quarta-feira, 21 de maio de 2014

Deputado Federal Assis Melo

Assis Melo participa da entrega Ordem do Mérito a Paulo Bellini


Funcionário licenciado da Marcopolo, o deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) participou na noite de quinta-feira da entrega da Ordem do Mérito ao empresário Paulo Bellini. Empreendedor bem-sucedido e diretor de uma das empresas mais importantes da Serra e do país, Bellini é fundador há 65 anos da Marcopolo, fabricante de ônibus de Caxias do Sul. O empresário foi  homenageado na cerimônia de Outorga da Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A distinção é considerada uma das  mais alta condecoração da indústria brasileira. A premiação ocorreu na sede da FIERGS. O empresário agradeceu a presença do parlamentar, que foi convidado pela CNI.

Crédito da foto: Maurício Concatto/Divulgação

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Roberto Carlos Dias
Jornalista MTb 9396
Assessor do deputado
federal Assis Melo (PCdoB-RS)

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Concentração da Propriedade da Terra no Brasil


"Está em curso, no Brasil, uma concentração da propriedade da terra".
 
Entrevista especial com João Pedro Stédile

“Ganhe quem ganhe, continuará tudo igual. Só espero que não ganhe o Aécio, porque aí seria uma guerra”, diz o líder do MST.
A luta pela reforma agrária, que durante os séculos XIX eXX visava o combate ao latifúndio para democratizar o acesso à terra, hoje, tem outros adversários: “o capital financeiro, que domina a produção agrícola, as grandes empresas transnacionais e, óbvio, os fazendeiros que se modernizaram e aderiram a essa aliança”, esclarece João Pedro Stédile àIHU On-Line. Esses atores, que formariam a nova classe dominante do campo, se somam aos meios de comunicação para justificar “ideologicamente à população que o agronegócio é a única alternativa possível, que ele sustenta oBrasil, que produz alimentos baratos, etc.”, pontua.
Na entrevista a seguir, concedida pessoalmente, quando esteve na Unisinos, Stédile explica quais são as análises internas do MST em relação à reforma agrária, avalia os 12 anos dos governos Lula e Dilma e rebate as críticas, recebidas por setores intelectuais, de que os movimentos sociais foram cooptados pelo Estado a partir da ascensão do PT à presidência.
“Não é aí que devemos fazer a crítica”, assinala. E enfatiza: “O problema está quando um movimento social se subordina aos governos, e aí cada um que faça a sua avaliação. (...) O MST passou o tempo inteiro dos governos Lulae Dilma se mobilizando. Ninguém neste país tem moral para dizer que o MST parou de lutar. (...) Recomendaria que reflitam melhor a quem dirigem suas pedras, porque, na nossa concepção, mesmo que tenhamos críticas a outros parceiros da classe trabalhadora, temos de ter cuidado”.
Para Stédile, o ex-presidente Lula nunca “propôs reformas estruturais”. Ao contrário, acentua, o programa que Luladefendeu na campanha presidencial de 2002, e que lançou as bases do chamado neodesenvolvimentismo, tinha três objetivos claros: crescimento econômico, maior participação regulatória do Estado e distribuição de renda. “Nesse programa, não precisa fazer reforma agrária, não precisa tarifa zero [nos transportes], não precisa universidade para todos. Eu acho que Lula foi honesto; não enganou ninguém. Ele cumpriu o seu programa”, avalia.
O líder do MST também comenta as manifestações de junho de 2013 e assegura que elas “são parte da luta de classes”, ainda que alguns grupos não se identifiquem com essa análise. “Claro que eles são fruto da luta de classes, porque essa hegemonia da burguesia financeira e multinacional não resolve os problemas da classe trabalhadora — porque, se falta moradia, falta para a classe trabalhadora; se não há acesso à universidade, são os filhos da classe trabalhadora que não têm acesso; o transporte público afeta diretamente a classe trabalhadora”, acentua.
Em relação às eleições presidenciais deste ano, Stédile é pontual: “A candidatura Dilma e a candidatura Eduardo eMarina são candidaturas alternativas de um mesmo projeto: o neodesenvolvimentismo, cujos parâmetros estão bloqueados e não resolveram os problemas estruturais. A candidatura do Aécio seria o fim do mundo, a volta domodelo neoliberal”.
João Pedro Stédile é graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e pós-graduado pela Universidade Nacional Autônoma do México. É membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, do qual é um dos fundadores. Participa das atividades da luta pela reforma agrária no Brasil, pelo MST e pela Via Campesina.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – O MST realizou recentemente mais uma mobilização do Abril Vermelho. Este ano, entretanto, praticamente não houve repercussão na mídia, ao contrário da mobilização realizada em anos anteriores. Na sua avaliação, por que ocorreu esta falta de repercussão?
