terça-feira, 16 de abril de 2013

NPC



Boletim do NPC — Nº 231 — De 1 a 15/4/2013
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais 


Notícias do NPC


10 anos após a Chacina do Borel, atividades lembram o episódio para pedir justiça
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Após as chacinas da Candelária e Vigário Geral, em abril de 2003 mais um capítulo da história de violência policial no Rio infelizmente foi escrito. No final da tarde do dia 16 de Abril, quatro rapazes foram assassinados durante operação policial do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na comunidade do Borel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em memória e por justiça desses jovens, grupos de movimentos e entidades, dentre os quais o Núcleo Piratininga de Comunicação, está organizando duas atividades:
- 16/04 - Exibição de filme e debate, na Jocum (Terreirão), às 18h.
- 20/04 - Caminhada na comunidade e instalação de uma placa em lembrança a chacina.
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  Concentração às 15h30, em frente à antiga quadra da Unidos da Tijuca (Borel). 
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Maria Dalva da Costa Correia da Silva, mãe do jovem Thiago, morto na chacina, é da turma do Curso de Comunicação Popular do NPC.
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Entenda o caso.



Mudou a data do curso INCT-Ineu, SENGE e NPC EUA: hegemonia e imperialismo
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Estados Unidos: trajetória de desenvolvimento do país, hegemonia e imperialismo. Este é o tema de um curso intensivo que será ministrado no Centro do Rio pelo professor Reginaldo Moraes, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu). Os dias das aulas tiveram uma pequena alteração: serão em 17, 18, 24 e 25 de maio. Nas sextas-feiras, dias 17 e 24, o curso vai das 18h às 22h; nos sábados, 18 e 25, vai das 9h às 13h.
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As aulas baseiam-se na exposição da história do país, desde o século 19 até os dias atuais, com apoio dos slides apresentados pelo professor. Haverá ainda um material didático que será distribuído a todos os participantes, contendo textos e roteiros e uma pequena coleção de leituras adicionais.  

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Saiba mais sobre o curso. 


A Comunicação que queremos


A fotografia militante de rebelArte
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O coletivo uruguaio de fotografia militante rebelArte lançou no mês passado seu novositeBaseado em licenças Creative Commons, RebelArte foi criado em 2006 e reúne militância e estética nas coberturas fotográficas de manifestações populares e atos de movimentos sociais na América Latina e em outros países. "Acreditamos que a fotografia pode jogar um papel muito importante nas lutas de distintos movimentos sociais, colaborando para a difusão e compreensão dos mesmos", afirma o manifesto publicado no site da organização. Para o coletivo de intervenção fotográfica, não basta observar as lutas nas ruas, mas participar e contribuir com as lutas das quais afirmam fazer parte "através da [lente] objetiva de nossas câmeras".



De Olho Na Mídia 


Não nos esqueçamos: a mídia apoiou o golpe de 1964 
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[Por Sheila Jacob - NPC] No dia 1º de abril lembramos o golpe de 1964, que tirou João Goulart do poder e implantou uma cruel ditadura civil-militar no país. É importante lembrar que forças conservadoras civis apoiaram o golpe, como empresários e veículos da grande imprensa. Com o presidente ainda em solo brasileiro, o Correio da Manhãpublica um editorial com o título "Fora". No final do primeiro parágrafo, decreta: "Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: saia!".

O jornal O Globo também apoiou o golpe. O editorial do dia 2 de abril teve o título "Ressurge a Democracia!". Diz o texto: "Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições".



Por que as manchetes dos jornalões são sempre iguais? 
[Portal 247] Pode ser pura coincidência, mas, ontem, 11/04, os três principais jornais do País deram manchetes idênticas sobre inflação; nesta sexta, dos três jornalões, dois voltaram a se repetir, batendo na tecla dos preços às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária; a dúvida é: Dilma irá se curvar à pressão organizada dos meios de comunicação, que parece ter um comando central, ou recomendará cautela ao Banco Central, diante dos sinais contraditórios da economia? 
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Dilma enfrenta exército pró-juros organizado. Por que as manchetes dos jornalões são sempre iguais? http://brasil247.com/+khvl2



A favela na novela Salve Jorge reforça estereótipos
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[Por Cidinha Silva] A autora de Salve Jorge está esculachando a favela, como diria uma carioca atenta. Poxa, é uma moçada jovem que não trabalha, não estuda e só tem quatro ou cinco tipos de ações: batem perna, batem boca e gritam, postam coisas na internet, tomam sol na laje e dançam, do funk ao pagode. De quebra, fecham com o pessoal do movimento e planejam subir na vida arrumando marido rico.
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Sou habitué do teleférico do Alemão e lá de cima vejo tanta coisa interessante além das moças tomando banho de sol na laje em trajes sumários: tem as crianças brincando nas numerosas piscinas de plástico, churrascos animados, gente andando de uniforme escolar pelas ruas e tem a criativa pintura dos barracos. Adoro uma casa que tem Bob Marley fumando um charutão de marijuana, outra tem Nelson Mandela, outra, instrumentos musicais, outra, palavras de ordem da luta negra. Tem quadra de esportes também. Entretanto, às telespectadoras da novela não é dado ver essa favela esteticamente negra. .
Confira o texto completo.  



Radiografia da Comunicação Sindical 


Sindicalistas latino-americanos colocam comunicação na ordem do dia
Reunidos em Montevidéu no Seminário "Democratização da Comunicação nas Américas", dirigentes sindicais e assessores de 12 países latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai) reafirmaram a defesa da liberdade de expressão como elemento central na política da CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas) para o próximo período..
O objetivo do encontro, iniciado nesta quarta-feira (3), é definir um plano de ação para implementar as deliberações do II Congresso da entidade, que já havia definido a democratização das comunicações, “com o enfrentamento aos monopólios e oligopólios do setor”, como ferramenta indispensável para garantir democracia e liberdade no Continente..
Na avaliação do especialista Gustavo Gómez, um dos principais responsáveis pela redação do projeto da nova lei de telecomunicações do Uruguai, a atual concentração de meios se soma à propriedade cruzada, em que jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão passam a pertencer a um mesmo dono, como banqueiros e latifundiários.                                                                                         [Fonte: Sind. dos Metalúrgicos do ABC]



NPC Informa


Filme sobre ditadura será exibido no Festival É tudo Verdade
O filme O Fim do Esquecimento, dirigido por Renato Tapajós e produzido pela produtora de cinema e vídeo Laboratório Cisco foi selecionado no Festival É Tudo Verdade de 2013, nos Programas Especiais. Será também exibido o documentário de 1984 Em Nome da Segurança Nacional, também dirigido por Renato Tapajós, totalmente restaurado e remasterizado. No Rio de Janeiro, o filme será exibido no dia 14/4, dom, 16h, no Museu da República.


"1964 - Um golpe contra o Brasil"
O filme "1964 - Um golpe contra o Brasil", lançado há três semanas no Memorial da Resistência de São Paulo, abrange o período que se estende desde a eleição Jânio da Silva Quadros-João Goulart, até à posse do marechal-presidente Humberto de Alencar Castello Branco (15 de abril de 1964). Produzido pelo Núcleo de Preservação da Memória Política e pela TVT-TV dos Trabalhadores, e dirigido por Alípio Freire, o vídeo tem o objetivo de nos anteciparmos às versões que a grande mídia comercial e outros farão circular em 2014, quando se completam 50 anos do golpe.


