Você pode fazer a diferença!
"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos". (Eduardo Galeano)
A vida segue o seu rumo. Esta é a orientação natural para o indivíduo dotado de inteligência e livre-arbítrio que retorna à matéria para mais uma jornada repleta de experiências, lições e, quem sabe, aprendizados em sua bagagem. Neste retorno ao corpo físico, trazemos conosco a síntese do que somos e fizemos ao longo dos milênios, ou seja, trazemos a nossa história pessoal registrada por inúmeros acontecimentos, fatos e situações que representam as nossas escolhas, atos e suas consequências no processo existencial. Esta essência ou síntese, fundamentada no livre-arbítrio, revela a nossa índole associada ao padrão emocional-comportamental adquiridos durante as sucessivas vidas do espírito imortal. Modelo, que a cada vida, sofre influência do processo educativo da infância. Experiência que contribui decisivamente na alteração -positiva ou negativa- deste modelo a partir da adolescência. Neste sentido, a padronização interiorizada do indivíduo também sofre influência de uma padronização coletiva e externa de efeito cultural. Situação mais perceptível no mundo ocidental devido à inculcação ideológica baseada em valores materialistas onde o consumismo dita regras de comportamento social. Portanto, a síntese existencial de cada indivíduo revela as influências de suas escolhas e atos do passado e atuais, da experiência na relação parental e dos valores da sociedade que moldam o seu caráter em simbiose com o modelo emocional-comportamental. Se a síntese individual inserida no contexto vital não sofrer alterações significativas permanecerá imutável até que o agente do processo desperte para o conhecimento de si mesmo. E este despertar de consciência aponta o caminho contrário ao da massificação pela via do consumismo alienado, que anestesia a consciência, padroniza mentes e entorpece a alma. A atual fase de transmutação energética do planeta Terra é um alerta para a necessidade do homem investir no autoconhecimento, pois é através da alteração positiva de padrões individuais, que fazemos a diferença no sentido do que precisa ser transformado coletivamente. A "mesmice" existencial que torna lenta a evolução do espírito e, como decorrência, da sociedade mundial, reflete o nível de padronização individual e coletiva ao qual estamos submetidos. Quebrar este paradigma significa alterar significativamente um modelo arcaico e repleto de ciclos vitais que criam uma "realidade" reprodutora de comportamentos. Neste contexto, ser diferente é adquirir personalidade (identidade) própria sem "inflar" o ego. É encontrar o verdadeiro eu pelo caminho da autodescoberta. Rumo que vai ao encontro da afinidade coletiva pelo instrumento da consciência. Assim como as indiferenças, as diferenças passam pelas escolhas e decisões de vida. A "diferença" propriamente dita está na ousadia de mudar e transformar a realidade de si mesmo. Processo que pode começar com um simples gesto, mas de amplo significado como registra a fábula da Estrela do mar. Um homem estava caminhando ao pôr do sol em uma praia deserta. À medida que caminhava, começou a avistar um senhor à distância. E, ao se aproximar do senhor, notou que ele se inclinava, apanhava algo e atirava na água. Repetidamente continuava jogando coisas no mar. Ao se aproximar ainda mais, o homem notou que o senhor estava apanhando estrelas do mar que haviam sido levadas para a praia e, uma de cada vez, estava-as lançando de volta à água. Intrigado, o homem aproximou-se do senhor e disse: "Boa tarde, amigo. Estava tentando adivinhar o que você está fazendo". E o senhor respondeu: "Estou devolvendo estas estrelas do mar ao oceano. Você sabe, a maré está baixa e todas as estrelas do mar foram trazidas para a praia. Se eu não as lançar de volta ao mar, elas morrerão por falta de oxigênio". "Entendo -respondeu o homem- mas deve haver milhares de estrelas do mar nesta praia. Provavelmente você não será capaz de apanhar todas elas. É que são muitas, simplesmente. Você percebe que provavelmente isso está acontecendo em centenas de praia acima e abaixo desta costa? Vê que não fará diferença alguma?" O senhor sorriu, curvou-se, apanhou uma outra estrela do mar e, ao arremessá-la de volta ao mar, replicou: "Você tem razão. Mas pra essa aí eu fiz diferença".
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sábado, 17 de maio de 2014
Questão Racial
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