quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

NPC

Boletim do NPC — Nº 137 — De 1 a 15/1/2009 Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC Novas regras ortográficas
O BoletimNPC não está adaptado às novas regras ortográficas que entraram em vigor até 1 de janeiro de 2009. Como todos, temos até o dia 31 de dezembro de 2012 para fazer isto. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem como objetivo acabar com as diferenças na grafia das palavras entre os países de língua portuguesa.


NPC no Fórum Social Mundial
O Núcleo Piratininga de Comunicação promoverá duas oficinas no Fórum Social Mundial: “A criminalização da pobreza na mídia” e “Comunicação Sindical: a arte de falar para milhões”. Da primeira, participarão como expositores a editora do Boletim NPC, Claudia Santiago; Gizele Martins, do Jornal Cidadão, do Complexo da Maré; Márcia Jacintho, mãe de vítima da violência policial; e José Jorge Santos de Oliveira, morador da Vila Recreio, no Rio de Janeiro. Na segunda mesa estarão Claudia Santiago, Sheila Jacob e Vito Giannotti. Giannotti participa também de atividades promovidas pelo MST, pelo TIE-Brasil e pela revista Lutas Sociais, da PUC-SP.
O NPC participa do Fórum Social Mundial com o apoio recebido da Fundação Rosa Luxemburgo para passagens e hospedagem. As datas e horários das atividades estarão em nossa página na próxima semana.
Sintese aprova moção de aplausos ao NPC
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) nos enviou uma moção de aplausos ao NPC. O texto foi aprovado no XII Congresso Estadual da Educação promovido pelo Sindicato de 5 a 8 de novembro de 2008.
Diz a moção: Os trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (...) vêm apresentar MOÇÃO DE APLAUSO ao Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) pela luta constante em defesa da democratização dos meios de comunicação e do socialismo, como forma da população ter acesso a todos os bens culturais.
Os educadores sergipanos aplaudem essa Instituição que, insistentemente, vem trazendo aos trabalhadores (as) do Brasil o acesso à formação política, de forma a criar junto à sociedade formas de resistência e luta contra-hegemônica. Essa ação dos integrantes do NPC está contribuindo permanentemente para reforçar a luta rumo ao socialismo e, por tanto, merece o aplauso do Magistério Público de Sergipe.
Mensagem de aluna do Curso de Comunicação em Arraial do Cabo
“Só vim comunicar minha satisfação de ser parte do curso! As aulas têm sido cada vez melhores. Parabéns! Eu tenho ficado, cada vez mais, feliz com o curso e, hoje, também tenho mais certeza ainda que comunicação social é a minha área. :)
Obrigada por tudo.” (por Izabelle Felix)
Radiografia da Comunicação Sindical Sitraemg aposta na web
Hoje já existem muitos sindicatos que entraram na comunicação via Rádio-Web. Sempre há mais um. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal de Minas Gerais (Sitraemg) em 2008 passou a produzir programas de rádio e TV. A Rádio Web e a TV Web Sitraemg podem ser acessadas pelo portal www.sitraemg.org.br, clicando nas imagens de rádio e TV no canto superior direito da página.
Como informa a página do Sindicato, os filiados, além de ouvirem, também podem participar da programação, sugerindo músicas e os temas a serem abordados nos programas de notícias. O site também disponibiliza um arquivo com algumas entrevistas e programas já veiculados.
A Comunicação que queremos Conferência Nacional de Comunicação tem orçamento aprovado para 2009
Falta agora o decreto presidencial convocando a Conferência. Um recurso de 8,2 milhões para a realização do evento em 2009 já foi garantido no dia 18 de dezembro de 2008 pelo Congresso Nacional em votação sobre o Orçamento da União.
No dia 02 de dezembro, a Câmara dos Deputados, em Brasília, foi sede do Encontro Preparatório para a Conferência. Estiveram presentes cerca de 250 pessoas e 66 organizações de dezenas de estados brasileiros. A resolução do encontro propôs um calendário para a organização do evento. A edição do Decreto Presidencial convocando a conferência e a Portaria Ministerial constituindo o Grupo de Trabalho deveriam ter saído até o dia 31 de dezembro de 2008, mas a proposta foi desconsiderada pela presidência da república, apesar de um abaixo assinado com mais de 6 mil assinaturas ter sido entregue ao Ministério das Comunicações exigindo a realização da Conferência.
A idéia é que a atividade identifique e agrupe as demandas e vontades da sociedade civil para estabelecer políticas públicas para a área. O objetivo é permitir o controle social da comunicação no país, para que sirva e defenda o bem público, ao invés de atender apenas uma minoria, como vem sendo feito. O governo do Paraná é um dos que apóia explicitamente a realização da Conferência Nacional de Comunicação.

