quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Economia

Caros do Grupo,

Inicialmente assista ao video: http://www.youtube.com/user/leonz28

Observei que a quase totalidade das argumentações, temas e artigos debatidos até aqui sempre apresentam algo voltado a uma dicotomia. É neste sentido que gostaria que repondessem algumas perguntas, perguntas que não nos são apresentadas quando discutimos política, economia, responsabildade social, etc... Antes porém reflitam sobre as frases que apresento a seguir e que podem criticar à vontade ou, o que é preferível, questionar à vontade:

"Os brasileiros não estão divididos entre os que são descendentes desta ou daquela etnia, não estão divididos entre os que pertencem a esta ou aquela classe social, não estão divididos entre os que trabalham e empreendem formalmente e os que são bolsistas, estão marginalizados, excluídos ou na economia informal. Os brasileiros não estão divididos entre os que tiveram acesso a um bom ensino fundamental ou não, não estão divididos entre os que sofrem ou não a discriminação espacial, não estão divididos entre os que defendem a liberdade ou ideologias de esquerda e/ou de direita ou o misto delas com o chamado bolivarianismo ou chaguismo, não estão divididos entre os que tem a sua propriedade reconhecida e ou protegiada e não, não estão divididos ... Estão divididos entre os que não sabem e os que sabem o que são impostos e quais deveriam ser eles e como devem ser aplicados para que o Estado possa cumprir o seu papel." (Gerhard Erich Boehme)


“Um Estado, o chamado 1º Setor, deve apenas atuar subsidiariamente frente ao cidadão - observar o princípio da subsidiariedade - e não estar voltado para ocupar o papel que cabe ao 2º Setor - pois assim se cria o estado empresário e com ele fomenta-se o clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas e socialimo de privilegiados, a corrupção, o empreguismo e o nepotismo - ou 3º Setor - pois assim se promove o Estado populista que cria ou alimenta os movimentos (antis)sociais, o paternalismo e o assistencialismo, bem como que abre espaço para a demagogia político e perda da liberdade e responsabilidade do cidadão. Caso contrário ele acaba criando o 4º Setor - quando o poder coercitivo (através da tributação, defesa nacional, justiça, saúde pública, segurança pública etc.) do Estado deixa de ser exercido por ele e é tomado por parte de segmentos desorganizados ou não da sociedade - cria-se então o Estado contemplativo, que prega a mentira, pratica a demagogia e o clientelismo, com seu capitalismo de comparsas e socialimo de privilegiados e cria o caos social através da violência e desrespeito às leis”. (Gerhard Erich Boehme)

Entenda melhor: http://www.youtube.com/watch?v=GwGpTy-qpAw


O brasileiro é inimigo do Brasil e os economistas possuem um papel fundamental para reverter este processo educando a sociedade para que saiba o que é imposto e como deve ser aplicado, são palavras duras, mas que nos levam a questionar porque somos escravos dos impo0stos e refletir para que possamos responder aos quesitos fundamentais:

a) Quais são as tarefas autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz nos seus resultados?
b) Em que nível, federal, estadual ou municipal, devem ser realizadas?
c) Como controlar os gastos estatais e impedir que eles se expandam continuamente e principalmente não comprometam os recursos que devem ser alocados nas atividades próprias que cabe ao Estado cumprir, em especial combrindo as lacunas e agindo subsidiariamente de forma que os brasileirinhos não tenham mais o futuro anulado ou destruído?

Respondendo a primeira pergunta; Quais são as tarefas autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz nos seus resultados?


Eu entendo que essencialmente, a principal função do Estado deve ser a de manter a ordem e garantir que as leis sejam cumpridas. A igualdade que devemos almejar não deve ser pautada em privilégios, que hoje são traduzidos em política públicas direcionadas a um número específico de eleitores potenciais, como leis que privilegiam, geram subsídios a segmentos ou grupos que gravitam no entorno de políticos clientelistas que assim fazem uso de sua caneta ou oratória, quando não, como o atual que ainda não saiu do palanque e começou a de fato governar, não é a utopia de que todos obtenham os mesmos resultados, e sim a de que todos tenham as mesmas possibilidades de lutar para conseguir os melhores resultados. Nesse sentido, uma boa educação fundamental e uma boa saúde devem ser os pontos de partida para uma vida melhor. No mais o Estado deve cuidar de serviços e bens públicos.



