estavam lá.
Memória Filme retrata Massacre de Felisburgo (MG) quatro anos depois
O documentário Terra Prometida, de Juliano Domingues, conta a história do assassinato de cinco trabalhadores rurais sem terra por um fazendeiro e seus jagunços em Felisburgo, Vale do Jequitinhonha (MG). Os acusados pelas mortes ainda permanecem impunes. O acampamento onde ocorreu o massacre dá nome ao filme, que foi produzido com o auxílio da brigada audiovisual da Via Campesina.
NPC
Notícias do NPC Novas regras ortográficas
O BoletimNPC não está adaptado às novas regras ortográficas que entraram em vigor até 1 de janeiro de 2009. Como todos, temos até o dia 31 de dezembro de 2012 para fazer isto. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem como objetivo acabar com as diferenças na grafia das palavras entre os países de língua portuguesa.
NPC no Fórum Social Mundial
O Núcleo Piratininga de Comunicação promoverá duas oficinas no Fórum Social Mundial: “A criminalização da pobreza na mídia” e “Comunicação Sindical: a arte de falar para milhões”. Da primeira, participarão como expositores a editora do Boletim NPC, Claudia Santiago; Gizele Martins, do Jornal Cidadão, do Complexo da Maré; Márcia Jacintho, mãe de vítima da violência policial; e José Jorge Santos de Oliveira, morador da Vila Recreio, no Rio de Janeiro. Na segunda mesa estarão Claudia Santiago, Sheila Jacob e Vito Giannotti. Giannotti participa também de atividades promovidas pelo MST, pelo TIE-Brasil e pela revista Lutas Sociais, da PUC-SP.
O NPC participa do Fórum Social Mundial com o apoio recebido da Fundação Rosa Luxemburgo para passagens e hospedagem. As datas e horários das atividades estarão em nossa página na próxima semana.
Sintese aprova moção de aplausos ao NPC
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) nos enviou uma moção de aplausos ao NPC. O texto foi aprovado no XII Congresso Estadual da Educação promovido pelo Sindicato de 5 a 8 de novembro de 2008.
Diz a moção: Os trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (...) vêm apresentar MOÇÃO DE APLAUSO ao Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) pela luta constante em defesa da democratização dos meios de comunicação e do socialismo, como forma da população ter acesso a todos os bens culturais.
Os educadores sergipanos aplaudem essa Instituição que, insistentemente, vem trazendo aos trabalhadores (as) do Brasil o acesso à formação política, de forma a criar junto à sociedade formas de resistência e luta contra-hegemônica. Essa ação dos integrantes do NPC está contribuindo permanentemente para reforçar a luta rumo ao socialismo e, por tanto, merece o aplauso do Magistério Público de Sergipe.
Mensagem de aluna do Curso de Comunicação em Arraial do Cabo
“Só vim comunicar minha satisfação de ser parte do curso! As aulas têm sido cada vez melhores. Parabéns! Eu tenho ficado, cada vez mais, feliz com o curso e, hoje, também tenho mais certeza ainda que comunicação social é a minha área. :)
Obrigada por tudo.” (por Izabelle Felix)
Radiografia da Comunicação Sindical Sitraemg aposta na web
Hoje já existem muitos sindicatos que entraram na comunicação via Rádio-Web. Sempre há mais um. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal de Minas Gerais (Sitraemg) em 2008 passou a produzir programas de rádio e TV. A Rádio Web e a TV Web Sitraemg podem ser acessadas pelo portal www.sitraemg.org.br, clicando nas imagens de rádio e TV no canto superior direito da página.
Como informa a página do Sindicato, os filiados, além de ouvirem, também podem participar da programação, sugerindo músicas e os temas a serem abordados nos programas de notícias. O site também disponibiliza um arquivo com algumas entrevistas e programas já veiculados.
A Comunicação que queremos Conferência Nacional de Comunicação tem orçamento aprovado para 2009
Falta agora o decreto presidencial convocando a Conferência. Um recurso de 8,2 milhões para a realização do evento em 2009 já foi garantido no dia 18 de dezembro de 2008 pelo Congresso Nacional em votação sobre o Orçamento da União.
