
INTER
Pênalti defendido evitou vexame
Foi um jogo de suspense. Suspense até na hora da última cobrança de pênaltis. Depois de tantas surpresas, no placar de 3 a 3, nos erros bisonhos e até nos dois lindos gols no ângulo, o Inter levou a melhor na derradeira hora. Venceu nos pênaltis: 5 a 4. Por obra de Pato Abbondanzieri. Logo ele que andou falhando perigosamente.
Sábado, outra vez com os titulares, a equipe de Jorge Fossati recebe o Ypiranga, pela semifinal da Taça Fábio Koff.
Logo no começo do jogo, antes dos dois minutos, Pato Abbondanzieri parecia estar pensando na sua Buenos Aires, em Puerto Madero e no Boca Juniors, quando recebeu um recuo de Bolívar e, assediado por Maiquel, passou a bola para a frente da área, onde Sandro era pressionado por Gustavo Papa. Ato contínuo, o centroavante roubou a bola do volante, que foi obrigado a derrubá-lo, quase na área. Sandro poderia ter sido expulso por causa de Abbondanzieri. Micael cobrou a falta, a bola bateu nas costas de D’Alessandro, desviou, e parou dentro do gol.
Mas o Inter não se abalou com o gol a um minuto e 50 segundos. E foi ao ataque. Ainda que com o mesmo futebol sem brilho dos últimos jogos, a equipe de Jorge Fossati passou a dominar as ações, e chegou ao empate aos 7 minutos, em cabeceio de Alecsandro, após cruzamento de Kleber. Foi o 40° gol de Alecsandro pelo Inter.
Após o empate, o Inter seguiu melhor em campo, embora o Novo Hamburgo, percebendo a insegura noite de Abbondanzieri – que raramente segura a bola com firmeza –, passasse a chutar de todos os lugares do campo esperando por novas falhas. Fossati, impecável em seu terno preto combinando com a gravata vermelha, desesperava-se cobrando mais retenção de bola e criação de seus armadores, Giuliano e D’Alessandro.
Pato disse que time grande não pode levar três gols
Aos 22, o ex-rebelde Walter voltou a provar que é um dos principais jogadores da equipe. Após receber um passe de Alecsandro, ajeitou a bola com o peito e, de fora da área, bateu com o pé direito, acertando o ângulo esquerdo de Juninho. Um golaço, dedicado ao amigo Taison.
– Quem não chuta não faz. E eu fiz um golaço – comemorou Walter, no intervalo.
Também ao final do primeiro tempo, Alecsandro advertiu:
– Quando está arrumado lá atrás, a gente resolve na frente.
No segundo tempo, sem Kleber, que sentiu tonturas e vomitou no vestiário após uma pancada na cabeça, o Inter não resistiu aos primeiros minutos e, aos cinco, cedeu o empate ao NH, gol de Maiquel.
O empate fez o Novo Hamburgo crescer. Foram pelo menos 15 minutos de pressão. Até Alecsandro acertar um chutaço de fora da área, no ângulo. A alegria colorada durou pouco. Aos 35, Michel como no Juventude e, em outra falha da zaga, empatou na pequena área.
Após o 3 a 3, ninguém teve forças para vencer. Foi para os pênaltis.
E Pato, então, na última cobrança, defendeu a batida de Kempes.
Em seguida, Taison marcou e garantiu o 5 a 4. No sábado, o Inter recebe o Ypiranga pela semifinal da Taça Fábio Koff.
Abbondanzieri foi sincero depois:
– Foi uma noite ruim. Não me senti cômodo, fui muito mal. Estive desconcentrado na primeira parte.
Disse mais, num alerta:
– Um time grande como o Inter não pode levar três gols.
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LEANDRO BEHS
Fonte: Zero Hora
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