segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Entrevista com Rita Zamboni da Associação de Proteção dos Animais

Rita Zamboni Recebe Certificado do Jornal Negritude


Rita Zamboni Presidente da Associação de Proteção aos Animais São Francisco recebeu o certificado de destaque de 2014 do Site e Blog do Jornal Negritude, ontem no chá da entidade no Clube Guarani de nossa cidade.

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Câmara de Vereadores de Vacaria RS


Secretário de Desenvolvimento Econômico de Bom Jesus RS Ordenava a Matança de Animais

Cães e gatos

Secretário de Desenvolvimento Econômico de Bom Jesus teria ordenado matança de animais, aponta inquérito policial

Suspeitos são indiciados por crime de maus tratos aos animais qualificados pela morte e associação criminosa

Atualizada em 01/12/2014 | 14h1701/12/2014 | 13h13
Secretário de Desenvolvimento Econômico de Bom Jesus teria ordenado matança de animais, aponta inquérito policial Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Animais foram encontrados mortos na manhã de 20 de novembroFoto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
O inquérito policial que indicia quatro pessoas pela matança de animais em Bom Jesus aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico como o mandante do extermínio de 126 cães e três gatos na cidade. Os outros indiciadossão funcionários da prefeitura. 

De acordo com o relatório policial, feito pelo delegado Flademir Paulino de Andrade, o secretário Rafael Oliveira Silveira, preocupado com os problemas causados pela proliferação de cães e gatos na cidade, teria encontrado a solução no extermínio dos animais. Ele teria convocado os outros três indiciados para a concretização da ação.  À reportagem do Pioneiro, Silveira negou participação no crime.


>> Noivado com suspeito motivou troca de delegada na investigação
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Os suspeitos foram indiciados pela polícia pelos crimes de maus tratos aos animais qualificado pela morte e associação criminosa.  Contudo, compete ao Ministério Público deferir acusação e ao Poder Judiciário decidir o caso.

O inquérito chegou na madrugada desta segunda ao Fórum, e foi encaminhado ao Ministério Público ainda nesta manhã. Se o MP oferecer a denúncia, o processo retorna ao Fórum para que os réus sejam cientificados com prazo para apresentar a defesa. 

O processo prossegue com a oitiva de réus e testemunhas em audiência, debates orais e sentença.  Considerando os prazos legais e o recesso de final de ano do Fórum, é possível que a audiência não seja marcada antes de março do próximo ano.

Caso condenados, as penas mínimas previstas para os crimes são de um ano de reclusão para associação criminosa e três meses e 15 dias para os maus tratos. Em razão do número de animais mortos, a pena de maus tratos pode ser aumentada em 2/3 caso seja reconhecida a continuidade delitiva. 

Contudo, é provável que a reclusão se converta em pagamento de multa e prestação der serviços à comunidade, como ocorrem em crimes cuja condenação é inferior a quatro anos de reclusão.

Passo a passo da investigação

O delegado responsável pela investigação sobre a matança de cães e gatos em Bom Jesus divulgou novos detalhes sobre o crime. Ao contrário do que havia divulgado o delegado regional Carlos Alberto Defaveri, o delegado Flademir Paulino de Andrade confirmou que dos quatro funcionários da prefeitura indiciados, apenas dois assumiram a participação no caso. Os demais negam envolvimento.

Nos dias posteriores à matança, a Polícia Civil de Bom Jesus obteve um vídeo que mostra um Corsa hatch circulando por uma rua central. O carro passou vagarosamente por um grupo de cães e se afastou. Não foi possível identificar a placa, mas os policiais observaram características como um adesivo e a cor. Em pouco tempo, se chegou ao dono do carro, que era um funcionário da prefeitura de Bom Jesus.
A partir dessa informação, houve troca no comando da investigação da Polícia Civil pois a delegada responsável se declarou impedida já que mantém relação com um funcionário da prefeitura. Na sexta-feira, dia 28, o delegado Flademir assumiu o caso. Com a identidade do dono do carro, os agentes tomaram o primeiro depoimento desse suspeito. Ele admitiu participação e atribuiu o envolvimento de outros três. Um segundo funcionário também assumiu ter ajudado no plano para exterminar os bichos. Os outros dois negaram.
Segundo depoimento dos funcionários que assumiram o crime, na quarta-feira, dia 19 de novembro, o grupo adquiriu 10 quilos de sebo em um açougue. O veneno teria sido injetado no sebo e distribuído em pedaços para os animais em 10 pontos diferentes de Bom Jesus. Apenas dois participaram diretamente do envenenamento. Perto dos bichos mortos, a polícia também encontrou restos de frango assado.
No sábado pela manhã, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em cinco moradias. Em duas casas, eles recolheram quatro garrafas plásticas e um saco contendo veneno para matar lesma, herbicida e um líquido amarelado não identificado. Ainda não se sabe esses produtos são os mesmos usados para matar os cães e gatos.
Uma das hipóteses da polícia é de que os bichos foram envenenados com pesticida usado para combater pragas em plantações de batata. Essa possibilidade também não se confirmou ainda porque a polícia aguarda o resultado de perícias.

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Fonte: Zero Hora

Deputada Federal Marisa Formolo