No dia 02 de dezembro, a Câmara dos Deputados, em Brasília, foi sede do Encontro Preparatório para a Conferência. Estiveram presentes cerca de 250 pessoas e 66 organizações de dezenas de estados brasileiros. A resolução do encontro propôs um calendário para a organização do evento. A edição do Decreto Presidencial convocando a conferência e a Portaria Ministerial constituindo o Grupo de Trabalho deveriam ter saído até o dia 31 de dezembro de 2008, mas a proposta foi desconsiderada pela presidência da república, apesar de um abaixo assinado com mais de 6 mil assinaturas ter sido entregue ao Ministério das Comunicações exigindo a realização da Conferência.
A idéia é que a atividade identifique e agrupe as demandas e vontades da sociedade civil para estabelecer políticas públicas para a área. O objetivo é permitir o controle social da comunicação no país, para que sirva e defenda o bem público, ao invés de atender apenas uma minoria, como vem sendo feito. O governo do Paraná é um dos que apóia explicitamente a realização da Conferência Nacional de Comunicação.
"Além de pedir ao Presidente Lula a convocação da Conferência, o Governo do Paraná, desde de agora, coloca-se à disposição das entidades que se mobilizam pela realização do encontro. Toda a nossa estrutura de comunicação, especialmente a Paraná Educativa, prestará o apoio possível à realização da Conferência e ao debate sobre o tema", disse Roberto Requião, governador do Paraná.De Olho Na Mídia Artigo é censurado em Sergipe a pedido de construtora
O jornalista José Cristian Góes, de Sergipe, escreveu um artigo sobre o terrorismo praticado pela construtora Norcon contra uma comunidade de pescadores tradicionais na localidade conhecida como Resina. O texto seria publicado pelo portal Infonet, mas na ocasião foi censurado, a pedido da construtora. A coluna que o jornalista mantém no site desde 2003 também foi retirada do ar.
Cristian Góes, entretanto, denunciou o fato através de e-mails em Sergipe, Brasil e fora do país. A repercussão foi grande, e inclusive uma emissora de rádio local fez programa de ampla audiência sobre o tema. Em apenas um dia, o portal de notícias recebeu milhares de e-mail de internautas e de entidades da sociedade civil indignados com a censura. Dois dias depois, a coluna retornou, com o artigo vetado publicado na íntegra.
Para Góes, três ensinamentos desse episódio: “não se calar diante da censura; a força da mobilização através dos e-mails (rede de solidariedade); e a vitória do reestabelecimento de um espaço importante para nós na luta contra a hegemonia da comunicação do capital".
O artigo Resina: terrorismo imobiliário às claras denuncia a intimidação que a construtora tem feito aos moradores do povoado para que abandonem o local. O esquema inclui cercas e capangas armados com o apoio das polícias civil e militar. A terra pertence à União, mas a construtora insiste em que lá será construído um resort. A Norcon já queimou barracos de moradores assustados que fugiram do local e no dia 20 de novembro, um senhor de quase 60 anos foi preso porque colhia côco na terra onde a construtora se considera dona.
O artigo completo já pode ser lido no portal Infonet: http://www.infonet.com.br/josecristiangoes/ler.asp?id=80427&titulo=Cristian_Goes
Grande Mídia esconde notícia do povo brasileiro. A serviço de quem?
[Com colaboração de Glauco Gouvêa/PB] No dia 12 de dezembro, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou o não pagamento dos bônus da dívida externa. Esta decisão soberana sebaseou nos fundamentos da auditoria realizada pela Sub-Comissão de Dívida Comercial. O termo “dívida comercial” se refere ao empréstimo contraído com bancos privados internacionais, atualmente representado por bônus.
Entretanto, na mídia brasileira nenhuma explicação sobre o trabalho dessa comissão e a que conclusões ela chegou.