Revista Margem Esquerda nº 20 reúne dossiê sobre a mídia
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A revista semestral Margem Esquerda (Boitempo) traz em seu 20º número uma entrevista exclusiva com um dos mais importantes intelectuais cubanos da atualidade, Fernando Martínez Heredia, diretor da prestigiosa revista Pensamento Crítico nos anos 1960. O homenageado desta edição é Oscar Niemeyer (1907-2012), que comparece com seu "Poema da curva" e desenhos, na capa e miolo da revista, além de ser tema de um texto do arquiteto Luis Recamán. A revista também reúne nesta edição um dossiê sobre mídia, coordenado pelo jornalista João Brant, com discussões sobre a regulação dos meios de comunicação..
Brant abre o módulo com uma provocação em relação às políticas de comunicação de Lula e Dilma. O historiador Gilberto Maringoni amplia a perspectiva ao escrever sobre a disputa pela regulação das comunicações na América Latina. O dossiê se completa com contribuições dos jornalistas Ana Paola Amorin, Altamiro Borges e Natalia Viana, que oferecem reflexões sobre a crise do jornalismo industrial e os novos modelos de produção..
À venda na Livraria A. Gramsci por R$ 28,00.



Democratização da Comunicação


Plenária nacional analisa Projeto de Lei de Iniciativa Popular para comunicação
[Por Marina Schneider-NPC] Acontece no dia 19/04, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, a plenária nacional que vai apresentar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das Comunicações. A proposta da campanha Para Expressar a Liberdade está circulando entre as organizações participantes e depois da aprovação na plenária será amplamente divulgada. Construído com base nos resultados da I Conferência Nacional de Comunicação e em posições históricas dos movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação no país, o projeto precisa de pelo menos 1,3 milhões de assinaturas para ser encaminhado ao Congresso Nacional.



Proposta de Pauta


Data que lembra "Crimes de Maio" entra no calendário oficial de SP
A luta para que os "Crimes de Maio" não sejam esquecidos e que seus responsáveis não permaneçam impunes ganhou um dia especial. No início de abril, foi publicado no Diário Oficial que a data 12 de maio é destinada à memória das mães que tiveram seus filhos assassinados por policiais militares em 2006. Após quase sete anos, os "Crimes de Maio" ainda não foram solucionados. O Dia das Mães de Maio fica incluído no Calendário Oficial do Estado para que seja lembrado anualmente.  
Fonte: Radioagência NP 


Como a favela aparece no jornal 
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[Por Claudia Santiago - NPC] Estamos em 2003. Depois de passar a noite do dia 16 de abril sem dormir, chorando a morte de seus meninos, quatro famílias de trabalhadores, moradores do morro do Borel, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, foram novamente apunhalados quando o dia clareou. No jornal estava escrito: os guris "faziam parte de um bando de traficantes de drogas, que descia o morro para assaltar as ruas do bairro". Com riqueza de detalhes o repórter Sérgio Meirelles, do jornalExtra, descreveu a suposta cena: "os PMs apreenderam 145 trouxinhas de maconha, 20 papelotes de cocaína, etc, etc". Os nomes e sobrenomes dos garotos estavam lá com todas as letras. Mas Sérgio não se preocupou em saber quem eram eles. Se trabalhavam, se estudavam, com quem moravam. Se tinham filhos. Quem eram seus pais. E o que estes tinham a dizer sobre aquilo tudo. A dor das mães pobres, pretas e favelas que perdiam seus filhos não mereceu sequer uma linha no jornal. Só a voz de quem matou foi ouvida. 
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Aos poucos, com muita luta dos familiares e do movimento social, a real cena do crime foi sendo revelada. Carlos Alberto da Silva Ferreira, pintor e pedreiro, de 21 anos; Carlos Magno de Oliveira Nascimento, estudante de 18 anos; Everson Gonçalves Silote, taxista de 26 anos; e Thiago da Costa Correia da Silva, mecânico de 19 anos, foram atingidos na cabeça, tórax, braço e antebraço. O laudo cadavérico mostrou que os disparos foram efetuados à “queima roupa”. Não houve nenhuma troca de tiros. Os policiais mataram porque são formados para acreditar que matar é a sua função. “É entrar da favela e deixar corpo no chão”, como diz a musiquinha do Bope. Porque são formados para acreditar que preto, pobre e favelado é feito para morrer.
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E o jornalista que escreveu a versão fantasiosa que mostramos neste recorte de jornal? Qual é sua formação? Qual é sua ideologia? A quem ele serve? À humanidade ou aos interesses da classe social do seu patrão?



