sexta-feira, 19 de março de 2010

Mulheres Camponesas Agredidas






Mulheres comandam


O 10º Acampamento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Movimento sem Terra da Bahia foi aberto ontem - em Salvador -, e continua até segunda-feira, 8 de Março. O encontro reúne cerca de 2.000 mulheres e faz parte de um calendário de lutas estadual e nacional.

A reportagem é de Marko Ajdarić para o Plantão SINTRACOM - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira da Bahia, 05-03-2010.



Mas as mulheres gaúchas do campo e da cidade é que balançaram - mesmo - o chão da praça e das estradas: a quarta-feira foi marcada por uma série de protestos em pelo menos 6 pontos do Rio Grande do Sul. A maioria foi comandada pelas mulheres da Via Capesina, que se dividiram em 3 marchas. As ações renderam até alguns segundos em um telejornal nacional. A cobertura do Plantão SINTRACOM procura ir mais fundo e mais longe, para que os nossos leitores entendam a extensão da jornada de lutas, e seus motivos, que não se restringiram à questão do preço do fumo.

Sim, o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) cobra definição de reajuste no preço do fumo (atualmente em R$150,00 por arroba), mas - também - a redução dos preços dos insumos e auxílio aos produtores atingidos pelas enchentes. Muito além disso, o MPA teve a inteligência de associar a sua pauta de reivindicações às de outros gaúchos e gauchas.

As mulheres que participaram das mobilizações denunciam, em nota pública, que mais de 95% da soja e cerca de 40% do milho que são plantados no Rio Grande do Sul são geneticamente modificados e que o Brasil é o campeão mundial de uso de agrotóxicos. Por isso, “a maior parte da comida que chega à mesa da população brasileira não é alimento, é veneno'. (ao final desse texto, o manifesto da mulherada que peleia).

Detalhes locais dos protestos

Porto Alegre

Dezenas de mulheres da Via Campesina (1), do Movimento de Trabalhadores Desempregados (MTD) e movimentos sindicais ocuparam o sétimo andar do prédio da delegacia estadual do Ministério da Agricultura, . O ato foi contra a 'política de desenvolvimento do governo federal que privilegia o agronegócio, responsável pela produção de alimentos transgênicos, com o uso intenso de agrotóxicos', destacou o MST, em nota. Lá, elas espalharam sementes transgênicas de milho e arroz pelos corredores.



Caminhada em Porto Alegre

À tarde, um grupo de manifestantes seguiu em 11 ônibus para a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), para questionar a implantação de um parque tecnológico de pesquisas (amplamente saudado por setroes conservadores da imprensa gaúcha). Segundo a Via Campesina, o empreendimento é destinado a pesquisas para multinacionais. A assessoria de imprensa da UFRGS informa que a criação do parque ainda depende de aprovação do conselho universitário (vídeo sobre essa luta, tambem liderada por mulheres, aqui ).

A quinta-feira (4/3) foi de atividades internas no acampamento das mulheres. Na parte da manhã, ocorreram debates. À tarde, um grupo formado por camponeses, estudantes e trabalhadores urbanos usou o teatro popular para problematizar assuntos como o machismo na família e dentro de casa, no meio rural e a mercantilização do corpo da mulher.

No final da tarde, as mulheres voltam às suas regionais, encerrando o acampamento na capital dos gaúchos. Um grupo ainda fica na cidade para participar do protesto dos estudantes da UFRGS, que acontece na manhã de hoje.

Palmeira das Missões

No noroeste do estado, centenas de mulheres se reuniram em Palmeira das Missões. Elas bloquearam a rodovia RS-569 por cerca de duas horas, entre Palmeira das Missões e Novo Barreiro, em frente ao acampamento dos Sem-Terra. Elas protestam contra a lentidão do processo de Reforma Agrária no Brasil. Depois disso, por volta das 10 horas, as trabalhadoras seguiram em um ônibus para a prefeitura do município para reivindicar o combate à violência contra as mulheres. O ato se repetiu também em frente à multinacional Solae Alimentos, que fica às margens da BR-116. Caminhões que chegavam à empresa carregados com soja foram barrados na porta pelo movimento.

Esteio



A imagem que o Brasil viu na TV - em foto do movimento popular

Os portões de entrada da empresa Solae na cidade de Esteio (na Grande Porto Alegre), também foi ocupado por cerca de 800 mulheres. A fábrica foi escolhida por ser um dos maiores complexos de processamento de soja transgênica do Brasil: a Solae foi fundada em 2003 por uma aliança do grupo Bunge(2) (multinacional de sementes e de comida industrializada) com o grupo Dupont (produtora de agrotóxicos).

Em Esteio, as camponesas e camponeses ficaram por cerca de 4 horas. Durante a manifestação, as mulheres simbolicamente 'amamentaram' esqueletos para denunciar que os efeitos nocivos dos agrotóxicos e dos transgênicos. Os caminhões carregados com soja só puderam ingressar na empresa depois das 11 horas , quando o bloqueio dos trabalhadores foi supsenso. Eles estavam com bandeiras, faixas e alimentos. Pouco antes do meio-dia, o grupo saiu em diversos ônibus pela BR-116 em direção a Porto Alegre.

Santa Cruz do Sul







O aparato repressivo em Santa Cruz do Sul

Em Santa Cruz do Sul - capital do fumo gaúcho - o MPA escolheu o momento da visita da governadora Yeda Crusius à região e a grande aglomeração de pessoas por conta da abertura da grande feira agropecuária anual da região para termais visibilidade.

O MPA estava acampado no parque de eventos de Santa Cruz do Sul desde a terça-feira. Por volta das 7:30 horas, os agricultores levantaram acampamento e embarcaram em ônibus até a rodovia BR–471 (Santa Cruz–Rio Pardo). Logo após chegar, os manifestantes montaram um bloqueio sobre a rodovia, pegando de surpresa motoristas que seguiam para a Expoagro. Meia-hora depois, o MPA retomou a marcha, por uma das pistas da rodovia. Segundo a coordenação do movimento, 2.000 pessoas participaram desta caminhada. Na chegada a um pedágio, os manifestantes voltaram a interromper o trânsito. Dali, a caminhada seguiu até um cruzamento da BR com uma estrada pequena, onde os agricultores se depararam com uma barreira montada por PMs munidos com escudos, a maioria do Pelotão de Choque do Batalhão de Operações Especiais. Neste local, houve disparos, que feriram uma agricultora no rosto (foto abaixo). Cerca de 1.000 pessoas tentaram furar o bloqueio da polícia, que reagiu com tiros de balas de borracha.



O coordenador do MPA, Gilberto Tutenhagen, afirma que a manifestação dos produtores ocorria de forma pacífica. ' Não tínhamos um pedaço de pau e uma enxada, e fomos recebidos com bombas e balas de borracha. Várias pessoas foram feridas, inclusive uma mulher com ferimentos na cabeça' – contou Gilberto.


À tarde, o MPA se instalou na Praça Getúlio Vargas, no centro de Santa Cruz. Durante um ato político, o vereador Wilson Luiz Rabuske (PT), coordenador local do movimento, recebeu um mandado proibitório de um oficial de justiça. Segundo Rabuske, o documento estipula multa de R$ 50.000 por dia, caso o MPA invada as dependências da Souza Cruz. Ao fim da tarde, os agricultores retornaram a suas casas.

Hulha Negra

Por volta das 11 horas, cerca de 50 integrantes de 20 assentamentos do interior do município de Hulha Negra (na Região da Campanha, fronteira sudoeste do RS), chegaram à frente da prefeitura do município. Eles exigiam uma reunião com o prefeito para reivindicar melhorias nas estradas vicinais da região.

O grupo deixou o assentamento na tarde anterior e acampou de noite na localidade do Passo do Neto, distante cerca de 20 quilômetros do centro da cidade.

De acordo com um dos representantes dos agricultores, Mário Vodzik, uma reunião com o prefeito Machado havia sido agendada para a semana passada. Causou surpresa a eles o aparato de segurança montado pela BM. “Tinha uma porção de viaturas pela estrada, outras na frente da prefeitura”, comentou Vodzik. “Nos sentimos ofendidos e humilhados”, completou Ildo Pereira, outro representante dos assentados. Foi a partir deste fato que resolveram se mobilizar e marchar rumo à prefeitura.

Reunidos (e esclarecidos) muitos dos fatos, sugerimos, agora a visualização de um vídeo da retransmissora estadual da Rede Globo (aqui), para ajudar a guardar na memória essa jornada. Em mais de uma fonte, está assinalado que integrantes da Via Campesina afirmaram que outros protestos serão deflagrados em diversos pontos do RS por estes dias.

Notas:

(1)Via Campesina é uma organização internacional de camponeses que tem por objetivo defender os interesses desses trabalhadores.

(2) Uma história - infelizmente exemplar - do mau relacionamento da Bunge com seus trabalhadores pode ser lida aqui.



Mulheres do campo e da cidade unidas na luta contra o agronegócio e pela soberania alimentar


Publicamos a seguir O Manifesto das Mulheres Gaúchas, assinado pelas mulheres da Via Campesina, do MTD, da Intersindical e do coletivo de mulheres da UFRGS, e divulgado no dia de ontem, durante as manifestações realizadas pelo estado do Rio Grande de Sul, comemorando o dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

Eis o manifesto.

O manifesto das gaúchas

Mulheres do campo e da cidade unidas na luta contra o agronegócio e pela soberania alimentar

Neste mês em que se comemoram os 100 anos do 8 de março como dia internacional de luta das mulheres, nós trabalhadoras do campo e da cidade do Rio Grande do Sul estamos novamente nas ruas. Este ano nossa mobilização tem como principal objetivo denunciar para a sociedade que a maior parte da comida que chega a mesa da população brasileira não é alimento, é veneno.

O Brasil é campeão mundial do uso de agrotóxicos, que são venenos muito perigosos usados na agricultura que provocam muitas doenças para produtoras/es e consumidoras/es e grandes impactos ambientais. Além disso, a maior parte dos produtos industriais que comemos é fabricada com soja transgênica que também causa muito mal à nossa saúde.

E quem come esta comida envenenada? Somos nós, pobres. São as mulheres e homens trabalhadores que recebem baixos salários ou estão desempregados e escolhem os alimentos pelo preço não pela qualidade. São as pessoas sem terra, sem teto, que se alimentam graças às cestas básicas. Os ricos têm opção de comer produtos orgânicos, cultivados sem venenos.

Os agrotóxicos e os transgênicos não servem para matar a fome do povo, e sim para matar a fome de lucro das empresas do agronegócio, a maioria delas multinacionais. Esses produtos envenenam as terras, as águas e principalmente as pessoas.

Leite materno só é fonte de vida quando as mães comem alimentos saudáveis

Nesta mobilização estamos amamentando esqueletos para denunciar a população em geral, e principalmente às mulheres, que quando comemos comida envenenada e damos o peito aos nossos filhos ao invés de alimentarmos a vida transmitimos a morte.

As doenças causadas por agrotóxicos são transmitidas de geração para geração, e um dos modos de transmissão é através do leite materno. No entanto, o mesmo governo que faz campanhas para incentivar as mulheres a amamentar, financia o agronegócio que produz a comida envenenada para o povo pobre, contaminando o leite da maioria das mães brasileiras.

A gente não quer só comida

Nós mulheres que passamos boa parte de nossas vidas envolvidas no cultivo e/ou no preparo da comida para garantir saúde à nossa família estamos nas ruas para gritar em alto e bom som que gente não quer só comida, a gente quer alimento saudável, a gente quer soberania alimentar!
Para o agronegócio o lucro está acima da vida. O agronegócio faz mal a saúde do povo e do meio ambiente! E os governos estadual e federal que financiam o agronegócio estão usando o dinheiro público para bancar o envenenamento da população pobre, a contaminação de nossas terras e águas.

Estamos em luta contra

Contra o agronegócio, um modelo de produção agrícola que se sustenta na superexploração do trabalho das pessoas, na contaminação dos alimentos, na destruição de nossas riquezas naturais. Lutamos contra o uso de recursos públicos para financiar a contaminação do povo e do meio ambiente; Estamos em luta contra todas as formas de violência contra mulheres, incluindo a imposição de um padrão alimentar que não respeita os costumes alimentares e causa muitos males à saúde.

Estamos em luta por

Soberania Alimentar - com reforma agrária, com geração de emprego e vida digna para as populações camponesas, com agricultura ecológica que respeita a diversidade de biomas e de hábitos alimentares. Os governos se dizem preocupados com a segurança alimentar, querem que as pessoas tenham várias refeições por dia. Mas tão importante quanto a quantidade da comida é a qualidade do que comemos. Por isso não basta segurança alimentar, precisamos construir a Soberania Alimentar.

Mulheres da Via Campesina, do MTD, da Intersindical e do coletivo de mulheres da UFRGS.

Porto Alegre, março de 2010.

