Notícias do NPC


NPC, SENGE e INCT-Ineu promovem curso sobre a história dos Estados Unidos e sua influência na América Latina
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Em parceria com o Sindicato dos Engenheiros (SENGE-RJ) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu), o NPC irá promover um curso sobre a história do desenvolvimento econômico dos Estados Unidos. Ele tratará da sua transformação em capitalismo corporativo e financeiro, além de abordar a expansão imperialista e sua presença hegemônica na América Latina de ontem e de hoje. .
As aulas serão ministradas por Reginaldo Moraes, professor do Departamento de Ciências Políticas da Unicamp. Elas serão divididas em dois blocos. O primeiro será sexta-feira, dia 9 de março, das 19h às 22h, e sábado, dia 10 de março, das 9h às 13h. O segundo bloco será na semana seguinte: sexta, dia 16 de março, também no turno da noite; e sábado, 17 de março, na parte da manhã, nos mesmos horários.
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O curso é voltado para sindicalistas, comunicadores, ativistas de movimentos sociais, estudantes e demais interessados no tema. Quem quiser se inscrever deve enviar e-mail para boletimnpc@uol.com.br. A taxa de inscrição é de R$ 35,00, com direito a uma apostila, senha pessoal para acessar o blog do curso e certificado de participação. Vagas limitadíssimas.


NPC lança nova edição da Cartilha sobre os 101 anos do Dia da Mulher. Garanta a sua! 
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O Núcleo Piratininga de Comunicação lança, em 2012, uma nova edição da cartilha sobre a origem do Dia das Mulheres e a atualidade da luta pela libertação da mulher. Com redação de Vito Giannotti e ilustrações de Carlos Latuff, esta publicação trata dos acontecimentos que  marcaram o 8 de março como dia de luta mundial das mulheres. Baseado em uma longa pesquisa, o texto explica como se espalhou o mito das 129 mulheres queimadas vivas, no ano de 1857, em Nova Iorque, versão que esconde a origem socialista da data. Na verdade, o 8 de Março foi consagrado por uma greve de operárias em 1917 que, sem querer, foi o estopim da grande Revolução Russa. Logo em seguida, em 1919, a 3ª Internacional declarou esta data como o dia mundial da luta das mulheres.
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O caderno é muito útil para fazer avançar a consciência e a luta de todos(as) contra a exploração da mulher. Os (as) interessados (as) em adquirir ou encomendar alguns exemplares devem entrar em contato com o NPC pelo e-mail boletimnpc@uol.com.brou pelos telefones (21) 2220-5618 e 2220-4623.
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Estão abertas as inscrições para o Curso de Comunicação Popular do NPC

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Os interessados em participar do Curso de Comunicação Popular do NPC neste ano, ou indicar alguém, devem falar com a jornalista Claudia Santiago pelo e-mail boletimnpc@terra.com.br, ou pelos telefones (21) 9628-5022 e 2220-5618. A condição básica para participar do curso deve ser atuar em movimentos sociais.
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As aulas ocorrem no Centro do Rio e nas favelas em que moram os alunos, além de visitas a museus, cinema, teatro e outras atividades artísticas. O curso tem início na manifestação do 1º de maio, Dia do Trabalhador, e termina nas ruas no dia 7 de setembro, no Grito dos Excluídos. Neste dia, os alunos distribuem o jornal comunitário Vozes das Comunidades, inteiramente produzidos por eles: desde a escolha da pauta, passando pela redação, revisão e diagramação. Entre estes meses, são oferecidas aulas teóricas sobre a importância da mídia, história do Rio de Janeiro, lutas dos trabalhadores no Brasil e no mundo, literatura de resistência, e outros temas. Também há aulas práticas de redação, internet, rádio e vídeo.



