sábado, 8 de outubro de 2016

Livraria Antonio Gramsci

Boletim da Livraria Antonio Gramsci

Já está à venda o nosso livro-agenda 2017 sobre MULHERES DE LUTA!

 Sabemos que muitos de nossos companheiros estavam envolvidos com as eleições municipais que foram realizadas neste último fim de semana. Passada essa etapa, convidamos todos e todas a conhecerem o nosso Livro-Agenda de 2017, que tem como tema “Mulheres de Luta”! A cada página, são apresentadas lutadoras que sonharam com a construção de uma sociedade justa e solidária e batalharam por isso nos mais variados espaços: no campo, nas fábricas, nas manifestações de rua, na guerrilha, nos sindicatos, nas salas de aula, na ciência, na produção intelectual e muitas outras formas mobilização.
Há duas formas de adquirir o material: comprando na nossa Livraria Antonio Gramsci, onde ele está à venda por R$ 25,00. Ou então fazendo agendas personalizadas, com informações específicas de cada sindicato. Essas informações estarão incluídas na capa, contra-capa e em 16 páginas do material.
Para saber mais sobre como personalizar as agendas, basta enviar um e-mail para npc.sheila@gmail.com Para fazer compras individuais, basta ir à Livraria Antonio Gramsci (R. Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia), ou então clique aqui para comprar pela internet. 
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Livro-agenda NPC 2017 –

MULHERES DE LUTA

R$ 25,00
Quem já adquiriu algum livro-agenda do NPC sabe que o material é uma rica fonte de informação, pesquisa e também serve de inspiração para os desafios que se apresentam no tempo presente. Para 2017, escolhemos o tema MULHERES DE LUTA. A cada dia, são lembradas operárias, comunistas, escravizadas, camponesas, estudantes, feministas, anarquistas, professoras e tantas outras mulheres de luta. Flora Tristan, Frida Kahlo, Mercedes Sosa, Ana Montenegro, Clara Zetkin, Patrícia Galvão (Pagu), Laura Brandão, Dona Penha, Violeta Parra, Clarice Lispector, Letícia Sabatela, Dandara dos Palmares são alguns nomes recuperados. Também são lembradas as tantas mulheres que resistiram à ditadura brasileira, muitas chegando a participar diretamente da guerrilha do Araguaia. Para a abertura dos meses, foram convidadas escritoras e militantes de diversas áreas para apresentar uma forma de luta específica. A revolucionária Rosa Luxemburgo, polonesa de nascimento e internacionalista convicta, estampa a capa do material. Os cem anos da Revolução Russa também são lembrados na publicação, pelo marco desse acontecimento na conquista e na defesa dos direitos das mulheres.

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As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen - Michel Lowy

As batalhas de O Globo: ditadura militar, Lula X Collor, privatizações e a vitória do PT em 2002

João Braga Arêas
Ed. Prisma
R$ 69,00
João Braga Arêas será um dos palestrantes do nosso 22º Curso Anual do NPC. Ele participará da mesa “As batalhas da mídia: de 1964 a 2016”. Nós o convidamos por ter pesquisado a atuação das organizações Globo e, em especial, do jornal O Globo, nos últimos anos. Neste livro, o autor analisa detalhadamente a trajetória dessa empresa, mostrando como o jornal O Globo atua como propagandista das grandes empresas no Brasil, defendendo governos antipopulares (como Collor de Melo) e as privatizações. Somado a isso, a empresa desqualifica e criminaliza as organizações populares que conservam algum grau de autonomia. Nada mais atual, já que, como sabemos, a Rede Globo não apenas apoiou a ditadura em 1964, mas também foi fundamental para o golpe de 2016.

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Lobotomia e Comunicação - André Lobão

A comunicação do oprimido e outros ensaios

Eduardo Granja Coutinho
Ed. Mórula
R$ 38,00
O livro reúne 11 ensaios de Eduardo G. Coutinho, doutor em Comunicação e Cultura e professor da UFRJ. Ele também estará em nosso 22º Curso anual do NPC, na mesa sobre “Os donos da mídia e suas ramificações”. Coutinho propõe uma reflexão baseada em autores como Antonio Gramsci e György Lukács. A partir da análise desses e outros teóricos, ele aponta para o papel da cultura popular nas disputas pela hegemonia em nossa sociedade. Como diz o próprio autor, apesar da diversidade temática, em todos os artigos aparecem as questões da cultura e da comunicação como instâncias de luta política e de transformação social.

