segunda-feira, 5 de abril de 2010

Caso Eliseu Santos parte 2

SUSPEITA DE COMPLÔ
O que move os promotoresQuais as provas que os promotores têm de que os empresários da Reação contrataram os assaltantes para matar Eliseu Santos? Nas 21 páginas do pedido de prisão preventiva de sete suspeitos de envolvimento no suposto complô, o Ministério Público inclui como prova um reconhecimento parcial de um deles.

Eliseu Gomes foi identificado por foto por um servidor da Secretaria Municipal de Saúde como “um dos seguranças que acompanhavam os donos da Reação” quando eles o ameaçaram. O funcionário não conseguiu dar certeza do reconhecimento.

Pois agora, após fazerem a denúncia e prenderem os suspeitos, os promotores deram um novo passo que consideram decisivo para comprovar a tese de complô de assassinato. O assaltante Eliseu Gomes foi levado quinta-feira do Presídio Central para a 1ª Vara do Júri, onde foi submetido a novo reconhecimento, desta vez frente a frente, por parte do servidor que teria sido ameaçado por ele. Esse funcionário público fez uma identificação “90% positiva” do assaltante como sendo o homem que escoltava os donos da Reação, quando foram ameaçá-lo.

– Ele diz que o rosto do Eliseu é igual ao do homem que o ameaçou. Faz uma ressalva apenas quanto ao físico. O autor das ameaças seria mais corpulento. Isso, a psicologia explica: quem é ameaçado sempre tende a acreditar que o criminoso é maior do que é – pondera um dos promotores.

Contra os donos da empresa Reação, pesa também a motivação. Eles eram apontados pelo próprio Eliseu Santos como autores de ameaças contra ele, após o episódio de suposta cobrança de propina.

O secretário foi assassinado no dia em que os donos da firma de vigilância foram denunciados por corrupção, num processo no qual Eliseu Santos seria testemunha – fato que também é apontado pelos promotores como indício de envolvimento.

Os promotores acreditam que poderão contar ainda com uma prova material. Já começaram a chegar ao MP cópias de extratos de ligações telefônicas feitas pelos assaltantes na data do assassinato e nos dias anteriores. Os promotores apostam que no material será possível encontrar alguma ligação entre contratantes e contratados na execução do secretário.



Fonte: Zero Hora

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