sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Grêmio Semifinal


Torcida protesta durante a vitóriaEscassos, mas ruidosos, os torcedores do Grêmio mais vaiaram do que aplaudiram na vitória o por 4 a 2 contra o Veranópolis, ontem à noite, no Olímpico. Ainda sob desconfiança, o time faz sábado, em casa, contra o Inter-SM, uma das semifinais da Taça Fernando Carvalho.

Descontados os excessos, os protestos se justificaram. A equipe pareceu dividida em duas partes. Do meio de campo para a frente, o futebol fluiu com naturalidade, fruto da qualidade dos passes de Douglas e da impetuosidade de Jonas e Borges. Os problemas tinham início do meio para trás. Limitado tecnicamente, Ferdinando ainda se mostrava mais perturbado com a desaprovação da torcida e aumentava seu índice de passes errados. De forma irônica, torcedores chegaram a pedir que ele fosse punido com cartão amarelo para ficar fora do jogo da semifinal. Silas também não escapou, sendo chamado de burro por insistir com o volante que veio com ele do Avaí.

O técnico tratou de defender seus comandados. Atribuiu aos erros dos volantes à sobrecarga e à leveza dos meias. Douglas não marca, Leandro voltava de um mês parado por lesão. Ambos ajudaram menos.

– Não posso ficar dando ouvido para tudo que falam. Se não, não posso ser treinador. Sobrou para o Ferdinando e o Rockembach – disse Silas

Jonas construiu sozinho o primeiro gol, aos 10 minutos. Após driblar dois marcadores, ergueu para o meio da área, a defesa rebateu e ele próprio, de pé esquerdo, concluiu cruzado.

Ao gol do Grêmio sucedeu-se o crescimento do Veranópolis. Victor salvou duas vezes, em chutes de Eduardinho e João Paulo. A tranquilidade da torcida só veio aos 36 minutos. Rochemback deu passe rasteiro a Borges, que fez 2 a 0.

Num erro coletivo do Grêmio, Marcos Paraná recebeu de André Luís, chutou rasteiro, a bola desviou em Ferdinando e entrou.

No fim houve dois belos gols do Grêmio e uma falha do goleiro Victor. Um de Mário Fernandes, que driblou Marquinhos e concluiu forte, o seu primeiro gol pelo Grêmio. O outro, de Hugo, que concluiu com força, em passe de Borges. Aos 45 minutos, em chute de Romano, Victor espalmou para dentro da própria goleira. Com crédito, o goleiro ainda teve o nome gritado em coro.



LUÍS HENRIQUE BENFICA
Fonte: Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim