sábado, 6 de fevereiro de 2010

CAJU em Caxias do Sul RS




O lado verde sai fortalecido
Em um clássico muito disputado no Estádio Alfredo Jaconi, ontem, Juventude e Caxias empatam em 1 a 1 Caxias do Sul – Sem qualquer sombra de dúvida, o Juventude saiu mais fortalecido do clássico Ca-Ju de ontem à noite, no Estádio Alfredo Jaconi, pela sexta rodada do Gauchão. Mesmo que tenha jogado em casa, cedido o empate de 1 a 1 ainda no primeiro tempo e que esteja a seis pontos do Caxias. Só que, na prática, o time do técnico Osmar Loss fez a sua melhor atuação no campeonato, reagiu após duas derrotas consecutivas, segurou o encaixado e favorito Caxias e ainda por cima dá indícios de uma identidade promissora.

E tudo começou com três surpresas. Sem poder contar com a habilidade de Zezinho e a vitalidade de Julio César, Loss lançou o volante Victor e o atacante Amoroso desde o início do jogo, postando a equipe em um compactado 4-4-2. Umberto só atuou como zagueiro pela direita na etapa final, quando foi obrigado a conter o estreante atacante grená Aloisio. E, nas duas funções, foi um leão.

– Ele foi um dos pilares do nosso time – reconheceu o treinador alviverde ao final do jogo.

Mas demorou alguns minutos para o Juventude se ajeitar em campo. O Caxias iniciou mais tranquilo, com a bola de pé em pé. Porém, aos poucos, Lauro e Umberto colocaram o time alviverde embaixo do braço e esbanjaram a experiência necessária para todos no estádio mudarem de opinião. O Juventude não era mais uma presa fácil como parecia.

O gol foi um prêmio a um exército de operários. Aos 26 minutos, Luiz Felipe cobrou escanteio pela direita, o grandalhão Jorge Fellipe cabeceou forte e o goleiro Fernando Wellington acabou soltando. Amoroso, uma das surpresas de Loss, só teve o trabalho de escorar para o gol. Um placar que poucos esperavam que o Juventude fosse capaz de fazer.

O encaixado Caxias desta vez ficou encaixotado, amarrado, preso. Marcelo Costa não conseguiu se sobressair como nos jogos anteriores, Everton foi aquém do que pode fazer e Cristian Borja nada produziu. Um pouco pela falta de inspiração grená, muito pela forte marcação da equipe alviverde.

Quando Itaqui chutou de fora da área e o goleiro Silvio Luiz soltou, foi apenas um prêmio pela técnica grená. Everton fez o que sabe fazer, aos 43 minutos, escorando para o fundo do gol. Mas surgiu entre os torcedores verdes uma pitada de injustiça. O mais forte empatou com o mais fraco, quando o mais fraco parecia estar mais fortalecido.

– A torcida estava desconfiada, mas o time mostrou atitude e pegada em campo. A resposta foi muito positiva – comemorou o presidente papo Milton Scola.

Apesar do empate em casa, foi um recomeço. E uma esperança.

– É daqui para mais. A equipe teve maturidade. O espírito tem de ser assim, guerreiro – vibrou Umberto.

Para quem começou o clássico como franco-atirador, o Juventude saiu de campo como um experiente combatente. O que Lauro, um dos melhores em campo, soube traduzir em palavras.

– Não houve vencedor no clássico, mas, pelo momento que as duas equipes estavam vivendo, foi melhor para nós. Demos uma grande passo para buscar nossa identidade.

Uma identidade de operários. De guerreiros e homens.

adao.junior@pioneiro.com

ADÃO JÚNIOR



– Superamos vários problemas. Tínhamos dois zagueiros de perna esquerda e mesmo assim conseguimos fazer um bom jogo.
Milton Scola, presidente
– Às vezes, precisamos nos sacrificar para cumprir várias funções no jogo, mas eu sou assim, procuro sempre me entregar.
Umberto, que no primeiro tempo foi volante e marcou Marcelo e no segundo recurou para vigiar Aloisio
– Foi o nosso melhor jogo no campeonato. O espírito foi diferente. Nosso treinador foi muito feliz.
Lauro
– Não dá para a gente se contentar. Nossa campanha precisa melhorar bastante.
Lauro
– Coloquei o Umberto como zagueiro (no segundo tempo) porque o Everton começou a cair nas costas do Luiz Felipe de um lado e o Aloisio incomodou do outro.
Osmar Loss
– Acompanhei o Victor, que é zagueiro de origem, desde o início. Achei que era o momento de lançar um elemento surpresa.
Osmar Loss, sobre a surpresa da escalação


Já são nove
Com o empate em 1 a 1 de ontem, no Jaconi, o Caxias, agora, está invicto há nove clássicos. A última derrota ocorreu em 3 de novembro de 2005, quando a equipe grená levou 3 a 1, em jogo válido pela Copa FGF.


Confira a galeria de fotos do clássico.


Fonte: Jornal Pioneiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim