Em sua primeira entrevista coletiva após dizer sim ao convite para ser ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PSL), o juiz Sergio Moro negou que exista relação entre a decisão de prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aceitar participar do novo governo. Responsável pelas decisões em primeira instância da Operação Lava Jato, Moro declarou: "Isso não tem nada a ver com o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi condenado e preso porque ele cometeu um crime, e não por causa das eleições". " Eu não posso pautar minha vida com base numa fantasia, num álibi falso de perseguição política”, afirmou. Moro declarou não haver "a menor chance de utilização do ministério para perseguição política".
Moro evitou divergir de Bolsonaro em temas sobre posse de armas, redução da maioridade penal, terrorismo e ditadura. "Há uma situação de declarações pretéritas, nós estamos olhando para o futuro", declarou.
Pela manhã, o presidente eleito participou em Brasília da sessão do Congresso Nacional em homenagem aos 30 anos da Constituição. Bolsonaro foi à capital federal pela primeira vez depois de eleito. Em rápido discurso, Bolsonaro disse: "Na topografia, existem três nortes: a quadrícula, o verdadeiro e o magnético. Na democracia, há só um norte: é o da nossa Constituição". "Temos tudo para sermos uma grande nação. A união de nós, que estamos aqui ocupando cargos-chave da República, podemos sim mudar o destino desta grande nação", afirmou o sucessor de Michel Temer.
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