João Pedro Stédile – Do ponto de vista do calendário de mobilizações, neste ano, o dia 17 de abril caiu na Semana Santa, e decidimos fazer uma jornada de outro tipo, mais prolongada e duradoura, de acordo com a conjuntura de cada estado. Em alguns estados foram realizadas ocupações, como em Pernambuco; em outros estados, recém iniciaram-se as marchas, como em São Paulo; em outros, ainda, realizamos atividades nas cidades, como as feiras agroecológicas em Alagoas, e o lançamento do documentário O veneno está na mesa II, de Sílvio Tendler, no Rio de Janeiro. Então, o processo de mobilização ainda está em curso e não ficou concentrado numa só semana.
Entretanto, de fato, um dos grandes problemas que a luta social enfrenta no Brasil é a natureza da mídia, porque, além de ser uma mídia concentrada entre seis ou sete grupos econômicos, que usam os meios de comunicação para acumular riquezas — e não é por nada que a família Marinho é a segunda ou terceira família mais rica doBrasil —, essa mídia, nos últimos 10, 15 anos, adquiriu um papel ainda mais ideológico na sociedade e, em especial, na relação com as lutas sociais no campo.
O olhar condescendente da burguesia
Na época do capitalismo industrial, a luta pela reforma agrária dos camponeses era contra o latifúndio. A própria burguesia industrial nos olhava com certa condescendência, porque, afinal, depois que nós conquistássemos a terra e se multiplicasse o campesinato, geraríamos mais compras na indústria, maior integração no mercado. A burguesia em si não se sentia afetada e foi por isso que ela nos tolerou. Porém, de dez anos para cá, a nova classe dominante do campo não é mais nem o latifúndio, nem a burguesia industrial; formou-se uma nova classe dominante. E essa classe é formada pelo capital financeiro, que domina a produção agrícola, pelas grandes empresas transnacionais e, óbvio, pelos fazendeiros que se modernizaram e aderiram a essa aliança. E ainda há um quarto elemento da composição de classes: os meios de comunicação. A burguesia usa os meios de comunicação para justificar ideologicamente à população que o agronegócio é a única alternativa possível, que ele sustenta o Brasil, que produz alimentos baratos, etc. Quem faz esse discurso todos os dias? A mídia. Então, ela deixou de ser um canal informativo e passou a ser um palanque ideológico da burguesia. Ela participa permanentemente da luta de classes.
Basta ver as manifestações de junho de 2013 para saber como a mídia se comportou. No campo acontece a mesma coisa. A mídia procura invisibilizar as lutas sociais. Há companheiros nas universidades dizendo que o governo está criminalizando as lutas sociais. Não. Nosso problema não é só repressão policial. Nosso problema é a repressão ideológica que os meios de comunicação fazem contra qualquer luta social.
IHU On-Line - O que a mobilização organizada, a partir da realização dos grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, indica sobre o estágio atual das articulações do MST? O Movimento dos Sem Terra perdeu seu papel de liderança na política nacional?
João Pedro Stédile – O MST nunca se propôs a ser protagonista nem vanguarda de nada. Nós queremos apenas contribuir na luta pela reforma agrária e para as mudanças na sociedade. A luta de classes no Brasil e em qualquer parte do mundo, de acordo com a teoria da escola britânica de marxistas — Eric Hobsbawm, Giovanni Arrighi, etc. —, se dá em ondas de enfrentamentos entre as classes antagônicas num mesmo período histórico. No Brasil, desde 1989 houve um refluxo das massas após a classe trabalhadora ter sido derrotada no seu projeto democrático popular. A última grande greve no país foi em 1988, a última grande conquista que tivemos foi a Constituição de 88. Com a derrota [eleitoral] de 1989, quando de fato aflorou o neoliberalismo, e a burguesia virou hegemônica na sociedade brasileira, a classe trabalhadora refluiu e foi defender a sobrevivência.
O campesinato e as forças populares do campo, como não estavam ligados à luta direta pelo emprego, continuaram a mobilização até 2005. Então, a classe trabalhadora como um todo refluiu, porém os camponeses não. Nós, do MST, de 1997 a 2005, assumimos um protagonismo na luta contra o neoliberalismo que não esperávamos, porque continuamos mobilizados, e os outros não. De 2005 para cá, fruto de todo esse processo da luta, os camponeses também refluíram e, nós do MST juntos, como parte dessa onda histórica de refluxo.

"Nosso problema é a repressão ideológica que os meios de comunicação fazem contra qualquer luta social"

Significados das manifestações de junho
No ano passado, o ressurgimento das manifestações com a juventude teve dois significados: primeiro, que aquele programa de composição de classes do neodesenvolvimentismo, aplicado pelo Governo Lula-Dilma, não foi suficiente para resolver os problemas do povo e, em especial, da juventude (de universalização da educação, de moradia, de transporte público razoável), e por isso a juventude foi para a rua; o outro significado é que a juventude sempre é o termômetro que indica quando vai começar o reascenso, porque, como ela está fora do sistema de produção, enxerga e se mobiliza antes.
Então o grande anúncio das mobilizações do ano passado é de que há sinais de que será possível, a curto prazo, ocorrer um novo reascenso do movimento de massas, porém isso precisa ter um caráter classista. A classe trabalhadora organizada também está dando sinais de que está insatisfeita e quer mudanças. Onde encontramos o sinal que é invisibilizado pela mídia? A média anual das greves da classe trabalhadora industrial durante os 15 anos do neoliberalismo, inclusive no governo Lula, foi de 200 ações. Já no ano passado foram feitas 900 greves da classe trabalhadora, no setor industrial e dos bancários, que há anos não faziam uma greve nacional. Essas 900 greves são um sinal de que a classe trabalhadora pode não estar na rua, em marcha, mas começou a estar disposta a se mobilizar. O que falta é, no próximo período, construirmos pontes de unidade entre a juventude e a classe trabalhadora, para que seja construído um programa unitário de mudanças e reformas estruturais e se aglutinem energias para mobilizações sociais.
IHU On-Line – Houve luta de classes nas manifestações de junho de 2013?
João Pedro Stédile – Claro. As manifestações são parte da luta de classes.
 IHU On-Line – Embora os manifestantes não a identifiquem?
João Pedro Stédile – Embora não a identifiquem ou embora alguns grupos se considerem anarquistas. Claro que eles são fruto da luta de classes, porque essa hegemonia da burguesia financeira e multinacional (que inclusive maneteia o próprio governo, como diz Olívio Dutra), não resolve os problemas da classe trabalhadora — porque, se falta moradia, falta para a classe trabalhadora; se não há acesso à universidade, são os filhos da classe trabalhadora que não têm acesso; o transporte público afeta diretamente a classe trabalhadora. Foi um segmento da juventude que levantou primeiro a bandeira da tarifa zero, mas é uma bandeira da classe trabalhadora. Os principais estopins para mobilizar o pessoal das cidades é a recuperação da qualidade do transporte público e a luta pela tarifa zero, porque é possível, do ponto de vista da economia brasileira, garantir transporte gratuito para todos os trabalhadores.
IHU On-Line – Estas manifestações do chamado Outono Brasileiro suscitaram críticas aos movimentos sociais tradicionais, no sentido de que eles deixaram de fazer mobilizações e de que estariam saturados. Como o senhor vê essas críticas?
João Pedro Stédile – Isso é natural. Os movimentos sociais têm as suas características e as suas especificidades, que vêm de 20 ou 30 anos. Ou seja, temos um modus operandi, temos uma metodologia para organizar a luta, mas isso não quer dizer que ela se contrapõe à liturgia que a juventude, que está desorganizada enquanto classe, utiliza para ir para a rua. Eles utilizam outras formas de propaganda, de motivação, de comunicação — o principal veículo deles era o Facebook. A classe trabalhadora que está dentro da fábrica não precisa de Facebook; ela utiliza outros métodos. Então, qual dos métodos é bom ou ruim? Os dois são bons.
Precisamos não cair nesse simplismo, que às vezes alguns porta-vozes da juventude utilizaram, de criticar os outros movimentos porque eles fazem diferente. O diferente é bom; não precisamos ser todos iguais. Mas o importante é que estejamos dispostos a criar condições para todos lutarmos juntos, porque as conquistas de tarifa zero, de melhoria nos transportes, de moradia e universidade para todos só serão possíveis se todas as formas demobilização popular se organizarem para enfrentar o poder do outro lado.