Eu entendo que o governo deve ser reduzido, para pesar menos no bolso e nas costas do contribuinte, porque a experiência que tenho é de que, salvo raras empresas estatais, e estas explorando monopólios naturais, tendem a crescer além de suas atribuições, ou passam a abusar dos poderes que lhes são conferidos e empregam mal os recursos da sociedade. E estas exceções devem passar por uma fiscalização exemplar, por meio de agências e tribuniais de conta, bem como apresentação de seus resultados aos nossos representantes eleitos. Muitos me criticam que se defendo um governo que tenha tamanho reduzido, acreditam que assim o mercado fica sem controle, o que está linge da proposta, um governo não deve ser fraco, o Estado deve ter atribuições específicas, mas devemos privilegiar o princípio da subsidiariedade, e naquilo que Estado deve, por consenso da sociedade atuar, não deve fazê-lo de forma fraca. Toda a sociedade deve ter a responsabilidade de valorizá-la e valorizar os prifissionais que as executa. Não podemos aceitar um estado fraco ou privatizado por grupos de interesse, como ocrre atualmente quando vegonhosamente assistimos o loteamento do Estado, quando vemos o capitalismo de comparsas e o solcialismo de privilegiados ganhando espaço através do nePTismo, da emPTização ou alimentando uma base aliada, que assim se torna base afilhada.

Pelo contrário, deve ser forte para fazer cumprir a lei, manter a paz e a concórdia entre os cidadãos e proteger a nação de ameaças externas.



Saúde pública e educação básica são serviços cuja provisão também deve ser garantida pelo Estado, mas subsidiariamente, pois a melhor solução provavelmente se encontra no financiamento a cada contribuinte para aquisição desses serviços e não na prestação direta do serviço pelo Estado. Os gastos estatais nesses setores se justificam porque geram externalidades positivas para a sociedade, que se beneficia de uma população educada e sadia, benefícios estes que não poderiam ser individualmente apropriados por investidores privados e eles seguramente não teriam condições econômicas ou de escala, ou mesmo interesse em fazê-lo.



Além disso, existe um argumento normativo: os gastos nessas áreas reduzem as diferenças de oportunidade dos indivíduos no momento da partida do jogo social, para que a partir daí a competição ocorra baseada nos talentos e méritos de cada um.



Considerem-se como funções autênticas do Estado os gastos já citados de defesa do território nacional, o sistema de tributação, a manutenção do sistema de justiça, incluindo aqui a polícia judiciária (Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Técnico-científica), responsável pelos primeiro passos da justiça, e segurança pública, e subsidiariamente os gastos no financiamento de educação básica e saúde pública, ambas geradoras de externalidades positivas para a sociedade como um todo.



Cabe ao Estado ser forte em suas atribuições básicas, que na esfera Federal são: Emissão e controle da Moeda, através de um Banco Central independente, Relações Exteriores, Supremo Tribunal Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Comércio Exterior, Forças Armadas, Segurança Pública nas faixas de Fronteira, Polícia Federal, normatização da Aviação Civil, Marinha Mercante, Vigilância Sanitária e Obras de Integração Nacional, Administração de Parques Nacionais, Administração Indígena, diretrizes de Meio Ambiente, Propriedade Intelectual, Energia Nuclear, e Previdência Pública Federal.




Cabe portanto priorizarmos o ensino fundamental, cada cidadão inconformado com a exclusão em nossa sociedade deveria se especializar neste assunto, a começar por estudar o tema.



Muitos, os ideológicmente estressados, logo me questionarão, que assim estaríamos largando à própria sorte os menos favorecidos e assim iniciando toda uma discussão para que o Estado cumpra seu "papel social". É louvável esta preocupação, mas ela segue a rota da desresponsabilização, dá ao cidadão a alternativa de não se comprometer e ir cuidar de seus interesses ou se colocar como um dos privilegiados neste papel do Estado.



A questão é que o cobertor é curto, não temos condições canalizar tantos recursos ao estado para que ele cumpra este papel, mesmo porque, muito embora o Prof. Dr. Márcio Pochmann hoje ocupando indevidamente e ideológicamente espaços no IPEA, se esforce em nos mostrar um Estado produtivo e, assim eficiente, ele não é eficaz. Não alcança os resultados. Basta ver os resultados, a educação, a questão ambiental, a violência, a (in)justiça, usw.. Eu prefiro ver um hospital como a Beneficiência Portuguesa sendo administrado por um empresário da competência de um engenheiro Antônio Ermírio de Moraes. Ou um Hospital Alemão Oswaldo Cruz (www.hospitalalemao.org.br) por empresários. Ou uma infinidade de entidades mantidas pela sociedade, como as milenares Santas Casas, presentes em todos os países e no Brasil, na maioria das cidades, mas que colocadas na encruzilhada por políticas públicas irreais, penalizando-as e criando a cultura da desresponsabilização, pois retiraram o apoio e comprometimento da sociedade.



Pergunte a um "esquerdista de carteirinha" se ele já entrou e prestou apoio ao trabalho voluntário em uma Santa Casa de Misericórdia, se católico, ou a um Hospital Evangélico, se luterano, se ...