De Olho Na Vida


No Pará, júri absolve acusado pela morte de casal que denunciava madeireiros
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O Tribunal do Júri de Marabá (PA) absolveu na quinta-feira, 4 de abril, por falta de provas, 
José Rodrigues Moreira, o principal acusado pela morte, em maio de 2011, dos extrativistas e militantes ambientais José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo. Os dois denunciavam a ação de posseiros e a extração ilegal de madeira na região de Nova Ipixuna (PA). 
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Os nomes de José Cláudio, 54, e Maria, 53, constavam da lista de pessoas ameaçadas de morte divulgada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT),  mas nunca receberam segurança do poder público. Segundo a CPT, de 1.018 mortes causadas por conflitos de terra de 1985 a 2011 na Amazônia, somente 30 casos foram julgados. [
Com informações da Folha de S. Paulo]


Parte dos vereadores do PT de São Paulo apoia homenagem à Rota
[Por Conceição Lemes – Vi o Mundo] A Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do coronel Telhada (PSDB) quer homenagear a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) com uma salva de prata. Criada em 1970, a Rota tem até hoje uma história marcada pela violação dos direitos humanos e de violenta repressão, da qual se orgulha. Mesmo assim, Telhada conseguiu o número necessário de assinaturas para apresentar o seu projeto. Dos 55 vereadores da Casa, 34 assinaram, a começar por outros dois integrantes da chamada bancada da bala: Conte Lopes (PTB) e o coronel Camilo (PSD) (veja lista completa abaixo). Na lista, também figuram vereadores do PSDB (Andrea Matarazzo e Mário Covas Neto, por exemplo), PV (Gilberto Natalini), PPS (Ricardo Young), PMDB (Rubens Calvo), PSB (Noemi Nonato e Ota) e PRB (Jean Madeira). O espantoso é que sete dos 11 vereadores do PT são signatários: Alessandro Guedes, Alfredinho, Arselino Tatto, Jair Tatto, Reis, Senival Moura e Vavá, todos na contramão da história do partido em defesa dos direitos humanos e da luta contra a ditadura.
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Não assinaram: Juliana Cardoso, Nabil Bonduki, Paulo Fiorillo e José Américo. Orlando Silva (PCdoB) e Toninho Vespoli (Psol) também não.



Imagens da Vida 


Campanha em Caracas
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Como diziam nossos antepassados... Uma foto vale mais do que mil palavras.



Dicas


A propaganda e do Cinema na preparação dos corações e mentes para o Golpe de 64
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[Por Vito Giannotti - NPC] Uma das principais armas para ganhar o povo foi o cinema. Empresários juntos com militares, EUA criaram o IPÊS, uma organização de ação e propaganda a favor do golpe. O livro da Denise Assis é uma análise muito rápida, viva e documentadíssima do uso do cinema na propaganda para preparar o golpe. Numa leitura de umas 3 horas mostra a realidade da preparação do Golpe pela propaganda dos patrões. Está à venda exclusivamente na livraria Antonio Gramsci ao preço de R$ 22.
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A ditadura militar não foi só militar. Não foi um milagre parido por milicos golpistas. Ela se assentou num tripé poderosíssimo: militares, Fiesp, Firjan e milhares de empresários e Estados Unidos. Isso, hoje, começa a ficar claro para muita gente. Quem planejou o golpe foi em primeiro lugar o governo dos EUA que,  no clima de Guerra Fria que existia na época, não podiam admitir que o Brasil caminhasse rumo a um governo nacionalista, antiimperialista e popular. O segundo pé é a união dos empresários das indústrias e do latifúndio que queriam tranquilidade para continuar a lucrar, sem greves e manifestações pró-Reforma Agrária. Hoje, esta realidade está documentada em livros, filmes e revista. Estes dois grupos tramaram com a força dos militares, que tinham armas e a cabeça feita pela Escola Superior de Guerra, sabidamente manipulada pela Escola das Américas dos EUA. Este tripé foi unificado com o trabalho ideológico da cúpula da Igreja Católica, historicamente anticomunista que espalhou o medo da esquerda entre o povo, especialmente na classe média. E outro fator que convenceu milhões de apoiar uma ação golpista foi toda a mídia patronal, Globo, Folha de SP, Estadão e todos, menos a Última Hora.



De Olho No Mundo


III Fórum Mundial de Mídia Livre acontece na Tunísia
Túnis, a capital da Tunísia recebeu, na última semana de março, o III Fórum Mundial de Mídia Livre. Inserido na programação do Fórum Social Mundial 2013, o FMML teve dois objetivos principais: integrar os inúmeros atores, organizações e mídias alternativas e independentes da região do norte da África e Oriente Médio ao movimento internacional em defesa do direito à comunicação; e dar visibilidade às suas demandas e mais urgentes necessidades, como parte de uma dinâmica de solidariedade internacional.
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Saiba como foi III FMML na matéria de Bia Barbosa.


Hugo Chávez em seu Labirinto
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A VENEZUELA DE CHÁVEZ tem sido tema constante na grande imprensa brasileira, geralmente em matérias de tom depreciativo a seu governo. Já os partidários do presidente ocupam espaço em publicações alternativas, raramente com alguma crítica de fundo ao socialismo bolivariano. Contudo, ainda são poucas as análises aprofundadas sobre o assunto. Com base em ampla bibliografia e numa pesquisa de campo que envolveu longa visita à Venezuela, o autor explica as origens sociais e políticas do bolivarianismo e do chavismo, seus dilemas e perspectivas.



Pérolas


Por Ken Loach
"Margaret Thatcher foi o mais destrutivo de todos os primeiros-ministros dos tempos modernos. Desemprego em massa, fábricas fechadas, comunidades destruídas – eis seu legado. Foi uma lutadora: seu inimigo foi a classe trabalhadora britânica". 
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Comentário do cineasta Ken Loach sobre a morte de Margareth Thatcher publicado noThe Guardian.


Por Conceição Evaristo
"A nossa escrevivência não pode ser lida como histórias para 'ninar os da casa grande' e sim para incomodá-los em seus sonos injustos."
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Frase divulgada pela escritora negra Conceição Evaristo em seu blog.



Memória


Arquivo de SP libera acesso a 1 milhão de documentos sobre regime militar 
Após três anos e meio de trabalho de 70 pessoas, o Arquivo Público de São Paulo disponibiliza em seu site, a partir de hoje, cerca de 1 milhão de documentos sobre ações da ditadura militar no Estado. Fichas e prontuários que antes só podiam ser acessados pessoalmente agora estarão ao alcance de um clique, pelo endereçowww.arquivoestado.sp.gov.br..
São papéis do Deops/SP (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), órgão que funcionou de 1924 a 1983 e foi um dos principais braços da repressão do último regime militar (1964-1985). O material inclui ainda documentos do DCS (Departamento de Comunicação Social), criado em 1983 para suceder o Deops e abrigar seus membros.
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A digitalização, que ainda engloba apenas 10% dos registros do Deops e do DCS, incorporou 4.500 imagens de documentos inéditos. "São boletins internos do Deops, que vão de 1952 a 1977 e têm as escalas de serviço dos policiais. Isso ajudará a cruzar informações sobre quem estava trabalhando quando alguém foi preso e desapareceu", diz Lauro Ávila, diretor de Preservação e Difusão do Acervo do Arquivo Público.

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Fonte: Folha de S.Paulo



Artigos


Laurindo Leal: Em 1964, havia o Ipes e o Ibad. Hoje, o Millenium 
[Publicado em 30.03.2013 - por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil] Não é mera coincidência a preferência dos integrantes do Instituto Millenium pela subordinação do Brasil aos grandes centros financeiros internacionais e sua ojeriza diante das relações harmônicas entre governos latino-americanos. Leia o artigo completo.
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Quem tem medo de uma nova lei democrática para as comunicações? 
[Publicado em março - 2013 - Por Jonas Valente] As comunicações brasileiras são marcadas pela alta concentração dos veículos em poucos grupos, pela presença de políticos no controle rádios, TVs e jornais, pela produção verticalizada a partir do eixo Rio-São Paulo, pelos caros e excludentes serviços de acesso à internet, telefonia celular e TV por assinatura e pela subordinação dos órgãos e autoridades aos interesses do empresariado do setor. Leia o artigo completo. 
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As UPPs e o avanço da hierarquização e da segregação do espaço urbano carioca 
[Por Marco M. Pestana - publicado em 8.4.13] Em dezembro de 2008, foi inaugurada, pelo governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na favela Santa Marta, em Botafogo. Rapidamente, essa e as 29 UPP's subsequentemente instaladas tornaram-se seu principal trunfo, garantindo a reeleição de Cabral em 2010 com cerca de 66% dos votos válidos. Apresentadas a partir da retórica da "preservação de vidas e liberdades dos moradores" das favelas ocupadas, por meio da eliminação do jugo dos traficantes de drogas armados, o que possibilitaria àqueles o acesso à cidadania por esses negada, torna-se cada vez mais patente que esse projeto traz uma série de outros objetivos e consequências. Leia o texto completo.


Expediente



Núcleo Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-5618www.piratininga.org.br / 
npiratininga@uol.com.br
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Coordenação: Vito Giannotti
Redação: Sheila Jacob
Edição: Claudia Santiago
Web: Luisa Souto
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Colaborou nesta edição: Marina Schneider (RJ).


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ÍNDICE
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Notícias do NPC
10 anos após a Chacina do Borel, atividades lembram o episódio para pedir justiça
Mudou a data do curso INCT-Ineu, SENGE e NPC EUA: hegemonia e imperialismo

A Comunicação que queremos
A fotografia militante de rebelArte

De Olho Na Mídia 
Não nos esqueçamos: a mídia apoiou o golpe de 1964 
Por que as manchetes dos jornalões são sempre iguais? 
A favela na novela Salve Jorge reforça estereótipos

Radiografia da Comunicação Sindical 
Sindicalistas latino-americanos colocam comunicação na ordem do dia

NPC Informa
Filme sobre ditadura será exibido no Festival É tudo Verdade
"1964 - Um golpe contra o Brasil"
Revista Margem Esquerda nº 20 reúne dossiê sobre a mídia

Democratização da Comunicação
Plenária nacional analisa Projeto de Lei de Iniciativa Popular para comunicação

Proposta de Pauta
Data que lembra “Crimes de Maio” entra no calendário oficial de SP
Como a favela aparece no jornal 

De Olho Na Vida
No Pará, júri absolve acusado pela morte de casal que denunciava madeireiros
Parte dos vereadores do PT de São Paulo apoia homenagem à Rota

Imagens da Vida 
Campanha em Caracas

Dicas
A propaganda e do Cinema na preparação dos corações e mentes para o Golpe de 64

De Olho No Mundo
III Fórum Mundial de Mídia Livre acontece na Tunísia
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Pérolas
Por Ken Loach
Por Conceição Evaristo

Memória
Arquivo de SP libera acesso a 1 milhão de documentos sobre regime militar 

Artigos
Laurindo Leal: Em 1964, havia o Ipes e o Ibad. Hoje, o Millenium 
Quem tem medo de uma nova lei democrática para as comunicações? 
As UPPs e o avanço da hierarquização e da segregação do espaço urbano carioca 

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Núcleo Piratininga de Comunicação
 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge

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