“A classe trabalhadora que está dentro da fábrica não precisa de Facebook; ela utiliza outros métodos”

IHU On-Line – O movimento social recebeu muitas críticas após a eleição do governo Lula, entre elas, a de ter sido cooptado pelo Estado. Como o senhor recebe as críticas feitas aos movimentos sociais, inclusive ao MST, de terem sido cooptados pelo Estado?
João Pedro Stédile – É evidente que, dentro do movimento sindical, dos movimentos sociais, houve deslocamento de lideranças que tinham feito a luta de classes antes para assumir cargos públicos, mas isso não é problema nenhum. Ao contrário. As lideranças que se propuseram a trabalhar no governo não só têm o direito legítimo de fazer isso como contribuem para melhorar o governo. Porém, não é aí que devemos fazer a crítica. O problema está quando um movimento social se subordina aos governos, e aí cada um que faça a sua avaliação. Nós do MSTassumimos, como princípio organizativo, que todo movimento social deve ser autônomo quanto ao governo, ao Estado, às igrejas, aos partidos. Isso não quer dizer que não vamos nos relacionar. Ao contrário, nós temos de nos relacionar, mas temos uma linha política própria, metas próprias, formas de organização próprias.
O MST passou o tempo inteiro dos governos Lula e Dilma se mobilizando. Ninguém neste país tem moral para dizer que o MST parou de lutar. Ao contrário, esses mesmos que nos criticam pela esquerda não estavam nas nossas marchas, nas ocupações de terras que ocupamos, não estavam nos enterros das vidas que pagamos na luta de classes. As críticas de que o MST parou de lutar e está cooptado pelo governo não nos atinge. Recomendaria àqueles que as fazem que reflitam melhor a quem dirigem suas pedras, porque, na nossa concepção, mesmo que tenhamos críticas a outros parceiros da classe trabalhadora, temos de ter cuidado. As críticas têm de ser fraternais e em ambientes de reunião para que sejam construtivas. A crítica ácida, dura e permanente tem de ser contra os nossos inimigos de classe: a burguesia, os latifundiários, as multinacionais, as empresas de comunicação.
IHU On-Line – Essas críticas argumentam que o MST deveria ter um questionamento mais intenso em relação à postura do governo federal nos incentivos ao agronegócio, por exemplo.
João Pedro Stédile – Vocês são testemunhas, na página do IHU, do discurso do MST, que é sempre de “pau e pau”no agronegócio, no governo, quando erra; é só pesquisar no Google, se tiver paciência. No ano passado nós ocupamos dois ministérios. Qual foi o movimento social que ocupou algum ministério? Nós não somos contra as críticas; elas em geral nos ajudam, mas temo que muitas dessas críticas que vêm de setores esquerdistas são para fazer uma disputa ideológica besta. Era sobre isso que Lenin afirmava: “o esquerdismo é uma doença infantil”. Para dizer que você é melhor que os outros, você chama o outro de pelego. Mas se estamos corretos ou não, se somos melhores ou não para o povo brasileiro, só a história poderá dizer. No futuro, o povo vai julgar se o MST errou e onde errou. Nosso compromisso é com as mudanças sociais.
IHU On-Line - Como a questão agrária se insere na atual conjuntura política nacional? Será um tema presente nas eleições previstas para este ano?
João Pedro Stédile – A reforma agrária está paralisada, porque, mesmo quando se desapropria uma fazenda para resolver algum problema de acampamento, isso não é reforma agrária; é uma solução de um problema político e social. Em geral, essas desapropriações pontuais só resolvem o problema de um acampamento específico e não afetam a estrutura da propriedade da terra.
Reforma agrária no sentido stricto sensu é um programa de governo para eliminar o latifúndio e democratizar a propriedade da terra. O que está em curso no Brasil é uma concentração da propriedade da terra. Agora, por que isso acontece? Não é só por causa da ação de tal ou qual ministro. Isso acontece porque o capital financeiro e multinacional tomou a iniciativa de disputar a terra, a água, as sementes, e isso gerou uma hegemonia do agronegócio. O modelo de dominação capitalista está presente na produção, nas mercadorias agrícolas, na mídia, no Estado, no governo, como a força majoritária, e isso bloqueou a discussão e as conquistas da reforma agrária.

