sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Nota da RDC Brasil Emissora de Rádio de Porto Alegre

Boa noite, amigo Paulo Furtado,

Agradecemos os elogios e a audiência.
Lamentamos não termos podido transmitir a apuração da Escolas vencedoras do Carnaval 2013 de Porto Alegre.
Seguem, no Editorial abaixo, os detalhes sobre como fomos censurados no Porto Seco, na tarde de terça-feira, dia 12 de fevereiro de 2013.

Um abraço,

Itair Linchim
Coordenação da RDC  Brasil 

EDITORIAL:
IMPRENSA CENSURADA NO CARNAVAL 2013 EM PORTO ALEGRE
 
Na tarde desta terça-feira, dia 12 de fevereiro de 2013, repórteres de diversos órgãos de imprensa, foram impedidos pela Brigada Militar, de prosseguirem com a cobertura do Carnaval 2013 de Porto Alegre - nas dependências do Complexo Cultural do Porto Seco, região norte da Capital Gaúcha.
Dentre os repórteres censurados, estavam Itair Linchim e Elzamir Ferreira, da RDC Brasil.
RDC Brasil que este ano cobre o Carnaval de Porto Alegre pela décima-segunda vez consecutiva.
Neste dia, os dois foram enviados ao Porto Seco para acompanhar o resultado dos votos dos jurados, que apontaria os Campeões do Carnaval 2013.
Segundo testemunho dos presentes ao episódio, foi informado pelos policiais que bloqueavam as catracas de acesso ao local da apuração dos votos, alto e bom som, o seguinte: “Vocês que são da outra imprensa estão proibidos de entrar aqui ou de terem acesso à pista, onde estão os diretores das escolas de samba e as torcidas que acompanham a divugação”.
Tendo percebido que havia sido instaurado Estado de Sítio no Porto Seco, os dois repórteres da RDC Brasil, tentaram escapar do Complexo Cultural, pelo mesmo portão através do qual chegaram.
Quando alcançaram o portão, encontraram do lado esquerdo funcionários da Prefeitura Municipal – encostados num muro, visivelmente constrangidos – e, do lado direito, em frente ao portão, uma coluna militar bloqueando a passagem.
Os Brigadianos foram taxativos: “Vocês, mesmo munidos de crachás de identificação, não passarão por aqui – são ordens superiores”.
Horrorizados com o risco que estavam correndo, os repórteres fugiram por uma passagem do lado oposto, onde as forças militares ainda não haviam chegado.
Saíram a pé da vasta área do evento, em busca de um transporte rápido.
No local da apuração do carnaval, ficaram seus protagonistas.
O andamento dos trabalhos de apuração deve ter prosseguido, por conta e direção de uma Empresa de Comunicação Hegemônica, cujo resultado final das Escolas de Samba vencedoras desse carnaval deve, por Ela, ter sido “divulgado com exclusividade”.
Como não assinamos qualquer contrato de “Direito de Imagens”, “Direito de Sons” ou “Direito de Ir e Vir”, neste ou em outro carnaval, estamos impedidos de divulgar seus resultados.
Se divulgarmos, talvez, a Polícia e a Justiça nos procurem por termos plageado os Proprietários desses Direitos.
Temos por dever respeitar as Leis, os Tratados Internacionais e a Constituição da República Federativa do Brasil.
Mas, o que testemunhamos nesta triste tarde de carnaval nos fez dar razão aos teóricos, que dizem que há duas imprensas – cada qual com seus aliados.
Prometemos aos Governos neste País, que jamais iremos voltar a executar o “Nosso Papel Constitucional de Imprensa”, jamais os afrontaremos com a divulgação dos fatos reais do cotidiano.
Sabemos, agora, que fazemos parte da “Outra Imprensa” e que a melhor coisa é procurarmos um País Amigo, no exterior, que respeite, por exemplo, o Pacto de San Jose, Tratado firmado na Costa Rica e do qual o Brasil, por incrível que pareça é signatário.
 
DIREÇÃO DA RDC BRASIL - PORTO ALEGRE / RS


Em 12 de fevereiro de 2013 14:57, Paulo Furtado <jornalnegritude@yahoo.com.br> escreveu:
parabéns pelo som estamos na escuta para acompanhar a apuração de Porto Alegre



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