Conheço o potencial do 3º Setor, quando desvinculado do estado, cito o exemplo dos luteranos, que no Brasil representam menos de 1% da população e já forma responsáveis por 10% de todos os hospitais, creches, ancionatos, escolas fundamentais, etc.. E a grande maioria deles chegou ao Brasil com uma mão na frente e outra atrás, sem contar que no período das duas grandes guerrras tiveram parte significativa do patrimônio espoliado pelo "Estado".



De minha parte entendo que essa responsabilidade deve repousar nos ombros da sociedade civil e se canalize por intermédio da iniciativa privada, e não por meio de governos perdulários e incompetentes, que não sofrem as conseqüências da frequente irresponsabilidade dos burocratas ou de políticos eleitos menos cuidadosos. Finalmente, não há nenhuma razão especial que justifique que os governos se dediquem obrigatoriamente a tarefas como transportar pessoas pelas estradas, limpar as ruas ou vacinar crianças. Tais atividades devem ser bem executadas e ao menor custo possível, mas seguramente esse tipo de trabalho é feito com muito mais eficiência pelo setor privado. Quando defendo a primazia do iniciativa privada e a defesa da propriedade, não o é por ambição, mas pela convicção de que é infinitamente melhor para os indivíduos e para o conjunto da sociedade, é mais eficaz e mais eficiente confiar no mercado,



Entendo que não podemos tirar a responsabilidade dos indivíduos e passá-la ao Estado.



Assista ao vídeo, ele é uma crítica de um mexicano aos mexicanos, mas se aplica a todos os brasileiros:

http://www.youtube.com/user/leonz28



Entendo que devemos privilegiar a livre iniciativa, pois a livre iniciativa é a iniciativa espontânea, autônoma e, portanto, isenta de coerção ou de restrição, a não ser as da moral, dos bons costumes e das leis compatíveis com seus três atributos fundamentais: universalidade, abstração e prospecção. É a atividade econômica típica de uma economia de mercado e, portanto, se encarrega da solução de todos os problemas econômicos que não envolvam bens públicos, externalidades e monopólios técnicos.



Vale lembrar que devemos privilegiar a livre iniciativa, o mercado, a menos que não venhamos a refletir sobre os resultados que o mercado promove. Por exemplo, que em 1970, 44% da população mundial vivam com menos de 2 dólares por dia, e hoje, graças ao livre mercado no mundo, o que muitos chamam de globalização, 18% sofrem com essa penúria.

Eu particularmente entendo que uma forma de mitigar a pobreza, sob muitos aspectos a mais desejável, é a caridade privada, onde o agir como cristão se faz e pode se fazer presente. É mais eficaz, mais eficiente, onera menos a sociedade.

Um dos maiores custos do crescimento das atividades do Estado nesta área foi precisamente o correspondente declínio da caridade privada e muitas vezes o fracasso de inúmero projetos, como o das Santas Casas, que por conta de um estatismo centralizado as emprurraram para o campo privado ou a sobrecarregam com sua ineficácia.

Pode-se argumentar que a caridade privada é insuficiente porque estamos novamente diante de uma externalidade: poderíamos, cada um de nós, estar dispostos a contribuir para diminuir a pobreza, desde que todos os demais também o fizessem. Suponhamos que se aceite, como no meu caso, esse raciocínio para justificar uma ação do Estado para reduzir a pobreza, estabelecendo-se um patamar mínimo de padrão de vida para cada membro da comunidade. A questão é: quanto e como. Não vejo forma de decidir “quanto” exceto definindo o montante de impostos que estamos dispostos a nos deixar taxar para essa finalidade. A questão “como” merece uma especulação maior.

Se o objetivo é mitigar a pobreza, deveríamos ter um programa destinado a ajudar especificamente os pobres em geral, e não como membros de um grupo particular, quer ocupacional, ou etário, ou pertencente a uma indústria, ou qualquer outra qualificação, ou como é feito no Brasil da atualidade, despertando diferenças raciais antes inexistentes ou, quando muito, pontuais. Além disso, na medida do possível, embora operando através do mercado, o programa não deve distorcê-lo ou impedir seu funcionamento, como ocorre com o salário mínimo, tarifas aduaneiras e outras distorções assemelhadas. Agindo assim perpetuamos a “Cultura da Lombada” ou como gostam os brasileiros "O jeitinho brasileiro", não atacamos a causa do problema, a causa fundamental, a causa raiz.

O melhor mecanismo para aliviar a pobreza é o imposto de renda negativo.

E esta idéia, do liberal Milton Friedman (www.institutoliberal.org.br/galeria_autor.asp?cdc=923), foi no Brasil mal copiada, criou-se o oportunismo político e seus currais eleitorais, com o "Bolsa Família", que hoje limita a busca de uma condição de vida melhor, como é testemunhado por membros de nossas comunidade no Espírito Santo que não mais conseguem trabalhadores para as colheitas, pois estes agora ficam com medo de perder a "Bolsa Família". É o famoso “trocar o certo pelo duvidoso”. Mas assim se criou o parasitismo.


