segunda-feira, 5 de abril de 2010

Caso Eliseu Santos

SUSPEITA DE COMPLÔ
MP liga matador de Eliseu à empresa de vigilância
Jovem preso como assassino de secretário foi reconhecido como segurança de supostos mandantesUm dos envolvidos no assassinato do secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, costumava circular com dois inimigos declarados do médico, os donos da empresa de vigilância Reação. É o que aponta uma testemunha. O reconhecimento, em duas ocasiões, desse suposto matador como sendo a ligação entre assassinos e mandantes, é o maior trunfo que o Ministério Público pretende apresentar nessa segunda-feira, em entrevista à imprensa.

Na coletiva à mídia, promotores prometem detalhar por que acreditam que o médico e político porto-alegrense foi assassinado por encomenda e não morto num assalto, como aponta a Polícia Civil.

Esse elo entre matadores e mandantes, dizem promotores públicos, é o assaltante Eliseu Gomes, 22 anos, que foi ferido em tiroteio com o secretário Eliseu Santos. A certeza da presença de Gomes no local do crime veio porque exames de DNA comprovaram que é dele o sangue que um dos assassinos deixou cair no local da morte do secretário, dia 26 de fevereiro.

Para a Polícia Civil, Gomes e outros dois ladrões mataram Eliseu Santos num assalto na Rua Hoffmann (bairro Floresta, Porto Alegre), numa tentativa de roubar o carro do secretário. Para os promotores, não ocorreu assalto. Os três ladrões teriam se aliado a outras quatro pessoas para assassinar a vítima, num caso de vingança.

Conforme o Ministério Público, Eliseu teria sido morto numa emboscada planejada pelos donos da empresa de vigilância Reação, que guarnecia postos de Saúde na Capital e teve o contrato rompido após acusar Eliseu Santos de cobrar propina para renovar esse contrato. Os proprietários da firma são o ex-PM Jorge Renato de Mello e seu gerente Marcelo Machado Pio, que estão presos a pedido dos promotores. O assassinato teria sido executado pelo três assaltantes mediante contrato.

humberto.trezzi@zerohora.com.br

HUMBERTO TREZZI
Fonte: Zero Hora

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