 D'Alessandro e Rafael Sobis discutem e trocam empurrões na derrota que eliminou o Inter da Taça Libertadores
Crédito: norberto duarte / afp / cp |
D'Alessandro e Rafael Sobis discutem e trocam empurrões na derrota que eliminou o Inter da Taça Libertadores
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Falcão, que jamais fora derrotado no Beira-Rio em sua carreira como técnico, perdeu justo no dia que mais precisava resistir. Seu Inter caiu diante do Peñarol, ontem, por 2 a 1 - de virada, com dois gols marcados nos 5 primeiros minutos do segundo tempo - e está fora da Libertadores da América. O resultado, diante de um Beira-Rio cheio, entra para a história como uma das maiores decepções da história colorada.
Se para qualquer técnico, a derrota já seria muito ruim, para Falcão ela tem contornos de tragédia. "A dor é muito maior para mim. Depois do Gre-Nal, saí chorando para o vestiário, mas era de felicidade. E, agora, dói mais também. Isso existe, é real e temos de viver isso. Dói muito, mas qual é a outra alternativa? Se fechar? Não posso. Tenho de viver isso e superar. A virada começa no domingo", lamentou Falcão, com os olhos marejados.
Isso que o jogo começou bom para o Inter. Milhares de colorados, inclusive, não viram o time abrir o placar. O cronômetro mal acabara de marcar o primeiro minuto do jogo, quando Oscar aproveitou vacilo da defesa uruguaia, irrompeu pela meia-lua e chutou. Sosa não teve qualquer chance.
O prenúncio de jogo tranquilo foi logo desmentido pelo Peñarol. Apesar de não ter a mesma qualidade do Inter e estar em desvantagem no marcador, o time uruguaio não se entregou. Foi em busca dos gols mais na base da força e da valentia do que da técnica. E os fez no segundo tempo.
Logo depois da saída de bola, o Peñarol foi para cima, pegou o Inter e todo o Beira-Rio de surpresa e, aos 15 segundos, marcou um gol relâmpago com Martinuccio. Aos 5 minutos, o sonho do tri da América virou pesadelo. Depois de cruzamento para a área, Oliveira subiu mais que Rodrigo e marcou de cabeça: 2 a 1.
"Tivemos um apagão de 5 minutos. E perdemos. Quando tomamos o primeiro gol, ficamos nervosos, tensos. Não conseguimos respirar e tomamos o segundo. Tínhamos de fazer dois gols e tivemos chances, mas não marcamos", lamentou Falcão.
A torcida silenciou. E não se recuperou mais. Era preciso fazer dois gols para ficar com a vaga na próxima fase. Falcão tomou providências. Trocou Andrezinho e Oscar por Ricardo Goulart e Tinga. Só aos 26, chamou Sobis e o mandou para campo. Cavenaghi, o centroavante, viu tudo do banco de reservas.
O Inter esboçou a pressão final e desorganizada. Houve um começo de briga entre Sobis e D''Alessandro, depois explicado por ambos em coletiva. "Discutimos no campo e já nos acertamos no vestiário. Não temos nenhum problema. Puxamos para o mesmo lado e tentamos ganhar. Não deu", disse o argentino.
Aos 46 minutos, no abafa, Rodrigo acertou o poste. Era a prova cabal e definitiva de que a noite não era vermelha. Era uruguaia e vestia preto e dourado.
INTER 1 X 2 PEÑAROL
Inter: Renan; Nei (Sobis), Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Oscar (Tinga), D''Alessandro e Andrezinho (Ricardo Goulart); Leandro Damião. Técnico: Paulo Roberto Falcão.
Peñarol: Sosa; González, Valdez (Albín), Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Domingo); Oliveira e Alejandro Martinuccio (Torres). Técnico: Diego Aguirre.
Árbitro: Enrique Osses (CHI).
Público: 42.863 (38.154 pag.). n Renda: R$ 1.013.330,00.
Local: estádio Beira-Rio.
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