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Ativo Festivo de Assis Melo





Em ato festivo, trabalho de Assis Melo é destacado

O lançamento das pré-candidaturas do PCdoB na noite de sexta-feira em Caxias do Sul transformou-se em um ato político de reafirmação do compromisso do partido com a classe operária
“São esses homens e mulheres que produzem a riqueza da nossa nação. Por isso, é o momento de acentuarmos nosso projeto, dando sustentação à quarta vitória do povo, com Dilma”, reforçou Assis.
O ato regional de apresentação dos nomes de Assis Melo, que concorrerá à reeleição, Abgail Pereira, ex-secretária de Turismo do Estado, Leandro Velho, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Rafael Bueno, vereador, e André Oliveira, ex-vereador de Capão Bonito do Sul. Além da nominata regional, o nome da pré-candidata ao Senado, Emília Fernandes, foi reafirmado. Num primeiro momento, o PCdoB caxiense trabalhava com quatro nomes de pré-candidatos à Assembleia Legislativa, mas o empresário João Carlos Berti acabou abrindo mão de participar do próximo pleito.
“Essa energia que contagia e emociona é a certeza de que temos lado, sim, e esse lado é junto do povo e em defesa do desenvolvimento, com a determinação e garra de uma militância inquieta, que sabe erguer e empunhar a bandeira quando convocada para a luta. Não vamos nos intimidar de levar nossas propostas em todos os recantos da cidade e do Rio Grande do Sul”, completou Assis.
O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves, falou em nome da delegação dos prefeitos, secretários e vereadores de diversas regiões do Estado, inclusive do Litoral Norte, que compareceram no jantar em Caxias.
“O deputado Assis conseguiu com seu mandato não apenas acentuar e fortalecer a luta em defesa dos trabalhadores, mas também capilarizar seu mandato para região, ajudando muito no desenvolvimento, como de estradas. Hoje, o deputado Assis não é importante apenas para Caxias e região no Congresso Nacional, mas para todo o Brasil, porque é uma voz que se ergue altiva e com muito trabalho em Brasília, que repercute nas nossas cidades e regiões por meio da atenção dispensada pelo deputado. Precisamos do deputado Assis na Câmara dos Deputados.”   
As falas de Assis e a defesa do seu nome ecoaram nas manifestações dos pré-candidatos à Assembleia, mas também no discurso inflamado de Emília Fernandes, da deputada federal e presidenta estadual do partido Manuela D'Ávila, do deputado estadual Raul Carrion e do presidente do PCdoB de Caxias, Déo Gomes.

Fotos Maurício Concatto/Divulgação

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Roberto Carlos Dias
Jornalista MTb 9396
Assessor do deputado
federal Assis Melo (PCdoB-RS)

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LBV




Penas de Vandalismo


                                       

