domingo, 19 de setembro de 2010

Ficha Limpa


Caros amigos,
O STF poderá liberar candidatos corruptos nas eleições! Políticos corruptos estão apelando para a legalidade da Ficha Limpa. Vamos deixar claro o que os brasileiros querem. Assine a petição, ela será entregue para o STF em alguns dias:
A Ficha Limpa corre sério risco. Candidatos corruptos, barrados das eleições de outubro, estão apelando para o Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a “constitucionalidade” da lei. Se eles ganharem todos os candidatos corruptos que conseguimos banir, serão liberados para disputar as eleições de outubro. O STF está dividido, alguns juízes defendem a aplicação imediata da Ficha Limpa, mas os outros estão dizendo que a lei só deverá valer para 2012. Eles irão julgar a constitucionalidade da Ficha Limpa a qualquer momento. Nós precisamos agir rápido e deixar claro para os juízes do STF que a sociedade civil brasileira lutou arduamente para passar a Ficha Limpa e queremos que ela seja válida para as eleições de outubro! Assine a petição ao STF pedindo a validação da lei Ficha Limpa. A petição será entregue diretamente ao Presidente do STF em alguns dias! http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_supremo/?cl=747029266&v=7156 Graças à Ficha Limpa, mais de 242 candidatos notoriamente corruptos foram barrados das eleições de outubro. Esta lei simboliza uma melhoria imensa na qualidade dos nossos governantes. Porém, em uma medida desesperada para permanecer no poder, os candidatos banidos estão recorrendo ao STF para julgar a Ficha Limpa inconstitucional, a fim de concorrer nas eleições de outubro. A Ficha Limpa é uma das leis mais democráticas do país, sendo introduzida e aprovada por um esforço da sociedade civil brasileira sem precedentes. Ela se tornou um símbolo de esperança por um governo livre da corrupção. Percorremos um longo caminho pressionando o Congresso, com telefonemas, e-mails e mobilização popular, agora precisamos nos certificar que o STF irá defender a vontade dos brasileiros e não dos corruptos. Assine a petição agora para garantir a validade da Ficha Limpa em outubro: http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_supremo/?cl=747029266&v=7156 Obrigado por fazer parte deste incrível movimento contra a impunidade e por um governo sem corrupção. Com esperança por uma eleição sem corruptos,Graziela, Alice, Ricken, Paul, Milena, Iain, Mia, Alex and the whole Avaaz team Saiba mais: Supremo Tribunal Federal pode votar Ficha Limpa antes das eleições: http://www.band.com.br/jornalismo/eleicoes2010/conteudo.asp?ID=100000344787 TREs barraram 242 candidatos pela Lei da Ficha Limpa: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tres-barraram-242-candidatos-pela-lei-da-ficha-limpa,608091,0.htm Roriz aguarda decisão do Supremo, que está dividido sobre a Ficha Limpa: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/12/noticia_eleicoes2010,i=212573/RORIZ+AGUARDA+DECISAO+DO+SUPREMO+QUE+ESTA+DIVIDIDO+SOBRE+A+FICHA+LIMPA.shtml
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O Futuro da Esquerda

O futuro da esquerda

(*) publicado no Correio da Cidadania.


Escrito por Wladimir Pomar
15-Set-2010
O fim da civilidade, decretado pela direita tucano-pefelista, neste último mês de campanha, está trazendo à luz pelo menos três aspectos da realidade brasileira.
Primeiro, a natureza reacionária e antidemocrática dos novos representantes políticos da burguesia financeira e da burguesia agrária. Segundo, a oposição de grandes parcelas das camadas populares e das classes médias a tal reacionarismo. E, terceiro, as clivagens da esquerda diante dessa polarização.
A nova direita política é, em grande parte, formada por parcelas oriundas da intelectualidade política democrática e de esquerda que se defrontou com a ditadura militar. No curso da emergência das lutas operárias e populares e da formação do PT, assim como da ofensiva ideológica e política do neoliberalismo, muitos de seus membros se transformaram no oposto do que representaram no passado.
Com isso, repetem uma experiência histórica peculiar da esquerda brasileira, que teve em Carlos Lacerda seu expoente mais significativo. Quem conheceu esse personagem da história brasileira certamente se lembrou dele ao assistir ao candidato Serra deblaterando sobre a suposta tolerância de Lula com "quem rouba", e qualificando a candidata Dilma de "envelope fechado". A grande desvantagem de Serra é que não tem a oratória de Lacerda, nem um ambiente de conspiração militar generalizada. Mas a natureza golpista e reacionária é a mesma.
Essa truculência tucano-pefelista também está colocando em evidência algo que uma parte da esquerda se nega a ver. Isto é, que grandes massas do povo brasileiro consideram as atuais eleições como um acerto de contas com a herança de FHC e depositam uma firme confiança em Lula e no PT. Ou seja, além de encararem as atuais eleições como polarizadas e plebiscitárias, grandes parcelas do povo estão convictas de que as mudanças implantadas pelo governo Lula, mesmo contendo erros e problemas, relacionados ou não com suas alianças políticas, apontam para um caminho seguro de transformação social e política.
Uma parte da chamada esquerda democrática se encontra perdida na enseada tucano-pefelista, sem se dar conta de que está dormindo com o inimigo. É doloroso ver candidatos dessa esquerda, com discursos de mudanças democráticas e populares, sendo apresentados por FHC, Serra, César Maia e outros personagens que quase quebraram o Brasil e levaram o povão ao desemprego e à miséria.
A parte da esquerda que se considera revolucionária está na oposição. Embora procure se distanciar da direita que também é oposição, seu inimigo principal e alvo de seus ataques tem sido o governo Lula e a esquerda que apóia Dilma. Na prática, o povão acaba confundindo-a com seus inimigos de direita.
A maior parte da esquerda, que apóia Dilma, também se debate diante da realidade complexa do país. Isto parece ser mais evidente dentro do PT, onde havia uma corrente que pregava abertamente a impossibilidade de uma eleição polarizada e trabalhava para construir pontes com o tucanato. A evolução da campanha eleitoral, apesar da ausência de ataques petistas ao tucanato, está demonstrando que aquela corrente estava totalmente enganada, pelo desconhecimento da natureza antidemocrática e reacionária do tucano-pefelismo.
Também é dentro do PT que continuam se apresentando brechas relacionadas com a tibieza em adotar procedimentos ideológicos, políticos e organizativos condizentes com um partido de esquerda que quer transformar o Estado e a sociedade. Um partido desse tipo não pode ter aloprados, filiados facilmente cooptáveis por dinheiro fácil, nem agentes infiltrados que possam navegar tranqüilamente por suas fileiras. Se o PT não adotar procedimentos que o blindem contra os arrivistas e oportunistas que procuram fazer carreira em qualquer partido que seja governo, aquelas brechas podem se tornar voçorocas, deixando-o indefeso diante das armações que tendem a crescer nas disputas institucionais.
Nessas condições, a vitória do PT e Dilma não representará apenas um acerto de contas com a ideologia e as políticas neoliberais, condensadas na candidatura Serra. Nem apenas um impacto muito sério na esquerda que se aliou à direita, formal ou informalmente, nos ataques ao governo Lula e à candidatura Dilma. Ela deverá representar também uma reestruturação ideológica, política e organizativa do PT, se esse partido quiser enfrentar com sucesso os desafios para aprofundar as mudanças democráticas, econômicas e sociais que as camadas populares reclamam.
Wladimir Pomar é escritor e analista político. -----Anexo incorporado-----
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Serra perde o Controle



Serra perde o controle em entrevista na CNT e ataca jornalista Márcia Peltier

Priscila Tieppo/Portal TerraEm gravação do programa Jogo do Poder, da CNT, o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, se irritou com perguntas sobre a quebra de sigilos de tucanos e pesquisas e ameaçou deixar a entrevista.O candidato disse que eles "estavam perdendo tempo falando daqueles assuntos", enquanto podiam dar ênfase aos programas de governo dele. Após a apresentadora Márcia Peltier citar que a quebra de sigilo teria acontecido em 2009, antes do anúncio das candidaturas à presidência, Serra subiu o tom:
- Que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui precioso, estamos repetindo os argumentos do PT, que você sabe que são fajutos, estamos perdendo tempo aqui.Márcia tentou contemporizar, mas não conseguiu acalmá-lo. "A candidata do PT virá aqui?", perguntou. Após a afirmativa de Márcia, ele retrucou: "então, pergunta para ela"."Agora nós vamos falar sobre programas", tentou prosseguir a apresentadora. Neste momento, Serra levantou-se e ameaçou sair do estúdio. Tentando arrumar o fio do microfone, disse: "eu não vou dar essa entrevista, você me desculpa".Márcia insistiu dizendo que eles falariam de programa de governo, mas ele se manteve firme. "Faz de conta que eu não vim". "Mas porquê, candidato?", disse, ainda sentada. "Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério. (...) Apaga aqui". "O que o senhor quer que apague?", perguntou Márcia. "Apague a TV pra gente conversar".Márcia pediu que as câmeras fossem desligadas e as luzes do estúdio apagadas, mas Serra continuou falando: "porque isso aqui está parecendo montado". "Montado para quem? Aqui não tem isso", defendeu a jornalista.O candidato voltou a reclamar da pauta das perguntas - que até então, havia se fixado nos acessos fiscais e sobre as pesquisas. "Me disseram que eu ia falar de política e economia".Depois de conversar reservadamente com Márcia e o apresentador Alon Feuerwerker, Serra voltou ao estúdio e respondeu a questionamentos sobre economia, saúde e saneamento básico.Ao final da gravação, Serra foi questionado pelos jornalistas que estavam no local sobre sua irritação. O candidato negou ter se irritado e afirmou que apenas estava "com estômago ruim" porque não tinha tomado café da manhã.Segundo a assessoria de imprensa da emissora, as perguntas feitas ao candidatos sobre os assuntos que o incomodaram serão mantidas na edição que irá ao ar nesta quarta-feira (15), às 22h50. A reportagem do Terra , que se encontrava numa sala vizinha ao estúdio, tem o diálogo gravado.


