MST cria peça teatral sobre realidade das mulheres operárias, negras, camponesas, indígenas e da comunidade LGBT
Iniciativa é do Grupo de Teatro ‘Peça Pro Povo’, constituído em 2005 pelo MST no Rio Grande do Sul.
Por Catiana de Medeiros
Da Página do MST
O Grupo de Teatro ‘Peça pro Povo’, formado por assentados e acampados do MST no Rio Grande do Sul, está criando uma nova peça para retratar a realidade das mulheres negras, camponesas, indígenas e operárias e da comunidade LGBT, desde a antiguidade até os dias atuais. Ao todo, são 15 pessoas envolvidas, de várias regiões do estado.
O grupo já realizou estudos e está em processo de construção do roteiro. Segundo Luciana Frozi, coordenadora do Coletivo de Cultura do MST/RS, a ideia é finalizar a peça até dezembro deste ano. Entre os temas trabalhados estão as várias formas de preconceito e opressão, como o machismo e a violência doméstica. As apresentações serão gratuitas e realizadas em atividades do MST e em espaços públicos de Porto Alegre, como no Mercado Público, no Parque da Redenção e em escolas.
“Nos estudos percebemos que quando a vida estava ameaçada foram as mulheres que se movimentaram, que foram às ruas e à luta para proteger as suas crias. O nosso objetivo é dar voz a essas mulheres, que foram caladas ao logo da história pela igreja, o Estado, o patriarcado, o agronegócio e o capitalismo”, diz.
“Peça pro Povo”
O Grupo de Teatro Peça pro Povo foi criado em 2005, a partir de um encontro de formação teatral, com análise de conjuntura do modelo político e econômico do país, realizado no Assentamento Filhos de Sepé, no município de Viamão, na região Metropolitana de Porto Alegre. Uma das suas tarefas é atender demandas políticas de discussão com a sociedade. Luciana lembra que neste mesmo encontro foi escolhido o nome do grupo ‘Peça pro Povo’. “Ele está ligado à ideia de socializar, participar, “pedir para o povo”, conta.
Ela acrescenta que com a definição do nome foi possível criar a música do grupo. A cada apresentação se faz o cortejo com a seguinte canção ao som de tambores e violões: “Peça pro povo / Peça o quê? / Se aproxime e você vai ver! / Peça pro povo / Peça o quê? / Teatro livre vocês vão ver… / Reforma Agrária pra valer/ Comida e beleza pra viver / Pra viver”.
O Grupo de Teatro do MST já conta com dez peças em sua trajetória, entre elas estão: Paga Zé (aborda os malefícios dos transgênicos); Bundade do Patrão (trata do trabalho escravo nas fábricas); e Morte aos Brancos (fala da luta dos povos indígenas por acesso à terra). Segundo Luciana, a prática teatral realizada no MST tem caráter formador, o que implica em intensa comunhão de saberes e de experiências pessoais e sociais de trabalhadores e trabalhadoras, além de não ter objetivo comercial.
“Ela não visa um produto final para o mercado, nem a produção de lucro e tão pouco a formação de profissionais do teatro. Nós construímos práticas que buscam no fazer artístico meios de construção da identidade Sem Terra e o aprofundamento das relações pessoais e sociais. Práticas que possam ser fonte de conhecimento, pesquisa e aprendizagem, formando indivíduos mais criativos e conscientes da realidade. Criarmos estratégias capazes de gerar discussão e análise das relações sociais, econômicas e culturais da sociedade”, explica.
Iniciativa é do Grupo de Teatro ‘Peça Pro Povo’, constituído em 2005 pelo MST no Rio Grande do Sul.
Por Catiana de Medeiros
Da Página do MST
O Grupo de Teatro ‘Peça pro Povo’, formado por assentados e acampados do MST no Rio Grande do Sul, está criando uma nova peça para retratar a realidade das mulheres negras, camponesas, indígenas e operárias e da comunidade LGBT, desde a antiguidade até os dias atuais. Ao todo, são 15 pessoas envolvidas, de várias regiões do estado.
O grupo já realizou estudos e está em processo de construção do roteiro. Segundo Luciana Frozi, coordenadora do Coletivo de Cultura do MST/RS, a ideia é finalizar a peça até dezembro deste ano. Entre os temas trabalhados estão as várias formas de preconceito e opressão, como o machismo e a violência doméstica. As apresentações serão gratuitas e realizadas em atividades do MST e em espaços públicos de Porto Alegre, como no Mercado Público, no Parque da Redenção e em escolas.
“Nos estudos percebemos que quando a vida estava ameaçada foram as mulheres que se movimentaram, que foram às ruas e à luta para proteger as suas crias. O nosso objetivo é dar voz a essas mulheres, que foram caladas ao logo da história pela igreja, o Estado, o patriarcado, o agronegócio e o capitalismo”, diz.
“Peça pro Povo”
O Grupo de Teatro Peça pro Povo foi criado em 2005, a partir de um encontro de formação teatral, com análise de conjuntura do modelo político e econômico do país, realizado no Assentamento Filhos de Sepé, no município de Viamão, na região Metropolitana de Porto Alegre. Uma das suas tarefas é atender demandas políticas de discussão com a sociedade. Luciana lembra que neste mesmo encontro foi escolhido o nome do grupo ‘Peça pro Povo’. “Ele está ligado à ideia de socializar, participar, “pedir para o povo”, conta.
Ela acrescenta que com a definição do nome foi possível criar a música do grupo. A cada apresentação se faz o cortejo com a seguinte canção ao som de tambores e violões: “Peça pro povo / Peça o quê? / Se aproxime e você vai ver! / Peça pro povo / Peça o quê? / Teatro livre vocês vão ver… / Reforma Agrária pra valer/ Comida e beleza pra viver / Pra viver”.
O Grupo de Teatro do MST já conta com dez peças em sua trajetória, entre elas estão: Paga Zé (aborda os malefícios dos transgênicos); Bundade do Patrão (trata do trabalho escravo nas fábricas); e Morte aos Brancos (fala da luta dos povos indígenas por acesso à terra). Segundo Luciana, a prática teatral realizada no MST tem caráter formador, o que implica em intensa comunhão de saberes e de experiências pessoais e sociais de trabalhadores e trabalhadoras, além de não ter objetivo comercial.
“Ela não visa um produto final para o mercado, nem a produção de lucro e tão pouco a formação de profissionais do teatro. Nós construímos práticas que buscam no fazer artístico meios de construção da identidade Sem Terra e o aprofundamento das relações pessoais e sociais. Práticas que possam ser fonte de conhecimento, pesquisa e aprendizagem, formando indivíduos mais criativos e conscientes da realidade. Criarmos estratégias capazes de gerar discussão e análise das relações sociais, econômicas e culturais da sociedade”, explica.
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