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O Negro no Brasil - Júlio José Chiavenato

Por que gritamos golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil

Ivana Jinkings, Kim Doria e Murilo Cleto (org.)
Ed. Boitempo/ Col. Tinta Vermelha
R$ 15,00
No início de julho de 2016 foi lançada, pela Ed. Boitempo, a coletânea “Por que gritamos Golpe? – Para entender o impeachment e a crise política no Brasil”. Somando-se ao debate público sobre a crise política no Brasil, a obra proporciona ao leitor diversas análises o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os textos que compõem a coletânea são inéditos e buscam apresentar uma trajetória da crise política, entender as ameaças que se colocam à democracia e aos direitos conquistados pela Constituição de 1988 e apontar caminhos de superação de nossos impasses políticos. São trinta autores, entre pesquisadores, professores, ativistas, representantes de movimentos sociais, jornalistas e figuras políticas. Conta ainda com epígrafe de Paulo Arantes, textos de capa de Boaventura de Sousa Santos e Luiza Erundina, charges de Laerte Coutinho e fotos cedidas e selecionadas pelo coletivo Mídia NINJA.

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Getúlio: 1882 - 1930, dos anos de formação à conquista do poder - Lira Neto

Um repórter na Montanha Mágica: como a elite econômica de Davos afundou o mundo 

Andy Robinson 
Ed. Apicuri 
R$ 39,00 
Imagine um ambiente em que o cinismo se fantasia de caridade e o pensamento unilateral se afirma como debate aberto. Um lugar de falsidades em que Bono Vox e Bill Clinton são tomados como profetas, estrelas do jornalismo ignoram seu compromisso com o público, e acadêmicos discursam para banqueiros e empresários de todo o mundo sobre os benefícios do sistema capitalista. Pois você acaba de imaginar as reuniões do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Andy Robinson, experiente jornalista do periódico La Vanguardia, penetrou neste centro de convenções para denunciar com ironia os males do sistema que nos governa. Neste livro, ele mostra como essa elite mais rica assegura seu futuro apoiando medidas que continuam a aumentar a sua riqueza à medida que a pobreza também aumenta.   

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Redes Sociais

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livrariagramsci.com.br

 


Derrota da Esquerda

 
VALTER POMAR,  da AE  do PT
 
 
TARSO GENRO- ex0p governador do RS e ex-ministro da justiça do governo Lula
 

DERROTAS DA ESQUERDA: O QUE 2016 TEM A NOS ENSINAR?