De: MVM<==>News
De: Eloisa Elena


15 de setembro de 2010

Serra na CNT, quando o programa foi gravado.
Agora, na apresentação do programa, eles cortaram a parte que o Serra se descontrola. Esses jornalistas...ee

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15 de setembro de 2010
José Serra (PSDB) durante gravação de entrevista ao programa Jogo do Poder na TV CNT, deu 'piti', bateu boca e ameaçou abandonar a entrevista porque não gostou das perguntas de Márcia Peltier.Serra deu a entender que as perguntas não estavam conforme "combinadas".

Assista o vídeo:

2:18+
Serra briga com Marcia Peltier em entrevista

http://www.youtube.com/watch?v=xSY6XpDe2e4
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Comunistas


Denúncias Eleitorais


O velho filme das denúncias eleitorais


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBP1QRG-sCiel2QZAnSQlPsVy2KNS37Sqj3_22WeCvPgcLIDkPC0WJUF5QQwTHtGwwaA6qdH2S0l5cf1nb66aZFTeA9QNbRqUMwhDBOs83PySbZFc40hoRkc4dENs_-PxJ-oIYwv8XOJDK/s1600/BESSI09456.jpg



O roteiro é conhecido, o filme é velho, mas continua a ser exibido a cada quatro anos, quando se anunciam mudanças políticas no Brasil. É um filme B, de candidatos a canastrão, de poucas locações, mas ainda assim caro, muito caro, pelo preço cobrado e pelas repercussões na vida econômica do Brasil. É uma película grossa, repleta de truques manjados, repetidos à exaustão, sem qualquer voo tecnológico ou design de jornadas nas estrelas, mas ainda assim eficaz como uma armadilha de sexo, cujo final é sempre conhecido, mas ainda assim sedutor.

Os mais maduros já viram. Assim como neste setembro de 2010, quando aparece a denúncia do vazamento do sigilo da pulcra filha de Serra, cuja pulcritude não conseguiu arrancar votos de Dilma, apesar do reforço da pulcríssima candidata Marina... assim como nestes últimos dias, quando surgiu mais um escândalo, desta vez para responsabilizar a Casa Civil do governo Lula, utilizando a ponte do filho da substituta de Dilma, que não está mais do governo, mas “aí tem coisa”, pois os links se fazem com lances de ilusionismo, não custa lembrar a última exibição desse arrasa quarteirão da guerra política.

Em setembro, Lula, que estava próximo a ganhar as eleições no primeiro turno, recebeu um golpe desse filme em 15 de setembro de 2006. O dia desse clássico da velhacaria não é certo. Mas o título, sim. Na sua versão de 2006, ficou conhecido “O escândalo do dossiê”. O certo é que em 16.09.2006 a Folha de São Paulo denunciou:


“PF prende petistas acusados de comprar dossiê anti-Serra

A Polícia Federal apreendeu ontem US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão (R$ 1,7 milhão), em um hotel de São Paulo, em poder do petista Valdebran Carlos Padilha da Silva, empreiteiro mato-grossense, e de Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-agente da PF. Eles estavam intermediando a compra de vídeos, fotos e documentos que mostrariam suposto envolvimento dos candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra com a máfia dos sanguessugas.”

A duas semanas do primeiro turno de 2006, um raio de Cecil B. DeMille riscou os céus do Brasil. A hipocrisia e a malandragem se juntaram em uníssono. Com espaço aberto em toda grande imprensa, instigados, como dizem os jovens hoje, vieram as vozes dos varões de Plutarco:


“Pega ladrão! (A chantagem eleitoral de Lula)
JORGE BORNHAUSEN
SURPREENDIDO, o ladrão antecipa-se ao alarme e grita: "Ladrão! Pega ladrão!". Mistura-se aos seus próprios perseguidores e se livra da polícia. (Ou então, numa variável da cena, usada como cortina cômica dos picadeiros de circo de antigamente, o ator que faz o papel do descuidista ou do sedutor apanhado em flagrante de adultério grita "Fogo! Fogo!", e aproveita a confusão pra fugir.)...


Heloísa compara PT a facção criminosa por elo com dossiê
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GOIÂNIA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A candidata do PSOL à Presidência Heloísa Helena classificou o PT como "organização criminosa" ao comentar, ontem, a participação de membros do partido na compra de dossiê contra tucanos....
É mais prático afastar Lula, diz Alckmin

O candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, afirmou ontem, quando questionado sobre a série de demissões no PT e no governo provocadas pelas crises políticas, que é ‘mais prático afastar o Lula’.

Cinco ministros afastados, indiciados, denunciados, a direção do PT envolvida em escândalos, agora um novo. Eu acho que tem que afastar o Lula, é mais prático”.

Mas faltava para a televisão a imagem escandalosa do crime. No dia 29 de setembro, pela versão da mídia, uma “pessoa” (o criminoso em off) entrega aos jornalistas um CD com as fotos do dossiê. O Delegado da Polícia Federal de São Paulo, Edmilson Pereira Bruno, declara que foi vítima de furto, ao contar que as fotos vazadas foram roubadas de sua sala. Na verdade, desde 28 de setembro as fotos das pilhas de dinheiro haviam sido tiradas pelo próprio delegado. Em seguida, como se não soubesse de nada, deu entrevista dizendo que abriria investigação para descobrir como as fotos foram parar na imprensa.

Era tudo de que precisava o filme do escândalo. O Jornal Nacional, no dia 29 de setembro, dois dias antes das eleições do primeiro turno, deu o furo, previsível, programado, das pilhas do dinheiro dos “petistas”. E Lula foi para o segundo turno.


Esse é o enredo, o roteiro. Esperamos não ter desta vez, nestes tempos da web livre, mais um campeão de audiência.


De: http://www.diretodaredacao.com/noticia/o-velho-filme-das-denuncias-eleitorais
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Homicídio em Santo Angelo

Polícia Civil prende trio acusado de homicídio em Santo Ângelo17/09/2010 16:07
Após dois meses de investigação, agentes da equipe de investigações da Delegacia de Polícia de Santo Ângelo prenderam preventivamente a três indivíduos, nessa quinta-feira (16). Segundo a Polícia, o trio é responsável pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Orfilo Júnior Ribeiro dos Santos. De acordo com o titular da DP, delegado Cairo Abreu Ribeiro, o crime ocorreu em julho deste ano e o corpo foi encontrado com marcas de tiro na cabeça, às margens da RS-344, em Santo Ângelo. O delegado informou ainda, que o veículo suspeito de ser utilizado no crime foi apreendido.
O trio foi encaminhado ao sistema prisional.
Fonte: Ascom SSP

Roda Viva

Mano Menezes
Técnico da seleção brasileira de futebol
Ele ocupa um cargo que mexe com a paixão do brasileiro: o de técnico da seleção brasileira de futebol. Ganhar já é obrigação para quem ocupa essa vaga, mas em 2014 essa tarefa vai além. Mano Menezes aceitou o desafio de liderar a seleção responsável por conquistar o título na Copa do Mundo de 2014, que será disputada no Brasil.Mano Menezes começou no futebol gaúcho, depois passou pelo Corinthians, sendo o responsável pelo título que garantiu o retorno da equipe à primeira divisão; a conquista da Copa do Brasil, que classificou o time para a Libertadores da América desse ano, e o Campeonato Paulista de 2009 invicto.Participam como convidados entrevistadores: Michel Laurence, jornalista da TV Cultura; Paulo Moreira Leite, jornalista; Mylena Ciribelli, apresentadora da REede record; Mauro Beting, colunista do jornal Lance!, comentarista da Rádio e TV Bandeirantes e apresentador do Bandsports.Apresentação: Marília Gabriela
O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h00.Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva

Fácil de Explicar


Poa, 17/09/10
FÁCIL DE EXPLICAR MESMOS!!!
Beijos.
Deise Nunes.

Em algum lugar neste país, um prédio de 4 andares foi totalmente destruído pelo fogo; um incêndio terrível.No1º andar todas as pessoas das 10 famílias de Sem-teto, que haviam invadido, faleceram no incêndio.
No 2º andar, todos os componentes das 12 famílias de retirantes, que viviam dos proventos do "Bolsa Família", também não escaparam.
O 3º andar era ocupado por 4 famílias de ex-guerrilheiros, todos beneficiários de ações bem sucedidas contra o Governo, filiados a um Partido politico influente, com altos cargos em estatais e empresas governamentais, que também faleceram.
No 4º andar viviam engenheiros, professores, empresários, bancários, vendedores... enfim, trabalhadores com suas famílias. Todos escaparam !
Imediatamente o "Presidente da Nação" e toda a sua assessoria mandou instalar um inquérito para que o "Chefe do Corpo de Bombeiros" explicasse a morte somente dos cumpanheiros e porque somente os moradores do 4º andar haviam escapado.
O Chefe dos Bombeiros respondeu:
- "Eles não estavam em casa - estavam trabalhando !!!

Senador Paulo Paim





Em Marau, Paim fala a trabalhadores rurais aposentados Durante encontro regional de trabalhadores rurais aposentados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), no município de Marau, o candidato à reeleição, senador Paulo Paim disse que uma das suas prioridades para o próximo mandato será a aprovação de Projeto de Lei que cria o Fundo de Amparo ao Trabalhador Rural (FAT Rural). Leia Mais
Esquina Democrática reúne centenas de gaúchos e gaúchas que estão com Tarso, Beto, Paim e Abgail Leia
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Comerciários de Canoas apóiam Paulo Paim Leia
“Conto com todos vocês”, diz Paim em Caxias do Sul Leia
Chá com mil mulheres em CanoasUm grande evento no Sindicato dos Metalúrgicos aguardava a chegada do senador Paulo Paim, na tarde de sábado,11, em Canoas. Mais um momento de emoção vivido por Paim que chegou às 17 horas acompanhado do prefeito Jairo Jorge. O senador foi recebido com muita festa e por uma chuva de balões coloridos... Leia Mais
A saudade é um rio - Meu diário de campanha - Sou Paim senador Leia
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Jornalismo

JORNALISMO DE ESGOTO (I)


Laerte Braga


Os dias que antecedem as eleições presidenciais de outubro têm sido pródigos em denúncias de irregularidades envolvendo figuras do governo Lula.

As primeiras denúncias contra a ministra Erenice Guerra, chefe da Casa Civil foram feitas pelo jornal FOLHA DE SÃO PAULO. Um “empresário” apareceu como testemunha de uma ação criminosa num processo de financiamento do BNDES (BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL).

Quadrilhas funcionam como empresas, ou empresas funcionam como quadrilhas. São iguais. Diferem no fato de empresas se constituírem no chamado mundo institucional, do qual têm o controle e operarem dentro de leis montadas de um jeito que os “negócios” tenham a chancela de legalidade.

Como aquele certificado de qualidade, que a princípio era conferido a quem de fato oferecesse qualidade e hoje se adequou ao mundo das elites econômicas, pagou levou.

Qualquer quadrilha tem um contador. Beira-mar tem. Um departamento jurídico. Beira-mar tem. E assim por diante.

No caso da mídia privada no Brasil o papel exercido pelos grandes jornais e pelas grandes redes de tevê e rádio é o de executar. Tarefa que nas quadrilhas que não conseguiram nem a chancela de “operações legais”, muito menos o certificado de qualidade do produto, fica com o chamado pistoleiro.

FOLHA DE SÃO PAULO, por exemplo, à época da ditadura, operava na desova de cadáveres de presos políticos assassinados nas prisões da repressão. Os caminhões que entregavam os jornais às bancas, ou os levava para outras cidades, jogavam corpos num e noutro canto. A polícia chegava depois, tudo montadinho e um legista de nome Harry Shibata (foi cassado pelo Conselho Regional de Medicina, indigno do exercício da profissão) atestava, após “autópsia”, que a morte se dera por fraturas múltiplas provocadas por atropelamento.

Os caixões eram entregues às famílias lacrados e com expressa proibição de ser aberto. O velório era “honrado” com a presença de esbirros da ditadura para evitar qualquer problema. Tipo abrir o caixão e perceber que vítima tinha sido torturada, estuprada, etc.

Procedimento padrão dos coronéis da ditadura. Coronéis como Brilhante Ulstra (fervoroso “patriota”) e a corja que o seguia. Inclusive o delegado Sérgio Fleury.

O jornalista Luís Nassif, de indiscutível seriedade, dignidade no exercício da profissão, desmontou a acusação feita pelo jornal – FOLHA DE SÃO PAULO – contra a ministra Erenice, parte do esquema de forçar a barra com mentiras diárias até que o candidato José Arruda Serra, representante da grande quadrilha tucana/DEM possa sair da UTI das pesquisas, do balão de oxigênio e tenha alguma chance de vir a ser eleito presidente da República.

É só ler o que está abaixo.

FOLHA
A mentira na primeira página - Nassif desmonta acusação do jornal
O que a Folha está fazendo é algo inédito, que nunca testemunhei em quarenta anos de jornalismo, mesmo com todos os exageros dos anos 90. Ontem, apresentou um suposto empresário, sócio de uma empresa, a EDRB, que teria pleiteado um financiamento de mais de R$ 9 bilhões no BNDES.
Em um boxe pequeno, o jornal admitia que esse poço de virtudes – cuja palavra era a única prova que apresentava – tinha dois inquéritos por golpes na praça (interceptação de carga roubada e posse de dinheiro falso) e passara dez meses preso em 2007. Essa é a única fonte na qual o jornal se baseou para a denúncia.

Está em

http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/folha-a-mentira-na-primeira-pagina-nassif-desmonta-acusacao-do-jornal.html

Em 2006 a GLOBO armou dois esquemas para tentar eleger Geraldo Alckimin. O primeiro foi tal CARAVANA DA CIDADANIA. O ex-governador Roberto Requião, Paraná, chamou o jornalista Pedro Bial de mentiroso, Miriam Leitão de leviana e a GLOBO se viu na contingência de pedir desculpas, já que mentira (a REDE e os jornalistas mentiram sobre o porto Paranaguá e mentiram deliberadamente, sabendo que estava mentindo, com propósitos políticos)

Às vésperas do pleito, na sexta-feira, deixou de lado um acidente aéreo de grandes proporções para exibir um dossiê falso, produto de um delegado corrupto aposentado por esse motivo, para tentar tirar Alckimin da tal UTI das pesquisas.

Tudo, evidente, no JORNAL NACIONAL.

O jornalismo da mídia privada no Brasil é venal. Podre, feito nos esgotos dos grandes criminosos chamados de empresários e geradores do progresso.

É necessário atentar para um detalhe que os jornais e as redes de tevê não tocam. Atiram contra autoridades do governo, mas não citam que empresas teriam ido atrás de vantagens.

As empresas é que pagam a mídia privada.

Nassif mostra o caráter do tal empresário que denunciou a ministra. Como o delegado aposentado do dossiê de 2006.

Quebrado, sem dinheiro, sem perspectivas, foi convocado a fazer um serviçinho para o candidato tucano DEM através de um jornal marrom como a FOLHA DE SÃO PAULO. O resto é a repercussão em VEJA, JORNAL NACIONAL, etc.

Pegou um trocado, logo some na poeira, desaparece, ninguém mais lembra.

Que tal noticiar o superfaturamento descoberto pelo Tribunal de Contas de São Paulo nos governos Alckimin e Serra?

Ou o estupro abafado e praticado por um filho de um diretor da RBS, maior rede de tevê do sul do País e afiliada da GLOBO?

Foi um crime tão hediondo como o do goleiro Bruno, ou dos Nardoni?

Na ordem natural das quadrilhas que operam o PSDB/DEM, no esquema FIESP/DASLU, o momento é pegar o caixão de José Arruda Serra e tentar de todas as formas adiar o enterro, para tentar ressuscitar o defunto num eventual segundo turno.

E aí vale tudo, desde desovar cadáveres, até vender a mãe.

José Arruda Serra foi dar uma entrevista a um grupo de jornalistas e perguntado sobre o problema da quebra do sigilo fiscal levantou-se, deu um chilique, disse não falava sobre o assunto, queria ir embora, só discutiria programa de governo.

Uai! Uma semana antes ele só falou nisso, inclusive no horário gratuito. Mudou?

Ah! Mudou sim. Descobriram que a quebra de sigilo fora feita por grupos ligados a Aécio Neves na guerra interna do PSDB para escolher o candidato presidencial. E pior, vai virar livro do jornalista Amauri Ribeiro Júnior, logo depois das eleições.

Mostrar todas as trapaças de José Arruda Serra.

No esquema dessa gente, tucanos e DEM, das grandes empresas do esquema FIESP/DASLU, o feio é perder, ganhar é o importante, não importa como.

É o que a mídia vai tentar fazer agora, tem tentado, é a parte que lhe cabe nos “negócios” da grande quadrilha que quer o Brasil de todas as formas para que prosperem os “negócios”.

Já pensou quanto esses caras não embolsam vendendo a PETROBRAS, agora com pré-sal? O BANCO DO BRASIL?

Não tem diferença nenhuma para o Beira-mar. Ou por outra, operam no limite da lei, para fora. Para dentro vale tudo e de quebra têm até representantes no Judiciário, tipo Gilmar Mendes.

Procurem saber para que campanha está indo o dinheiro de Daniel Dantas?

Disfarçado evidente, saindo do caixa dois. Ou o do banqueiro Cacciola, ex-genro de Índio da Costa, atualmente na prisão da Papuda em Brasília?

O que a mídia privada faz é jornalismo de esgoto.
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JORNALISMO DE ESGOTO – II


Laerte Braga


A melhor maneira de evitar a discussão de um assunto, um tema, evitar um debate, é colocar um rótulo no antagonista. Há tempos um psiquiatra fez uma experiência interessante. Em meio a onze pessoas cochichou com uma delas que uma outra determinada pessoa tinha o hábito de levar talheres dos almoços ou jantares a que comparecia como souvenir.

Duas horas após ter dito isso as nove pessoas restantes já sabiam do fato, inclusive a que teria esse hábito. E antes que um mal estar tomasse proporções maiores psiquiatra tratou de saber quantas acreditaram na veracidade do que ele havia dito e percebeu que sete assim o fizeram e as três restantes, excluiu-se evidente, não tinham tanta certeza. Ou seja, consideravam a hipótese do hábito ser real.

Uma das pessoas inclusive se “lembrava” de ter visto um comportamento estranho do “acusado” num jantar em que estavam juntos.

O psiquiatra explicou que se tratava apenas de um teste, uma forma de explicar a credulidade leviana das pessoas em engolir “verdades” fabricadas, montadas, pondo-se a explicar os motivos determinantes desse tipo de comportamento.

A credulidade dirigida, construída pela alienação.

Sônia Montenegro teve o cuidado de levantar algumas das manchetes do jornal O GLOBO durante o governo do presidente Juscelino, JK. Registre-se que O GLOBO era ligado à antiga UDN, principal partido de oposição a JK.

Vejamos.



18/Fev/1956 - Envolvido já o novo governo por uma onda de intranqüilidade e
descrédito. (no 18º dia do governo JK, cuja posse foi em 31/Jan/1956)

8/Mar/1956 - Anistia sim, para Prestes, não. (dispensa comentários)

19/Mar/1956 Juscelino não sabe o que vai fazer, como fazer e quando fazer,
diz Baleeiro

21/Mar/1956 - Juscelino age de um modo, enquanto na mensagem afirma agir de
outro.

4/Mai/1956 - Não basta criticar. Temos também de agir.

15/Mai/1956 - Juscelino propõe aumento de impostos. (“o artifício de
criar o medo, também muito usado nos dias atuais”)

7/Jun/1956 - Providências inoportunas do governo têm agravado a tremenda
crise econômico-financeira vivida pelo país.

29/Jun/1956 - Ameaçada de crise a indústria carioca.

5/Jul/1956 - Providências urgentes para evitar demissões em massa e
encarecimento do custo de vida9/Jul/1956


16/Jul/1956 - Intranqüilas as classes produtoras em face dos novos níveis
salariais. (“pagar salários dignos nunca foi do agrado do PIG”)

31/Jul/1956 - Erros e contradições do PSD na política interna e externa

26/Nov/1956 - Acusado o sr. João Goulart de ter fornecido dinheiro aos
comunistas. (“factóides & factóides ltda”)

2/Mai/1957 - O analfabetismo deve ser extinto e não premiado com direito a
voto (“de preferência, afogando os analfabetos”)

21/Fev/1958 - Possuo documentos irrefutáveis de que a União Soviética
prepara a nova guerra mundial. (“e cadê a guerra?”)

26/Jun/1958 - Moscou já deu início à sua conquista da América do Sul. (“isso,
todos nós vimos. Os filmes, as músicas, as marcas, tudo com espantoso
predomínio do idioma russo”)

6/Ago/1958 Os Estados Unidos estão vitalmente empenhados no progresso do
Brasil! (“claro! Os EUA são tão bonzinhos... me engana que eu gosto!!!”)


18/Set/1958 - Um bilhão de cruzeiros para debelar a crise dos
bancos. (“isso eu vi com o FHC”)

O prêmio à pusilanimidade de Roberto Marinho, ou fidelidade canina aos interesses de grupos estrangeiros no Brasil veio com os recursos para a TEVÊ GLOBO, hoje a maior rede de televisão do País e parte do esquema que se montava para o golpe de 1964.

A GLOBO escondeu a tortura, a campanha das diretas, fabricou Collor de Mello, omitiu-se em boa parte da campanha pelo impedimento do mesmo Collor, foi o principal veículo em defesa da ditadura militar, envolveu-se numa tentativa de fraudar as eleições para o governo do Rio de Janeiro em 1982, no escândalo que ficou conhecido como PROCONSULT, editou o debate Lula versus Collor em 1989 para favorecer Collor, inventou a tal caravana da cidadania para tentar levantar a candidatura de Alckimin, forjou dossiê Roseana Sarney para arrancar 250 milhões de dólares do BNDES no governo FHC e evitar o pedido de falência do grupo nos EUA, agora, evidente, começa a tentativa de num primeiro momento tirar o candidato José Arruda Serra da UTI das pesquisas (está quase sem fôlego) e levar as eleições para um segundo turno e então, no denuncismo mentiroso de sempre, tentar levar o prêmio, quer dizer, a grana.

Só que a grana é a nossa, o País é o nosso.

As denúncias forjadas em 2006 começaram nesse mesmo período da campanha.

A GLOBO e Arruda Serra são deles.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Espírito Santo decidiu encerrar uma lista de discussões e debates na internet, sob a alegação que ali não se estava debatendo assuntos relativos à categoria, mas política.

Jornalismo de esgoto. A GLOBO controla os principais veículos naquele extinto estado, hoje latifúndio ARACRUZ/VALE/SAMARCO, etc, os jornalistas, em esmagadora maioria, no viés de “profissionalismo”, mas de calças abaixadas, não querem debate, querem submissão aos interesses dos donos.

É assim na mídia privada inteira. Em qualquer estado brasileiro.

Fica entendido que jornalista deve debater mulher melancia.

Devem inventar fatos até os dias das eleições, repercutir todas as denúncias falsas à exaustão, no afã de ludibriar a opinião pública, virar as eleições e garantir que OMO continue lavando mais branco, não sei o que tirando todas as manchas e o dinheiro entrando pelos canais competentes, só que, saindo dos bolsos dos brasileiros.

Não admitem o fim das senzalas.

É o grande desafio do País, dos movimentos sociais. Debater a comunicação e rever esse modelo podre que leva um jornalista sem pudor algum chamar o telespectador de idiota, como fez William Bonner ao referir-se àqueles que assistem ao JORNAL NACIONAL.

Homer Simpson. O cara pensa em inglês.

É puro jornalismo de esgoto, os golpes hoje são midiáticos, chegam pela mídia podre e venal, a privada.

Não é por coincidência, isso não existe, que a palavra é privada. A água escorre para o esgoto.

Ah! A candidata boazinha, ecológica financiada por empresários predadores da Amazônia, Marina da Silva, cometeu um ato falho em Vitória, extinto Espírito Santo. Pediu aos eleitores que votassem no número 45, o de José Arruda Serra. Aí se atrapalhou toda e disse que erros acontecem, que confundiu os números.

Tadinha!


