Já faz algum tempo - talvez tudo tenha começado antes da Copa do Mundo e da longa viagem e permanência na África do Sul, da qual guardo impressões e imagens noturnas energizadas por sobressaltos e insônia -, que estou pensando na próxima Feira do Livro.
A Praça da Alfândega está modificada, fecha para a Sete de Setembro, abre pela Rua da Praia, deve se retorcer por dentro e reacomodar os estandes. Só isso já mexe comigo que, em matéria de cidade e seus logradouros, sou um conservador. Gostaria que houvesse cinemas na beira da calçada e que se pudesse chegar de bonde gaiola, o que tremia e assim, com pudor, nos aproximar das moças.
Fui Patrono da Feira, fiz amigos na Feira, dei palestras na Feira e sucessivas entrevistas, reencontrei quase todos e para alguns era recomendável a festividade do abraço e do beijo no rosto, uma celebração do encontro porque não fosse a Feira, já não os teria visto mais.
Não sei como será a praça e todos nós ao redor dela. O Faraco se queixa que já não encontra os amigos. Chega com seus tacos de bilhar, espicha o olhar, e sai. Ele também perdeu alguma coisa importante como eu e tantos.
Mas vou me informar, o mundo não acaba assim.
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