O imposto de renda negativo está voltado especificamente ao problema da pobreza. Auxilia o indivíduo da melhor forma para ele, em dinheiro. É geral e pode substituir todos os demais programas existentes. Torna explícito o custo incorrido pela sociedade. Opera fora do mercado. Como qualquer outra medida para aliviar a pobreza, reduz os incentivos para que os assistidos se ajudem a si próprios, mas não elimina esses incentivos inteiramente, como ocorreria com um sistema de suplementação de renda até um valor mínimo fixo.


Muitos ideológicamente estressados nos apresentam como referencial Cuba. O que podemos chamar isso, senão de idiotia, como bem nos lembram os escritores Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa.

Mas, não pior que isso é vermos as futuras gerações sendo penalizadas por idiotoas que são os melhores personagens do bestseller do Luciano Pires e o que é importante, chama atenção dos personagens de outro bestseller: "A Volta do Idiota" dos autores Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa, hoje encastelados em Brasília e longe da realidade brasileira, destruindo o potencial dos brasileirinhos e marginalizando a maior parte dos trabalhadores brasileiros. Deconhecem a história de como e porque as vilas nas fazendas deixaram de exisitir e se criou um contingente enorme de boias-frias, ou de como a legislação favorecendo inquilinos desestimulou a "poupança de português", que se caracterizava pelo investimento em imóveis visando assegurar uma aposentadoria segura, a qual beneficiou durante alguns séculos os jovens recém-casados, que ainda não reuniam condições para adquirir a sonhada residência própria. Os falsos direitos são atraentes em um primeiro momento, mas a sociedade se adapta às lombadas. São políticos que cultuam a "Lombada" - querem atuar no efeito e desconsideram a causa raiz dos problemas.

A eles recomendo que acessem o blog do Rodrigo Constantino, pois as palavras lá contidas, são de leitura obrigatória (http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/12/volta-do-idiota.html).

Eis um fato bastante lógico e empiricamente provado, como se pode atestar, por exemplo, comparando a riqueza da Coréia do Sul, comercialmente aberta, com sua miserável irmã do norte, fechada para o mundo. Quanto menos mercado, menos concorrência, menos eficiência e menos eficácia também.

Temos também a questão do consumismo, mas esta é uma questão que está mobilizando a sociedade, que encontra sua principal força também no que fazemos e propomos no campo da educação fundamental. E principalmente termos lideranças que sirvam de exemplo, mas longe do que o atual ocupante do Palácio do Planalto realiza, com seus gastos abusivos e imagem pautada na mentira, a começar pelo seu terno Armani.

E neste ponto não podemos deixar de lembrar um personagem de nossa história, odiado por muitos teólogos, como já presenciei em alguns debates, como se isso pudesse ser aceitável para nós cristãos.

"Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado." (Roberto de Oliveira Campos)



Veja também: http://www.youtube.com/watch?v=SYgGZ_4riOc&feature=related



No vídeo que recomendei inicialmente podemos ver que o mexicano, ou também o brasilero, é mais um daqueles que gostam culpar os outros pelos seus fracassos, é fácil desresponsabilizarmos-nos, não reconhecendo a nossa culpa, mas achando culpados como os liberais, neoliberais (Sic), globalização, imperialismo, usw.. Não possuem a capacidade de olhar o próprio rabo e ver o que realizam, ou melhor, o que não realizam.


Lhe recomendo, portanto, que leia antes:

1. Riqueza das Nações de Adam Smith

2. A Nova riqueza das Nações de Guy Sorman

3. O Caminho da Servidão de Friedrich August von Hayek
(http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/04/o-caminho-da-servido.html)



Ainda que requeiram tempo, as soluções existem. Mas, dependem de pesquisa científica, projetos sérios e planejamento. Em resumo, de uma boa administração e de uma boa engenharia.

Mas, e os administradores? E os engenheiros?

Esta pergunta os eleitores do sr. Luiz Inácio Lula da Silva não souberam fazer. Mas isso não é novidade, pois o Professor Dr. Stephen Kanitz (FEA/USP), nacionalmente conhecido como colunista em importantes jornais e revistas de circulação nacional, já nos vem alertando para a causa da má gestão pública:


http://www.kanitz.com.br/veja/pais.asp
http://www.kanitz.com.br/veja/faltam_engenheiros_governo.asp



E já que citei o Prof. Kanitz, recomendo o artigo - neste ele foi brilhante:
http://www.kanitz.com.br/impublicaveis/defesa_da_classe.asp



Abraços,



Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80811-970 Curitiba - PR








O princípio da subsidiariedade


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Gerhard Erich Boehme
boehme@folha.com.br
boehme@globo.com







Desconhecido da maioria dos brasileiros ou propositadamente ignorado por aqueles que desejam transferir responsabilidades, seja por incompetência ou má fé, em especial ao Estado, por aqueles que o julgam com capacidade para solucionar a maioria dos problemas que afligem os brasileiros.



