Prezada Fabíola
a respeito da sua matéria MEMÓRIA ENCARCERADA de ontem domingo, observo que as coleções apreendidas de objetos litúrgicos afro-brasileiros não foram mencionados.
No entanto essa coleção, que fica no primeiro andar, trancada a sete chaves, e cujo acesso não é franqueado a quase ninguém (eu não consegui entrar, mesmo cumprindo todas as exigências porque, precisamente ,sou da Umbanda) essa coleção, digo, será uma das primeiras vítimas dessa repaginação.
As salas do Dops me foram apontadas por eles mesmos, antes da obra, como sendo as do último andar.  Pode ser que na mexida venham a sofrer modificação, e por ora ainda estão preservadas como haviam ficado. Já a coleção de objetos apreendidos, para onde irá????
Inclusive no blog ontem apressei-me na redação, e vou introduzir ressalva, pois relendo é que vi, não é só o térreo que será afetado, conforme acabo de comentar. O que incide diretamente na coleção (futuras salas comerciais) e nas cãmaras do ex-DOPS (espaço que a Civil precisará ocupar.)
Considerações pormenorizadas sobre a coleção e a forma de ocultá-la ao público vc encontra no eu livro UMBANDA GIRA!, Pallas editora, que muitas livrarias vendem; e/ou no blog, com a ajuda do Google.
 Estou divulgando esta notícia para todos os que posso.
Abaixo, cópia do blog de ontem com a omissão minha que vou corrigir.Atenciosamente,
 
 
Gisela D'Arruda

De: Gisela
Para:
Enviadas: Domingo, 16 de Dezembro de 2012 16:46
Assunto: museu da polícia (do blog caminhodasfolhas)
 
Este texto, na íntegra, provém do meu blog caminhodasfolhas. Ao transferir para cá a fonte sofreu modificações de tamanho, fenômeno sobre o qual ñ tenho controle!
 
"Leio no Globo de hoje domingo que a Polícia Civil planeja abrir no prédio da Rua da Relação,que é tombado por suas qualidades arquitetônicas e que abrigou o DOPS de mui triste memória, um centro comercial.
Lendo mais, vejo que este ficaria no térreo apenas e qua a parte de cima seguiria pertencendo à Polícia, e seguiria aberta à visitação. Se as áreas que abrigaram o DOPS se mantiverem intactas, e até onde sei, elas ficavam no último andar, não no térreo, esta não será a minha briga; principalmente porque poderemos cobrar o prometido, visitar as ex-áreas do ex-DOPS, o que até onde sei só acontece com ordem especial.
A minha briga será saber, isto sim, o que vai ser feito das COLEÇÕES AFROBRASILEIRAS APREENDIDAS,
Já falei deste problema aqui no blog, que pesquisado revelará o texto a quem procurar; falei dele também, e depois, no UMBANDA GIRA! no capítulo sobre preconceitos. Havia eu prometido a um dos delegados, que era umbandista, levar pessoalmewnte um exemplar a ele, e se não o fiz não foi esquecimento nem má vontade de minha parte, viu Comissário!: apenas, quando telefonava e temtava agendar uma vizita, ouvia desculpas esfarrapadas e não conseguia ir adiante.
Deduzi que desejavam exibir ao visitante tão-somente o que relatei aqui e no livro, áreas (hoje) menos polêmicas, sem câmaras de tortura nem atabaques levados pela polícia; áreas aliás nem por isso desprovidas de interesse, ressalte-se, vi coisas do arco da velha, como roleta de bicho e bolas de cristal. Mas a Coleção Afro-brasileira fica em sala à parte, trancada.
Continuo na mesma opinião: ocultar é um erro, o DOPS existiu, as apreensões de objetos litúrgicos existiram, censurar não corrige o passado e não se faz História censurando. Vamos pôr a boca no mundo pra saber qual será o destino da Coleção."
 
 
 
 
Gisela D'Arruda