Radiografia da Comunicação Sindical 


Paulo Henrique Amorim fala ao Jornal Classe, da CUT-RJ, sobre a democratização da mídia
Em entrevista à edição de dezembro de 2011 ao Jornal Classe, da CUT-RJ, o jornalista Paulo Henrique Amorim, do blog Conversa Afiada, falou sobre a necessidade de uma nova lei de comunicação no Brasil, semelhante à Ley dos Medios argentina. Ao falar sobre o atual estágio da luta pela democratização das comunicações, ele respondeu que considera ser de "desalento e decepção". Segundo Amorim, a imprensa brasileira tratou o Lula de forma vergonhosamente parcial, e o "Lula foi incapaz de tomar qualquer providência para criar os mecanismos institucionais que permitissem oferecer ao público uma visão alternativa do que estava acontecendo". Como lembra o jornalista, apesar de ter sido realizada a Confecom, o projeto de marco regulatório que Franklin entregou ao seu sucessor, Paulo Bernardo, está engavetado - assim como foram engavetados os preparados por Sérgio Motta para o Fernando Henrique Cardoso. Mas a sociedade brasileira precisa de mecanismos que limitem o monopólio da mídia no país - o que inclusive está garantido na própria Constituição Federal.  
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Selecionamos alguns trechos da entrevista, os quais podem ser lidos em nossa página.



A Comunicação que queremos


Rádio Comunitária Santa Marta precisa recuperar seu transmissor
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O Rapper Fiell e outros comunicadores do morro Santa Marta estão fazendo uma campanha para a compra de um novo transmissor para a rádio comunitária, que custa mais de R$ 2 mil. Eles estão recebendo doações de qualquer valor. Quem fizer doações acima de R$ 3,00 ou de R$ 5,00 recebe calendários da Rádio de tamanhos diferentes (13x20 e 20x29). Na Livraria Antonio Gramsci, do NPC, também estamos recebendo doações (R. Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia). Os contatos devem ser feitos pelo e-mail fiellateamorte@gmail.com. Os calendários também podem ser enviados por correio. .
Para quem não se lembra, em maio do ano passado a rádio comunitária Santa Marta foi fechada em uma 
ação da Polícia Federal e da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).  Os agentes lacraram todos os equipamentos e levaram o transmissor. Rapper Fiell (Emerson Claudio Nascimento) e Antonio Carlos Peixe, os diretores da emissora, foram levados pelos agentes para prestar depoimento nas dependências da Polícia Federal, na Praça Mauá, Rio. Parece ironia, mas a ação repressora que fechou a rádio comunitária do morro carioca ocorreu no Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, decretado pela ONU em 1993.


Cartunista de Porto Alegre produz charges sobre "Os excluídos da Copa"
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À convite da jornalista Kátia Marko, do NPC em Porto Alegre, o cartunista a gaúcho Leandro Dóro fez charges "sobre os excluídos da Copa do Mundo", de acordo com suas próprias palavras. Para sua surpresa e graças a repórter Andréa Dip (Ag. Pública), as imagens foram publicadas no blog do Juca Kfouri. "Muito obrigado e espero ter colaborado", diz Leandro no Facebook. Confirma aqui.



Proposta de Pauta


Até onde chega a liberdade de expressão na Internet
[Por Sheila Jacob-NPC] Nas últimas semanas, tem-se falado muito sobre a possibilidade de censura na rede e fim da liberdade dos usuários. A discussão tomou corpo após a divulgação de que estavam em discussão, no Congresso dos Estados Unidos, os projetos de lei SOPA e PIPA, pequenas siglas que significam maior controle sobre a internet, como a proibição de compartilhamento de arquivos de audio, imagem, vídeo etc. Elas foram justificadas como meios de se combater a "pirataria online", mas, segundo o professor da universidade de Princeton, Ronaldo Lemos, "a aprovação do SOPA é um exercício de poder geopolítico dos EUA, para proteger uma indústria específica: Hollywood e as gravadoras". Em entrevista concedida ao jornalBrasil de Fato, Lemos destacou que os usuários não seriam beneficiados com a mudança; apenas a indústria. 
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Diante de protestos em todo mundo, além de ações do grupo de hackers Anonymous em páginas da Casa Branca e do FBI, foi anunciado o adiamento da votação das leis. Em artigo publicado na página Teoria e Debate, Venício Lima observa que os recentes debates sobre esses projetos têm tudo a ver com as esperanças democratizadoras centradas nas novas tecnologias de comunicação. Como ele lembra, já existem leis desse tipo na França (Lei Hadopi) e na Espanha (Lei Sinde).  
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No Brasil, tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei semelhante, o PL 84/1999, apelidado de AI-5 Digital por ter como objetivo um verdadeiro "vigilantismo" na rede, nas palavras de Sérgio Amadeu, pois prevê punição para crimes digitais. Venício Lima lembra que, em sentido oposto, caminha o PL 2.126/2011, conhecido como Marco Civil da Internet. Ele é resultado de um longo processo de consulta pública, e constitui uma tentativa de garantir a liberdade de circulação na rede e afirmar direitos, ao invés de transformá-la em caso de polícia. Qual será o vencedor? Resta à sociedade mobilização para que se aprovem projetos que tenham como prioridade o interesse público e os direitos fundamentais..
Clique para saber mais.