O princípio de subsidiariedade é um princípio fundamental da filosofia social, senão um dos mais importantes, segundo o qual toda a atividade deve ter por objetivo ajudar a favorecer a autonomia e realização responsável dos indivíduos. E isso nos faz lembrar do conflito entre gerações, muito bem lembrado por Raul Seixas, em sua canção “Sapato 36”.



Eu particularmente divido os jovens, que se sucedem ao longo do tempo, nas novas gerações, e confesso, esta isso não é uma boa prática, a de dividir, pois nos limita a uma dicotomia, quando na realidade temos um gradiente e algo dinâmico. Mas ao menos vale como exemplo.



Temos os jovens formando dois grupos, nem sempre distintos, um busca a autonomia, deseja realizar, formado por jovens que aspiram ser empreendedores, valorizam a criatividade, a inovação, o talento e fundamentalmente o estudo e o trabalho, reconhecem como fundamental o mérito. São jovens que reconhecem nos mais velhos a sabedoria e no continuum do aprender uma das razões para se viver.



São jovens que não querem ser dependentes, principalmente de outros, querem a liberdade, até mesmo de uma entidade virtual que é o Estado, a qual tem somente a capacidade de promover, e o faz de forma ineficaz e ineficiente, a transferência de responsabilidades.



São jovens que reconhecem que não é legítimo e muito menos lícito fazer uso do que foi conquistado por outros, outros que não seus pais, avós, etc., pois sabem que um dos papeis que deverão desempenhar está também relacionado com o legado que deixarão, incluindo a herança.

São confiantes em si. Sabem da importância de se realizar como pessoas, na família, na sociedade e no trabalho. Sabem da importância de uma maternidade ou paternidade responsável.



"Quando a propriedade legal de uma pessoa é tomada por um indivíduo, chamamos de roubo. Quando é feito pelo governo, utilizamos eufemismos: transferência ou redistribuição de renda." (Dr. Walter E. Williams é professor de economia na Universidade George Mason em Fairfax, Va, EUA.)

São jovens que sabem e reconhecem suas responsabilidades. São jovens que sabem desenvolver o seu potencial, assim como são inconformados com suas limitações, buscam superá-las.



Em outro grupo encontramos jovens que se revoltam com a injustiça que é o nosso mundo, com a qual nenhuma pessoa munida de uma consciência crítica pode concordar ou aceitar.



Mas o grande problema neste segundo grupo, quando se afasta do primeiro grupo, não assumindo responsabilidades, é o de se julgar possuidor da razão e endossar ideologias que pregam como solução dos problemas uma maior presença do Estado. Optam pela via mais facial, fogem da responsabilidade. São jovens que buscam transferir responsabilidades.



Na sua maioria apóiam e se encantam com as chamadas ideologias de esquerda, buscam ressuscitá-las admirando Marx, Che e Fidel, são jovens que envelheceram antes de aceitarem os desafios de sua geração, são jovens que se encantam com ideologias que possuem um espectro que vai do comunismo, passa pelo internacional e nacional-socialismo (nazismo ou fascismo), e alcançam àqueles que se denominam social-democratas, numa alusão a serem assim democratas, como se a democracia não fosse almejada por todos, obviamente que não aqueles que defendem políticas que venham a privilegiar a oclocracia, a qual se alimenta dos chamados movimentos sociais, na realidade movimentos antissociais e servem de campo para a demagogia, paternalismo, populismo e clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas e agora com se socialismo de privilegiados.



Muitas vezes também apoiam outras ideologias ou propostas que de uma maneira ou outra, pautadas por cientistas sociais ou até mesmo teólogos, “pregam” maior presença do Estado na solução dos problemas.



Não reconhecem sua insignificância, mas agem neste sentido. Buscam a contramão ou nos impõe a lombada, pois entre a causa e o efeito, acreditam que devem atuar no efeito e isto seja suficiente. São jovens que sem conhecer, por conta de uma doutrinação, já aprenderam a ofender pessoas como Roberto Campos, um dos poucos brasileiros que soube defender como ninguém a liberdade e a responsabilidade, principalmente a responsabilidade fiscal, denunciando economistas, que Kanitz definu como economistas governamentais.



Acesse: http://www.kanitz.com.br/veja/faltam_engenheiros_governo.asp



"Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado." (Roberto de Oliveira Campos)



São jovens que se limitam, buscam alternativas para transferir responsabilidades, sempre com propostas afastadas do Princípio da Subsidiariedade.

