terça-feira, 26 de outubro de 2010

Debate na Record

25 de outubro de 2010 23:40

Dilma e Serra debatem na TV Record

Tiago de Oliveira, especial para o Yahoo! Brasil
O penúltimo debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), promovido pela TV Record, foi marcado pela discussão de temas ligados ao petróleo e a infraestrutura e pela troca de acusações mútuas.
José Serra voltou dizer que a adversária o acusa injustamente de querer privatizar a Petrobras, e afirmou que o governo federal de Lula entregou concessão de exploração da estatal a 108 empresas, metade nacionais, metade internacionais. O tucano disse que pretende reestatizar e fortalecer a Petrobras.
“Acho estranho que Serra negue que quer privatizar a Petrobras, mas que pessoas do PSDB criticam a maneira como a empresa é gerida no governo Lula”, rebateu Dilma. A petista disse que depois que o pré-sal foi descoberto, nunca mais houve leilões de blocos da estatal, e insistiu na diferença de gestão da Petrobras antes e depois do pré-sal.
Ainda dentro do tema infraestrutura, o tucano disse que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é apenas “uma lista de obras”, que não há planejamento e integração entre as obras e várias delas não saíram do lugar.
Dilma rebateu dizendo que Serra “gosta de enrolar” e lembrou de obras como refinarias no Nordeste, a transposição do Rio São Francisco e programas sociais do governo Lula. “A população sabe que as obras existem”, disse.
Dilma disse que Serra tem o hábito de se vangloriar de coisas que não fez, como o Bolsa Família. O tucano rebateu dizendo que criou o Bolsa Alimentação, e afirmou que o programa foi uma das origens do Bolsa Família.
Serra também acusou Dilma de mudar de opinião. “Primeiro ela falou a favor do aborto, depois foi contra o aborto. Falou a favor do MST, e depois contra o MST, era contra privatização, depois elogiou a privatização”, disse.
Escândalos
Os candidatos também trouxeram à tona os escândalos de corrupção que atingem o adversário. Dilma disse que, ao contrário do PSDB com as acusações que atingem o partido, o governo federal está investigando as acusações de que havia um esquema de tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra.
Já Serra acusou o PT de ter inventado a história de que Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), conhecido como Paulo Preto, teria desviado R$ 4 milhões da campanha do tucano.
Os candidatos também discutiram segurança. Dilma disse que pretende disseminar as polícias pacificadoras, enquanto o tucano prometeu fortalecer a fiscalização das fronteiras do Brasil, para coibir o tráfico de armas e drogas.
MST
Os candidatos também divergiram sobre o tema MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). O tucano afirmou que durante o governo FHC houve mais assentamentos e menos invasões de propriedades, enquanto que a petista disse que foi no governo Lula que caiu o número de ocupações. "Uma coisa é reforma agrária, outra é usar isso como pretexto para invasões", disse o tucano, que questionou a petista sobre declarações contraditórias contra e a favor do movimento.

"Sempre deixamos claro que éramos contra as invasões e depredações de prédios públicos", disse a petista, que ainda lembrou da ocasião em que Serra registrou um documento em cartório prometendo que, caso fosse eleito para a prefeitura de São Paulo, não deixaria o cargo para concorrer ao governo do estado, o que acabou fazendo.

Nas considerações finais, Dilma disse que lamenta que o debate "tenha perdido o nível de qualificação" em alguns momentos, e que fica comovida ao ver a esperança do povo em suas viagens pelo país. "Tenho um compromisso claro com educação e moradia e estou preparada para ser a primeira presidente mulher", disse.

Já Serra afirmou que quer a fraternidade e a união entre as regiões do país. "Sempre fui um político nacional, brasileiro", afirmou.

Fonte: Yahoo

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