A auditoria realizada pela subcomissão apurou, dentre outros itens:- Origem da dívida: endividamento contratado no período da Ditadura Militar;- Elevação unilateral e ilegal das taxas de juros pelos EUA a partir de finais dos anos 70;- Os empréstimos para o refinanciamento da dívida sequer entravam no país, mas eram direcionados ao pagamento direto no exterior aos bancos privados internacionais, sem registro no Equador;- Autoridades equatorianas renunciaram, em 1992, à prescrição da dívida (ou seja, a sua anulação, após 6 anos sem efetuar pagamentos), previstas nas leis dos EUA e Londres que regiam os convênios então vigentes;- Sucessivas trocas de dívidas por bônus Brady (1995) e Global (2000), sem entrega de recursos ao Equador, e em condições cada vez mais onerosas;- Negociação de dívidas já pagas e respaldadas por garantias colaterais;- De acordo com estatísticas do Banco Central do Equador, nos 30 anos analisados ( 1976 a 2006), houve uma transferência líquida aos bancos privados internacionais superior a US$ 7 bilhões, isto é, o montante dos pagamentos supera em US$ 7,13 bilhões os empréstimos. Mesmo assim a dívida com estes bancos aumentou de US$ 115,7 milhões para US$ 4,2 bilhões.
A moratória de parte da dívida do Equador anunciada por Correa foi tratada simplesmente de “calote” em nossa imprensa burguesa. Medo de que o mesmo aconteça por aqui?
Esta atitude do presidente Rafael Correa vem na mesma linha da atitude tomada no século passado no Brasil, quando Getúlio Vargas determinou que seu Ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha, realizasse uma completa auditoria da dívida externa. Na ocasião foi verificado que somente 40% dos contratos se encontravam devidamente documentados, o que gerou uma importante redução na dívida.
Brasil No Banco dos Réus
Tribunal Popular coloca Estado brasileiro no banco dos réus
Crimes cometidos pelo Estado contra população, especialmente a mais pobre, serão julgados pelo Tribunal, que tem início nessa quinta-feira (04), na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.
Patrícia Benvenuti,
da Redação
Cobrar justiça para os crimes do Estado contra a população brasileira, especialmente a mais pobre, é o objetivo do Tribunal Popular: O Estado Brasileiro no Banco dos Réus, que tem início nessa quinta-feira (04), na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. A iniciativa, organizada por mais de 70 movimentos e organizações sociais, pretende servir de contraponto às comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 20 da atual Constituição Brasileira.
O presidente da Associação Brasileira da Reforma Agrária (Abra), Plínio de Arruda Sampaio, avalia que a importância do Tribunal será mostrar que não existem motivos para festejar, pois esses documentos, que prometem garantia de integridade aos trabalhadores brasileiros, não vêm sendo respeitados.
"Todas essas comemorações exaltam o direito do povo à democracia, mas a verdade é que o Estado brasileiro nunca foi tão repressivo com a população pobre como nesse momento", denuncia.
O Tribunal Popular realizará quatro sessões de instruções, que ocorrerão entre os dias 4 e 5 de dezembro - no dia 6, será a sessão final de julgamento. Os casos julgados são considerados emblemáticos sobre a questão da violência institucional: operações militares no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, em 2007; sistema carcerário e execuções de jovens negros na Bahia; execuções na periferia de São Paulo em maio de 2006; e a criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul.
Ainda no dia 4, será realizada uma caminhada da Faculdade de Direito da USP até o Tribunal de Justiça de São Paulo, na Praça da Sé. A concentração ocorrerá a partir das 18h na própria faculdade, logo na sequência da 2ª sessão do Tribunal Popular. Os manifestantes, durante o ato, carregarão velas acesas e imagens de presos, torturados e vítimas da violência do Estado em diferentes momentos da história.
As sessões serão transmitidas pela internet, e podem ser acompanhadas na página do Tribunal, www.tribunalpopular.org ou pela página da IPTV USP.
As conclusões do Tribunal serão entregues a entidades governamentais e apresentadas durante o Fórum Social Mundial, que ocorrerá em janeiro do próximo ano em Belém, no Pará.
Programação- Sessões de Instrução
04 de dezembro de 2008
1ª sessão - 9 horas
Violência estatal sob pretexto de segurança pública em comunidades urbanas pobres: dentre outros, o caso do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro
Presidente: João Pinaud, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
Acusadores: Nilo Batista, jurista e fundador do Instituto Carioca de Criminologia e João Tancredo, Presidene do Instituto de Defensores de Direitos Humanos - IDDH e ex-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.
Defesa: representante do Estado
Participação especial: Companhia de Teatro Marginal da Maré
2ª sessão- 14 horas
Violência estatal no sistema prisional: a situação do sistema carcerário e as execuções sumárias da juventude negra pobre na Bahia
Presidente: Nilo Batista, advogado, jurista e fundador do Instituto Carioca de Criminologia
Acusador: Lio N'zumbi - membro da Associação de Familiares e Amigos de Presos da Bahia (ASFAP/BA) e da Campanha Reaja ou será Mort@/ BA.