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Debate Aberto



DEBATE ABERTO
Brasil: a retomada da história
Os oito anos do governo Lula têm, entre outros méritos, o de fazer o Brasil retomar o leito da História interrompida em 1964, agora em novo patamar. Se méritos não se quisesse encontrar no governo atual, há um que é incontestável: a possibilidade e a redescoberta do protagonismo popular.
Izaías Almada
No reinado do neoliberalismo econômico dos últimos anos muito se falou no fim da História e das ideologias, teoria que já trazia em si a própria negação do que enunciava, mas não custava aos seus teóricos e defensores tentar emplacar a idéia. Historiadores, sociólogos e principalmente economistas, em ligação direta ou mesmo submetidos aos interesses de corporações e de governos dos principais países capitalistas, elegeram o mercado como o deus regulador de todas as atividades sociais, transformando as relações humanas, até as mais simples e efêmeras, em simples mercadorias. Em termos capitalistas tal fato não se constitui propriamente numa novidade, apenas subiu o tom de autopropaganda e o grau de exploração do trabalho pelo capital, na efetiva criação de mecanismos de defesa cada vez mais sofisticados para este, enquanto se procurava e se procura pelo paulatino desmantelamento das garantias e dos direitos dos trabalhadores.A emblemática crise atual em França, que na verdade é européia e mundial, demonstra o nível desse conflito, onde mais uma vez se tenta penalizar os trabalhadores (no caso, os aposentados), maiores vítimas do sistema, quando a L’OREAL, a grande empresa de cosméticos francesa, é beneficiada em milhões de euros por favores e trapaças do governo de Sarkozy.Por aqui, ao sul do Equador, nunca será demais lembrar que a criminosa e sangrenta derrubada do governo de Salvador Allende no Chile em 1973 deu início, na America do Sul, ao uso do amargo remédio para os males e sofrimentos terceromundistas, fosse o “doente” um país capitalista ou pré-capitalista emergente.No Brasil, pós-ditadura civil militar de 64/68, já no limiar dos anos 80, a teoria ganhou adeptos e defensores fervorosos entre sociais democratas, democratas cristãos e até em alguns ninhos esquerdistas, aliando-se - à inevitável competição mercadológica - o conceito de liberdades democráticas, isto é, mercado livre (sem intervenção do Estado ou intervenção mínima), democracia representativa com eleições livres de tantos em tantos anos... E o país ingressaria numa era de prosperidade e progresso... E quem sabe, para o desejo de muitos, até o final dos tempos. Em outras palavras: para consumo doméstico, as liberdades democráticas e as liberdades econômicas vinham substituir o período autoritário, aqui identificado como a imposição de um nacionalismo sob botas militares e de censura a qualquer tipo de contestação ou oposição, mas de inegável valor profilático, contudo, ao livrar o país das ideias socializantes ou comunizantes, consoante o jargão dos jornais da época e de senhoras marchadeiras na ocasião.Na verdade, a angústia, a violência e o medo à repressão, bem como as dificuldades do período ditatorial e o natural alívio provocado pela retomada da democracia formal, ofuscou no país o sentido mais substantivo e mais amplo da participação popular na vida política brasileira, exceção feita durante a campanha pelas eleições diretas ou anos antes com a passeata dos cem mil no Rio de Janeiro. O golpe civil e militar de 1964 e o seu aprofundamento com o famoso Ato Institucional nº 5 em dezembro de 1968 se caracterizou, antes de tudo, como uma interrupção violenta e inconstitucional de uma democracia construída pelo voto popular entre nós, a duras penas, após a Segunda Guerra Mundial. Democracia que caminhava, entre outros objetivos estratégicos políticos e sociais, à procura de um fortalecimento da incipiente indústria nacional aliado a um sentimento nacionalista, independentista e anticolonial. Vários países seguiram por essa trilha, diga-se de passagem. Em África, na Ásia e na América Latina.Não é do desconhecimento de ninguém que a derrota imposta ao nazifascismo em 1945, as vitórias da revolução chinesa e cubana e as lutas anticolonialistas, principalmente em África e na América Latina, permitiram ao mundo respirar novamente os ares libertários e reorganizar em tempo não muito longo a economia abalada e deteriorada pela guerra. E nessa reorganização do capital, uma vez mais, como Sísifo, os utopistas do trabalho apostaram suas fichas numa outra reorganização social baseada em conceitos de igualdade e solidariedade. Contudo essa utopia viria enfrentar nos anos 80 e 90, bem como no início do século XXI enormes dificuldades, caracterizada não só pela tentativa de esvaziamento do pensamento humanista solidário, substituído por um pensamento mercadista único, mas também a de ver a transformação dos grandes meios de comunicação (estuário natural das ideias conservadoras e apoiador também natural do modelo) em corporações cada vez mais poderosas na defesa não só do capital financeiro improdutivo, mas em benefício próprio e de seus grandes anunciantes, consumando-se assim uma poderosa barreira para o desenvolvimento independente de nações como o Brasil. O quarto poder assumiu-se como tal.Sem povo na rua para a defesa de conquistas sociais e/ou políticas (a luta do MST pela reforma agrária e a sua mobilização na invasão de terras improdutivas não tem contado necessariamente com o total apoio da maioria da sociedade), sem uma agenda de discussões sobre algumas das principais reformas exigidas pelo país, tais como a própria Reforma Agrária, a Reforma Política, a Reforma Fiscal e até mesmo uma Reforma do Judiciário, o país perdeu nos últimos 50 anos, com raríssimas mobilizações que não enchem os dedos de uma mão, a capacidade de manifestar nas ruas o seu desejo de mudanças estruturais. Nada, pelo menos, que se possa comparar às manifestações populares dos últimos anos vistas na Bolívia, na Argentina, no Equador, na Venezuela, por exemplo. Ou mesmo na recentíssima greve geral francesa contra a política previdenciária de Sarkozy.O Partido dos Trabalhadores, aglutinador de movimentos sociais pós ditadura, conseguiu pontualmente em épocas eleitorais e até a primeira eleição do presidente Luiz Inácio da Silva em 2002 reunir boa parte de sua militância em assembléias, comícios e passeatas, mas foram algumas das últimas manifestações do gênero. As marchas e mobilizações do MST parecem não ter criado um canal condutor de solidariedade concreta entre a sociedade brasileira e o próprio movimento, independente de suas justas aspirações e reivindicações.Quando é possível evocar os grandes comícios pré-64, o tão famoso comício da Central do Brasil, por exemplo, as passeatas estudantis, as assembléias sindicais, a agitação cultural, as manifestações das Ligas Camponesas é também possível ver com clareza porque as chamadas elites brasileiras sempre tiveram e têm medo do povo nas ruas (“É preciso acabar com essa raça”, sentenciou recentemente um senador de olhos azuis). O conluio EUA/ditaduras no Cone Sul mostrou isso à exaustão, já com inúmeros documentos desclassificados pela própria CIA e o Departamento de Estado norteamericano.Quando o governo brasileiro atual e o presidente Lula têm uma taxa de aprovação em quase oitenta por cento da população e sua candidata Dilma Roussef atinge altos índices de intenção de voto não é por acaso que se começa a ver nas ruas e praças, mesmo que apenas com o apelo de uma campanha eleitoral, um renovado início da presença e manifestação popular, graças à percepção dentro de suas casas e de seus empregos de que sua vida mudou para melhor. E isso não precisa ser confirmado por estatísticas oficiais. Pode-se comprovar também em conversas com cidadãos mais humildes, normalmente indefesos diante do sistema econômico que lhes foi dado para viver. Confirma-se também pela novidade da contra-informação na internet, onde o grande filão da nova tecnologia eletrônica tem contribuído para democratizar a informação, não só contrapondo-se ao pensamento único da velha mídia, mas dando voz a milhares e milhares de brasileiros que querem se manifestar politicamente. O país parece querer retomar uma prática democrática que se caracteriza não só pela inserção social de seus cidadãos mais humildes, mas também pela possibilidade de voltar a discutir o seu próprio destino como povo e nação. E discuti-lo de forma mais aberta e democrática, inclusive nas ruas.Alguém já disse que a História não se repete senão em tragédia ou farsa, mas até os aforismos históricos estão aí para serem contestados. Podemos concordar com eles, mas quando a história política de um país é interrompida pela violência das armas, pela tentativa de se impor um pensamento único, hegemônico, como nos anos 60, quando menos se espera, ela – a História – ressurge em seu leito vistoso, procurando como os rios o natural caminho do mar.Se méritos não se quisesse encontrar no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há um que já se pode dizer incontestável: a possibilidade e a redescoberta do protagonismo popular. Não interessa ainda se pelo bolso ou se por algum e pequeno indício de consciência política. O caminho se faz caminhando, já disse o poeta. Os oito anos do governo Lula, entre outros méritos, para desespero dos que ainda preferem o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo, ou para desconsolo dos que insistem em substituir a realidade por teorias revolucionárias que não se encaixam no xadrez geopolítico atual, tem o mérito de fazer o Brasil retomar o leito da História interrompida em 1964, agora em novo e aliciante patamar.
Escritor e dramaturgo. Autor da peça “Uma Questão de Imagem” (Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos) e do livro “Teatro de Arena: Uma Estética de Resistência”, Editora Boitempo. -----Anexo incorporado-----
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Serra Abandona a Campanha