Comemoração do Dia Internacional da Mulher completa 100 anos


Por muito tempo acreditou-se que a escolha do 8 de março para ser o Dia Internacional das Mulheres foi devido à um incêndio em uma fábrica têxtil nos Estados Unidos que vitimou cerca de 150 trabalhadoras que organizavam uma greve contra às más condições de trabalho. Até mesmo militantes do movimento feminista aceitavam essa explicação. Desde a década de 1970, entretanto, novas pesquisas nessa área têm apontado que a escolha da data está ligada à história da Revolução Russa. “De fato houve esse incêndio nos EUA, um acontecimento trágico para o movimento sindical e feminista na época, mas o incêndio sequer teria ocorrido nessa data”, explica Tatau Godinho, militante da Marcha Mundial de Mulheres.

A reportagem é de Dafne Melo e publicada pelo jornal Brasil de Fato, 05-03-2010.

Ela explica que hoje se tem comprovado pelos documentos que a orientação para se realizar as comemorações e manifestações internacionais se deu em 1910, numa resolução da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Rússia, e que não havia uma indicação de data fixa para a comemoração. A reivindicação central seria o direito ao voto para as mulheres. Até a década de 1920 do século passado, as feministas realizaram as lutas em diferentes datas em seus países. Somente em 1922, após a Conferência Internacional das Mulheres Comunistas é que foi sugerida a data do 8 de março.

Revolução russa

No antigo calendário ortodoxo russo, o 8 de março corresponde ao 23 de fevereiro, data que marca o início da primeira fase da Revolução Russa, na qual o czar Nicolau II renunciou ao poder e a Rússia adotou um regime republicano. “As mulheres tiveram um peso muito grande nas mobilizações de fevereiro. Há registros de uma grande greve coordenada pelas operárias do setor têxtil que teria iniciado essas agitações; elas pediam o fim da participação da Rússia na I Guerra Mundial, a volta dos militares para suas casas, e pão”, explica Tatau. Essas mobilizações estavam, inseridas dentro das comemorações do Dia da Mulher e se davam em um momento em que o país estava mergulhado em uma crise política e era seriamente atingido pela fome.

Alguns dos líderes da revolução fazem referência direta ao fato em seus textos. “O dia das trabalhadoras em 8 de março de 1917 foi uma data memorável na história (…) A Revolução de fevereiro começou nesse dia”, escreveu a dirigente feminista Alexandra Kollontai. Leon Trotski, na obra “História da Revolução Russa”, comenta que ninguém poderia prever que o Dia da Mulher pudesse inaugurar a revolução, desencadeando uma greve de massas.

Resgate

Para Tatau Godinho, resgatar a verdadeira origem do 8 de março é importante por inúmeros motivos. Primeiro, mostra como a luta das mulheres pode e deve caminhar junto com a luta por transformações sociais mais profundas. Segundo, resgata a data como um momento de luta e organização das mulheres socialistas, devolvendo à comemoração seu conteúdo político. Também por esses motivos não é difícil imaginar porque a memória histórica hegemônica aceitou e propagandeou a versão do incêndio da fábrica têxtil nos EUA, e escondeu sua origem socialista. “Há um esforço de institucionalização e comercialização da data que coincide com um certo refluxo do movimento de mulheres socialistas, o que começa a se reverter na década de 1970, quando se começa a surgir o interesse na verdadeira origem da escolha da data”, finaliza Tatau.

Preconceito


Repúdio contra preconceito
SID repudia preconceito contra mãe cigana em Jundiaí - SP
A Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural (SID) vem a público repudiar a atitude da guarda municipal de Jundiaí, interior de São Paulo, que tomou, à força, a filha de 1 ano e 2 meses da cigana Dervana Dias, por determinação da justiça, baseada apenas numa denúncia anônima.

Para a SID, que apoia o segmento com ações para a proteção e promoção da cultura do povo cigano, a atitude da polícia e da justiça local, além de violenta, foi motivada por preconceito, tendo em vista que a cigana estava lendo as mãos dos transeuntes, e não pedindo esmolas utilizando a filha para sensibilizar as pessoas.

O Padre Wallace Zanon, coordenador Nacional da Pastoral dos Nômades do Brasil, acredita também que a ação policial tenha sido movida pelo preconceito. “A cigana estava lendo a mão e esse é o seu trabalho. Eu já vi muito esse tipo de preconceito contra os ciganos no Brasil”, afirma o padre, que entrou em contato com a diocese da cidade de Jundiaí pedindo para que a igreja local acompanhe o caso.

Para o padre todas as pessoas envolvidas no episódio eram despreparadas para lidar com a situação, principalmente os policiais que usaram de violência contra a mãe. “A imagem mostra claramente o policial torcendo o braço da cigana que estava desesperada pela perda da filha”, observou o coordenador da Pastoral dos Nômades.

