segunda-feira, 26 de abril de 2010

Grêmio quase Campeão






DIRETO DOS VESTIÁRIOS
Elogios e cornetas
Um Gre-Nal nunca acaba no último trilar do apito do árbitro. Os vestiários abrigam um terceiro tempo, decisivo e imprescindível. Com trânsito nos bastidores da Dupla, os repórteres Leandro Behs e Luís Henrique Benfica estreiam hoje o blog Dupla Explosiva. Aqui o jogo é aberto e todos estão convidados. É só acessar www.clicesportes.com.br/duplaexplosiva

Nem o garoto Neuton, cuja maturidade na estreia impressionou dirigentes e comissão técnica, nem o veterano zagueiro Rodrigo, que abriu o caminho da vitória e deu segurança à defesa. Terminado o jogo, foram para o técnico Silas os maiores elogios no vestiário do Grêmio.

A vitória tática de Silas sobre Jorge Fossati provocou, na verdade, uma sensação de alívio entre os dirigentes. O diretor de futebol Luiz Onofre Meira e o assessor Alberto Guerra temiam que um fracasso no clássico provocasse uma nova onda de desconfiança quanto à capacidade do técnico. Silas, afinal, havia sido derrotado pelo rival no primeiro Gre-Nal do ano, em Erechim.

Espremidos na cabine 20 do Beira-Rio, ao lado da equipe da Grêmio TV, Meira e Guerra deram pulos quando Borges marcou o segundo gol e selou a vitória. Na sequência, Meira abriu a porta e soltou um palavrão em forma de desabafo.

Finalizado o jogo, depois de receber demorados abraços do filho, o advogado André Luiz, e do conselheiro Dênis Abrahão, Meira reconheceu que o resultado serve para diminuir a pressão sobre o técnico.

– Havia muita coisa em jogo. Não que uma derrota fosse causar a demissão do treinador. Mas ele estava precisando ainda do grande jogo para obter a definitiva afirmação – admitiu.

Trata-se do melhor momento de Silas desde o início do trabalho, dia 6 de janeiro. Nem mesmo na sequência de 15 vitórias, em jogos do Gauchão e da Copa do Brasil, ele havia obtido unanimidade. O comentário feito por um conselheiro, enquanto aguardava pelo ônibus que levaria a direção de volta ao Olímpico, sintetizava o novo momento.

– Eu era o maior corneteiro do Silas. Mas, agora, me rendo, me entreguei para ele. Conseguiu dar raça ao time – confessou um deles.

A vitória no clássico também teve sabor de vingança. O Grêmio ainda amargava a derrota no jogo de Erechim. Nas entrevistas, sempre que aquele jogo era lembrado, dirigentes e jogadores sustentavam que o empate teria sido o resultado mais justo.

Ainda assim, o clima é de cautela para o jogo decisivo, domingo, no Olímpico.

– Ainda não ganhamos absolutamente nada. Mas precisávamos passar por esta provação – disse Meira.



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Deu tudo errado mesmo para o Inter na tarde chuvosa no Beira-Rio. Para completar a jornada ruim, D’Alessandro, o craque do time e ídolo da torcida, se envolveu em uma confusão com torcedores na saída do vestiário.

Ao deixar o local pela saída principal dos jogadores, o argentino foi hostilizado por três torcedores. Não suportou ser xingado na frente da mulher, Erika, e da filha, Martina, quatro anos, e ainda levar um copo com cerveja nas pernas. Protegido por seguranças, ele discutiu com os torcedores.

Ao saber que o incidente já estava sendo noticiado, ele entrou em contato com a Rádio Gaúcha e se colocou à disposição para dar sua versão do episódio.

– Não é a primeira vez que isso acontece, mas não posso ser xingado na frente da minha mulher e da minha filha – disse o meia. – Eles cobravam porque perdemos, pediam raça, diziam para correr mais, sempre é assim. Qualquer um ficaria irritado, mas jamais vou brigar com o torcedor.

O desentendimento de D’Alessandro foi apenas um dos dissabores do domingo. A derrota praticamente sepultou os planos colorados no Gauchão. O clima entre jogadores e direção era de desolação. Mesmo no discurso oficial, o tom era de desânimo. Um mau resultado contra o Banfield, na quarta-feira, deverá fazer com que Jorge Fossati escale um time misto para o clássico do Olímpico. O volante Guiñazu, suspenso, já é desfalque certo no Olímpico.

– Ficamos em uma situação muito difícil para ser revertida. A vantagem, do Grêmio é muito grande. Este resultado abate a todos, sem dúvida – admitiu o vice de futebol, Fernando Carvalho.

O presidente Vitorio Piffero era a voz dissonante. Em busca de seu 12° título no clube, desde quando iniciou a gestão Fernando Carvalho, em 2002, ainda mantém a esperança em uma vitória de pelo menos dois gols (a partir de 3 a 1) para ser tricampeão gaúcho.

– Dos últimos sete clássicos, ganhamos cinco. A balança continua desequilibrada a nosso favor – cutucou Piffero.

Numa tentativa de minimizar os efeitos da derrota, Piffero lembrou que a prioridade do clube é a Libertadores.

– Temos que pensar na importância das competições. E a Libertadores dá de laço no Gauchão. O resultado não interfere em nada para o jogo contra o Banfield.

ZEROHORA.COM

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Fonte: Zero Hora

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