sexta-feira, 19 de março de 2010

Cotas Raciais

Caros do Grupo,
Caros da SEPPIR - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial


"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)


Inicialmente assistam ao video: http://www.youtube.com/user/leonz28 é um vídeo dedicado aos mexicanos, mas, substituindo alguns personagens, pode ser dedicado aos venezuelanos, aos brasileiros, aos latino-americanos em geral, como bem nos alerta o economista Dr. Oscar Arias Sánchez, Presidente de la República de Costa Rica, The Nobel Peace Prize 1987, Albert Schweitzer Prize for Humanitarianism em seu discurso aos presidentes latino-mericanos. Veja o texto ao final. E ouçam com atenção ao debate com o Professor Dr. Denis Lerrer Rosenfield, op qual toca no ponto central para melhorarmos este nosso páis: http://www.ordemlivre.org/?q=node/80


Assistimos a sociedade brasileira sendo divida pela cor da pele, no melhor estilo, não apenas de um internacional-socialismo, mas também de um nacional-socialismo, e não nos indignamos quando é introduzido entre nós o conceito de divisão baseado no "conceito" de raça, e assim nos afastamos do conceito de mérito e do compromisso com a educação¹) fundamental. Assistimos demandas sociais vergonhosas, sedentas por privilégios e assim nos aproximamos de uma oclocracia e nos afastamos de uma democracia, onde o princípio básico é sermos iguais perante a lei.

Invoca-se erros do passado sobre os que foram escravos, mas desconsideramos que, de fato, temos os escravos de hoje.

"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)



Devido a uma excessiva demanda social repassada irresponsavelmente ao Estado devido politicas demagógicas e populistas, aliada a corrupção crescente, por estes que poderiam fazer uma boa gestão frente a estas demandas, quando legítimas, e por falta de uma reforma tributária, dentre outras reformas necessárias, assistimos a um Estado inchado, com uma infinidade de impostos que não consegue administrar, colocando os brasileiros em posição de escravos, não apenas da burocracia, mas de fato, pois dos 365 dias do ano, 147 a 152 dias são destinados para pagar impostos, o que representa 40% de um ano inteiro. O Brasil é um dos países com a maior carga tributária de todo o mundo.

Essa abusiva carga tributária paga no Brasil prejudica não só os trabalhadores, como também o setor produtivo, e por extensão toda a sociedade e penaliza os mais pobres e miseráveis. Isso porque os produtos e serviços deixam as fábricas e escritórios com preços superiores aos que deveriam custar de fato com impostos dentro da realidade de um país em desenvolvimento, mas que também enfrenta duras realidades, como a escalada de violência sem precedentes.

Tivemos em 2009 no Brasil mais de 150 mil mortes devido a violência, mesmo países em conflito não acompanham tamanha violência, mas não podemos onerar o Estado, muito menos os pagadores de impostos, pois estes estão parcialmente escravisados, são 40% escravos, pois este é o tempo do trabalho dedicado ao pagamentode impostos. A violência, segundo IPEA consome mais de 5% de nosso PIB. E é neste sentido que vejo como fundamental deixarmos de administrar o país olhando para o espelho retrovisor.

"Somos pobres porque acreditamos na distribuição e não na produção de riqueza, emprego e renda, estes resultado do empenho de todos quando se observa o esforço em poder trabalhar, competir, empreender, criar, inovar, etc. com liberdade e dignidade em um mercado livre, observando a responsabilidade individual, o mérito, a filosofia da liberdade, o estado de direito, o princípio da subsidiariedade e combatendo o clientelismo político - que produz a corrupção - com seu capitalismo de comparsas, afastado do livre mercado, e socialismo de privilegiados, afastado do compromisso com o ensino fundamental e a qualidade de vida do trabalhador". (Gerhard Erich Boehme)







"O Brasil tem exagerado nas benesses auto-outorgadas aos governantes em detrimento da sociedade, logo o que sobra para investimento é muito pouco em relação ao que é destinado a uma burocracia inchada e esclerosada". (Ives Gandra da Silva Martins)



O Professor Kanitz nos trouxe certa feita um excelente artigo onde abordou a questão dos economistas governamentais e o perigo que eles representam. A questão é que dentre os candidatos à Presidência, temos dois deles, ambos lideram as pesquisas, o que é uma temeridade. Ambos agem como se o Brasil fosse um paraíso, o que já nos coloca em uma grave situação e não nos damos conta.