Por Roni Chira,
do blog O que será que me dá?
.
Acuado pelas pesquisas, reduzido à sua estatura real pelos adversários e abandonado por boa parte dos aliados, Serra desistiu de ser candidato para tornar-se uma caricatura grotesca de prima-dona à beira de um ataque de nervos. Além de desistir de perder a eleição com dignidade, revelou uma sobre-reserva de hipocrisia que provavelmente nem sabia ter tão abundante: ao contrário de latinos machistas e golpistas como Costa e Silva, Pinochet, Stroessner e Videla, Serra deu holofotes às mulheres que o cercam. Trouxe filha e esposa para a frente de batalha. Uma como vítima, já desmascarada, e outra vociferando um discurso raivoso que lembra a velha TFP.
Junto a elas, a quadrilha de assaltantes da opinião pública que se auto-denominam “jornalistas” continua a todo vapor. Surgem todos os dias, do esgoto do PIG, trazendo a tira-colo vigaristas como Rubnei Quícoli e Antonio Atella – que a troco de algum trocado (seja em espécie ou em créditos), se oferecem para pivots de manchetes caluniosas lançadas no encalço de Dilma Rousseff.
Esse grupo vai seguir espirrando seu lodo, aqui e ali, visando, tirar votos de Dilma a qualquer custo. Por enquanto, jogam seu jogo sozinhos, sem afetar os estáveis indicadores para 3 de outubro.
Mas é bom lembrarmos que os números das pesquisas podem ser vistos de duas maneiras: do ponto de vista de Dilma, a vantagem é de 27% e lhe assegura a vitória no primeiro turno. Já o PIG vê na soma dos votos de Serra, Marina e nanicos, a diferença que levaria ao segundo turno em 14%. E estes 14%, seriam, na verdade, 7% + 1 voto. Pois cada ponto que muda de lado, reduz a diferença em 2.
(Estarão os “verdes-laranjas” de Marina Silva conscientes do voto útil a Serra que representam?)
O momento mais crítico desta campanha se dará na véspera e no intervalo que separa o fim dos programas eleitorais do dia das urnas. Como se sabe, neste período, a justiça eleitoral proíbe quaisquer ações de campanha – para que o eleitor consulte sua consciência e consolide suas escolhas. Sendo assim, é aí que Dilma estará vulnerável a qualquer ataque midiático golpista sem chances de defesa. (E o PIG poderia martelar o assunto à vontade, dias seguidos.)
Qual seria o factoide? Quais seriam seus coadjuvantes? Qual seria o palco? É impossível prever com certeza. Mas algumas teorias já foram levantadas na blogosfera aqui e aqui. E todas são procedentes. Principalmente quando se leva em conta os antecedentes deste grupo que atua no país desde os tempos da ditadura militar.
Se levassem a eleição ao segundo turno repetiriam o mesmo roteiro. Além disso, uma vez decididas várias batalhas regionais, Serra recuperaria muitos apoios que o abandonaram pela rejeição estrondosa que coleciona. E no rearranjo do tabuleiro eleitoral, a batalha principal se daria em São Paulo, tendo a máquina de Alckmin (caso já vitorioso) inteiramente devota a sua campanha.
Outro aspecto seria o reaquecimento financeiro da campanha de Serra. Há rumores de que não “esticando” até o segundo turno, as dívidas de campanha não poderiam mais ser pagas. Credores acumulados, ou todos trabalhariam para virar o jogo e garantir “o seu”, ou o calote seria geral.
No segundo turno, o PIG poderia contar, se necessário, com a movimentação no STF que, “bem liderada”, acenderia a chama da “legalidade jurídica” para qualquer “emergência”. E não há dúvidas de que muitos juízes que estão em cima do muro hoje, desceriam.
Para diminuir os impactos deste jogo sujo, há duas frentes a serem priorizadas pelas forças progressistas:
A primeira tem que se dar no rádio e na TV. A campanha de Dilma deve trazer o assunto da “bala de prata sem chances de defesa” para a pauta de seus programas eleitorais e denunciá-la com veemência. Não podemos esquecer que, os 10 minutos mais livres, soberanos e abrangentes do PT na TV, são aqueles dos programa eleitorais. 10 minutos contra o restante de todo o monopólio midiático. (É impressionante constatar quantas obras importantes estão em andamento no país e que a população desconhece. Simplesmente porque a mídia as esconde!)
Na segunda frente, a militância tem que seguir desmascarando este trabalho sujo da Folha de S. Paulo, Estadão, Veja e Rede Globo. Na web e nas ruas. Tem que esquecer a vantagem numérica das pesquisas e tratar o jogo como realmente é: uma questão de vida ou morte para a soberania do Brasil e seu povo.
E mesmo que não tenham elementos para construir o golpe, quanto maior for a votação em Dilma, menores serão os efeitos dos inevitáveis ataques que receberá do PIG ao longo de seu governo. Lula que o diga…
.
ILUSTRAÇÃO: PATRICIO
Postado por Cloaca News
http://cloacanews.blogspot.com/2010/09/serra-abandona-campanha-eleitoral.html

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Eleições

Vamos divulgar à cada quatro dias até as eleições. É um novo golpe. Muitas pessoas não sabem disso e serão impedidas de votar .



Atenção! Este ano são necessários dois documentos para votar !


1- Carteira de identidade, ou carteira de trabalho com foto (ou carteira de habilitação com foto, certificado de reservista ou passaporte)

2- Título do eleitor.


Procure e separe seus documentos! E avise a todo mundo !
Uma segunda via do título de eleitor pode ser tirada até o próximo dia 23/9 !

Se necessário, vá até algum posto do TSE ou do TRE para tirar o seu.


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Documentos para votação

Além do título, o eleitor terá de apresentar, no dia da votação, um documento oficial com foto.

A exigência dos dois documentos foi introduzida na Lei das Eleições (Lei 9.504/97) por meio da Lei 12.034/09.

Como documento oficial serão aceitos a carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente (identidade funcional), carteira de trabalho ou de habilitação com foto, certificado de reservista ou passaporte.
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Lanceiros Negros