Defesa: representante do Estado
05 de dezembro de 2008
3ª sessão- 9 horas
Violência estatal contra a juventude pobre, em sua maioria negra: os crimes de maio/2006 em São Paulo e o histórico genocida de execuções sumárias sistemáticas
Presidente: Sergio Sérvulo, jurista, ex-Procurador do Estado
Acusador: Hélio Bicudo, promotor aposentado, presidente da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos
Defesa: representante do Estado
Participação especial: Grupo Folias D'Arte
4ª sessão- 14 horas
Violência estatal contra movimentos sociais e a criminalização da luta sindical, pela terra e pelo meio ambiente
Presidente: Ricardo Gebrim, advogado, coordenador da Consulta Popular e Maria Luisa Mendonça, coordenadora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
Acusador: Onir Araújo Filho, advogado, membro do Movimento Negro Unificado
Defesa: representante do Estado
Participação especial: Aton Fon Filho, advogado do MST
Sessão Final de Julgamento
Dia 06 de dezembro
9 horas- O Estado Brasileiro no Banco dos Réus
Presidentes: Hamilton Borges - membro da Associação de Parentes e Amigos de Presos da Bahia (ASFAP/BA) e coord. da campanha Reaja ou será mort@; Valdênia Paulino, coordenadora do Centro de Direitos Humanos de Sapopemba (SP) e Kenarik Boujikian, juíza e diretora da Associação de Juízes para a Democracia
Acusador: Plínio de Arruda Sampaio, presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária) e diretor do "Correio da Cidadania".
Defesa: representante do Estado
Participação Especial: Kali Akuno - Movimento Malcon X Grass Roots Moviment.
Jurados: Cecília Coimbra, presidente GrupoTortura Nunca Mais -RJ; Ferréz - escritor e MC; José Guajajara - militante de movimento indígena, membro do Centro de Étnico Conhecimento Sócio-Ambiental Cauieré; Ivan Seixas, diretor do Fórum Permanente de Ex Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo; José Arbex Jr., jornalista e escritor; Marcelo Freixo, deputado estadual PSOL-RJ; Marcelo Yuka, músico e compositor; Maria Rita Kehl, psicanalista e escritora; Paulo Arantes, professor de Filosofia da USP; Wagner Santos, músico, sobrevivente da chacina da Candelária; Waldemar Rossi, militante da Pastoral Operária e do Movimento de Oposição Sindical Matalurgica de São Paulo, aposentado; Adriana Fernandes, presidente da ASFAP/BA; e Dom Tomás Balduino, bispo emérito da cidade de Goiás e conselheiro permanente da CPT
Entidades e movimentos que compõem a organização do Tribunal Popular:
ALAIETS, ANDES-SN, APROPUC-SP, ASFAP/BA, Assembléia Popular, Associação Amparar/SP, Associação Brasileira pela Reforma Agrária (ABRA), Associação dos Anistiados Aposentados, Pensionistas e Idosos de São Paulo, Associação de Familiares e Amigos de Pessoas em Privação de Liberdade/MG, Associação de Juízes pela Democracia, Associação de Mães e Familiares de Vítimas da Violência do Espírito Santo, Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Adperj), Associação Paulista de Defensores Públicos, Bancários na Luta, Brasil de Fato, Brigadas Populares/MG, CAJP Mariana Criola, CDHSapopemba/SP, CEBRASPO, Centro Santo Dias de Direitos Humanos, CIMI-SP, Coletivo Contra Tortura, Coletivo Socialismo e Liberdade, Comitê Contra a Criminalização da Criança e Adolescente, Comuna Força Ativa/SP, Comunidade Cidadã, CONLUTAS, Conselho Federal de Serviço Social, CRESS-SP, Conselho Regional de Psicologia 6ª região, Consulta Popular, Correio da Cidadania, CRP/RJ, DCE-Livre UFSCAR, DCE-Livre USP, Escritório Modelo Dom Paulo Evaristo Arns (PUC-SP), Fórum Centro Vivo, Fórum da Juventude Negra/BA, Fórum das Pastorais Sociais e CEBs da Arquidiocese de SP, Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de SP, Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente/SP, Fórum Social por uma Sociedade sem Manicômios, IDDH/RJ, Instituto Carioca de