sexta-feira, 21 de maio de 2010

Grêmio Fora da Copa do Brasil



20 de maio de 2010 |
N° 16341AlertaVoltar para a edição de hoje
GRÊMIO
Santos derruba Grêmio na VilaUm mal começo de segundo tempo levou o Grêmio à derrota por 3 a 1 para o Santos, ontem, na Vila Belmiro, resultado que pôs fim ao sonho do pentacampeonato. A épica vitória gremista por 4 a 3, no Olímpico, ficará como uma lembrança de garra e determinação. Após a Copa da África, Santos e Vitória farão a final.

Antes de apresentar-se em campo, a rivalidade começou nas arquibancadas. O placar da Vila Belmiro anunciou a execução do hino nacional brasileiro. O estádio ficou calado, com os torcedores em pé, em respeito ao hino. No placar, imagens históricas do Santos de Pelé e Robinho.

Foi aí que os mais de 500 gremistas passaram a entoar o hino rio-grandense, enfurecendo os santistas.

Mas o que parecia aguerrimento da torcida local, traduziu-se em nervosismo. O Grêmio começou o jogo como se estivesse no Olímpico. Robinho, Ganso e Neymar, marcadíssimos, não conseguiam articular o ataque. Um pênalti não marcado sobre Neymar, logo a dois minutos, pareceu instabilizar os meninos da Vila. Tinham que assistir a Adilson, Magrão, Hugo, Douglas, Jonas e Borges caírem como uma praga sobre a área santista.

Aos 12 minutos, Pará quase marcou contra. A torcida nem respirou. Um minuto depois, o chute pela linha de fundo de Rodriguinho foi o mais próximo do gol que o dono da casa chegou. Ganso e André eram vistos a todo o momento na defesa. Até Robinho foi empurrado para trás e obrigado a buscar o jogo no próprio campo. Aos 22, Borges balançou a rede, por fora. E a ordem de Silas era marcar ao menos um gol. Tratava-se de um antídoto contra um possível gol santista.

E o Santos parecia refeito do susto inicial. Aos 30, Victor, que até então não havia sido obrigado a fardar-se de super-herói, jogou-se contra o pé de Neymar para evitar o primeiro gol do Santos. Mas o Grêmio mantinha-se seguro. Em seguida, Durval agarrou-se à camisa de Jonas até rasgá-la. Dentro da área. O árbitro nada marcou.

– Se a gente fizer um gol acaba o jogo – disse Silas, ao retornar do intervalo para o segundo tempo.

Mas o Santos tinha pressa. Até os gandulas começaram a entrar em campo para recolocar a bola em jogo. O Grêmio precisava se manter atento. O problema era que os heroicos 4 a 3 do Olímpico não resistiriam a uma simples derrota por 1 a 0. E o Santos voltou do vestiário disposto a jogar a sua primeira final de Copa do Brasil. Aos seis minutos, Robinho viu Victor defender seu chute à queima-roupa. Na sequência, Ganso acertou um chutaço no ângulo: Santos 1 a 0.

O Grêmio do segundo tempo não era nem sombra do time organizado da primeira etapa. O gol acalmou o Santos, tornando o Grêmio ansioso e precipitado. Apesar da derrota parcial, apenas um gol era necessário para conduzir o Grêmio à oitava final.

A noite, porém, era em preto e branco. Aos 24, André fugiu da marcação e encontrou Robinho. Victor estava adiantado, o que facilitou um toque por cobertura e o 2 a 0. A iminente eliminação fez o Grêmio reagir. Aos 28, após cobrança de falta de Douglas, Jonas cabeceou, Felipe deu rebote, e Rafael Marques empurrou bola e goleiro para dentro do gol.

O empate seria azul, e o Grêmio voltou ao ataque, transformando os minutos finais em momentos de pânico para os santistas. Nem mesmo o cabeceio de Robinho, com Victor operando novo milagre, serviu de alento. Apesar do esforço, o jogo chegou ao fim aos 40 minutos, em uma arrancada fulminante de Wesley, que passou pela defesa, driblou um desesperado Victor fora da área, e chutou para o gol vazio. O Grêmio perdeu porque jogou mal os 45 minutos finais.



LEANDRO BEHS
Fonte: Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim