11/5/09
Fantasmas Reaparecem
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Sábado, 09 de maio de 2009
Fantasmas reaparecem
DA PÁGINA 10 DE ZERO HORA DOMINICAL
Pela segunda vez em menos de três meses, o governo de Yeda Crusius se defronta com acusações gravíssimas de irregularidades que teriam sido cometidas na campanha de 2006. Mais uma vez sem provas e com uma dificuldade adicional em relação às denúncias de fevereiro, feitas pela deputada Luciana Genro e pelo vereador Pedro Ruas, do PSOL: o homem que poderia confirmá-las, complementá-las ou desmenti-las está morto. O ex-assessor Marcelo Cavalcante deixou no fundo do Lago Paranoá os segredos que guardava.
Mais de dois meses depois de Luciana e Ruas terem feito as acusações, dizendo que as provas estavam em poder do Ministério Público Federal, elas não apareceram. Os procuradores da República não confirmam sequer a existência do acordo de delação premiada que teria sido feito por Lair Ferst. E o governo segue sangrando em praça pública.
O depoimento da viúva de Marcelo Cavalcante, a empresária Magda Koenigkan, é forte. Ela já havia dito coisas parecidas ao jornal Já, mas sem a riqueza de detalhes que deu à Veja. No dia do enterro do marido, contou a Zero Hora que ele tinha um depoimento marcado no Ministério Público Federal e andava estressado por isso. Mais tarde, tentou se desmentir, alegando que estava sob efeito de sedativos e não queria que suas declarações fossem publicadas.
Magda fala baseada no que teria ouvido de Cavalcante e nas gravações de conversas do marido com Lair Ferst. É um relato terceirizado, de uma mulher que não testemunhou os fatos narrados.
Réu na Operação Rodin, o próprio Lair, que teria gravado as conversas nas quais Cavalcante relata episódios de desvio de recursos de campanha, não tem como confirmar se as acusações são verdadeiras.
As fumageiras que teriam dado o dinheiro supostamente desviado para a compra da casa de Yeda negam as contribuições. Como dinheiro de caixa 2 não é contabilizado, e ninguém admite que usou esse instrumento, fica difícil comprovar a veracidade da denúncia.
A reportagem poderá se transformar no combustível que a oposição necessita para criar uma CPI que o governo vinha conseguindo segurar. Até agora, a CPI esbarrou na unidade da base aliada e na falta de clareza em relação ao objeto de investigação.
criado por jornalnegritude 
1:13:20 am — Arquivado em: Crise no Governo de Yeda
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