Lanceiros Negros
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Lanceiros Negros é o nome dados à dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, totalizando 426 lanceiros .
Tornou-se célebre o 1.º Corpo de Lanceiros Negros organizado e instruído, inicialmente, pelo Coronel Joaquim Pedro, antigo capitão do Exército Imperial, que participara da Guerra Peninsular e se destacara nas guerras platinas. Ajudou, nesta tarefa, o Major Joaquim Teixeira Nunes, veterano e com ação destacada na Guerra Cisplatina. Este bravo, à frente deste Corpo de Lanceiros Negros, libertos, prestaria relevantes serviços militares à República Rio-Grandense.
Foram seus oficiais, entre outros:
Coronel Joaquim Pedro
Coronel Joaquim Teixeira Nunes
Tenente Manuel Alves da Silva Caldeira
Capitão Vicente Ferrer de Almeida
Capitão Marcos de Azambuja Cidade
Primeiro-tenente Antônio José Coritiba
Segundo-tenente Caetano Gonçalves da Silva (filho de Bento Gonçalves)
Segundo-tenente Ezequiel Antônio da Silva
Segundo-tenente Antônio José Pereira
Índice[esconder]
1 O Corpo de Lanceiros Negros em campo do Menezes
2 Recrutamento dos Lanceiros Negros
3 Armamento Individual
4 De peões a guerreiros
5 Vestuário ou Uniforme
6 Lanceiros Negros na Expedição de Laguna
7 Surpresa dos Porongos
8 O derradeiro combate
9 A Liberdade
10 Homenagem
11 Referências
12 Ligações externas
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[editar] O Corpo de Lanceiros Negros em campo do Menezes
O 1.º Corpo de Lanceiros Negros, ao comando do tenente-coronel Joaquim Pedro Soares e subcomandado pelo então major Teixeira Nunes, teve atuação importante na Batalha do Seival, em 11 de setembro de 1836, em reforço à Brigada Liberal de Antônio de Sousa Netto que surgiu por transformação do Corpo da Guarda Nacional de Piratini integrado por 2 esquadrões com 4 companhias, recrutados em Piratini e em seus distritos Canguçu, Cerrito e Bagé até o Pirai .
" As tropas para o combate de Seival foram dispostas por Joaquim Pedro, na qualidade de imediato e assessor militar de Antônio Netto. Deixou um esquadrão em reserva que foi empregado em momento oportuno, decidindo a sorte da luta."
Segundo Docca, coube a este bravo e a Manuel Lucas de Oliveira convencerem Antônio Neto da proclamação da República Rio-Grandense, bem como " a grande satisfação de ler, a 11 , no campo do Menezes, à frente da garbosa tropa por ele instruída, a Proclamação da República Rio-Grandense."
[editar] Recrutamento dos Lanceiros Negros
O Corpo de Lanceiros Negros era integrado por negros livres ou libertados pela Revolução e, após, pela República, com a condição de lutarem como soldados pela causa..
O 1.º Corpo foi recrutado, principalmente, entre os negros campeiros, domadores e tropeiros das charqueadas de Pelotas e do então município de Piratini (atuais Canguçu, Piratini, Pedro Osório, Pinheiro Machado, Herval, Bagé, até o Pirai e parte de Arroio Grande).
[editar] Armamento Individual
Excelentes combatentes de Cavalaria, entregavam-se ao combate com grande denodo, por saberem, como verdadeiros filhos da liberdade, que esta, para si, seus irmãos de cor e libertadores, estaria em jogo em cada combate. Manejam como grande habilidade suas armas prediletas - as lanças. Estas, por eles usadas mais longas do que o comum. Combinada esta característica, com instrução para o combate e disposição para a luta, foram usados como tropas de choque, uso hoje reservado às formações de blindados. Por tudo isto infundiram grande terror aos adversários. Eram armados também com adaga ou facão e, em certos casos, algumas armas de fogo em determinadas ocasiões.
Como lanceiros não utilizavam escudos de proteção, mas sim seus grosseiros ponchos de lã - bicharás, que serviram-lhes de cama, cobertor e proteção do frio e da chuva. Quando em combate a cavalo, enrolado no braço esquerdo, o poncho (bichará) servia-lhes para amortecer ou desviar um golpe de lança ou espada. No corpo a corpo desmontado, servia para aparar ou desviar um golpe de adaga ou espada em cuja esgrima eram habilíssimos, em decorrência da prática continuada do jogo do talho, nome dado pelo gaúcho à esgrima simulada com faca, adaga ou facão.
Alguns poucos eram hábeis no uso das boleadeiras como arma de guerra, principalmente para abater o inimigo longe do alcance de sua lança, quer em fuga, quer manobrando para obter melhor posição tática.
[editar] De peões a guerreiros
Eram rústicos e disciplinados. Faziam a guerra à base de recursos locais, Comiam se houvesse alimento e dormiam em qualquer local, tendo como teto o firmamento do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A maioria montava a cavalo quase que em pêlo, a moda charrua.
[editar] Vestuário ou Uniforme
Seu vestuário era constituído de sandálias de couro cru, chiripá de pano grosseiro, um colete recobrindo o tronco e na cabeça uma vincha (braçadeira) vermelha símbolo de República.
Como esporas improvisavam uma forquilha de madeira presa ao pé com tiras de couro cru. Esta espora farroupilha acomodava-se ao calcanhar e possuía a ponta bem afiada. Alguns poucos usavam calças, cartola e chilenas (esporas), como o imortalizado em pintura no Museu de Bolonha, Itália.
[editar] Lanceiros Negros na Expedição de Laguna
Parte do 1.º Corpo de Lanceiros Negros participou da expedição a Laguna, ao comando de David Canabarro, que teve como comandante de vanguarda o tenente-coronel Joaquim Teixeira Nunes com seus Lanceiros Negros.
A retirada dos farroupilhas de Laguna para o Rio Grande do Sul, através de Lajes e Vacaria, contou com a presença de Teixeira Nunes, Giuseppe Garibaldi, Luigi Rossetti e Anita Garibaldi e foi assegurada por muitos valorosos Lanceiros Negros.
[editar] Surpresa dos Porongos
A Surpresa dos Porongos, ocorreu na localidade de Porongos, hoje parte do município de Pinheiro Machado. Em 14 de novembro de 1844, os Lanceiros Negros de Teixeira Nunes salvaram o desfecho da Revolução Farroupilha de um desastre total. Pelo modo como combateram, salvaram Canabarro e grande parte das tropas e tornaram possível a negociação de uma paz honrosa como e foi a de paz de Ponche Verde, e a liberdade para todos os negros e mulatos que lutaram pela República Rio Grandense. Ao final do combate o campo de batalha dos Porongos ficou juncado com 100 mortos farroupilhas.
Segundo descrição do historiador Canabarro Reichardt: Dentre eles 80 eram bravos Lanceiros negros de Teixeira Nunes. Com a surpresa em Porongos ,os farrapos, passados os primeiros momentos de estupor, recobram ânimo e se dispõem a morrer lutando. Teixeira, o Bravo dos bravos, cujo denodo assombrou um dia o próprio Garibaldi, reuniu os seus lanceiros negros. O 4º Regimento de Linha farrapo e alguns esquadrões desanimam quando os imperiais se multiplicam ,e surgem de todos os pontos. Uma segunda carga imperial e mais impetuosa é também repelida. E este foi o sinal da debandada farrapa geral. Em vão os chefes chamam os soldados ao dever, dando-lhes o exemplo. Nada os contêm e o Exército Farrapo como por encanto, se dissolve, arrastando consigo ainda os que querem lutar. Apenas alguns grupos mantêm-se resistindo e neles o combate se trava à arma branca. Tombam os lanceiros negros de Teixeira, brigando um contra vinte, num esforço incomparável de heroísmo.
[editar] O derradeiro combate
Em 28 de novembro de 1844, Teixeira Nunes e remanescentes de seu legendário Corpo de Lanceiros Negros travaram o último combate da Revolução em terras do Rio Grande do Sul, consta que em terras do atual município de Arroio Grande, berço do Visconde de Mauá.
A morte de Teixeira Nunes foi assim comunicada pelo então barão de Caxias, em ofício: Posso assegurar a V. Exa. que o Coronel Teixeira Nunes foi batido no campo de combate, deixando o campo, por espaço de duas léguas, juncando de cadáveres. Eram seguramente cadáveres de Lanceiros negros.
Teixeira Nunes foi um dos maiores lanceiros de seu tempo, e como uma ironia do destino teria caido mortalmente ferido por uma lança manejada pelo braço vigoroso do Alferes Manduca Rodrigues.
[editar] A Liberdade
Dos Lanceiros Negros restaram mais de 120, que após a paz de Ponche Verde foram mandados incorporar pelo Barão de Caxias aos três Regimentos de Cavalaria de Linha do Exército na Província.
O Império manteve suas liberdades na cláusula IV da Paz de Ponche Verde. São livres e como tais reconhecidos todos os cativos que serviram à República.
Cláusula respeitada por conta e risco pelo Barão de Caxias contrariando determinação superior de os recolher como escravos estatais para a Fazenda de Santa Cruz no Rio de Janeiro .
Caxias usou o seguinte expediente para não os enviar para o Rio. Considerou que eles haviam se apresentado livremente. E a seguir os libertou e os incorporou as três unidades de Cavalaria Ligeira do Exército Imperial no Rio Grande .E em Ponche Verde em D. Pedrito foram acolhidos pelos coronéis Manuel Marques de Sousa e Manuel Luís Osório comandantes de duas unidades de Cavalaria.
Dentre em breve iriam lutar na Guerra contra Oribe e Rosas, pela Integridade e Soberania brasileiras no Sul, ameaçadas por caudilhos platinos.
[editar] Homenagem
Foi também lembrando Teixeira Nunes e seus bravos lanceiros negros, que o acompanharam na expedição a Laguna, que Giuseppe Garibaldi escreveu: Eu vi batalhas disputadas mas nunca e em nenhuma parte homens mais valentes nem lanceiros mais brilhantes do que os da cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras comecei a desprezar o perigo e a combater pela causa sagrada dos povos.
No Museu de Bolonha, Itália, existe um quadro do Lanceiro Negro Farroupilha, representa um dos célebres lanceiros negros farroupilhas que acompanharam Giuseppe Garibaldi e Luigi Rossetti no retorno de Santa Catarina, após o malogro da República Juliana.
[editar] Referências
Sousa Docca, Emílio Fernandes de, História do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro: Org.Simões, 1954. (obra póstuma)
BENTO, Cláudio Moreira.O Exercito Farrapo e os seus chefes. Rio de Janeiro:BIBLIEx,1992.2v )
BENTO, Cláudio Moreira.O Negro na Sociedade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre:IEL,1975.
SPALDING, WALTER. Farrapos!. Porto Alegre. Sulina, 1960.
[editar] Ligações externas
Ministério da Cultura do Brasil Fundação Cultural Palmares Ações de Patrimônio : item 2. projeto e construção de Memorial (em Porongos, Pinheiro Machado) e Monumento ao Lanceiro Negro Farroupilha (no Parque Farroupilha, em Porto Alegre)

Guerra dos Farrapos parte 3

Imagem de Bento de Gonçalves
Batalha do Fanfa

Cena de Batalha no Sul do Brasil, por Oscar Pereira da Silva.
No dia 12 de setembro, um dia após à Proclamação da República Rio-Grandense, por Antônio de Sousa Neto, a seguir à vitória na Batalha do Seival, houve a solenidade de lavratura e assinatura da Ata de Declaração de Independência, pela qual os abaixo-assinantes declaram não embainhar suas espadas, e derramar todo o seu sangue, antes de retroceder de seus princípios políticos, proclamados na presente declaração. Fez-se várias cópias da Ata e foram enviadas às câmaras municipais e aos principais comandantes do Exército Republicano.
Como resposta imediata, as câmaras de Jaguarão, Alegrete, Cruz Alta, Piratini, entre outras, convocaram sessões extraordinárias onde puderam analisar e corroborar os feitos, fazendo constar em Atas Legislativas suas adesões, proclamando a independência política da Província, por ser a vontade geral da maioria.
Bento Gonçalves não pudera estar presente devido a um fato circunstancial. Ao tomar conhecimento do ato da Proclamação da República Riograndense, Bento Gonçalves levanta seu acampamento na lomba do Tarumã[24] , parte do sítio que impingia a Porto Alegre, segue a várzea do Rio Gravataí, marcha para São Leopoldo e cruza o rio dos Sinos e o rio Caí, passa a deslocar-se, beirando o Rio Jacuí, para junção de forças com Neto [16]. Fatalmente ele precisava atravessar o rio na Ilha de Fanfa, no município de Triunfo por causa da época de cheias. Ciente dos acontecimentos, Bento Manuel agora a serviço do Império, desloca suas tropas com 660 homens embarcados, a partir de Triunfo, de modo a impedir a passagem de Bento Gonçalves[16].
Bento Gonçalves decide cruzar o rio Jacuí, para unir suas tropas com as de Domingos Crescêncio, e na noite de 1° de outubro levanta acampamento e na manhã seguinte inicia, com dois pontões para 40 homens, o cruzamento para a Ilha do Fanfa[16]. José de Araújo Ribeiro, alertado por Bento Manuel , envia a Marinha, comandada por John Grenfell no vapor Liberal[20], junto com 18 barcos de guerra, escunas e canhoneiras guardando o lado sul da Ilha, só percebida pelos Farrapos depois de estarem na ilha. Fechando o cerco por terra, Bento Manuel ficou senhor da situação. Era 3 de outubro de 1836.
Os farrapos resistem por três dias[14], sabedores da proximidade das tropas de Crescêncio de Carvalho, repelem os fuzileiros que desembarcam na ilha pela costa sul e qualquer tentativa de travessia pelo norte. A fim de evitar mais derramamento de sangue, Bento Manuel levanta a bandeira de “parlamento”. Bento Gonçalves aceita negociar. O acordo foi feito e assinado em 4 de outubro.[20][14] Os Farrapos entregariam as armas, capitulariam, e voltariam livres para suas casas. Segundo Bento Manuel a guerra estaria terminada, com a vitória do Império. Ele pacificara a Província, e receberia as glórias da Corte. Porém, Bento Gonçalves não era tão ingênuo e já havia enviado um mensageiro solicitando socorro a Neto e Canabarro.[14]
Depois desarmar e soltar os soldados, Bento Manuel mantém os chefes presos[16]: Bento Gonçalves, Tito Lívio, , José de Almeida Corte Real, José Calvet, Onofre Pires, entre outros[16].; sob o pretexto que Bento Gonçalves havia faltado com sua palavra ao enviar emissários buscando socorro.[14] A maior parte dos líderes do movimento foi preso na Presiganga, depois enviada à Corte e por fim encarcerada na prisão de Santa Cruz e no Forte da Laje, no Rio de Janeiro[16].
[editar] A Guerra sem Bento
Na sessão extraordinária da Câmara de Piratini, na primeira capital da República Rio-Grandense, em 6 de novembro de 1836[22], procedeu-se formalmente a votação para Presidente da República, conforme os parâmetros da época. A eleição foi vencida por Bento Gonçalves (mesmo sem estar presente e sem campanha) e primeiro vice-presidente José Gomes de Vasconcelos Jardim.[14] Assume o vice interinamente a presidência, nomeia o ministério[14] e toma a incumbência de convocar uma Assembleia Constituinte para formar a Constituição da República Rio-grandense.
A luta entre Farroupilhas e Imperiais continuou acirrada. O Império despejava rios de dinheiro para recrutar mais e mais soldados paulistas e baianos, para comprar mais armas, mais munições, com pouquíssimo resultado prático.
Pelo lado imperial, Araújo Ribeiro foi substituído a 5 de janeiro de 1837 pelo brigadeiro Antero de Brito, acirrando mais a disputa. Bento Manuel não gostou da demissão de seu parente e amigo.[22] Enviou uma carta a Antero de Brito, dizendo-se doente e solicitando que portanto fosse substituído no comando das armas, além disso dispensou boa parte da tropa que comandava.[22]
Brito passou a acumular os cargos de Comandante das Armas e de Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande com capital em Porto Alegre. Se Araújo era, acima de tudo, conciliador, Brito perseguiu e prendeu até mesmo civis simpatizantes das ideias farroupilhas, confiscando seus bens ; alguns destes foram punidos com a pena de desterro. Em contrapartida os Farrapos eram senhores do pampa, recebiam maciças adesões de militares descontentes com a nomeação de Brito, e ainda em janeiro de 1837, ganham o apoio dos habitantes de Lages de Santa Catarina, que seria um importante ponto onde os Farrapos comprariam armas e munições. O principal perseguido por Antero de Brito era o Comandande das Armas Imperiais anterior a ele, nada menos que Bento Manuel Ribeiro. [14]
Bento Manuel não aceitava a auto-nomeação de Brito, e continuava a dar suas próprias ordens às tropas.[14] Brito, então, sai pessoalmente ao seu encalço. Bento foge mudando de direção, como numa brincadeira de gato e rato. Situação que se arrasta até o dia 23 de Março de 1837 quando, num golpe de mestre, Bento Manuel Ribeiro deixa um piquete para trás, sob o comando do major Demétrio Ribeiro que, de surpresa, cai sobre as tropas de Brito e prende o Presidente Imperial da Província.[22] Com isso novamente Bento Manuel é aceito no seio farrapo, passando a combater novamente os imperiais.[14]
Em 8 de abril o general Neto conquista Caçapava do Sul, centro de reabastecimento imperial[5], depois de sete dias de cerco, apreendendo 15 canhões e fazendo prisioneiros a 540 imperiais, comandados pelo coronel João Crisóstomo da Silva[16][22]. Ainda neste ano, em 2 de julho, acontece o Combate de Ivaí, onde Bento Manuel é capturado, mas após um ataque farroupilha 50 legalistas são mortos, enquanto o marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto foge para Caçapava do Sul[25], deixando Bento Manuel ferido e desacordado no campo[22].
A sustentação econômica da República era propiciada pelo apoio da vizinha República Oriental do Uruguai, que permitia o comércio do charque produzido pelos rio-grandenses para o próprio Brasil. A exportação era feita por terra até o Porto de Montevidéu, ou pelo rio Uruguai. Em 29 de agosto é assassinado o coronel João Manuel de Lima e Silva, que havia derrotado Bento Manoel Ribeiro Imperial, no ano anterior[16].
[editar] Gonçalves assume a presidência

Retrato de Bento Gonçalves, século XIX. Acervo do Museu Júlio de Castilhos
Em 15 de março de 1837 Bento Gonçalves tentou escapar da prisão, no Rio de Janeiro, junto de outros companheiros. Porém Pedro Boticário não conseguiu passar por uma janela, por ser muito gordo, em solidariedade Bento Gonçalves desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires e o coronel Corte Real.[14] Depois desta tentativa de fuga foi transferido para a Bahia onde chegou em 26 de agosto de 1837, ficando preso no Forte do Mar. Conseguiu, com auxílio da Maçonaria, evadir-se da prisão baiana em 10 de setembro de 1837, poucos dias antes do início da Sabinada. Permaneceu algum tempo, clandestino, em Itaparica e Salvador, onde teve contato com membros do movimento.[26] Depois de despistar seus perseguidores que achavam que tinha partido para os Estados Unidos em uma corveta[14], Chegou, via Buenos Aires[11], de volta ao Rio Grande do Sul e em 16 de dezembro de 1837, tomou posse como Presidente da República.[27] Nesta época os farrapos dominavam praticamente toda a província[14], ficando os imperiais restritos a Rio Grande e São José do Norte.[20]
A 29 de agosto de 1838 Bento lança seu mais importante manifesto aos rio-grandenses, onde justifica as irreversíveis decisões tomadas em favor da libertação do seu povo:

Toma na extensa escala dos estados soberanos o lugar que lhe compete pela suficiência de seus recursos, civilização e naturais riquezas que lhe asseguram o exercício pleno e inteiro de sua independência, eminente soberania e domínio, sem sujeição ou sacrifício da mais pequena parte desta mesma independência ou soberania a outra nação, governo ou potência estranha qualquer.Faz neste momento o que fizeram tantos outros povos por iguais motivos, em circunstâncias idênticas.

E no trecho final, um juramento importante:

Bem penetrados da justiça de sua santa causa, confiando primeiro que tudo, no favor do juiz supremo das nações, eles têm jurado por esse mesmo supremo juiz, por sua honra, por tudo que lhes é mais caro, não aceitar do governo do Brasil uma paz ignominiosa que possa desmentir a sua soberania e independência.

Estas palavras têm reflexo mais tarde, quando da assinatura do Tratado de Poncho Verde.
[editar] Queda da "Tranqueira Invicta"
Ver artigo principal: Forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo
Com a dificuldade em quebrar a resistência de Porto Alegre, os farroupilhas resolvem voltar-se contra Rio Pardo[14], onde estava concentrada uma divisão do exército imperial, com dois batalhões de infantaria e dois corpos de cavalaria[22], comandada pelo marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto. Os brigadeiros Francisco Xavier da Cunha comandando a infantaria e Bonifácio Calderón a cavalaria, num total de 1200 combatentes. A cidade era junto com Porto Alegre e Rio Grande, uma das mais importantes do estado, contando com quase o dobro de habitantes da capital[27]
A concentração de tropas imperiais chamou a atenção dos farroupilhas, conscientes das possíveis consequências desta tropa quando se movimentasse[27]. Bento Manuel Ribeiro, ao lado de Antônio de Sousa Neto, em 30 de Abril de 1838, comandando 2500 homens, 800 deles de cavalaria, surpreendem a cidade, na batalha do Barro Vermelho, na entrada da cidade[27], derrotarando os imperiais, conquistando Rio Pardo, a ex-tranqueira invicta, matando 71 homens e fazendo mais de 130 prisioneiros.
Este fato foi importante por vários aspectos, dando novo impulso à rebelião.[22] Rio Pardo formava, com Rio Grande e Porto Alegre, a fronteira de domínio imperial, um ponto de apoio para a conquista do interior, tinha fama de inexpugnável, e a vitória farrapa foi incontestável. Além disso Rio Pardo tinha quase o dobro de habitantes de Porto Alegre.[27]
A conquista de Rio Pardo foi importante também porque em Rio Pardo se encontrava, na ocasião, a Banda Imperial, sob o comando do maestro mineiro Joaquim José Mendanha, que viria a compor, sob a encomenda de Bento Gonçalves, o Hino Nacional da República Rio-Grandense.[14] Com a letra do republicano Serafim Joaquim de Alencastre, o hino foi executado e cantado pela primeira vez na cerimônia de comemoração do primeiro aniversário da Tomada de Rio Pardo. Hoje a música do hino é a mesma, mas foi composta outra letra, por Francisco Pinto da Fontoura, o Chiquinho da Vovó, para se adequar aos novos tempos.
Cabe ressaltar que a primeira composição do Hino Nacional da República Riograndense destacava a mesma ideia dos discursos de Bento Gonçalves, de não ceder à paz vergonhosa da deposição das armas:

Nobre povo rio-grandense. Povo de heróis, povo bravo!
Conquistaste a independência.

Fonte: Wikipédia