Já nos alertou o Otacílio Guimarães: o que está sendo gestada no Brasil, com a contribuição de todos (governo, congresso nacional, judiciário, sociedade organizada e seus movimentos (antis)sociais e o povo de notório saber tupiniquim, é uma crise de graves proporções que ainda não eclodiu porque está contida no excesso de liquidez da economia. Gasta-se muito, gasta-se irresponsavelmente, gasta-se inutilmente e corruptamente. Nada de investimentos com retorno garantido, como é o caso da educação¹) fundamental (Veja ao final desta mensagem: País só cumpre 33% de metas de educação) - para a qual não falta dinheiro, e sim, competência e honestidade - ou com a infra-estrutura, pois esta de acordo com a filosofia socialista/tupiniquim deve ser obrigação da iniciativa privada. Ocorre que esta não é besta e não coloca dinheiro bom em cima de dinheiro ruim. E não podemos esquecer que hoje o brasileiro, o que trabalha, é praticamente escravo, 40% de sua renda está compromentida com impostos, os quais não retornam em bens e serviços públicos.

"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)



Veja por exemplo esse boom imobiliário. Nunca se construiu tanto no Brasil como agora. Mas tudo a crédito fácil e a longo prazo. Como no Brasil o longo prazo sempre foi incerto, dentro de pouco tempo a inadimplência vai gerar uma crise semelhante a que aconteceu nos Estados Unidos no setor imobiliário. Lembra-se? No setor automobilístico acontece a mesma coisa. Nunca se vendeu tanto automóvel como nos últimos anos. Tudo movido a crédito fácil, rápido e caro. Enquanto isso, os Bancos enchem as burras de dinheiro, inclusive os estatais. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica registraram no último ano lucros recordes em suas histórias. O comércio vende bem, sempre acima do ano anterior. Mas quase tudo à crédito.




Setor público com uma dívida monstruosa que já ultrapassa 2,2 trilhões de reais. Setor privado movido a crédito caro. E a poupança? Poupar pra quê?




Eu sou engenheiro e administrador, não sou economista e se o amigo é economista ou está estudando para tal, sabe muito bem que dívidas sem controle só levam à falência e à bancarrota. À prosperidade e ao sucesso econômico, somente a poupança e o investimento inteligente e responsável. Essa regra de ouro nunca foi obedecida no Brasil pela maioria do povo e por nenhum governo. E como com os números não se brinca, o dia do acerto de contas um dia chegará. No caso em tela, parece que está muito próximo.



E como podemos evitar, assim entendo eu, primeiro não dando sustentação a economistas governamentais e escolhendo o melhor candidato, o que menos irá comprometer as contas públicas, sem mentiras, PACs ou piriPACs e principalmente sem demagogia política, pois a conta, pelo que vemos será paga e o que é pior, pelos que hoje entram no mercado de trabalho, mas estes são irresponsáveis, dão sustentação a ideologias, acreditam que o Estado possa ser a solução.



Bem, o recado foi dado, não por um professor de economia, mas por um engenheiro e administrador, no caso eu. E vale lembrar que: Somente 5% da população brasileira acima de 15 anos de idade possui mais de 15 anos de estudos (IBGE), isso sem contar que 64% da população é analfaberta funcional, a qual assim defino, são analfabetas, pois não conseguem escrever um texto apresentando como foi o seu (delas) dia de ontem.




Em vista do acima exposto podemos afirmar, sem medo de errar, que a população brasileira é formada de estúpidos, imbecis, retardados mentais, ignorantes, haja vista a admiração que o povo brasileiro tem pelo atual presidente, um irresponsável, o qual quer colocar em seu lugar uma pessoa que se mostrou incompetente, seja no setor de energia, seja o de infra-estrutura e o pior, com a sustentação da discriminação espacial, uma das causas da violência crescente no Brasil, com o Programa "Minha casa, Minha vida". A identificação é ampla, geral e irrestrita.



Vale a pena refletir, e por favor, me encaminhe suas críticas e/ou comentários.

Acessse: http://www.kanitz.com.br/veja/faltam_engenheiros_governo.asp



E já que citei o Prof. Kanitz, recomendo o artigo - neste ele foi brilhante:

http://www.kanitz.com.br/impublicaveis/defesa_da_classe.asp



O qual foi recentemente comentado pelo Luciano Pires:

http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/?pagina=/2010/01/14/falando-sobre-nacao/



E que pode ser acompanhado através do texto:

http://www.lucianopires.com.br/dlog/show_dlog.asp?id=153&num=113

E para concluir, vivemos sob Estado de Direito, e a nossa Lei maior prevê que todos os brasileiros são iguais perante a lei, sem privilégios ou exclusões. As exceções são para os que possuem deficiências físicas ou mentais, o que inclui as temporárias ou advindas com a idade, o que seguramente não é o caso no caso de negros, mulatos, caboclos ou cafuzos. Ou seria?


Abraços,

Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 3095-8493
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba - PR


"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a." (Pastor Adrian Pierce Rogers 12 de setembro de 1931 - 15 de novembro de 2005)

“O Estado não deve, de forma alguma, fazer aquilo que os cidadãos também não possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao contrário, só se pode atribuir ao Estado tarefas que os próprios cidadãos possam cumprir, mas que não é desejável que as cumpram sozinhos (seja porque isso sairia muito caro, seja porque não teriam forças para executá-las). O Estado nada mais é do que o resultado da transferência de poder dos indivíduos para uma entidade que os represente em suas próprias ações. E ninguém pode transferir o que não tem.” (Marli Nogueira)



¹) Educação: País só cumpre 33% de metas de educação


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Angela Pinho

Larissa Guimarães







Relatório mostra que ainda há alta repetência, a taxa de universitários é baixa e o acesso à educação infantil está longe do proposto Estudo de pesquisadores de universidades federais abrange o período de 2001 a 2008, incluindo dois anos de governo FHC e seis de Lula.



Enquanto petistas e tucanos fazem alarde dos seus feitos na educação, um dos levantamentos mais abrangentes já realizados sobre a última década revela que os avanços na área foram insuficientes. Apenas 33% das 294 metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas.



Relatório obtido pela Folha, feito sob encomenda para o Ministério da Educação, aponta alta repetência, baixa taxa de universitários -apesar dos programas criados nos últimos anos- e acesso à educação infantil longe do proposto.

O estudo, que abrange o período de 2001 a 2008, foi feito por pesquisadores de universidades federais, com apoio do Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC).

O plano foi criado com o objetivo de implantar uma política de Estado para a educação que sobrevivesse às mudanças de governo. As metas presentes nele são de responsabilidade dos três entes federados, mas municípios têm mais atribuição pela educação infantil e fundamental; Estados, pelo ensino médio; e a União, pela articulação de políticas.

O estudo traz indicadores relativos ao período de 2001 a 2008 - dois anos de governo FHC e seis de Lula. Para muitas metas, não há nem sequer indicador que permita o acompanhamento da execução.

Em outros casos, em que há indicadores claros, há um longo caminho pela frente. A educação infantil é um exemplo.

O plano previa que 50% das crianças de 0 a 3 anos estivessem matriculadas em creches até 2010. É o que a faxineira Adriana França dos Reis, 32, desejava para sua filha, que chegou aos quatro anos sem conseguir vaga. "Quanto mais cedo ela entrar na escola, sei que mais longe ela vai chegar", diz. Segundo o IBGE, só 18,1% das crianças de até três anos estavam em creches em 2008.



Já o ensino fundamental foi quase universalizado e aumentou de oito para nove anos.

No ensino médio, o obstáculo é já no atendimento. Na faixa etária considerada adequada para a etapa (15 a 17 anos), 16% estão fora da escola. Na educação superior, o plano estabelecia uma meta de 30% dos jovens na universidade. Em 2008, o índice estava em 13,7%.



O objetivo número um na educação de jovens e adultos, a erradicação do analfabetismo, está longe de ser alcançado. O Brasil ainda tem 14 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem escrever.



Para João Oliveira, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás) e um dos responsáveis pela pesquisa, uma das principais causas dos problemas na execução do PNE foi o veto à meta que previa um aumento expressivo nos recursos destinados à educação: 7% do PIB em educação até 2010.

Prevista na proposta aprovada no Congresso, foi vetada por FHC, que terminou seu mandato com um investimento de 4,8%. A decisão do tucano foi duramente criticada por petistas, que, em 2007 (dado mais recente disponível), já no poder, tinham aumentado o percentual apenas para 5,1%.

Sem financiamento, diz Oliveira, o plano acabou perdendo força, pois impôs deveres aos governos sem viabilizar recursos para o cumprimento deles.



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0303201001.htm







Bem, o artigo merece reflexão e fica a pergunta: Quais são as tarefas autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz nos seus resultados?





"Temos um compromisso que é ter em cada comunidade uma igreja e ao lado dela uma escola". (Dr. Martin Luther)


Eu entendo que essencialmente, a principal função do Estado deve ser a de manter a ordem e garantir que as leis sejam cumpridas. A igualdade que devemos almejar não deve ser pautada em privilégios, que hoje são traduzidos em política públicas direcionadas a um número específico de eleitores potenciais, como leis que privilegiam, geram subsídios a segmentos ou grupos que gravitam no entorno de políticos clientelistas que assim fazem uso de sua caneta ou oratória, quando não, como o atual que ainda não saiu do palanque e começou a de fato governar, não é a utopia de que todos obtenham os mesmos resultados, e sim a de que todos tenham as mesmas possibilidades de lutar para conseguir os melhores resultados. Nesse sentido, uma boa educação fundamental e uma boa saúde devem ser os pontos de partida para uma vida melhor. No mais o Estado deve cuidar de serviços e bens públicos e não fazer caridade com o bolso alheio.



Eu entendo que o governo deve ser reduzido, para pesar menos no bolso e nas costas do contribuinte, porque a experiência que tenho é de que, salvo raras empresas estatais, e estas explorando monopólios naturais, tendem a crescer além de suas atribuições, ou passam a abusar dos poderes que lhes são conferidos e empregam mal os recursos da sociedade. E estas exceções devem passar por uma fiscalização exemplar, por meio de agências e tribuniais de contas, bem como apresentação de seus resultados aos nossos representantes eleitos. Muitos me criticam que se defendo um governo que tenha tamanho reduzido, acreditam que assim o mercado fica sem controle, o que está longe da proposta, um governo não deve ser fraco, o Estado deve ter atribuições específicas, mas devemos privilegiar o princípio da subsidiariedade, e naquilo que Estado deve, por consenso da sociedade atuar, não deve fazê-lo de forma fraca. Toda a sociedade deve ter a responsabilidade de valorizá-la e valorizar os prifissionais que as executa. Não podemos aceitar um estado fraco ou privatizado por grupos de interesse, como ocorre atualmente quando vegonhosamente assistimos a atuação de milícias ou o loteamento do Estado, quando vemos o capitalismo de comparsas e o solcialismo de privilegiados ganhando espaço através do nePTismo, da emPTização ou alimentando uma base aliada, que assim se torna base afilhada.



Pelo contrário, deve ser forte para fazer cumprir a lei, manter a paz e a concórdia entre os cidadãos e proteger a nação de ameaças externas.



Saúde pública e educação fundamental são serviços cuja provisão também deve ser garantida pelo Estado, mas subsidiariamente, pois a melhor solução provavelmente se encontra no financiamento a cada contribuinte para aquisição desses serviços e não na prestação direta do serviço pelo Estado. Os gastos estatais nesses setores se justificam porque geram externalidades positivas para a sociedade, que se beneficia de uma população educada e sadia, benefícios estes que não poderiam ser individualmente apropriados por investidores privados e eles seguramente não teriam condições econômicas ou de escala, ou mesmo interesse em fazê-lo.



Além disso, existe um argumento normativo: os gastos nessas áreas reduzem as diferenças de oportunidade dos indivíduos no momento da partida do jogo social, para que a partir daí a competição ocorra baseada nos talentos e méritos de cada um.



Considerem-se como funções autênticas do Estado os gastos já citados de defesa do território nacional, o sistema de tributação, a manutenção do sistema de justiça, incluindo aqui a polícia judiciária (Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Técnico-científica), responsável pelos primeiro passos da justiça, e segurança pública, e subsidiariamente os gastos no financiamento de educação básica e saúde pública, ambas geradoras de externalidades positivas para a sociedade como um todo.



Cabe ao Estado ser forte em suas atribuições básicas, que na esfera Federal são: Emissão e controle da Moeda, através de um Banco Central independente, Relações Exteriores, Justiça, incluindo os primeiros passos na área criminal através das polícias judiciárias estaduais (Polícia Civil e Polícia Técnico-científicas), Supremo Tribunal Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Comércio Exterior, Forças Armadas, Segurança Pública nas faixas de Fronteira, Polícia Federal, Políciamento Preventivo - que pode ser parcialmente privatizado mas com controle de uma Agência, como vigilâncias, escoltas proteção a executivos, etc., normatização da Aviação Civil, Marinha Mercante, Vigilância Sanitária e Obras de Integração Nacional, Administração de Parques Nacionais, Administração Indígena, diretrizes de Meio Ambiente, Propriedade Intelectual, Energia Nuclear, e Previdência Pública Federal. Incluido também Guarda Costeira, Polícia Tibutária - investigativa (inexistente no Brasil), Força Nacional para preservação da vida, da ordem social e do patrimônio nas catástrofes, principalmente ambientais (inexistente no Brasil), etc...




Cabe portanto priorizarmos o ensino fundamental, cada cidadão inconformado com a exclusão em nossa sociedade deveria se especializar neste assunto, a começar por estudar o tema.





"Os brasilerios estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme)





Muitos, os ideológicmente estressados, logo me questionarão, que assim estaríamos largando à própria sorte os menos favorecidos e assim iniciando toda uma discussão para que o Estado cumpra seu "papel social". É louvável esta preocupação, mas ela segue a rota da desresponsabilização, dá ao cidadão a alternativa de não se comprometer e ir cuidar de seus interesses ou se colocar como um dos privilegiados neste papel do Estado.



A questão é que o cobertor é curto, não temos condições canalizar tantos recursos ao Estado para que ele cumpra este papel, mesmo porque, muito embora o Prof. Dr. Márcio Pochmann hoje ocupando indevidamente e ideológicamente espaços no IPEA, se esforce em nos mostrar um Estado produtivo e, assim eficiente, ele não é eficaz. Não alcança os resultados. Basta ver os resultados, a educação fundamental, a questão ambiental, a violência, a (in)justiça, usw..



Aguardo questionamentos, comentários e críticas...








"Algo Hicimos Mal" los Latinoamericanos


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Dr. Oscar Arias Sánchez

Economista

Ex-Presidente de la República de Costa Rica

The Nobel Peace Prize 1987

Albert Schweitzer Prize for Humanitarianism

http://www.casapres.go.cr/iniciocontactenos.aspx







"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.



Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que neste continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.



Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.



Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.



Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul.

Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura - em questão de 35 a 40 anos - é um país com 40.000 dólares de renda anual por habitante. Bem, algo nós, os latino-americanas, fizemos mal.



Que fizemos de errado?



Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, assim como a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.



Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.



Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americana. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.



No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100 bilhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de 2 dólares por dia" e que gaste 13 vezes mais (US$1.300.000..000.000) em armas e soldados.



Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste 50 bilhões de dólares por ano em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonha realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas. Não é preciso dar ao povo migalhas, falsos benefícios, dêem aos seus povos, mais infra-estrutura, educação e ética, menos política e corrupção.



Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece que ainda estamos nos anos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que os economistas, que os historiadores, quase todos concordam que o século XXI é um século dos asiáticos, não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o pragmatismo. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".



E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando Deng disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13% ao ano, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo.



A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.



Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.



Muito obrigado"



Dr. Oscar Arias Sánchez






100 anos de imigração…100 anos sem quotas raciais
Claudio Shikida



Ser descendente de japonês é ser, na maioria das vezes, ligado a estereótipos. Até em comemorações como a deste ano, pode-se ver isto. Recentemente adquiri este livro e qual não foi minha decepção ao ver que o ilustrador insiste em reproduzir estereótipos de orientais similares aos da propaganda de guerra (o eterno baixinho, de óculos e dentuço). O que eu fiz? Entrei na Justiça contra o autor pedindo dinheiro por conta da discriminação? Pedi quotas? Nada disto.

Esta matéria do Estadão fala do problema dos estereótipos em novelas. O que (ainda) causa alívio (e um certo orgulho, no meu caso) é que os artistas nipo-descendentes não pediram quotas por critérios a-científicos como este de “raça”. Tomara que continuem a luta por suas carreiras artísticas com base em seus próprios talentos.

A história da imigração é a história de um sucesso absoluto para todos? Não. O preconceito deixou de existir no Brasil ou no Japão? Também não. Mas estas perguntas são equivalentes a perguntar se Papai Noel existe: toda história é a história dos erros e acertos dos indivíduos em diversas dimensões de sua vida.

Como não poderia deixar de ser, a história da imigração japonesa no Brasil mostra como a própria comunidade imigrante criou meios de se ajudar, sem muita ajuda do governo japonês (ou do brasileiro). Como consequência, disseminou os aspectos positivos e negativos de sua cultura por gerações (e até entre admiradores da cultura japonesa). Quem não conhece muito bem o tema pode pesquisar a quantidade de associações comunitárias das centenas de províncias japonesas que seus descendentes estabeleceram no bairro da Liberdade.

Para terminar, cito um dado interessante que, segundo seu autor, evidencia as consequências das mudanças da ordem livre de mercado (oferta e demanda) ao longo do tempo:




Hiroshi Saito aponta um dado revelador baseado na estimativa registrado por Keiichi Matsumoto no livro Niponjin Hattenshi. Em 1926, o consumo diário de tomate na cidade de São Paulo era de cem caixas, aumentando, em 1935, para mil caixas/dia. Cinco anos após, ou seja, em 1940, o total chegava a 5 mil caixas/dia. Esses números apontam mudanças no hábito alimentar paulistano, mas também testemunham a demanda por legumes e frutas e foram essas oportunidades que motivaram os japoneses a buscar as áreas próximas à cidade de São Paulo.


Interessante, não? A melhoria na qualidade da alimentação do paulistano teria sido gerada pela espontânea interação de oferta e demanda nisto que nós, liberais, chamamos, com orgulho, de “mercado”.

Eis aí um bom motivo para se comemorar o centenário desta imigração e, de forma geral, celebrar a liberdade de ir e vir (aquela que inexiste em Cuba e na Coréia do Norte).

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