Criminologia, Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania/MG, Instituto Palmares de Direitos Humanos/RJ, Instituto Pedra de Raio/BA, Instituto Rede Ação/RJ, Instituto Rosa Luxemburgo, Instituto Zequinha Barreto, INTERSINDICAL, Justiça Global, Kilombagem/SP, MLST, MORENA - Círculos Bolivarianos, Movimento Defesa da Favela, Movimento em Marcha/SP, Movimento Nacional de Direitos Humanos, Movimento Negro Unificado (MNU), MST, MTST/PE, NEPEDH, Observatório das Violências Policiais de São Paulo (OVP-SP), ODH Projeto Legal, Projeto Meninos e Meninas de Rua, Quilombo X/BA, Reaja ou será mort@!/BA, Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência/RJ, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, Resistência Comunitária/BA, Revista Debate Socialista, Sindicato dos Advogados de SP, Sindicato dos Bancários de Santos, Sindicato dos Radialistas-SP, Sindicato Unificados dos Químicos de Osasco e Campinas, SINSPREV-SP, Sinpeem, Sintrajud-SP, SINTUSP, Tortura Nunca Mais/RJ
Escravatura em Angola
Prezado Dr. Simão, bom dia.
Quero parabenizar- lhe pela lucidez e clareza que tem, quando trata do
assunto em pauta. Fica no entendimento, após um texto simples e curto como este, que o tráfico de escravizados africanos não carregou somente músculos e força de trabalho, carregou também sonhos, falares,fé, expressões africanas que se revelam em todas as áreas das culturas do novo mundo.
Agradeço particularmente sua fala, pois apesar de uma pela "banca", sou sacerdote do Candomblé de Angola, que tem como base ritualística e teológica as tradições trazidas pelos povos bantu, especialmente de Angola, Congo e Moçambique. Aqui, apesar de quase quinhentos anos já se terem passado, ainda cantamos e rezamos na língua de nossos ancestrais e ainda cultuamos divindades e manifestações divinas esquecidas, talvez até mesmo nas suas origens, mas que pela sua força e presença se mantém vivas no Brasil e na América em Geral.
Mba kukunda ngana Nzambi Mpungu!!!!
Tata Ngunz'tala
55-61.8124.0946
Associação Vida Inteira
www.multiculturas. com/avi.htm
-Margarida Castro enviou: Date: Sunday, November 23, 2008, 11:23 PM
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Jovens Imigrantes e Luso Africanos
No âmbito do Projecto Média e Comunicação entre Jovens Imigrantes e Luso Africanos, no quadro do programa Juventude em Acção vimos, por este meio, enviar o link onde poderão aceder a Revista “BUÉ FIXE” http://www.gatportu gal.org/ACTUALID ADE/default. asp?idcat= buefixe&idContent=
Bué Fixe é uma revista bimensal, produzida por jovens-migrantes africanos com origens nos PALOP e residentes em Portugal, que pretende sensibilizar os seus colegas para a importância de se protegerem da infecção pelo VIH que causa a SIDA.
Esta edição é referente aos meses de Outubro/Novembro.
Muito gostaríamos que os Jovens contactados nos enviassem as suas dúvidas sobre tudo o que tem a ver com o VIH/sida, para que possam receber as respostas publicadas na revista, assim como comentários, sugestões de temas, propostas e críticas pois o que pretendemos é que a revista seja de TODOS NÓS para TODOS NÓS!
ESTAMOS JUNTOS!
Boa leitura!
Dynka Amorim
P/ Equipa do Grupo Informal de Jovens “Bué Fixe”
Contactos:
Email: grupobuefixe@ yahoo.com Telefone: 00 351 968551077
Morada : Rua de Macau nº9, 3ºfrt 2700-538, Amadora, Portugal
Blogue: http://grupobuefixe .blogspot. com/.
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Tortura
Amazonia
Amazônia- o muque como forma de aplacar a diferença
...na América Latina, não raramente protege os algozes e difama as vítimas”, afirma o premiado escritor manauara Milton Hatoum, hoje radicado em São Paulo, em análise a um colega sobre a elite local. Escritos sobre a história e sociologia não deixam dúvidas quanto ao privilégio como seiva do caráter da mesma, tão afeiçoada ao erário público.
Não fossem as verbas da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), muita gente que posa de bacana hoje estaria à míngua. São elucidativas as observações do mulato suburbano e porrista, Lima Barreto, sobre os vícios da nascente República, na obra os Bruzundangas. “Não há quem não queira deixar para os seus parentes, mulheres e amantes generosas pensões”, dispara Barreto num trecho.
A apropriação do Estado sempre foi estratégica para a elite local. Como perceber a truculência dos madeireiros de Paragominas, nordeste do Pará, senão nessa perspectiva? A dita elite local tornou comum o uso da truculência para aplacar a diferença e manter ações ilegais. O histórico de chacinas e assassinatos de camponeses e seus aliados esclarecem a trajetória do mundo rural amazônico.
O estopim para a destruição da sede do IBAMA e o saque da madeira
A ação violenta contra agentes do governo em Paragominas não inaugura o histórico da truculência. Num passado não muito remoto os madeireiros expulsaram uma equipe na região de Altamira, sudoeste do estado. Os agentes tiveram o hotel onde se alojavam cercado e foram gentilmente convidados a se retirar. Em Tailândia fez um ensaio geral, e alcançou a apoteose em Paragominas.
A violência em Paragominas foi motivada em oposição à operação Rastro Negro, contra agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que fiscalizavam carvoarias e a exploração madeireira ilegal nas terras do povo Tembé. O saldo foi a sede do instituto em Paragominas incendiada, o hotel onde estavam hospedados os agentes depredado, quatro carros queimados e 14 caminhões com de 400 metros cúbicos madeira roubados.
Edílson Tembé, dirigente indígena, em encontro em Belém no mês passado, alertou sobre a pressão de fazendeiros e madeireiros sobre as terras e a floresta do povo indígena no município de Paragominas.
Ao lado do sul do Pará, Paragominas foi um dos berços em que se cevou a União Democrática Ruralista (UDR), braço da intolerância dos ruralistas criado pelo goiano Ronaldo Caiado, e que fez fama com a fomentação de chacinas e execuções de camponeses e seus aliados. Numa obra que registra a presença da UDR no Pará, a professora Marcionila Fernandes (1992) indica a presença de famílias tradicionais do setor cafeeiro de Minas Gerais e São Paulo.
Nas observações de Fernandes registram-se a presença dos irmãos Lincoln e Luiz Bueno, paulistas do celeiro dos cafeicultores, aportados na região desde a década de 1970. “Um pioneiro,” tem sido esse o amparo de gestos mais largos para a manutenção do poder. A que tudo e todos devem se submeter. Onde não há espaço para a diferença.
Lanari,. Quagliato e os paranaenses Bannach são outros troncos de família que deram forma a UDR no Pará com o endosse entre os paraenses de Asdrúbal Bentes e empresas como o Grupo Marcos Marcelino, Estacon. A Associação Rural da Pecuária do Pará (ARPP) encontra-se no DNA da União. A ARPP, outro dia premiou a empresa Agropecuária Xinguara, como pecuarista do ano.
