segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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Governadora do RS rechaça suspeitas de corrupção e afirma que é candidata à reeleição
14/05/2009, 10h47min

Caixa 2 não existe e compra da casa foi regular, diz Yeda

Governadora rechaça suspeitas de corrupção e afirma que é candidata à reeleição

Tucana apresenta prestação de contas eleitorais a Sérgio Guerra, presidente do PSDB, que atacou proposta de criar CPI na Assembleia do RS

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), afirmou ontem que não houve caixa dois em sua campanha e que a compra de sua casa, no valor de R$ 750 mil, foi legal e não teve relação com doações eleitorais. Yeda disse ainda que será candidata à reeleição sem "intrigas com [o prefeito de Porto Alegre, José> Fogaça" (PMDB).
Na terça, a Folha publicou que tucanos cogitam rifar Yeda e apoiar Fogaça em 2010 devido às suspeitas de que ela teria usado caixa dois para comprar uma casa. "O Fogaça disse que não é candidato. Ninguém vai me intrigar com o Fogaça e com o [senador> Sérgio Guerra, [presidente do PSDB>", disse.
A governadora levou ontem ao gabinete de Guerra documentos para rebater reportagem publicada na revista "Veja" desta semana sobre suposto caixa dois. A empresária Magda Cunha Koenigkan disse à revista que houve caixa dois de R$ 400 mil. Magda é viúva de Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda encontrado morto no lago Paranoá em fevereiro. A polícia ainda investiga o caso.
Os documentos apresentados pela governadora são a prestação de contas eleitorais, pareceres do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, cheques de pagamento da casa e resposta oficial do governo sobre as acusações.
"É muito comum no Brasil fazer denúncia sem prova. A prova da lisura não ganha espaço na mídia", afirmou. Segundo ela, a reportagem se baseou em gravação que "nunca apareceu". Disse ainda que o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado provaram que a casa dela não foi comprada com dinheiro de caixa dois.
"Quero reafirmar que parece estranho que essa prova não tenha a mesma divulgação do que têm as requentadas e permanentes denúncias de sempre", disse a governadora.
Conforme Magda, Marcelo dizia que os R$ 400 mil do caixa dois foram doados por empresas que processam fumo.
"Trouxe [a Guerra> minha prestação de contas que mostra que a doação de campanha das indústrias fumageiras não foi de R$ 400 mil. Foi R$ 796 mil, por dentro, e a prestação de contas foi elogiada dentro do âmbito do Tribunal Regional Eleitoral", afirmou.
Ontem em Brasília, ela contratou o advogado José Eduardo Alckmin para tratar das acusações e afirmou que processará a revista "Veja". Ela e o PSDB pagarão Alckmin.
Guerra afirmou confiar em Yeda e criticou a proposta de criação de uma CPI na Assembleia gaúcha. "Confiança nela nós tivemos, temos e teremos sempre. O fato concreto é que essas acusações aparecem de novo, e antes já foram muitas vezes desfeitas", disse.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que também estava em Brasília, afirmou que a governadora "tem condições de se defender de todas as acusações", classificadas por ele de "implícitas".
Para ele, é preciso fazer "um exame muito acurado" a respeito da veracidade "destas coisas que têm aparecido". "Me parece que isso merece uma averiguação muito completa e profunda antes de se chegar a conclusões que poderiam ser levianas, caso não sejam bem investigadas." (HUDSON CORRÊA)/Folha de São Paulo

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