O ano de 2016 será marcado profundamente pelas derrotas das forças progressistas no Brasil. A primeira derrota por fora das urnas, com a consumação do Golpe em 31 de Agosto, a segunda derrota por dentro das urnas, nas eleições de 2 de Outubro. Tais derrotas são importantes em si mesmas, mas mais do que isso elas apontam para a reconfiguração política que está em curso em nosso país. Portanto, é fundamental que todas e todos os militantes de esquerda tiremos as lições delas.
1. Não podemos explicar a derrota eleitoral sem o Golpe
Muitas das avaliações sobre o pleito municipal de 2 de Outubro, tanto de intelectuais progressistas, mas principalmente dos analistas da grande mídia, tem atribuído a derrota eleitoral do PT, aos equívocos cometidos pelo próprio partido. Contudo, essa é uma análise um tanto superficial, pois ignora a conjuntura latino-americana de ofensiva neoliberal, e o contexto de linchamento político e de criminalização que o PT disputou essas eleições. A triangulação entre a grande mídia, o sistema jurídico-policial e direita partidária construiu um “consenso anti-petista” que inviabilizou a maior parte de suas candidaturas e de seus aliados. Isso significa que qualquer força política que estivesse no lugar do PT nessa correlação de forças estaria igualmente estrangulada por essa ofensiva neoliberal.
2. Não podemos reduzir essa derrota eleitoral ao Golpe
Ao mesmo tempo, não podemos justificar essas derrotas somente pelos méritos do inimigo. Não podemos isentar o PT, pelos erros que levaram ao Golpe, e consequentemente, as derrotas eleitorais nessas eleições municipais. O PT deixou de ser um instrumentos de organização política dos setores populares para a disputa de hegemonia na sociedade, e tornou-se mais uma máquina eleitoral para a disputa de espaços institucionais. Deixou um programa de reformas estruturais do Estado, pela gestão de politicas públicas que melhorassem a vidas das pessoas, desde que não gerassem conflitos. Nesse esforço foi mais amoldado pela lógica da administração pública, do que conseguiu moldá-la. Fez alianças pragmáticas, mas não construiu ao longo de sucessivos governos correlação para que pudesse prescindi-las, ao contrário, foi tornando-se cada vez mais refém dessas alianças. De modo que ao término de 13 anos de governos petistas qual o saldo de organização popular e consciência política que essa experiência legou? Portanto, a derrota de ontem não foi construída somente a partir do Golpe, ela foi consequência de uma estratégia equivocada. As responsabilidades sobre as derrotas de 2016 devem ser divididas entre os méritos do inimigo e os limites da estratégia hegemônica da esquerda.
3. A derrota do PT não favoreceu outras forças políticas de esquerda
A crise do PT tem estimulado as forças políticas de esquerda a se assanharem para assumir o lugar de força hegemônica no campo progressista. Contudo, o resultado das eleições de ontem não demonstra que o espólio eleitoral do PT esteja sendo capitaneado por alguma sigla. É certo que PC do B e PSOL tiveram candidaturas de destaque em centros políticos importantes. Mas as suas conquistas foram mínimas frente ao tamanho da derrota do PT. Analisando o número de vereadores eleitos, enquanto PC do B cresceu 4,8% (46 vereadores a mais), e o PSOL cresceu 8,2% (4 vereadores a mais), o PT perdeu 44% de sua representação nas câmaras municipais, o que significa 2.272 vereadores a menos. Ou seja, não está em curso a transição de um polo político de esquerda a outro, está em curso a perda de terreno institucional das forças progressistas. Portanto, essa derrota não deve ser vista somente como a derrota do PT, mas é uma derrota do campo progressista, que em muitos locais não conseguiu se apresentar como alternativa viável, deixando a disputa política entre frações burguesas. É uma derrota que se apresenta no plano institucional, mas suas raízes são mais profundas. De modo geral essa derrota é a expressão da incapacidade de todas as forças políticas progressistas constituírem força social, centrando suas energias no trabalho subterrâneo de formação política e organização do povo.
4. A Direita sai fortalecida em todas as suas matizes
O terreno perdido pelo PT tem sido conquistado por partidos conservadores. Em primeiro lugar destaca-se, na fumaça da fragmentação partidária que virou o sistema politico brasileiro, o crescimento das siglas menores (PSD, SD, PSC, PRB, etc). Essa pulverização só favorece a Direita, na medida em que os partidos conservadores maiores tem muito mais capacidade e afinidade política para agenciá-los na conformação de alianças eleitorais estaduais e nacionais.
Nesse emaranhado de siglas duas forças políticas conservadoras se fortalecem. A primeira é a direita fundamentalista, associada às Igrejas pentecostais, que já vinha numa curva ascendente no cenário político, mas com as restrições de financiamento e com campanhas mais curtas, tendem a se consolidar cada vez mais como uma força decisiva, convertendo seus fieis em milhares de cabos eleitorais. O destaque fica com o PRB, sigla vinculada a Igreja Universal, que apresentou candidaturas altamente competitivas em SP, e está no segundo turno no RJ.
A segunda força que despontou, foi a extrema-direita ideológica que embora não tenha assumido centralidade nas disputas, ganhou um terreno que não havia no histórico recente da política nacional. Esteve presente não só na votação expressiva do filho de Bolsonaro, na disputa a prefeitura do RJ, mas também em dezenas de candidaturas bem sucedidas à vereadores encarnadas por lideranças coxinhas do MBL, do Vem pra Rua e do Partido Novo.
Por fim, entre os partidos grandes, o PSDB saiu muito fortalecido, em especial, pela vitória surpreendente em São Paulo, e pela presença no segundo turno em várias capitais. O anti-petismo, de modo geral, fortaleceu a Direita em todas as suas matizes.
5. A rejeição ao sistema político foi capturada pela Direita
As jornadas de junho de 2013 constituíram-se num fenômeno que até hoje suscita várias interpretações. Contudo, é inegável que dentre as motivações daquelas mobilizações estava o sentimento de inconformidade com o atual sistema político, em especial na juventude. Não é por menos que entre as palavras de ordem mais entoadas estava o grito de “Não me representa”.
Esse sentimento de não representação, que permaneceu desde então, não necessariamente é um caldo conservador. De modo geral todas as pessoas progressistas não se vem representados no Congresso Nacional, sabem dos vícios do nosso sistema político, da ausência de participação popular direita, de como ele é vulnerável ao poder econômico, etc. Portanto, há uma dimensão potencialmente emancipatória na crítica a essa institucionalidade da democracia burguesa.
Contudo, de 2013 pra cá essa rejeição as instituições políticas foi sendo capturada pela Direita. Principalmente através da campanha midiática e das mobilizações “Fora Dilma”, foi se fortalecendo essa associação entre um sistema politico corrupto e o PT, que inicialmente se consolidou na classe média, mas atualmente transbordou para praticamente todos os segmentos da sociedade. O fato de o PT estar encabeçando o governo federal, e a incapacidade dessa experiência representar uma nova institucionalidade política, reproduzindo práticas do sistema ao invés de superá-las, favoreceu enormemente a ancoragem desse discurso.
Nessa eleição a rejeição ao sistema político ficou evidente em pelo menos dois aspectos. O primeiro foi no crescimento das abstenções, votos nulos e brancos, chegando a mais de 40% no RJ e em SP. O que representa claramente um ceticismo crescente com relação a efetividade do voto. O segundo aspecto foi no discurso das candidaturas conservadoras. Aqui se destaca a narrativa construída por Dória em São Paulo, que se afirmava como gestor e não como político. Não há como explicar o sucesso de sua candidatura, a não ser por essa capacidade de dissociar-se da política e dos políticos (e do imaginário a eles vinculado: corrupção, mentira, ineficiência). A mágica de Dória foi a de negar o status quo político, sendo ele um representante desse status quo.
A exceção desse processo de sequestro de discurso político, foi a campanha de Freixo no Rio de Janeiro. Esta foi uma das poucas candidaturas que conseguiu canalizar à esquerda essa subjetividade de alternativa ao modus operandi da política, que infelizmente não se apresentou em outras disputas.
6. Desafios para a construção de um novo ciclo da esquerda no Brasil
Essas derrotas anunciam o encerramento de um ciclo na esquerda brasileira. Isso não significa a dissolução do PT, mas significa que ele não terá mais o mesmo papel protagônico de antes. Esse processo de reorganização da esquerda nos coloca um conjunto de desafios.
O primeiro desafio é o da unidade. Estas eleições demonstraram a incapacidade da esquerda se unificar mesmo sob as condições políticas mais adversas. Para evitarmos o pior cenário que é o da dispersão da esquerda, será necessário superarmos o sectarismo e o hegemonismo.
O segundo desafio é de projeto. O fim da experiência neodesenvolvimentsta, e a implementação do neoliberalismo que tende a se aprofundar, exige que formulemos um novo projeto que seja uma alternativa popular para as crises que estão em curso. Esse novo projeto deverá apresentar além de um programa econômico e social, uma resposta à esquerda para a crise de legitimidade do atual sistema político. Por isso que a luta por uma Constituinte se coloca como uma bandeira essencial na perspectiva de refundarmos as instituições políticas no Brasil, garantindo efetivamente a participação popular no controle do Estado.
O terceiro desafio é organizativo. Diante da mudança do papel que o PT passará a exercer na esquerda, precisamos de uma nova engenharia organizativa que assuma o comando político. Na atual conjuntura nenhuma força isolada tem essa capacidade. Precisamos de um novo arranjo politico que congregue partidos, correntes, movimentos populares e militantes sociais. O embrião desse instrumento vem se forjando nas lutas desde 2015, e chama-se Frente Brasil Popular. Contudo, esta experiência permanece muito aquém das nossas necessidades. A Frente deverá se tornar um espaço de organização política e social de todos aqueles que se opõem ao programa neoliberal, capilarizado por todo território nacional.