Ele ainda considerou absurda a declaração da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, Solange Giotto, de que não havia outra forma de tirar a criança da mãe e de que ela não sofrerá traumas pela separação. A criança foi colocada em um abrigo, chora o tempo todo e não consegue se expressar em português. “Qualquer outra criança teria traumas ao ser retirada dessa forma dos braços da mãe. Por que com uma criança cigana seria diferente?”, pergunta Padre Wallace, ainda estarrecido com o episódio.

Para a advogada do Centro de Referência dos Direitos do Povo Cigano, Dra. Vanessa Martins de Souza, a cena foi chocante e a atitude dos policiais chegou a ser cruel. “Nós já entramos em contato com o Ministério Público de Jundiaí e estamos tentando localizar a mãe, que parece estar acampada em outro local”, disse a advogada. Ela informou ainda que o Centro de referência, que desenvolve trabalho conjunto com a Secretaria dos Direitos Humanos, da Presidente da República, e com a Pastoral dos Nômades para a proteção dos ciganos, está buscando todos os órgãos competentes e se colocando à disposição da mãe para fazer a sua defesa junto à justiça de Jundiaí.

(Heli Espíndola-Comunicação/SID)





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Vacaria perde Getúlio Marcantonio


A política e a vida pública rio-grandense estão de luto pela morte ao meio-dia desta quinta-feira (18/03), do ex-deputado estadual e ex-secretário da Agricultura GETÚLIO MARCANTONIO.



O deputado Francisco Appio registrou da tribuna da Assembleia a morte de Marcantonio, que entre suas iniciativas está a fundação do CTG Porteira do Rio e a criação do Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, nos anos 50.



Getúlio Marcantonio destacou-se como parlamentar por quatro mandatos ( 1959 a 1974) pelo Partido Libertador e Secretário de Estado nos anos de 1975,1976 e 1977 (Governo Amaral de Souza).



Nos últimos anos dedicou-se à formação e organização dos Cites – Clubes de Integração e Troca de Experiências – dirigindo a sua Federação e publicando vários livros sobre a pecuária, especialmente sobre pastagens.



Natural de Vacaria, onde nasceu em 24 de janeiro de 1930, era proprietário rural em Encruzilhada do Sul, mas domiciliado em Porto Alegre. O corpo será velado a partir das 18h30min de hoje, no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa. O sepultamento será amanhã às 11 horas.





Deputado Estadual Francisco Appio - www.appio.com.br

O que resta da Ditaduracbjilkdo

O que resta da ditadura
a exceção brasileira

de Edson Teles e Vladimir Safatle (orgs.)


Debates
Quinta-feira, dia 18 de março
17h - Mesa 1: Por que a verdade precisa de uma comissão?
Com Edson Teles, Fábio Konder Comparato e Glenda Mezarobba
19h30 - Mesa 2: Políticas da verdade e da memória
Com Paulo Arantes, Paulo Vanucchi e Vladimir Safatle
USP Auditório da História (FFLCH)
Rua do Lago, 717
São Paulo - SP

Noite de autógrafos
Sexta-feira, 19 de março
Entre 19h e 22h
Livraria da Vila
Alameda Lorena, 1731 (piso superior)
São Paulo - SP




'Quem controla o passado,
controla o futuro.' (George Orwell, 1984)


Bem lembrada pelo escritor inglês, na frase que serve de epígrafe ao livro, a importância do passado no processo histórico que determinará o porvir de uma nação. É justamente o que torna fundamental esta obra. Organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle, O que resta da ditadura reúne uma série de ensaios que esquadrinham o legado deixado pelo regime militar na estrutura jurídica, nas práticas políticas, na literatura, na violência institucionalizada e em outras esferas da vida social brasileira.

Fruto de um seminário realizado na Universidade de São Paulo (USP), em 2008, o livro reúne textos de escritores e intelectuais como Maria Rita Kehl, Jaime Ginzburg, Paulo Arantes e Ricardo Lísias, que buscam analisar o que permanece de mais perverso da ditadura no país hoje. Assim, o livro possui também um caráter de resistência à lógica de negação difundida por aqueles que buscam hoje ocultar o passado recente, seja ao abrandar, amenizar ou simplesmente esquecer este período da história brasileira.