"Além de pedir ao Presidente Lula a convocação da Conferência, o Governo do Paraná, desde de agora, coloca-se à disposição das entidades que se mobilizam pela realização do encontro. Toda a nossa estrutura de comunicação, especialmente a Paraná Educativa, prestará o apoio possível à realização da Conferência e ao debate sobre o tema", disse Roberto Requião, governador do Paraná.De Olho Na Mídia Artigo é censurado em Sergipe a pedido de construtora
O jornalista José Cristian Góes, de Sergipe, escreveu um artigo sobre o terrorismo praticado pela construtora Norcon contra uma comunidade de pescadores tradicionais na localidade conhecida como Resina. O texto seria publicado pelo portal Infonet, mas na ocasião foi censurado, a pedido da construtora. A coluna que o jornalista mantém no site desde 2003 também foi retirada do ar.
Cristian Góes, entretanto, denunciou o fato através de e-mails em Sergipe, Brasil e fora do país. A repercussão foi grande, e inclusive uma emissora de rádio local fez programa de ampla audiência sobre o tema. Em apenas um dia, o portal de notícias recebeu milhares de e-mail de internautas e de entidades da sociedade civil indignados com a censura. Dois dias depois, a coluna retornou, com o artigo vetado publicado na íntegra.
Para Góes, três ensinamentos desse episódio: “não se calar diante da censura; a força da mobilização através dos e-mails (rede de solidariedade); e a vitória do reestabelecimento de um espaço importante para nós na luta contra a hegemonia da comunicação do capital".
O artigo Resina: terrorismo imobiliário às claras denuncia a intimidação que a construtora tem feito aos moradores do povoado para que abandonem o local. O esquema inclui cercas e capangas armados com o apoio das polícias civil e militar. A terra pertence à União, mas a construtora insiste em que lá será construído um resort. A Norcon já queimou barracos de moradores assustados que fugiram do local e no dia 20 de novembro, um senhor de quase 60 anos foi preso porque colhia côco na terra onde a construtora se considera dona.
O artigo completo já pode ser lido no portal Infonet: http://www.infonet.com.br/josecristiangoes/ler.asp?id=80427&titulo=Cristian_Goes
Grande Mídia esconde notícia do povo brasileiro. A serviço de quem?
[Com colaboração de Glauco Gouvêa/PB] No dia 12 de dezembro, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou o não pagamento dos bônus da dívida externa. Esta decisão soberana sebaseou nos fundamentos da auditoria realizada pela Sub-Comissão de Dívida Comercial. O termo “dívida comercial” se refere ao empréstimo contraído com bancos privados internacionais, atualmente representado por bônus.
Entretanto, na mídia brasileira nenhuma explicação sobre o trabalho dessa comissão e a que conclusões ela chegou.
A auditoria realizada pela subcomissão apurou, dentre outros itens:- Origem da dívida: endividamento contratado no período da Ditadura Militar;- Elevação unilateral e ilegal das taxas de juros pelos EUA a partir de finais dos anos 70;- Os empréstimos para o refinanciamento da dívida sequer entravam no país, mas eram direcionados ao pagamento direto no exterior aos bancos privados internacionais, sem registro no Equador;- Autoridades equatorianas renunciaram, em 1992, à prescrição da dívida (ou seja, a sua anulação, após 6 anos sem efetuar pagamentos), previstas nas leis dos EUA e Londres que regiam os convênios então vigentes;- Sucessivas trocas de dívidas por bônus Brady (1995) e Global (2000), sem entrega de recursos ao Equador, e em condições cada vez mais onerosas;- Negociação de dívidas já pagas e respaldadas por garantias colaterais;- De acordo com estatísticas do Banco Central do Equador, nos 30 anos analisados ( 1976 a 2006), houve uma transferência líquida aos bancos privados internacionais superior a US$ 7 bilhões, isto é, o montante dos pagamentos supera em US$ 7,13 bilhões os empréstimos. Mesmo assim a dívida com estes bancos aumentou de US$ 115,7 milhões para US$ 4,2 bilhões.
A moratória de parte da dívida do Equador anunciada por Correa foi tratada simplesmente de “calote” em nossa imprensa burguesa. Medo de que o mesmo aconteça por aqui?
Esta atitude do presidente Rafael Correa vem na mesma linha da atitude tomada no século passado no Brasil, quando Getúlio Vargas determinou que seu Ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha, realizasse uma completa auditoria da dívida externa. Na ocasião foi verificado que somente 40% dos contratos se encontravam devidamente documentados, o que gerou uma importante redução na dívida.

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