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19/02/2012 - 15h40

Doze pessoas foram detidas durante a reintegração de prédio da USP

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RAPHAEL SASSAKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Doze pessoas foram detidas neste domingo de Carnaval durante a reintegração de posse de um prédio da USP (Universidade de São Paulo) que estava ocupado por um grupo de estudantes desde março de 2010.
Entre os ocupantes levados para o 14º DP (Pinheiros), nove deles alunos da USP, está Ana Paula de Oliveira, 25, estudante de matemática, que disse estar grávida.
Segundo a polícia, foi estipulada fiança total de cerca de R$ 2.500 para a soltura de todos os detidos. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), são seis homens e seis mulheres.
A polícia disse ainda que houve manifestação por parte de outros alunos moradores do local, que atiraram pedras contra a tropa de choque que realizava o isolamento da área. Segundo a SSP, houve confronto entre estudantes e policiais.
A reintegração teve início por volta das 6h, e ocorreu no Bloco G da USP. Segundo a polícia, a ação foi rápida e não houve resistência violenta. O imóvel então foi lacrado. A SSP disse que apenas nove dos 12 detidos são alunos da universidade.
A invasão ao prédio foi feita por um grupo de alunos moradores do Crusp que reivindicavam, entre outras coisas, a melhoria nas condições de moradia e o aumento do número de vagas no conjunto residencial da universidade.
Seis estudantes que participaram da ocupação foram expulsos da universidade no fim do ano passado. Entre eles dois alunos da ECA (Escola de Comunicação e Artes) e quatro alunos da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas).

Divulgação
Prédio do Crusp que foi ocupado por alunos da USP; seis alunos acusados de ocuparem as salas foram expulsos
Prédio do Crusp que foi ocupado por alunos da USP; seis alunos acusados de ocuparem as salas foram expulsos
Ao todo treze alunos foram processados; cinco foram absolvidos por falta de provas e outros dois foram julgados culpados, mas não fazem mais parte da universidade.
A expulsão teve como base o artigo 249, IV, do Regimento Interno da USP, instaurado por decreto em 1972 e vigente desde então, que determina a "pena de eliminação definitiva nos casos em que for demonstrado, por meio de inquérito, ter o aluno praticado falta considerada grave".
O regimento proíbe os alunos e funcionários de, entre outras coisas, "promover manifestação ou propaganda de caráter político-partidário, racial ou religioso, bem como incitar, promover ou apoiar ausências coletivas aos trabalhos escolares".
Intitulado "Moradia Retomada", pois as salas pertenciam originalmente ao Crusp, a ocupação causou a mudança da sede do Coseas (Coordenadoria de Assistência Social).

Joel Silva/Folhapress
Estudantes da USP fazem protesto em repúdio à expulsão de seis alunos
Estudantes da USP fazem protesto em repúdio à expulsão de seis alunos