sábado, 17 de setembro de 2011

Comunalismo

 

Humanitudeubuntu3.jpgComunalismo é uma das três teorias gerais sob as quais se agrupam, a grosso modo, as pessoas que acreditam no chamado "comunismo libertário, cada qual com os seus mestres, teóricos, líderes, organizações e literatura", nas palavras de Kenneth Rexroth, sendo as outras duas o anarquismo em suas diversas formas e a esquerda marxista. O comunalismo agruparia os membros das comunidades intencionais, usualmente, mas não necessariamente de inspiração religiosa, os quais viveriam nas chamadas comunas. Porém, na concepção de Rexroth, semelhante à de TAZ, a comuna opera de dentro do sistema capitalista mesmo, sendo autônoma e podendo ou não modificá-lo a longo prazo.
Pensadores libertários ou anarquistas contemporâneos usualmente o denominam de comunalismo intencional, associativismo voluntário e comunalismo libertário, terminologia de difícil diferenciação.
Comunalismo no Ubuntu
Comunalismo é um dos valores fundamentais do ubuntu. É um valor, segundo a qual o interesse do indivíduo é subordinado ao do grupo. Em outras palavras, o grupo constitui o foco das atividades dos membros individuais da sociedade em geral. Comunalismo insiste que o bem de todos determina o bem de cada um ou, em outras palavras, o bem-estar de cada um depende o bem-estar de todos. Como Adonisi (1994:311) observa, "os valores tradicionais Africano promover um comunalismo visão de mundo em relação à vida". Ninguém em um contexto Africano vive para si mesmo. Nós vivemos para a comunidade. África, escreveu Sekou Toure, é fundamentalmente comunocratica. Estas qualidades humanas, argumenta Sekou Toure, também significa que um indivíduo não pode imaginar em organizar sua vida fora de sua família, aldeia ou do clã.
A visão de que a África é comunalistica também é expressa em comentários Jomo Kenyatta sobre a vida tradicional dos povos Kiguyu no Quênia. Ele ressalta que de acordo com maneiras de pensar Gikuyu, ninguém é um indivíduo isolado. Ou melhor, sua singularidade é um secundário fato sobre ele, em primeiro lugar, ele é parente de várias pessoas e de várias pessoas contemporânea ... este fato é a base do seu sentido de responsabilidade moral e obrigação social (Kenyatta 1965: 297, citado em Gyekye 1987: 209).
Em qualquer grupo étnico na África, cujos modos de vida são regidos por ubuntu. A partir de Dakar no Senegal para Addis-Abeba, na Etiópia, e do Cairo no Egito para Pretória na África do Sul, encontra-se evidência de ubuntu e de uma das suas virtudes cardeais, comunalismo, em particular. Deve-se admitir, porém, que, como resultado de contatos com as culturas ocidentais, comunalismo talvez não seja tão praticada em áreas urbanas da África como é na África rural. Estudos comparativos de ubuntu pode lançar luz sobre a medida em que comunalismo é praticado nessas áreas. Basta observar, no entanto, que "na África, comunalismo é uma forte rede de relacionamentos vinculativos" (Mthembu, 1996:220). Crianças, por exemplo, pertencem não só aos seus pais biológicos, mas também estão sob a autoridade e o controle de qualquer adulto na comunidade. Termos de parentesco atestam a natureza das relações que ligam os membros de uma comunidade unida. Na África do Sul e em outras partes do continente, um membro de uma comunidade pode usar o termo irmã, por exemplo, para se referir a qualquer mulher. Da mesma forma, as crianças são ensinadas desde cedo que eles devem se referir a qualquer um que é a mesma idade que seu pai / mãe como o pai / mãe, e nunca para chamar as pessoas pelos seus nomes, tais como este seria considerado desrespeitoso.
Hernani Francisco da Silva
Referencias
Adonisi, M. (1994). A carreira em comunidade. Em P. Christie, Lessem R. e L. Mbigi. (Eds.) (pp. 309-314).
Kenyatta, J. (1965). De frente para o Monte Quênia. New York: Vintage.
Makhudu, N. (1993). Cultivar um clima de cooperação através do Ubuntu. Empresa Magazine, 48 (agosto 1993), 40-42.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunalismo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim