terça-feira, 14 de setembro de 2010

Boletim Vereadora Sofia Cavedon




Edição Especial

Em defesa da Uergs

Imediata nomeação da Reitoria eleita por voto direto e dos 19 docentes concursados foram as principais reivindicações feitas por professores e alunos da Uergs, em ato realizado na quinta-feira (09), na Praça da Matriz em Porto Alegre.

Conforme a vereadora Sofia Cavedon, a nomeação dos professores é imprescindível, tendo em vista que o final do semestre se aproxima e mais de 100 turmas estão sem aulas em várias disciplinas. E a posse da nova reitoria é outra urgência, salientou. “É preciso tomar decisões e encaminhamentos imediatos, como a realização do vestibular 2011 e buscar, junto a Assembleia Legislativa, a inclusão da Uergs na previsão de recursos do Orçamento do próximo ano!”.

Sofia, que acompanha a caminhada da Universidade Gaúcha desde sua criação e estava presente na manifestação e na reunião com a Casa Civil, onde foram encaminhadas as reivindicações, também irá solicitar ao conjunto de vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, para que assinem uma indicação da Casa Legislativa à Governadora, para que realize a imediata nomeação dos reitores eleitos e professores concursados, a fim de que a Uergs e seus alunos não sofram mais prejuízos.




Na Tribuna da Câmara

No início da semana, Sofia ocupou o tempo do Grande Expediente da Câmara, à discussão da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.

...A Uergs nasceu com o mais importante compromisso, o da descentralização, compromisso multicampi, compromisso de levar a universidade para os mais longínquos lugares deste Estado onde os jovens não conseguem ingressar no Ensino Superior por não conseguirem sair de suas famílias, virem morar em Porto Alegre, ou em Santa Maria, ou em Pelotas, bancarem o seu sustento e estudarem. A Universidade nasceu em 2002, em duas edições, abriu 1.720 vagas no primeiro ano; em 2003, foram abertas quase 1.200 vagas...




Redução de vagas

E aí começou a redução brutal do ingresso na Universidade Estadual: em 2006, as vagas foram reduzidas para 720 e, em 2007, não houve nem vestibular. Depois, ela foi retomada, mas com um caráter diferenciado: alguns cursos foram fechados em alguns lugares e em outros nem sequer reabriram. Um exemplo disso foi o curso de Pedagogia que foi muito atingido e que, no caso de Porto Alegre, foi um curso construído, discutido, com as educadoras populares, que tinha o objetivo de abrir vaga para as educadoras da periferia da Cidade. Foram selecionadas em Porto Alegre, em 2002, 150 educadoras, as quais estão formadas hoje e continuam atuando na periferia da Cidade.




Educação Popular

São educadoras que não conseguiriam, por trabalharem o dia inteiro - já são educadoras em creches - por serem mães de família e por estar a muito tempo afastadas da escola, enfrentar o concorrido vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e muito menos pagar uma universidade privada, porque os seus vencimentos são um pouco mais do que um salário mínimo. Uma creche comunitária, mesmo conveniada com a Prefeitura, não tem condições de pagar salários que garantam ao profissional buscar a sua própria qualificação. ...Esse curso foi um dos atingidos nesse movimento de asfixia da Universidade Estadual, que, infelizmente, vem acontecendo nesses últimos oito anos.




Redução Orçamentária

... E a nossa Universidade Estadual não pode atender, pela falta de prioridade política, falta de visão estratégica e de compromisso com a Educação nestes últimos oito anos no Estado, a partir do governo Rigotto. Os recursos também retratam o que é esse movimento de esvaziamento da Uergs: em 2003, foram orçados 39 milhões, quase 40 milhões para a Universidade; em 2004, 28 milhões; e depois se mantiveram em 28 milhões, só que não realizados, realizados 60% desse orçamento, que já era 40% abaixo do orçamento inicial da UERGS.

...Vocês imaginem que a UERGS, hoje, tem três mil alunos, e ela não é maior do que uma das nossas escolas grandes de Porto Alegre. Nós temos escolas com 120, 100 professores, e a Universidade Estadual têm 106 professores, apenas professores do quadro da Universidade. Então, outro elemento do desmonte da UERGS foi a não realização de concurso, a não criação do cargo permanente de professor... Agora estão para serem nomeados 19 professores do último concurso, mas não há jeito de serem nomeados. É um escândalo como é vista a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, que mudou já muitas vidas, e podia estar qualificado, por exemplo, a Educação neste Estado.




Nova Reitoria

Vivemos, nesse último ano, um processo muito interessante, porque a Universidade também não consolidou a sua gestão democrática, não tem autonomia financeira. Continua, desde 2002, portanto, há oito anos, com Reitor indicado pela, agora, Governadora. A custo de ações judiciais, a comunidade escolar bancou a realização da eleição da Reitoria. Não pensem não, que finalmente a Governadora ou o Reitor reconheceram e realizaram o processo respeitando o estatuto da Universidade. Os trabalhadores em Educação, alunos organizados no Conselho da Universidade, através de medidas judiciais, bancaram a eleição direta de Reitor e Vice-Reitor! Foram eleitos; foram homologados pelo Conselho Universitário, e o que acontece agora? Nada de nomeação. Vejam, como pode uma Universidade ser colocada em tamanha humilhação, eu diria. O professor Fernando Guaragna foi eleito Reitor da Universidade, num processo reconhecido, bancado pela Justiça, reconhecido pelo Conselho Superior da Universidade, e a Governadora sequer recebe o Reitor e a Vice-Reitora eleitos. Não dá notícias de quando serão nomeados.

...E ainda não falei das condições físicas dos prédios e espaços, onde a Universidade abriga esses 23 cursos, que são precaríssimas! Precaríssimas! Quem quiser visitar, aqui na Av. Bento Gonçalves, junto ao Hospital São Pedro, vai enxergar.

...É uma pena que a nossa Universidade Estadual não tenha acompanhado este novo momento do Brasil, que é um momento, sim, de entender que o País, para dar o salto de desenvolvimento para uma sociedade pós-industrial, uma sociedade do conhecimento, tem que investir em Escola Básica de qualidade, Média de qualidade, Técnica de qualidade e Superior.

...que a Governadora pelo menos nomeie o Reitor e a Vice-Reitora eleitos para dar um novo sentido à Universidade Estadual, e levar o Rio Grande para a era do conhecimento...




Acesse aqui a íntegra da Manifestação.
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Por uma UERGS forte, autônoma e revitalizada
Com Tarso Governador vamos recuperar a UERGS, garantindo gestão democrática e participativa, autonomia financeira e administrativa, nomeação dos professores, garantia de carreira e concurso público e condições de funcionamento adequado aos cursos existentes.





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