sexta-feira, 3 de junho de 2011

Penarol na Final com o Santos

Depois de 49 anos, Peñarol e Santos vão se reencontrar em uma final de Libertadores. Nesta quinta-feira, em Buenos Aires, o time uruguaio saiu vencendo o Vélez Sarsfield, levou a virada, viu Santiago Silva perder um pênalti e comemorou a classificação com uma derrota por 2 a 1 em Buenos Aires. Ficou com a vaga porque fez um gol fora. No jogo de ida, havia vencido por 1 a 0.
Santos e Peñarol dominaram o futebol sul-americano no começo da década de sessenta. Os uruguaios foram bicampeões da Libertadores em 1960 e 1961. Os paulistas, no biênio seguinte. Em 1962, a final foi exatamente contra o Peñarol, decidido apenas no terceiro jogo, em Buenos Aires. O Peñarol, que tem cinco títulos e quatro vice-campeonatos do torneio, não fazia uma final desde 1987, quando foi campeão.

Como o Peñarol gosta de jogar fechado na defesa como visitante, o Santos deve marcar o jogo final para o Morumbi, que tem o campo maior do que o Pacaembu. A primeira partida da decisão é no dia 15 de junho, em Montevidéu. A volta acontece no dia 22, em São Paulo.

O JOGO - O Peñarol chegou a Buenos Aires com a mesma vantagem de 1 a 0 conquistada pelo Santos no jogo de ida contra o Cerro Porteño. E também assim como a equipe brasileira, quase ampliou essa vantagem logo aos 2 minutos de partida no caldeirão adversário. Martinuccio, desejado pelo Palmeiras, entrou na área em velocidade, passou pela marcação e tocou de esquerda, no canto direito baixo de Barovero, que se esticou todo e fez grande defesa.

O Vélez pareceu ter ficado assustado com o bom início do Peñarol e permitiu que os uruguaios controlassem o jogo em praticamente toda a primeira parte da etapa inicial. Para piorar, os donos da casa perderam Cubero, machucado, logo aos 13 minutos. Tobio entrou no lugar dele.

Quando conseguiu igualar o jogo e fazer a pressão prevista, o Vélez chegou perto do gol. Após levantamento na área, Silva ajeitou de cabeça e Martinez bateu forte, mas Guilhermo Rodríguez se jogou sobre a bola para evitar que os argentinos abrissem o placar.

Na base do contra-ataque, o Peñarol marcou, aos 33 minutos. Órtiz cabeceou mal no meio-campo e deu a bola para Martinuccio, que tocou para Mier na esquerda. Ele dominou mal, adiantou demais a bola, mas, mesmo desequilibrado, conseguiu bater com a ponta da chuteira, por debaixo de Barovero, e ampliar a vantagem dos visitantes.

Aos 41, o Vélez balançou as redes. Em uma boa triangulação pela esquerda da área, Papa viu Martinez livre, o atacante bateu com tranquilidade e fez. O árbitro Enrique Osses parou a jogada alegando um impedimento inexistente. Dois jogadores davam condição para o argentino.

O empate só veio aos 46 minutos. Moralez bateu falta na área pela esquerda, Sapata desviou de cabeça no meio do caminho e Sosa defendeu. No rebote, a bola voltou no joelho de Tobio, que mal precisou mudar o movimento de corrida para marcar o primeiro do Vélez.

Precisando de dois gols para ir à final, o Vélez ficava praticamente que apenas no campo de ataque na volta do intervalo. O Peñarol, confiando no seu poder de marcação, ficava fechado atrás, sonhando com um contra-ataque bem sucedido. Quando tinha a posse, se desfazia rapidamente da bola.

A chance de matar o jogo veio para o Peñarol aos 21 minutos. Após passe rasteiro vindo da direita, Oliveira ficou cara a cara com Barovero, bateu mal do meio da área e mandou por cima do travessão. Logo após a cobrança do tiro de meta, o Vélez saiu em contra-ataque, Martínez ajeitou com o peito, Santiago Silva bateu firme na bola e virou a partida.

Precisando de só mais um gol, o Vélez arriscou se complicar na sequência. Ortiz fez falta dura na entrada da área, já tinha amarelo e foi expulso. A diferença numérica não mudou o panorama da partida. Aos 29, foi a vez de o Peñarol dar sopa para o azar. Pedro Rodríguez deu bobeira e perdeu a bola na linha de fundo para Martinez. Guilhermo Rodriguez tentou consertar com um carrinho na área e cometeu pênalti.

Santiago Silva foi para a cobrança, escorregou, bateu por cima do travessão, e desperdiçou a chance de fazer o terceiro gol do Vélez.

FICHA TÉCNICA:

Vélez Sarsfield 2 x 1 Peñarol

Vélez Sarfield - Barovero; Cubero (Tobio), Dominguez, Ortiz e Papa; Fernández, Canteros, Zapata (Ramírez) e Moralez (Alvarez); Martinez e Santiago Silva. Técnico: Ricardo Gareca.

Peñarol - Sosa; González, Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Freitas, Aguiar e Mier (Estoyanoff); Olivera e Martinuccio (Albin). Técnico: Diego Aguirre.

Gols - Mier, aos 33, e Tobio, aos 46 minutos do primeiro tempo. Santiago Silva, aos 21 minutos do segundo tempo.
Árbitro - Enrique Osses (Chile).
Cartões amarelos - Santiago Silva, Albin, Estoyanoff e Ortiz.
Cartão vermelho - Ortiz.
Renda e público - Não disponíveis.
Local - Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires.

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