Democratização da Comunicação


3º Fórum de Mídia Livre aprova Carta de Porto Alegre e calendário de lutas
Após a realização do 3º Fórum de Mídia Livre em Porto Alegre, foi divulgada uma carta com ações prioritárias para 2012 no caminho para a democratização da mídia. A plenária final do Fórum também aprovou grupos de trabalho para contribuir no encaminhamento de tarefas vinculadas à comunicação, formação, políticas públicas e para contribuir na organização do 2º Fórum Mundial de Mídia Livre. Também foi divulgado um calendário do movimento. Confira a carta de Porto Alegre e o calendário inicial em nossa página.


Recife recebe 1º Encontro Nacional sobre Direito à Comunicação
[Por Laudenice Oliveira - NPC] A capital pernambucana, Recife, sediou o 1º Encontro Nacional sobre Direito à Comunicação. O evento, realizado pelo Centro de Cultura Luiz Freire,  aconteceu entre os dias 09 e 11 de fevereiro, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e reuniu cerca de 600 pessoas. Professores/as, estudantes, sindicalistas, representantes de movimentos sociais e profissionais da área estiveram envolvidos/as no debate sobre a comunicação como um direito humano. Na pauta, o marco regulatório da comunicação no Brasil, a política da política de comunicação em nosso país, os meios de comunicação independentes e comunitários, entre outros. Palestras, grupos temáticos e oficinas fizeram parte da metodologia do encontro.
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Venício Lima, da Universidade de Brasília, Ana Veloso, da Unicap, Marcos Dantas da UFRJ, João Brant do Intervozes e Ayelen Sofía, da Argentina, foram alguns dos palestrantes da sexta-feira, 10. De acordo com Venício, o Estado brasileiro em tido um distanciamento nítido no que se refere às políticas de comunicação no Brasil. Por outro lado, ele observa que a sociedade civil vem se mobilizando em relação a isso. "Nossa esperança é que esse ator, sociedade civil, transforme a comunicação no Brasil". Já  Marcos Dantas chamou a atenção para a internacionalização da mídia. Para ele, os processos globais estão comandando os processos internos.  "Nossa vida é marcada pela comunicação, nossos sentimentos, nosso comportamento e tudo para a promoção do espetáculo", diz. Para Dantas, a comunicação hoje é organizada para promover consumo e não democracia. "é a comunicação fazendo dinheiro para a própria comunicação", afirma.


Plataforma apresenta informações sobre meios comunitários
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Durante o 1º Encontro Nacional do Direito à Comunicação, foi lançado o Observatório da Comunicação Comunitária. O objetivo é apresentar um panorama atualizado da mídia comunitária no país. Além de dar visibilidade às dificuldades burocráticas desses veículos, a plataforma também busca valorizar o seu trabalho. O primeiro módulo lançado foi o de rádios comunitárias, com um mapeamento de todas as emissoras outorgadas no país. Também são oferecidas informações sobre os processos de outorgas, fechamentos, jurisprudências, além de histórias de algumas comunitárias. 
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Os próximos módulos previstos para o Observatório são TVs, provedores, jornais e blogs comunitários. Como esses meios de comunicação enfrentam dificuldades devido a uma legislação que atrapalha e inibe a sua atuação, a ideia do Observatório é também esclarecer a opinião pública sobre a real situação da comunicação comunitária no país - sua importância e seus desafios..
Com informações da Agência Pulsar    



De Olho Na Vida


Organizações produzem relatório denunciando violações de direitos no caso de Pinheirinho 
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As organizações de direitos humanos Justiça Global, Brigadas Populares e Rede de Comunidades Contra a Violência lançaram o relatório Pinheirinho: um Relato Preliminar da Violência InstitucionalO texto se estrutura em três momentos: os conflitos entre o judiciário e o executivo nas esferas estadual e federal, que precederam a ação policial; o despejo e as consequências do excesso de violência contra os moradores; e o tratamento desumano e degradante que tem sido dado aos desabrigados pela prefeitura de São José dos Campos. O texto denuncia ainda os constantes impedimentos da atividade da imprensa e de organizações de defesa dos direitos humanos no local..
Além de instituições brasileiras, como a Defensoria de São Paulo e o Ministério Público, o dossiê será encaminhado para a ONU e para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. Até o momento da finalização do relatório não foi possível comprovar as mortes que teriam acontecido durante a ação realizada pela polícia do Estado de São Paulo. Mas as denúncias mais comuns podiam ser comprovadas pelas marcas deixadas no corpo dos moradores: agressões, ameaças, espancamentos, ferimentos e intoxicação devido a disparos, bombas, gás e spray de pimenta. 


Moradores de favelas do Rio também sofrem violações de direitos
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[Por Sheila Jacob - NPC] O episódio recente de Pinheirinho ficou famoso no país inteiro, mas não é o único caso de violência e desrespeito sofridos pelos moradores mais pobres. Desde o anúncio de que o Brasil seria a sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, moradores de favelas e das periferias das cidades que sediarão os eventos passaram a conviver diariamente com ameaças de remoção e violações. Como já alertou diversas vezes a arquiteta Raquel Rolnik, relatora da ONU pelo Direito à Moradia Adequada, as ações realizadas pelas Prefeituras são feitas sem diálogo e sem acordo prévio com os moradores, em uma clara demonstração de desrespeito aos seus direitos.  
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No Rio de Janeiro, por exemplo, a Vila Autódromo está na lista de despejo da Prefeitura, devido às obras preparatórias para os jogos mundiais. A comunidade está localizada na Barra da Tijuca, área nobre localizada na zona oeste da cidade. Jane Nascimento, da Associação de Moradores, esclarece que a retirada das famílias para a realização dos megaeventos são apenas uma justificativa para a marginalização da população pobre que mora em áreas ricas. Desde 1993, a comunidade vem sendo ameaçada de remoção por "interesses imobiliários e financeiros". Segundo ela, não há motivos técnicos para a demolição das casas, pois elas não estão localizadas em áreas de risco.  
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Outros locais que vêm sendo ameaçados pela Prefeitura são o Morro da Providência e a vizinha Pedra Lisa, comunidades localizadas na região portuária, onde será construído o Porto Maravilha. Um vídeo produzido pela Anistia Internacional apresenta a preocupação de moradores, como Rosete Marinho, indignada com a falta de diálogo com o poder público.
Leia a matéria completa em nossa página.


Nova Luz: moradores pobres são expulsos da região e imóveis vão para as mãos da iniciativa privada 
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[Por Marina Schneider - NPC] A organização dos moradores da região da Luz para impedir a continuação do projeto Nova Luz, da prefeitura de São Paulo, está dando resultado. No final de janeiro a Justiça ordenou a paralisação do projeto porque não houve a necessária participação dos moradores na sua formulação e execução. Para quem vive lá, a "revitalização" do Centro da capital - forma como o governo chama a iniciativa -, não passa de promoção da especulação imobiliária. .
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documentário LUZ, feito pelo projeto Memória Interditada, a presidente da Associação de Moradores e Amigos da Santa Ifigênia e da Luz,  Paula Ribas, ressalta que as melhorias são necessárias, mas que os moradores não podem ser obrigados a deixar a região. "A gente quer que o bairro fique mais bonito. Mas agora que o bairro vai melhorar eu vou ter que sair daqui? Eu fiquei neste bairro no pior momento dele. Por que agora eu tenho que ir embora? Não vou sair", protesta. O documentário é uma pérola. Em 20 minutos mostra a resistência dos moradores ao projeto da prefeitura de São Paulo que expulsa os pobres da região da Luz, onde ficam o Memorial de Resistência, o Museu da Língua Portuguesa e a Pinacoteca do Estado. De acordo com os planos da Prefeitura, o bairro será demolido em 25 anos..
Leia a matéria completa em nossa página.




De Olho Na Mídia 


TV Cultura estabelece parceria com Folha de S.Paulo e Veja
Recentemente foi anunciada uma parceria da Folha de S. Paulo com a TV Cultura, emissora pública mantida pela Fundação Padre Anchieta, do Governo do Estado de São Paulo. Segundo o Portal Imprensa, a Folha está com sua participação confirmada com um programa apresentado aos domingos com duração de 30 minutos e conteúdo produzido pelos repórteres e colunistas do jornal. Como informa o veículo, "o conteúdo editorial será de responsabilidade exclusiva da Folha e não terá qualquer participação da emissora pública".
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A parceria se estende para a revista Veja. A publicação semanal também terá um programa jornalístico na TV Cultura, o "Veja na TV", que a partir de março será exibido às terças-feiras pela emissora pública - informa o Comuniquese. A Veja é uma publicação do grupo Abril, o mesmo da Revista Nova Escola, que foi escolhida para ser distribuída para os professores do Estado de São Paulo sem licitação. Na época, 2009, o deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) apresentou denúncia da irregularidade da escolha ao Ministério Público. Em entrevista ao NPC na ocasião, Valente destacou o alinhamento político do Governo do Estado com a linha política das revistas do Grupo Abril. Segundo ele, tais publicações "cada dia mais assumem um posicionamento em defesa de interesses econômicos e políticos das elites".
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Um artigo publicado recentemente pelo FNDC lembra como essas parcerias podem colocar em xeque uma característica fundamental das emissoras públicas: dar espaço, com qualidade, à pluralidade de vozes e opiniões. O sociólogo e jornalista Laurindo Leal, em entrevista ao Fórum, definiu essa parceria como mais um golpe no papel da radiodifusão pública brasileira. "Nós já temos uma mídia excessivamente concentrada, que praticamente tem uma visão única do mundo em geral e da sociedade brasileira, e cabe às emissoras públicas apresentar uma visão diferenciada, para permitir que o público possa, a partir dessas visões, formar sua opinião", diz. .
O texto completo você confere na página do FNDC.




De Olho No Mundo


No Chile, plataforma coletiva de vídeos mantém acesos protestos estudantis
[Por Camila Moraes/ Opera Mundi] Cidadãos apáticos e gerações perdidas são expressões que costumam fazer parte de discursos sobre os jovens que vieram ao mundo depois daqueles que saíram às ruas lá pelos anos 60 e 70. Mas a generalização, por sorte, não serve para descrever os protagonistas das manifestações estudantis que marcaram o ano de 2011 - e cujos desdobramentos são nossa realidade ainda hoje, já que a luta está longe de acabar. No Chile, que esteve no centro desse processo, e em países que se inspiraram no seu exemplo, como a Colômbia, as tais manifestações aconteceram com altas doses de criatividade: desfilou-se, fez-se arte na rua, buscou-se referências do passado que continuam vigentes para pensar um melhor futuro. Agora, começamos a assistir ao caminho inverso: a arte anda inspirando a causa. 
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Um exemplo dessa tendência é o projeto online CinEducación, lançado no fim do ano passado e ainda vigente. Através dele, cineastas reconhecidos ou cidadãos com câmeras na mão podem difundir vídeos de um a quatro minutos contendo sua visão sobre a educação, as manifestações, as repressões que elas desencadeiam etc. E não só do Chile: o convite é extensivo ao mundo inteiro, como fica claro no site, onde fica disponível todo o material enviado.
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NPC Informa


Projeto O Brasil de Aloysio Biondi recupera o trabalho do jornalista que é referência na denúncia das privatizações 
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[Por Sheila Jacob - NPC] O sucesso recente do livro de Amaury Ribeiro Jr., A privataria tucana, lembrou ao Brasil os danos causados aos cofres públicos pelas privatizações ocorridas durante o Governo Fernando Henrique Cardoso. Naquele tempo, o discurso era de melhoria de serviços, mas na prática o que ocorreu foram prejuízos tanto aos trabalhadores quanto aos usuários. Infelizmente, esse fantasma ainda continua assombrando muitos brasileiros, pois as privatizações continuam ocorrendo no Governo do PT. Nesse momento, o alvo são os aeroportos brasileiros: no dia 6 de fevereiro, apesar de protestos em todo o país, foram a leilão os aeroportos de Guarulhos (Cumbica), Campinas (Viracopos) e Brasília (JK). Como vem repetindo Amaury nos debates de que participa em todo país, as privatizações são um verdadeiro caos.  
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Mas o que Amaury apresenta aos brasileiros agora não é novidade alguma: já no final da década de 1990 o jornalista econômico Aloysio Biondi lançou O Brasil privatizado, obra de fácil leitura que já apresentava um "balanço do desmonte do Estado", enquanto em grande parte da imprensa da época era comum elogiar a medida. Seu filho Antonio Biondi, também jornalista e Bacharel em Direito, concedeu por e-mail uma entrevista ao Boletim NPC, na qual fala sobre a importância do trabalho do pai na denúncia das arbitrariedades da Era das Privatizações. "Esse processo todo ia sendo sentido e percebido pela população e pelos setores mais afetados, mas o livro O Brasil Privatizado, lançado em 1999, deu ao tema a devida importância. Explicou de forma simples e didática como tudo isso estava se dando e por que muitos prejuízos seriam causados ao país por todo o processo. Acredito que o livro mostra não só a importância de se discutir se uma privatização pode ou não ser feita, mas também a forma como ela é feita, com que recursos, com que objetivos, com que lisura e resultados", diz o jornalista.  
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Para recuperar a memória do pai, que dedicou 44 anos de sua vida à atividade jornalística, amigos e familiares lançaram em 2007 o projeto O Brasil de Aloysio BiondiO material por enquanto só está disponível na internet, no endereçohttp://www.aloysiobiondi.com.br. Em breve, no entanto, será disponibilizado para consulta pública no Centro de Documentação Cultural Alexandre Eulalio, do Instituto de Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele é composto por todo o material que o Biondi guardou ao longo de seus 44 anos de carreira - e também, em parte, nos seus 64 anos de vida. Passa por fotos, livros, relatórios, estudos, pesquisas e periódicos dos mais variados. "É, de certa forma, um passeio pela história do Brasil e do nosso jornalismo ao longo do século 20", conta Antonio. .
Confira a entrevista completa em nossa página.




Imagens da Vida 


Gregos saem às ruas em protesto contra medidas do Governo 
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Foto da manifestação de trabalhadores na Grécia no dia 11 de fevereiro contra medidas de austeridade do governo. A imagem foi enviada pelo companheiro Jean-Pierre Page.



Dicas


 Latifúndio Midiota: Crime$, Crise$ e Trapaça$
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A obra Latifúndio Midiota: crime$, crise$ e trapaça$ aborda o tema da concentração da mídia e as estratégias de sua manipulação. O autor diz que neste livro procurou selecionar assuntos e pautas "que foram solenemente ignorados ou mascarados pela "grande mídia", convicto de que sua divulgação contribuirá para proporcionar o debate e a reflexão sobre as razões do seu silêncio". Este título, que inaugura o selo Barão de Itararé, possibilita uma reflexão profunda sobre a qualidade das informações divulgadas pela TV, rádio, jornais e internet, mostrando que há interesses políticos e financeiros que determinam a produção de quaisquer notícias. É uma peça importante para o debate da importância da democratização da comunicação, e um forte argumento para o combate ao mito das ideias de imparcialidade e veracidade da mídia.  


Caderno do Estadão lembra o Centenário da Guerra do Contestado
Para lembrar a Guerra do Contestado (1912-1916), o Estado de São Paulo publicou no domingo, dia 12.02.12, um caderno especial intitulado "Meninos do Contestado". São 14 páginas ilustradas que, além de documentos militares, apresentam depoimentos de alguns dos civis sobreviventes, com mais de 100 anos de idade. Eles foram convidados a relatar os últimos dias daquela que é considerada a "maior rebelião do país no século 20". Esse episódio histórico é recontado a partir dessas emocionantes histórias de vida, recolhidas em viagens por cidades e povoados de Santa Catarina e do Paraná pelo repórter especial Leonencio Nossa e registradas pelo fotógrafo Celso Júnior.
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Na internet estão disponíveis todas as reportagens produzidas em cem dias de trabalho, vídeos com depoimentos dos moradores, fotos e mapa interativo. Para conferir: http://topicos.estadao.com.br/contestado



Memória


Jornalista lança site com documentos sobre a Ditadura Militar
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[Por Mariana Serafini / Portal Vermelho] Recém-inaugurado, o portal Documentos Revelados, do jornalista Aluízio Palmar, apresenta informações sobre fatos silenciados que aconteceram durante a ditadura civil-militar no Brasil. O site tem por objetivo dar acesso a documentos, alguns inéditos, e popularizar o debate sobre o assunto, além de facilitar a pesquisa. Palmar estuda e arquiva documentos sobre a Ditadura Militar há anos e já tem até um livro publicado sobre o tema: Onde Foi Que Vocês Enterraram Nossos Mortos. Com o site, o jornalista se concentra no esforço de popularizar o debate e facilitar a pesquisa.
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O projeto prevê a publicação de cinco mil documentos. A página está no ar há um mês e já conta com 300 arquivos. Além de documentos sobre a repressão, o site conta com arquivos inéditos sobre a resistência ao militarismo. São jornais de sindicatos da época que até hoje não foram divulgados. Todo o trabalho de pesquisar, ler e publicar vem sendo feito apenas pelo jornalista, que conta também com a colaboração voluntária de pessoas que enviam materiais de pesquisa para publicação. Nesse sentido, toda colaboração será bem-vinda!


Acervo de Apolônio de Carvalho é doado ao Arquivo Nacional 
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Renée de Carvalho, viúva do militante comunista Apolônio de Carvalho, com quem viveu por 62 anos, doou ao Arquivo Nacional o acervo pessoal do grande líder político, falecido em 2005. O arquivo é composto por 30 pastas de documentos textuais, além de fitas e DVDs com transcrições de depoimentos, fotos, comendas e diplomas. .
Apolônio foi um daqueles imprescindíveis, cantados por Brecht, homens e mulheres que não desistem da luta por um outro mundo. Foi da Aliança Nacional Libertadora (ANL), nos anos 30; combatente na Guerra Civil Espanhola; atuou na Resistência Francesa contra os nazistas ao lado da militante Renée, que se tornaria sua mulher; e lutou contra a ditadura civil-militar brasileira, tendo sido preso e torturado neste período.  Morou na União Soviética, Argélia e França. Depois da Anistia, em 1979, voltou ao Brasil, onde morreu em 1995. Suas memórias estão registradas no livro Vale a pena sonhar, título de um documentário sobre sua vida política, dirigido por Stela Grisotti.
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Na semana do centenário desta figura de referência para a esquerda brasileira, Renée de Carvalho lançou o livro Uma vida de lutas, na qual relata as histórias de resistência à opressão que protagonizou, em especial aquelas vividas ao lado do seu companheiro. Em homenagem a esse histórico lutador, o MST publicou uma entrevista que ele concedeu ao Movimento um mês antes de falecer. Ela está disponível em
http://www.mst.org.br/100-anos-de-Apolonio-de-Carvalho-um-historico-lutador-do-povo



Artigos


A necessária mobilização pelo marco regulatório 
[Por João Brant / Obs. da Imprensa] Desde o final da década de 1970, o Brasil discute a necessidade de modificar o marco regulatório das comunicações. De lá pra cá, o poder dos meios de comunicação ficou mais claro, a defasagem do Código Brasileiro de Telecomunicações aumentou e a convergência de mídias impôs novos desafios de regulação. A única coisa que continuou igual foi a ausência de pluralismo e diversidade nos meios de comunicação de massa. A realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em 2009, preparou o terreno e pautou na agenda pública a necessidade de mudança. O que aconteceu desde então, contudo, deixa claro que a concretização efetiva da transformação depende de uma ampla mobilização da sociedade brasileira. Leia o artigo completo.

A serviço da treva: Big Brother é altamente representativo da cultura da classe média, velha e nova 
[Por Mino Carta/ Carta Capital] Âncora do Jornal Nacional da Globo, William Bonner espera ser assistido por um cidadão o mais possível parecido com Homer Simpson, aquele beócio americano. Arrisco-me a crer que Pedro Bial, âncora do Big Brother , espere a audiência da classe média nativa. Ou por outra, ele apostaria desabridamente no Brasil, ao contrário do colega do JN . Se assim for, receio que não se engane. Leia o artigo completo.

A democracia e sua expressão 
[Por Elaine Tavares/ ALAI] O teórico do jornalismo, Adelmo Genro Filho, já havia revelado no seu livro "O Segredo da Pirâmide" que, apesar de ser filho dileto do capitalismo, existem momentos nos quais o jornalismo não pode esconder as contradições da vida real. Daí a possibilidade do seu caráter revolucionário. Penso que é o que temos visto, nos últimos dias, na televisão. Apesar da posição sempre servil das emissoras com relação ao poder, e das informações aparentemente desconexas, se procurarmos juntar os fios das informações, podemos ter um quadro sem retoques da tão defendida democracia liberal. Nela, ao contrário do que dizem os porta-vozes dos governos, o que não existe é a liberdade. Mas é preciso aclarar: a liberdade dos pobres. Leia o artigo completo


Entrevistas


Vito Giannotti: O primeiro passo é levantar bem alto a bandeira da luta anticapitalista 
[Por Imprensa Popular - PCB] Italiano da província de Lucca, na Toscana, Vito Giannotti foi metalúrgico e no início dos anos 1990 colaborou decisivamente na criação do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), entidade que realiza cursos para lutadores sociais e políticos sobre comunicação sindical e popular. Nesta entrevista ao Portal do PCB, Vito avalia como a imprensa utiliza Marx na crise econômica e defende a utilização de todos os canais e veículos para informar os trabalhadores. Para Vito Giannotti, todas as ferramentas são válidas para quem disputa a hegemonia na sociedade. Leia a entrevista completa.

Não existe a tão aclamada neutralidade da imprensa - diz Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique
[Por Samir Oliveira/ Sul 21] O diretor de redação do jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet, acredita que a mídia deveria se posicionar claramente sobre a linha ideológica e política que segue. Doutor em Sociologia e professor de Teoria da Comunicação, o jornalista, que comanda um periódico abertamente de esquerda, diz que não existe a tão aclamada neutralidade da imprensa. "Um jornal que diz que é objetivo é um jornal alinhado à direita e que tenta esconder seu ponto de vista", explica. Nesta entrevista ao Sul21, ele analisa também o papel das esquerdas na crise capitalista que assola a Europa e contrapõe a situação no velho continente ao momento vivido pela América Latina. "A América Latina está construindo o Estado de bem-estar social, enquanto na Europa ele está sendo destruído", compara. Leia a entrevista completa.

Expediente



Núcleo Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-5618
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br
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Coordenação: Vito Giannotti
Redação: Marina Schneider e Sheila Jacob
Edição: Claudia Santiago
Web: Luisa Souto
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Colaboraram nesta edição: Alan Tygel, Laudenice Oliveira, Repper Fiell.


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ÍNDICE
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Notícias do NPC
NPC, SENGE e INCT-Ineu promovem curso sobre a história dos Estados Unidos e sua influência na América Latina
NPC lança nova edição da Cartilha sobre os 101 anos do Dia da Mulher. Garanta a sua! 
Estão abertas as inscrições para o Curso de Comunicação Popular do NPC

Radiografia da Comunicação Sindical 
Paulo Henrique Amorim fala ao Jornal Classe, da CUT-RJ, sobre a democratização da mídia

A Comunicação que queremos
Rádio Comunitária Santa Marta precisa recuperar seu transmissor
Cartunista de Porto Alegre produz charges sobre �Os excluídos da Copa�

Proposta de Pauta
Até onde chega a liberdade de expressão na Internet

Democratização da Comunicação
3º Fórum de Mídia Livre aprova Carta de Porto Alegre e calendário de lutas
Recife recebe 1º Encontro Nacional sobre Direito à Comunicação
Plataforma apresenta informações sobre meios comunitários 

De Olho Na Vida
Organizações produzem relatório denunciando violações de direitos no caso de Pinheirinho 
Moradores de favelas do Rio também sofrem violações de direitos
Nova Luz: moradores pobres são expulsos da região e imóveis vão para as mãos da iniciativa privada 

De Olho Na Mídia 
TV Cultura estabelece parceria com Folha de S.Paulo e Veja 

De Olho No Mundo
No Chile, plataforma coletiva de vídeos mantém acesos protestos estudantis