Segundo Edson Teles e Vladimir Safatle, a palavra que melhor descreve esta herança indesejada é ?violência? - medida não pela contagem de mortos deixados para trás, mas por meio das marcas encravadas no presente. Para os organizadores, ?neste sentido, podemos dizer com toda a segurança: a ditadura brasileira foi a mais violenta que o ciclo negro latino-americano conheceu. Leia mais






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Boitempo Editorial
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Ensaios e autores
Militares e anistia no Brasil: um dueto desarmônico
Paulo Ribeiro da Cunha

Relações civil-militares: o legado autoritário da Constituição brasileira de 1988
Jorge Zaverucha

O direito constitucional passa, o direito administrativo permanece?: a persistência da estrutura administrativa de 1967
Gilberto Bercovici

Direito internacional dos direitos humanos e lei de anistia: o caso brasileiro
Flávia Piovesan

O processo de acerto de contas e a lógica do arbítrio
Glenda Mezarobba

Tortura e sintoma social
Maria Rita Kehl

Escritas da tortura
Jaime Ginzburg

As ciladas do trauma: considerações sobre história e poesia nos anos 1970
Beatriz de Moraes Vieira

O preço de uma reconciliação extorquida
Jeanne Marie Gagnebin

Brasil, a ausência significante política
Tales AbSáber

1964, o ano que não terminou
Paulo Eduardo Arantes

Do uso da violência contra o Estado ilegal
Vladimir Safatle

Os familiares de mortos e desaparecidos políticos e a luta por verdade e justiça? no Brasil
Janaína de Almeida Teles

Entre justiça e violência: estado de exceção nas democracias do Brasil e da África do Sul
Edson Teles

Dez fragmentos sobre a literatura contemporânea no Brasil e na Argentina ou de como os patetas sempre adoram o discurso do poder
Ricardo Lísias












PELA VIDA, PELA PAZ
TORTURA NUNCA MAIS




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Executivo

Executivo
Estado projeta investimento de mais de R$ 1 bilhão em estradas neste ano
Em palestra no Sindicato da Indústria da Construção de Estradas e Obras de Terraplanagem em Geral do RS (Sicepot), Yeda Crusius enfatizou que o governo gaúcho resgatou a capacidade de investir em rodovias. Saúde
Autorizado repasse de R$ 999 mil ao Hospital Geral de Caxias do Sul
Convênio com a Fundação Universidade de Caxias do Sul (Fucs) garante recursos para ampliações da lavanderia, vestiário e almoxarifado. Agronegócio
Yeda é agraciada com o prêmio Destaque Especial Expodireto Cotrijal 2010
Troféu foi em reconhecimento a políticas em favor da expansão do agronegócio no Estado, que incluem 21 obras de recuperação de estradas nas regiões da Produção e do Alto Jacuí. Evento
Salão Gaúcho do Turismo destaca potencialidades do RS para a Copa 2014
Promovido pelo Governo do Estado, o Salão é realizado em parceria com a Prefeitura de Caxias do Sul e apoio do Ministério do Turismo. Trânsito
Levantamento do Detran/RS indica movimento de 750 novos veículos por dia em 2009
A frota gaúcha atual soma 4,4 milhões de veículos e representa um aumento de 6,74% em relação ao ano de 2008. Salvar/Samu
Atendimento pré-hospitalar atinge 59,6% da população gaúcha em 2009
Foram 895.358 chamadas para a central 192, das quais 73.868 atendidas pelas unidades móveis, abrangendo 136 municípios.

Fotos da Internet Vacaria RS e Porto Alegre RS



Destaque Vermelhoco

DESTAQUES DA EDIÇÃO DE
HOJE DO PORTAL VERMELHO


Protesto no Rio reúne 150 mil; Lula diz que vetará emenda Ibsen

Só um psicopata poderia matar Glauco, diz, emocionado, Angeli




Copom mantém juros básicos em 8,75%

Polícia tem feito sucessivas blitz para
libertar trabalhadores Projeto travado
Frente Parlamentar quer
aprovar projeto contra
trabalho escravo
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que determina a expropriação de terras e confisco de bens nas propriedades flagradas explorando a mão de obra escrava, já aprovada no Senado, está há seis anos parada na Câmara dos Deputados.




Visita ao Oriente Médio
Palestinos sugerem Lula como futuro secretário-geral da ONU CPI da Grilagem
Câmara cria CPI para investigar situação fundiária da Amazônia
Economia
BC mantém juro a 8,75% ao ano, ainda a maior taxa real do mundo Investigação no Pará
Encontrados restos mortais que podem ser da guerrilha do Araguaia