Djalba Lima

Projeto é tentativa criminalizar manifestações, diz Lindbergh Farias
Sem acordo, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) suspendeu, nesta quarta-feira (14), a votação, em decisão terminativa, do projeto que altera o Código Penal para reprimir crimes ocorridos em manifestações ou concentração de pessoas. A decisão de transferir a votação para a próxima quarta-feira (21) foi adotada pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que estava na presidência da reunião, após sugestão do senador Humberto Costa (PT-PE).
A existência de dois votos em separado sobre a matéria já era indício da grande polêmica que acabou dominando a maior parte da reunião da CCJ. Um desses votos, assinado pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), pede simplesmente a rejeição do projeto. O segundo, do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), prevê pena de reclusão de 8 a 12 anos para quem pratique dano de incêndio em veículos, instalações, estações e terminais de passageiros do serviço de transporte público coletivo de passageiros.
Após considerar "demasiadamente amplo" o projeto original (PLS 508/2013), de autoria do senador Armando Monteiro (PTB-PE), o relator, senador Pedro Taques (PDT-MT), apresentou um substitutivo. Taques optou por aumentar as penas para crimes já tipificados, caso eles sejam cometidos no contexto de vandalismo.
A proposta de Taques considera circunstância agravante para a pena o uso de máscara, capacete ou qualquer outro utensílio ou expediente destinado a dificultar a identificação de quem comete o crime. Também define como homicídio qualificado, com reclusão de 12 a 30 anos, o crime em manifestações e concentração de pessoas. A pena para lesão corporal poderá ter um acréscimo de 50%, se cometida nas mesmas circunstâncias.
Por fim, o substitutivo tipifica o dano ao patrimônio público ou privado praticado durante manifestações públicas. A pena é de reclusão de 2 a 5 anos, além de multa.
Criminalização
Lindbergh considerou a proposta uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais e as manifestações. Na opinião do senador, nunca foi tão difícil a um jovem de 18 anos protestar como nos dias de hoje – no Rio de Janeiro, 300 foram presos de uma vez, em manifestação. Lindbergh lembrou que, com 18 anos de idade, como integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), ele e Randolfe invadiram a Bolsa de Valores na véspera da privatização da Vale do Rio Doce.
– Quebramos as portas e invadimos. Com 18 anos, eu acreditava, naquele momento, que nós estávamos num grande projeto de defesa do Estado – afirmou, defendendo a oferta de diálogo aos jovens, e não endurecimento.
Randolfe disse que a proposta pretende emprestar a uma condição desejada pela democracia – a ocorrência de manifestações populares – o papel de qualificadoras de crimes, aumentando sensivelmente as penas previstas no Código Penal.
Também contrário ao projeto, o senador Humberto Costa questionou o que considerou subjetivismo e imprecisão de alguns pontos do substitutivo. O parlamentar citou, por exemplo, a utilização de máscara ou outro utensílio que dificulte a identificação.
Segundo ele, os cara-pintadas usavam tinta no rosto não com o objetivo de dificultar a identificação, mas para expressar seu protesto. A utilização de lenços com vinagre, nos protestos na época da ditadura, conforme o senador, tinha o objetivo de neutralizar os efeitos do gás lacrimogêneo.
– O objetivo não era fazer qualquer delito; era de expressar um posicionamento, uma postura, um emblema, um símbolo. Como é que nós vamos, agora, dar maior gravidade a um crime pelo fato de ele ser realizado com máscara, dentro de uma mobilização?
A senadora Ana Rita (PT-ES) observou que o Brasil já tem leis suficientes para punir eventuais excessos e anunciou voto contrário ao projeto.

Mulheres Brasileiras


Vídeo mostra como a imagem da mulher brasileira é construída pela mídia
 
Adital
O vídeo "Mulheres brasileiras: do ícone midiático à realidade” traz depoimentos de mulheres que defendem os diretos femininos e apontam que a maioria dos meios de comunicação e da mídia no Brasil desvaloriza a mulher e a trata como mercadoria. O vídeo critica o modelo de publicidade brasileiro, a falta de democratização da comunicação e promove um debate a respeito dos direitos das mulheres e do papel da mídia na formação da subjetividade das pessoas.
Os depoimentos de Rita Freire e Terezinha Vicente, membros da Rede Mulher Mídia, expõem como a mulher brasileira é tratada pela grande mídia e alertam que o padrão de mulher veiculado nas mídias não reflete a brasileira. Para Rita, a imagem veiculada nos meios de comunicação contribui para reproduzir um padrão de beleza incompatível com a realidade da população, trata a mulher como mercadoria e ainda contribui para a erotização das crianças.
O vídeo alerta que o padrão veiculado, por exemplo na TV, não reflete a diversidade, pois as imagens são sempre de loiras altas, magras e heterossexuais, que em nada remetem à maioria dos brasileiros. A publicidade que reproduz propagandas de cervejas, associando a figura da mulher à bebida, ao futebol e à sensualidade são criticadas no vídeo e é feita uma critica à legislação do país em relação à comunicação.
Para Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão, a legislação precisa mudar, pois o Brasil possui ainda leis antigas, com mais de 50 anos. Segundo ela, a legislação precisa democratizar a comunicação no país.
Os depoimentos da psicóloga Iris Miranda e da jornalista Melissa Miranda chamam a atenção para o movimento da Marcha das Vadias, que surgiu em várias partes do mundo, chegou no Brasil e ganhou força através de mobilizações nas redes sociais.
O vídeo é pequeno, mas promove uma reflexão sobre como os direitos das mulheres são desrespeitados e como a mídia pode interferir na subjetividade humana. O vídeo expõe também difícil tarefa de defender os direitos das mulheres em uma sociedade que está imersa em uma cultura machista e manipulada.
Para assistir ao vídeo acesse: 

Ficha Técnica:
Diretora Laura Toledo Daudén, Andrea Menor e Alba Onrubia Gago García
Produção: Povos-Magazine Informação e Debate e Paz com Dignidade
Duração: 14 minutos
Ano: 2014
Idiomas: Português, castelhano e basco legendas