Rogério Almeida
91 8819 5172
http://rogerioalmeidafuro.blogspot.com/
Escolas da Américas
Mensagem para Obama: ‘Chegou a hora de fechar a Escola das Américas!’ | |||||||||||||||||||||||||
Ativistas de direitos humanos, líderes religiosos e veteranos das Forças Armadas se dirigiram a Fort Benning, na Georgia, nos Estados Unidos, para pedir o fechamento de uma conhecida escola de treinamento militar que disciplinou os mais brutais soldados e ditadores da América Latina. A análise é de Marie Dennis, diretora do Escritório de Assuntos Internacionais da congregação Maryknoll e co-presidente da Pax Christi Internacional, publicada no sítio National Catholic Reporter, 21-11-2008. A tradução é de Moisés Sbardelotto. A Escola das Américas do Exército norte-americano (SOA), rebatizada em 2001 como Western Hemispheric Institute for Security Cooperation (Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação em Segurança), tem uma longa e vergonhosa história de educação para a tortura, extorsão e execução para alguns infames ex-alunos como Manuel Noriega, o ex-ditador do Panamá. Aproximadamente 60 mil alunos retornaram a Bolívia, El Salvador e Nicarágua para eliminar líderes de direitos humanos, dissidentes políticos e civis inocentes nas freqüentes lutas violentas pela justiça social. Dois ex-instrutores da escola, coronel Alvaro Quijano e major Wilmer Mora, foram presos em agosto por apoiar o líder de um cartel de drogas colombiano, que está na lista dos mais procurados do FBI. No ano passado, o governo colombiano se juntou à Costa Rica, Argentina, Uruguai e Venezuela ao anunciar que também irá retirar seus soldados da escola. A Bolívia tem boas razões para encerrar sua afiliação a essa infame escola. Hugo Banzer Suarez, que governou a Bolívia nos anos 70 sob uma brutal ditadura militar, participou da escola em 1956 e foi depois introduzido no seu “Galeria da Fama”. Em 1989, seis padres jesuítas, seu companheiro de trabalho e sua filha adolescente foram massacrados em El Salvador. Uma força-tarefa do Congresso norte-americano anunciou que os responsáveis pelos assassinatos foram treinados pela Escola das Américas. Manuais de interrogação usados pela escola e revelados pelo Arquivo Secreto Nacional revelaram uma horrenda lista de “técnicas coercivas” semelhantes às usadas pelos oficiais militares norte-americanos para abusar de detentos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. Diversos sobreviventes das torturas de toda a América Latina estarão entre os 15 mil manifestantes pela não-violência em Fort Benning, reunidos para vigílias de orações, encontros e seminários organizados pelo School of the Americas Watch, fundado pelo Pe. Roy Bourgeois, da congregação Maryknoll. Os republicanos Jim McGovern, de Massachusetts, e John Lewis, da Georgia, defenderam leis para cortar os recursos para a iniciativa. Em junho, 203 membros do Congresso apoiaram a emenda McGovern-Lewis, apenas seis votos a menos do número necessário para ser aprovada. O presidente eleito Barack Obama falou eloqüentemente durante a campanha sobre a necessidade de pedir um posicionamento moral dos EUA no mundo. Ele pode começar emitindo uma ordem executiva para fechar a escola, tomando uma nova direção na política exterior dos EUA com a América Latina. Já está na hora de fechar as portas de uma instituição que é emblemática de como o incontrolável militarismo norte-americano difunde a violência e a instabilidade ao redor do mundo. De acordo com o Serviço de Pesquisa do Congresso norte-americano, o país lidera o suprimento de armas ao mundo em desenvolvimento com mais de 10 bilhões de dólares em armas vendidas. Quanto a alta retórica sobre o plantio de sementes de democracia é minado por política externas destrutivas, o mundo tem razão em ver os EUA como hipócritas e perigosos, em vez de ser um farol luminoso de liberdade. Como o premiado correspondente do New York Times, Stephen Kizner, relata em seu livro “Overthrow: America’s Century of Regime Change from Hawaii to Iraq”, nosso governo, durante muitos anos, usou seu poder militar, política e econômico em terras estrangeiras com conseqüências devastadoras. Um novo modelo de engajamento internacional, guiado por um compromisso com o bem comum global e justiça social, é necessário em nosso mundo que rapidamente se encolhe. Isso significa escolher a diplomacia sobre o unilateralismo, acordos de comércio justos, cancelamento da dívida para nações pobres e uma reforma de imigração compreensiva que trate das conexões entre a pobreza e a migração. Os padres e irmãs católicos, líderes de grupos, estudantes e pacifistas comprometidos que estiveram juntos em solidariedade na Escola das Américas trouxeram o que há de melhor em suas mentes e em seus corações para esses desafios morais profundos do nosso tempo. Aqueles entre nós que ainda acreditam que outro mundo é possível devem se juntar a eles. | |||||||||||||||||||||||||
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Destaque Vermelho Novembro 2008
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Familia Real
Cartão comemorativo da Família Imperial brasileira no exílio (s/d).
Museu da Cidade do Rio de Janeiro /Acervo FUNARJ.
Foto Leandro Marins ( 2006) / Acervo Digital IDII.
Efemérides Brasileiras
2008
200 anos da Chegada da Corte Portuguesa ao Brasil (22 de janeiro)
400 anos de nascimento do Padre Antonio Vieira SJ (6 de fevereiro)
200 anos de estabelecimento do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil (7 de março)
100 anos da Imigração Japonesa no Brasil (28 de abril)
200 anos do Poder Judiciário independente do Brasil,
200 anos da criação da Polícia Civil do Rio de Janeiro &
200 anos de nascimento do General Osório, Marquês do Herval (10 de maio)
120 anos da Abolição da Escravatura no Brasil (13 de maio)
400 anos do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro (4 de junho)
200 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (13 de junho)
100 anos de nascimento de João Guimarães Rosa (27 de junho)
60 anos da morte de José Bento Monteiro-Lobato (4/5 de julho)
100 anos da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus do Rio de Janeiro (7 de setembro)
100 anos de morte de Machado de Assis (29 de setembro)
200 anos de fundação do Banco do Brasil (12 de outubro)
130 anos da Catedral Metodista do Rio de Janeiro (outubro)
170 anos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (21 de outubro)
100 anos do casamento de D. Luiz do Brasil com D. Maria Pia das Duas Sicílias (4 de novembro)
183 anos de nascimento de DOM PEDRO II (2 de dezembro)
*****
Em comemoração às Efemérides Brasileiras 2008,
o Provedor da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro,
Dr. Joel Mendes Rennó ,
a Diretora do Imperial Colégio D. Pedro II
Profª. Vera Maria Ferreira Rodrigues &
o Presidente do Instituto D. Isabel I (IDII),
Dr. Laerte Lucas Zanetti,
têm a honra de convidar para a Missa Solene Compromissal do
aniversário de S.M.I. o Augusto Senhor D. Pedro II (*1825 †1891),
a ser celebrada pelo Monsenhor Sérgio Costa-Couto,
Capelão da Irmandade e Vigário para os Fiéis Orientais sem Ordinariato do Brasil,
e cantada pelo Trio Intermezzo (Graziela Ferreira, Juliana Bezerra e Daniel Silva),
no dia 2 de dezembro de 2008, às 12h30min, na Igreja da Glória do Outeiro – Rio de Janeiro.
Na ocasião, os Conselheiros do IDII entregarão os Títulos de
Sócios Honorários do Instituto às seguintes autoridades:
S.Sª.Revma. o Mons. Sérgio Costa-Couto;
S.Sª.Revma. o Senhor Pe. Frei Clarencio Neotti OFM, Prior do Convento de Santo Antonio;
S.Sª.Revma. o Senhor Tenente PM Pe. Roque Costa e Souza , Pároco de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé;
S.Sª.Revma. o Senhor Pe. Wanderson José Guedes , Pároco do Sagrado Coração de Jesus (Glória);
S.Sª.Revma. o Mons. Vital Francisco Brandão Cavalcanti, Pároco emérito do Sagrado Coração de Jesus (Glória);
S.Sª.Revma. o Senhor Pe. Eugenio de Sena Monteiro SCJ, Vigário de Nossa Senhora da Glória (Santa Cruz);
S.E. o Senhor Joel Mendes Rennó , Provedor da Imperial Irmandade da Glória do Outeiro ;
S.E. a Senhora Profª. Vera Maria Ferreira Rodrigues , Diretora-Geral do Imperial Colégio D. Pedro II;
S.E. a Senhora Maria Augusta Osorio Jobim Wilson, Condessa de Wilson , sobrinha-trineta do General Osorio;
S.Sª.Ilma. a Senhora Ruth Lima Vianna de Carvalho , sobrinha-bisneta de Joaquim e Carolina Machado de Assis;
S.E. o Senhor Des. José Carlos Murta Ribeiro , Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ;
S.E. o Senhor Emb. Antonio de Almeida Lima, Cônsul-Geral de Portugal no Rio de Janeiro ;
S.E. o Senhor Dr. Antonio Henrique da Cunha Bueno, Deputado Constituinte (1988) e Sócio do IHGB e do CBG;
S.E. o Senhor Prof. Dr. Francisco Tomasco de Albuquerque, Pres. do Círculo Monárquico D. Pedro II de Niterói e antigo Pres. do IHGN;
S.E. o Senhor Prof. José Ubaldino Motta do Amaral, antigo Secretário da Condessa de Paris no Rio de Janeiro e Sócio do CBG;
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