terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O que está por de trás da oficialização do Hexa do Flamengo

Oficialização de 1987: entenda os reais motivos que levaram ao reconhecimento

22 de Fevereiro de 2011 09:30
Por Lancepress
A decisão repentina da CBF em reconhecer o Flamengo como campeão brasileiro de 1987 deixou muitos rubro-negros felizes. Porém, a sentença não foi baseada em questões de mérito, mas numa manobra da CBF e do Flamengo para enfraquecer o Clube dos 13. Veja os bastidores e toda a política que resultou na oficialização do título mais polêmico do cenário nacional.
A reunião entre Flamengo e CBF da última segunda-feira não foi marcada nesta data por acaso. Patricia Amorim, Ricardo Teixeira (presidente da CBF) e Rubens Lopes (presidente da Ferj) estavam presentes na sala que decidiu, enfim, reconhecer o Flamengo como campeão de 1987. A decisão era o primeiro passo de uma reaproximação entre as duas partes e um recado foi bem dado para o C13: o Flamengo, clube de maior torcida do país, havia trocado de lado na guerra.
Antes, o Rubro-Negro e o C13 eram oposição ferrenha à CBF. Entretanto, o Flamengo se sentiu sem o apoio na luta pelo reconhecimento do título de 1987. Uma proposta do Corinthians balançou os dirigentes na Gávea: a ideia é a criação do Clube dos 7, idealizada pelo presidente Andres Sanches, com principal intuito de brigar por uma maior fatia nas cotas de televisivas, contando com o apoio dos grandes clubes das principais capitais brasileiras. A intenção é de que Flamengo e Corinthians recebam bem mais do que os outros clubes nas novas cotas de televisão.
Logo após saber da oficialização do título, o presidente Andres Sanches ligou para Patricia Amorim para parabenizá-la pela conquista e acertar os próximos passos do projeto.
- Até agora, o Flamengo tem agido muito bem com os nossos coirmãos. Mas se cada um quiser brigar pelos seus interesses, vai ser melhor para o Flamengo - disse a presidente Patricia Amorim em entrevista coletiva na Gávea, referindo-se às cotas televisivas.
Flamengo e CBF não se entendiam há alguns anos e o presidente Ricardo Teixeira chegou a ser ameaçado de expulsão do quadro de sócios do clube.
- Nós nem nos falávamos, mas depois dessa decisão, a relação com a CBF melhorou - limitou-se a dizer Patricia Amorim.
Reunião na quarta-feira
O Clube dos 13 tem uma reunião marcada para esta quarta-feira. Em pauta estão justamente as cotas televisivas de 2012. O contrato com a Globo se encerra no fim deste ano e a Record já anunciou que vai fazer uma proposta bem superior à atual. Porém, o Flamengo está prestes a anunciar que irá romper com a entidade e, para isso, enviará o vice presidente Hélio Ferraz.
- Ainda não há rompimento, pelo menos por enquanto. Ficamos chateados, sim, com a atitude de alguns clubes e vamos brigar sempre pelo interesse do Flamengo - explicou Patricia.
Apoio da Federação
O pedido para o reconhecimento do título brasileiro de 1987 partiu da Federação Carioca de Futebol (Ferj). O Flamengo entrou como parte interessada e o apoio da entidade foi fundamental.
O bom relacionamento entre as duas partes é tão boa, que o Flamengo pegou um empréstimo de R$ 5 milhões com a Ferj e deu como garantia uma parte das cotas de televisão. O presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro não vê problemas na manobra.
- O Flamengo apenas adiantou o dinheiro e deu a garantia. O clube não está devendo nada nesse caso - disse.
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Foto: Divulgação

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