segunda-feira, 6 de julho de 2009

Denuncias de Lair parte 2


AS DENÚNCIAS DE LAIR
MPF e Lair não confirmam os relatosMesmo com o surgimento de documentos, Lair Ferst e o Ministério Público Federal (MPF) não confirmam a existência das denúncias. O chefe da Procuradoria Regional da República, Antônio Carlos Welter, disse que só hoje poderá confirmar se os ofícios a que ZH teve acesso saíram da Procuradoria.

Por ser domingo, ele não teria como consultar os arquivos da correspondência e, de memória, não poderia falar sobre expediente encaminhados ao então procurador-geral Antonio Fernando de Souza.

Welter também não confirmou a existência de acordo de delação premiada com Lair, sustentado pela deputada Luciana Genro (PSOL) em fevereiro. Disse que os procuradores não podem falar sobre acordos nem se manifestar sobre investigações que envolvem pessoas com foro privilegiado.

Já Lair nega a delação. Segundo ele, caso existam “alguns relatos”, devem ter saído de rascunhos que estariam com Magda Koenigkan, viúva de Marcelo Cavalcante. Lair disse não poder confirmar nada porque os fatos podem ser “objeto de investigações que os procuradores estejam fazendo”:

– Também não posso confirmar o conteúdo desses relatos. Há fatos que eu, realmente, presenciei e acompanhei, e outros dos quais fiquei sabendo, mas não posso dar autenticidade a essas informações. Teria de ver esse documento para dar o contexto.

As 12 páginas do documento confirmam parte das denúncias feitas por líderes do PSOL em fevereiro. A primeira delas: os procuradores da República realmente têm em mãos um depoimento de Lair. Na oportunidade, o partido relatou nove episódios de suposta corrupção na corrida eleitoral de 2006 e no início do governo. A maior parte dos casos aparece nos relatos do lobista. O documento, porém, não confirma a existência de vídeos comprovando as denúncias, mas apenas de áudios. Em 17 dos 20 fatos listados no documento, há indicação de existência de áudio.

Há, porém, algumas divergências nas versões. O PSOL afirmou que Aod Cunha, ex-secretário da Fazenda, teria recebido R$ 100 mil por fora do empresário Humberto Busnello, o que não aparece no relato de Lair. Também não há menção a uma suposta reunião em que Aod e outros teriam recebido R$ 500 mil da MAC Engenharia. Segundo Lair, no entanto, ex-secretário da Fazenda estava presente na reunião em que foi acertada a doação de R$ 400 mil por duas fumageiras. Aod teria pedido, em nome de Yeda, que os valores fossem entregues sem recibo.

Aod afirma nunca ter pedido ou recebido recursos durante a campanha. Diz que era chamado para encontros com empresários para falar do plano de governo, do qual foi coordenador. Aod confirma ter ido ao encontro dos representantes das fumageiras, ouvido suas queixas sobre o setor e deixado a sala sem pedir ou receber qualquer valor.


Fonte: Zero Hora

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