Levante Popular da Juventude
 
REFORMA POLITICA, JÁ!
por Joao Pedro Stedile
in revista Caros amigos, outubro 16
Passada a ressaca  eleitoral,  circulam muitas avaliações, analises e comentários.   Cada quem  tem  todo o direito, de a partir de  sua posição de classe ou  interesses  ideológicos tirar as conclusões que melhor lhe aprouver, para  os objetivos que defende.
Vi  diversas  analises comentando a derrota da esquerda,  a derrota  do petismo, o fim de um ciclo, a vitoria dos tucanos, etc .e tal.
Me  atrevo  também a citar reflexões pontuais : 
a)      Foi a campanha e eleição mais despolitizada de todos os tempos, apesar da sociedade viver uma de suas piores crises , econômica, política, social e ambiental. Mas ninguém debateu isso. Como se as cidades estivessem em outro planeta.  Na despolitização de propostas, prevaleceu o dinheiro ou o carisma pessoal.
b)      As campanhas se resumiram a  interesses pessoais e de grupos locais.  Por isso proliferaram vitorias das pequenas e desconhecidas siglas, que nem partidos são.
c)       A mídia burguesa  foi vencedora, pois conseguiu  iludir os trabalhadores e os mais pobres, de um ceticismo político e de um anti-petismo doentio, jamais visto.  Só comparado com os tempos da  guerra fria  e do Macartismo nos Estados Unidos.
d)      O poder judiciário e a autopropalada  “Republica de Curitiba”   fez seu papel de boca de urna conservadora,  reacionária, discricionários, prepotentes cometendo todo tipo de atropelos ilegais.   Nenhuma palavra sobre os processos contra Aécio, tucanos, PP e PMDB  tão ou mais envolvidos  na operação lava-jato do que o PT.
e)      O nível de abstenção absurdo, que chegou em média a  25% e que somados com brancos e nulos, nas grandes cidades superou  a todos votos recebidos pelos vencedores, revelam  que há uma maioria da população insatisfeita com tudo.
f)       A mídia burguesa focou suas analises apenas na vitoria da direita em São Paulo, para projetar  já o candidato  Alkmin a presidência da Republica.   Sem citar as contradições que isso vai  gerar dentro do próprio tucanato.  E nenhuma palavra sobre as derrotas do PMDB e do Sr. Jose Serra.
g)      Os resultados das capitais, deu de tudo.  Não se pode  concluir com uma tendência ou posição  hegemônica. De nenhum partido.     E espera-se que a esquerda ainda  ganhe em Aracaju, Recife, Belem e Rio de janeiro.  
Mas as campanha s eleitorais  despolitizadas  com alguns vencedores sem nenhuma representatividade social,  se transformam sempre em efêmeras, e logo logo  as contradições  e as insatisfações da população aflorarão.    Porque esses métodos   de manipulação da mídia burguesa  para seus candidatos,  tolhem  a ampliação da democracia  e a participação popular.
Todo esse processo  fajuta  e nojento,  evidenciou mais do que nunca de que a sociedade brasileira precisa mesmo de uma REFORMA POLITICA.   Uma reforma verdadeira, que  recoloque a nec essidade de  partidos  com programas, ideologias, para a sociedade.   Que devolva ao povo o direito da participação e decisão real sobre os bens públicos.   Sobre o estado, sobre os governos. Que dê ao povo o direito convocar plebiscistos sobre todos os temas de interesse popular, inclusive a revogação de mandatos de todos cargos que nao cumprem o programa prometido.
Há diversas propostas de reforma política interessantes apresentadas por entidades nacionais,  que dormem nas gavetas do congresso, por desinteresse de sua maioria conservadora e corrupta.    Por isso, a maioria dos movimentos populares defendemos a necessidade de convocação de uma assembléia constituinte exclusiva, para fazermos uma reforma política de fato, que garanta democracia participativa e o respeito a vontade do povo.
Que se iludam os vencedores, enquanto o povo não tiver  poder real,  a crise política  e a farsa prevalecerão.   E o povo buscará certamente,  outros canais de mobilização e expressão de sua vontade política.
 

Comissão de Finanças

Comissão de Finanças discute indicação ao Banrisul

Na tarde desta quarta-feira (5), o deputado estadual Ronaldo Santini (PTB) presidiu uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, onde ocorreu a arguição pública de Osmar Paulo Vieceli – indicado pelo governador José Ivo Sartori para exercer o cargo de diretor comercial do Banrisul.
Na oportunidade, Vieceli respondeu a questionamentos dos deputados membros da Comissão e o relator, deputado Adilson Troca, realizou a leitura do parecer favorável ao Requerimento Diverso (RDI) nº 173/2016, processo 020497-01.00/16-2. Antes da apreciação pelos demais parlamentares, o deputado Marcelo Moraes pediu vistas do RDI.
Em função disso, como presidente da Comissão, Santini convocou nova reunião extraordinária para a próxima terça-feira (11), após a realização da sessão plenária, para apreciação do relatório.

Foto e texto: Mayara Dalla Libera


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Gabinete do Deputado Estadual Ronaldo Santini (PTB)
Assessoria de Comunicação
Jornalistas: Ederson da Rocha e Mayara Dalla Libera
(51) 3210 1906 
(51) 9548 3591
(51) 9841 4084
(54) 9666 5533


Acompanhe e siga o deputado Ronaldo Santini (PTB/RS):

Ministro da Saúde

Ministro da saude que propôs corte do Bolsa Família e do SUS tem sobrinha não concursada recebendo R$ 15 mil mensais

23 de maio de 2016 às 21h02
 
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Alana, a assessora do TRT; a tia dela, vice-governadora do Paraná, o ministro da Saúde e a filha Maria Victoria, deputada estadual (PP-PR)
Sr. Presidente, pela unidade do Partido Progressista, que fechou questão em relação ao impeachment, pelos progressistas da minha família: Maria Victoria, Cida Borghetti, Silvio Barros, pelos paranaenses que represento e pela minha Maringá, o meu voto é sim. Então deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao votar pela abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara
Ninguém vai ficar na miséria se cortar um pouco do programa. São eles [do PT] que politicamente se beneficiam da distribuição de recursos do Bolsa Família. Minha base eleitoral é outra. Eu não tenho esse problema. Quando eu propus zero de reajuste para os servidores públicos, eu propus porque o governo simplesmente não tem como pagar. Deputado Ricardo Barros, relator do Orçamento, em 2015, ao propor corte de 36% nas verbas do Bolsa Família
Vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e em outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las. Ministro da Saúde Ricardo Barros, propondo restrições a direitos no Sistema Único de Saúde
Ninguém é obrigado a contratar. Não cabe ao ministério controlar isso. Ministro Ricardo Barros ao dizer que não pretende controlar a qualidade dos planos de saúde privados
Da Redação, com Garganta Profunda
O engenheiro Ricardo Barros, que deixou mandato parlamentar do PP-PR para servir ao governo interino de Michel Temer na condição de ministro da Saúde, causou um bocado de polêmica nos últimos meses.
Ele tem se mostrado linha dura quando se trata de gastos públicos. Propôs aumento zero para servidores públicos e disse que é impossível sustentar o SUS.
Porém, sabemos agora que Barros tem bem perto de casa um exemplo de possível corte que pouparia o suficiente para dar o benefício básico do Bolsa Família a 195 domicílios.
Trata-se da sobrinha de sua esposa, Alana Borghetti Violanni, que trabalha no cerimonial do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná com um salário bruto de R$ 15.087,38.
Alana não é concursada. Foi lotada na Secretaria Geral da Presidência e tem direito a vantagens como auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escolar, auxílio-saúde, auxílio-natalidade, auxílio-moradia e ajuda de custo. Além disso, tem direitos como “abono constitucional de 1/3 de férias e gratificação natalina”.
É por isso que o salário base dela, de R$ 10.352,52, chega aos R$ 15.087,38 brutos mensais.
Alana é sobrinha de Cida Borghetti, esposa de Ricardo Barros, que é vice-governadora do Paraná.
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Fonte interna do tribunal informa que “a remuneração dela corresponde a de um cargo de chefia dos mais altos do TRT-PR, um CJ03. Trata-se não apenas de mais um caso de provável nepotismo cruzado e troca de favores. Num momento de crise como esse, trata-se do retrato do descaramento que tomou de assalto o governo brasileiro”.
A fonte da informação acrescentou: “Cabe dizer que não tenho nada de pessoal contra a moça, mas não é possível que um tribunal que demite seus terceirizados e quebra contratos com seus fornecedores, tudo por falta de dinheiro, possa manter a sobrinha de seu principal inimigo em seus quadros por uma mera conveniência política”.
O informante se refere ao fato de que o contingenciamento que afetará o funcionamento dos TRTs em 2016 foi proposto pelo deputado Ricardo Barros quando ele foi relator do Orçamento da União. Os maiores prejudicados pela medida serão os trabalhadores que movem ações contra seus patrões.
Registros oficiais mostram que Alana tem cargos no judiciário paranaense desde julho de 2012. Ela foi exonerada em fevereiro de 2015, mas dois meses depois já havia sido nomeada outra vez, contratada desta vez na Assessoria de Comunicação do TRT-9ª Região.