segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Volta de Elói provoca Racha na Base Aliada

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VACARIA Notícia da edição impressa de 15/02/2013
Retorno do prefeito de Vacaria gera racha na base aliada 
Determinação do TRE foi suspensa provisoriamente pelo TSE
ELENISE MINELLA/DIVULGAÇÃO/JC
Elói Poltronieri (dir.) e vice, Vera Grujicic Marcelja, retomaram cargos
Elói Poltronieri (dir.) e vice, Vera Grujicic Marcelja, retomaram cargos
O retorno do prefeito reeleito em Vacaria, Elói Poltronieri (PT), ao comando do Executivo municipal nesta quinta-feira não encerra o imbróglio judicial envolvendo o gestor e a vice-prefeita, Vera Grujicic Marcelja (PDT). O petista – que teve o diploma cassado, em janeiro, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por irregularidades em uma publicidade de prestação de contas do primeiro mandato – obteve uma liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aguarda o julgamento da matéria pelo Pleno do órgão. Além de responder ao processo judicial, Poltronieri retoma o cargo com a responsabilidade de administrar um racha formado na base aliada.

A dissidência aconteceu após a divulgação da realização de novo processo eleitoral no município – suspenso até o julgamento do TSE. Com a nova eleição, houve um realinhamento das forças políticas no município e dobrou o número de coligações na disputa pelo comando da prefeitura. Entre as candidaturas, está o nome do presidente da Câmara Municipal, Amadeu Boeira (PSDB).

O vereador, que assumiu a prefeitura com o afastamento de Poltronieri, integrava a base aliada do prefeito, mas, durante o período à frente do Executivo, diz ter percebido irregularidades na gestão municipal. “Entrando na prefeitura, achei um abuso o número de horas extras e a maneira como vinham sendo conduzidas diversas áreas”, afirmou Boeira. Com o retorno de Poltronieri, o parlamentar não cogita retornar à Via Popular – coligação que elegeu o petista. “Da minha parte, estamos fora. Teremos uma reunião com o diretório, que é quem decide. Mas não vejo vantagem para o diretório em definir o apoio se eu não apoiar a prefeitura na Câmara. Quero ser fiscalizador dessas irregularidades”, garante.

Mesmo com as declarações de Boeira, Poltronieri acredita num retorno do PSDB. Adotando um discurso apaziguador, classifica as críticas do tucano de “naturais, em uma coligação com nove partidos”.  “É legitimo que ele tenha colocado o nome a disposição, mas estamos conversando para manter a mesma base aliada. Essas divergências são fruto de um processo natural, onde o Executivo sempre se desgasta com alguns projetos mais polêmicos.” A confirmação da saída de Boeira, reduziria a composição da base, atualmente formada por nove dos 15 vereadores da cidade. 

Além dos tucanos, o PP e o PMDB lançaram candidaturas para o pleito suplementar que acabou suspenso. As duas legendas formaram a coligação que acabou derrotada para Poltronieri em outubro e mantêm a expectativa da condenação do petista para conquistar uma nova chance de comandar a prefeitura. O TSE deve analisar o caso de Vacaria em até 90 dias.
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