Sempre com propostas afastadas do princípio da subsidiariedade. São jovens sonhadores, mas que endossam o pesadelo.



A questão é que quando entendemos e respeitamos este princípio, passamos a entender que antes de tudo é fundamental não aceitar a injustiça, como quando alguém ou um grupo de pessoas tem por objetivo subtrair do indivíduo o que ele pode realizar a partir de sua própria iniciativa e capacidade, para o confiar a uma outra pessoa ou a um grupo. Começa na família quando os pais impedem que seus filhos tenham a autonomia com responsabilidade, ou criam situações para limitar o seu desenvolvimento e sua independência.

Assim também é injusto conferir a autoridade e responsabilidade para a municipalidade, quando uma comunidade ou freguesia pode realizar e decidir por si.



O mesmo vale quando passamos para uma província ou estado o que poderia ser realizado e decidido com autonomia pelos burgos ou pela municipalidade. Ou quando transferimos o poder a um reino ou país quando seus desígnios são próprios das províncias ou estados.

É uma injustiça, um grave dano e perturbação da boa ordem social. O resultado é a centralização, e assim jovens e velhos, ou jovens já velhos, superados pela falta de desafios ou vontade para superá-los, passam a dar credibilidade a falsos líderes, “salvadores da pátria”.



O fim natural da sociedade e da sua ação é subsidiar os seus membros, não destruí-los nem absorvê-los através de políticas demagógicas e paternalistas, ou mesmo teologias pautadas pela desresponsabilização ou atribuindo ao Estado deveres e direitos que cabem ao indivíduo e à sociedade de forma livre empreender. E muito menos subjugá-los como o fazem os regimes submetidos às ideologias de esquerda, direita e os totalitários. E muito menos dar ao cidadão total liberdade como pregam os anarquistas, que não se submetem ao poder da lei, do Estado de Direito, aos princípios democráticos e até mesmo a responsabilidade social e fundamentalmente a individual.



A ordem social será tanto mais sólida, quanto mais tiver em conta este fato e não contrapuser o interesse pessoal ao da sociedade no seu todo, mas procurar modos para a sua coordenação, de forma que seja eficaz e produtiva.



Se observarmos atentamente a história da humanidade, sempre onde o interesse individual foi violentamente suprimido, acabou sendo substituído por um pesado sistema de controle burocrático, que esteriliza as fontes da iniciativa e criatividade.



E esse é o retrato atual do Brasil, da América Latina, com seu domínio, subjugando países a uma doutrina que nos é exótica, ou ditames de um Foro San Pablo que nos retira a autonomia e liberdade. Mas não deve ser, pois o brasileiro possui uma herança de conquistas e glórias, de integração, quando o mundo ainda não o era. Foi uma monarquia constitucional quando no velho mundo ainda havia monarquias absolutistas. Um país marcado por injustiças, tal qual muitos outros, mas não criador de injustiças. Assim foi com as monarquias absolutistas, assim foi com os países que se submeteram ao socialismo, seja ele o internacional ou o nacional-socialismo, ao comunismo, ou mesmo a regimes totalitários, muitas vezes denominados erroneamente de direita.



Se olharmos estes dois grupos, que servem hoje de opção aos jovens, os quais felizmente possuem sobreposições, vemos como fundamental primeiro acreditar em si, desenvolver o seu potencial. É a forma inteligente de mudar o mundo, começando ao que está ao nosso alcance e não transferindo poder a políticos ou líderes demagogos, paternalistas, populistas ou clientelistas, estes caracterizados pelo seu capitalismo de comparsas ou socialismo de privilegiados. Estes preocupados em formar uma base para a oclocracia e não para a democracia, que inclui a alternância do poder. Já o disse o Dr. Martin Luther, no início da Reforma, e o mesmo foi dito por Karol Józef Wojtyła - Johannes Paulus II, que foi por nós conhecido como Papa João Paulo II.



Luther mencionou que o exemplo do cristão deve começar por ele mesmo, colocando os assuntos terrenos em primeiro plano sob sua responsabilidade, depois da família e saber viver em comunidade. Lançou o desafio que hoje é próprio dos luteranos: Cada cristão deve viver sua comunidade, em cada comunidade edificar uma igreja e ao lado desta uma escola.

Já Wojtyła nos alertou, quando empenhado em por fim aos regimes opressores, que a exemplo do que ocorreu em seu país, com seu povo, que passou pelo jugo e divisão imposta pelos nacional-socialistas, perdeu partes de seu território e ganhou outras no final da Segunda Grande Guerra, passando depois da destruição imposta pelos nacional-socialistas, por mais de cinquenta anos sob o jugo dos internacional-socialistas. Wojtyła soube viver seu tempo, deixou seu legado como Papa, mas de minha parte, como luterano, reconhece nele seus valores, soube aproximar as igrejas, e soube ser um grande líder espiritual e moral que trabalhou incansavelmente pela paz e pela justiça social, viajando mundo afora em prol da unidade da igreja e do compromisso da fé.

Como professor, foi docente de Ética na Universidade Jaguelónica e posteriormente na Universidade Católica de Lublin.



E merece ser destacada a sua passagem por esta cidade, pelo seu significado na história, Desde a segunda a metade do século XVI, movimentos da Reforma surgiram em Lublin, e uma grande congregação de irmãos poloneses esteve presente na cidade. Uma das mais importantes comunidades judaicas da Polônia também se estabeleceu em Lublin neste período. Ela continuou sendo uma parte vital da vida da cidade até quando deixou de existir durante o Holocausto promovido pelos nacional-socialistas (nazistas).



Ele nos deixou o alerta, sobre o qual devemos refletir, principalmente quando lhes trago a reflexão à importância da observação do princípio da subsidiariedade:



“Quando os homens julgam possuir o segredo de uma organização social perfeita que torne o mal impossível, consideram também poder usar todos os meios, inclusive a violência e a mentira, para a realizar”. (Karol Józef Wojtyła - Johannes Paulus II)



Infelizmente isso nos remete para América Latina da atualidade, agora submetida aos ditames de um Foro San Pablo, com seu bolivarianismo ou chavismo, que alia narco-traficantes a líderes carismáticos e populistas, que em nada se afasta do que existiu de pior entre os latino-americanos, que foi, e de certa maneira ainda o é: o castrismo.

Hoje disseminam a violência e adotaram a mentira como praxis diária. Seja ele PAC ou piriPAC, Pan, ... Pré- e a discriminação espacial através do Programa “Minha casa, Minha vida”, segregando além das favelas, com bairros apinhados em sem a potencial de urbanização futura. É um tema interessante, posso explicar melhor.



Olhando esta triste realidade, fica a certeza de que o primeiro grupo de jovens, não importando a sua verdadeira idade, são os que efetivamente apresentam a melhor proposta, mas isso não os devem afastar daqueles que não concordam com a injustiça que nos salta aos olhos no nosso dia a dia. Nos agride em nosso coração.



O que não podemos fazer é tentarmos impor a nossa felicidade aos outros, antes devemos entender e observar o princípio da subsidiariedade e sermos exemplo, entendendo a importância da nossa responsabilidade individual e cobrarmos dos outros também a responsabilidade.



E para concluir deixo a pergunta:



Quer isto dizer que a questão toca a todos... sim, a nós também.



Se estamos próximos de uma realidade e se temos meios ou sugestões para melhorar essa realidade porque não arregaçar mangas?



Devemos esperar, por exemplo, que sejam as instituições oficiais, transferindo responsabilidades, a solucionar todos os problemas da freguesia ou comunidade onde vivemos?



Um dos resultados da aplicação do princípio da subsidiariedade é o voto distrital, causa que concorre para o desenvolvimento de um país.





"Algo Hicimos Mal" los Latinoamericanos


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Dr. Oscar Arias Sánchez

Economista

Presidente de la República de Costa Rica

The Nobel Peace Prize 1987

Albert Schweitzer Prize for Humanitarianism

http://www.casapres.go.cr/iniciocontactenos.aspx







"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.



Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que neste continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.



Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.



Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.



Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul.

Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura - em questão de 35 a 40 anos - é um país com 40.000 dólares de renda anual por habitante. Bem, algo nós, os latino-americanas, fizemos mal.



Que fizemos de errado?



Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, assim como a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.



Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.



Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americana. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.



No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100 bilhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de 2 dólares por dia" e que gaste 13 vezes mais (US$1.300.000..000.000) em armas e soldados.



Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste 50 bilhões de dólares por ano em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonha realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas. Não é preciso dar ao povo migalhas, falsos benefícios, dêem aos seus povos, mais infra-estrutura, educação e ética, menos política e corrupção.
Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece que ainda estamos nos anos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que os economistas, que os historiadores, quase todos concordam que o século XXI é um século dos asiáticos, não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o pragmatismo. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".



E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando Deng disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13% ao ano, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo.



A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.



Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.



Muito obrigado"



Dr. Oscar Arias Sánchez








"Algo Hicimos Mal" los Latinoamericanos


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Dr. Oscar Arias Sánchez





Oscar Arias: "Algo Hicimos Mal" los Latinoamericanos



El discurso del presidente de Costa Rica, Oscar Arias, en la Cumbre de las Américas de Trinidad y Tobago, el pasado 18 de abril, está circulando con gran energía por todo Internet. En el mismo, Arias pide a los líderes latinoamericanos que hagan un "mea culpa" por los errores políticos que han colocado a América Latina en desventaja frente a otras regiones del mundo, en lugar de culpar a terceros de sus problemas. Arias, artífice de la paz en Centroamérica en los años 80 y Premio Nobel de la Paz, ilustra sus puntos de vista con gran cantidad de ejemplos. Estas fueron sus palabras en la Cumbre de las Américas:





"Tengo la impresión de que cada vez que los países caribeños y latinoamericanos se reúnen con el presidente de los Estados Unidos de América, es para pedirle cosas o para reclamarle cosas. Casi siempre, es para culpar a Estados Unidos de nuestros males pasados, presentes y futuros. No creo que eso sea del todo justo.



No podemos olvidar que América Latina tuvo universidades antes de que Estados Unidos creara Harvard y William & Mary, que son las primeras universidades de ese país. No podemos olvidar que en este continente, como en el mundo entero, por lo menos hasta 1750 todos los americanos eran más o menos iguales: todos eran pobres. Cuando aparece la Revolución Industrial en Inglaterra, otros países se montan en ese vagón: Alemania, Francia, Estados Unidos, Canadá, Australia, Nueva Zelanda… y así la Revolución Industrial pasó por América Latina como un cometa, y no nos dimos cuenta. Ciertamente perdimos la oportunidad. También hay una diferencia muy grande. Leyendo la historia de América Latina, comparada con la historia de Estados Unidos, uno comprende que Latinoamérica no tuvo un John Winthrop español, ni portugués, que viniera con la Biblia en su mano dispuesto a construir “una Ciudad sobre una Colina”, una ciudad que brillara, como fue la pretensión de los peregrinos que llegaron a Estados Unidos.

Hace 50 años, México era más rico que Portugal. En 1950, un país como Brasil tenía un ingreso per cápita más elevado que el de Corea del Sur. Hace 60 años, Honduras tenía más riqueza per cápita que Singapur, y hoy Singapur –en cuestión de 35 ó 40 años– es un país con $40.000 de ingreso anual por habitante. Bueno, algo hicimos mal los latinoamericanos. ¿Qué hicimos mal? No puedo enumerar todas las cosas que hemos hecho mal. Para comenzar, tenemos una escolaridad de siete años. Esa es la escolaridad promedio de América Latina y no es el caso de la mayoría de los países asiáticos. Ciertamente no es el caso de países como Estados Unidos y Canadá, con la mejor educación del mundo, similar a la de los europeos. De cada 10 estudiantes que ingresan a la secundaria en América Latina, en algunos países solo uno termina esa secundaria. Hay países que tienen una mortalidad infantil de 50 niños por cada mil, cuando el promedio en los países asiáticos más avanzados es de 8, 9 ó 10.



Nosotros tenemos países donde la carga tributaria es del 12% del producto interno bruto, y no es responsabilidad de nadie, excepto la nuestra, que no le cobremos dinero a la gente más rica de nuestros países. Nadie tiene la culpa de eso, excepto nosotros mismos. En 1950, cada ciudadano norteamericano era cuatro veces más rico que un ciudadano latinoamericano. Hoy en día, un ciudadano norteamericano es 10, 15 ó 20 veces más rico que un latinoamericano. Eso no es culpa de Estados Unidos, es culpa nuestra.



En mi intervención de esta mañana, me referí a un hecho que para mí es grotesco, y que lo único que demuestra es que el sistema de valores del siglo XX, que parece ser el que estamos poniendo en práctica también en el siglo XXI, es un sistema de valores equivocado. Porque no puede ser que el mundo rico dedique 100.000 millones de dólares para aliviar la pobreza del 80% de la población del mundo –en un planeta que tiene 2.500 millones de seres humanos con un ingreso de $2 por día– y que gaste 13 veces más ($1.300.000. 000.000) en armas y soldados.



Como lo dije esta mañana, no puede ser que América Latina se gaste $50.000 millones en armas y soldados. Yo me pregunto: ¿quién es el enemigo nuestro? El enemigo nuestro, presidente Correa, de esa desigualdad que usted apunta con mucha razón, es la falta de educación; es el analfabetismo; es que no gastamos en la salud de nuestro pueblo; que no creamos la infraestructura necesaria, los caminos, las carreteras, los puertos, los aeropuertos; que no estamos dedicando los recursos necesarios para detener la degradación del medio ambiente; es la desigualdad que tenemos, que realmente nos avergüenza; es producto, entre muchas cosas, por supuesto, de que no estamos educando a nuestros hijos y a nuestras hijas.



Uno va a una universidad latinoamericana y todavía parece que estamos en los sesenta, setenta u ochenta. Parece que se nos olvidó que el 9 de noviembre de 1989 pasó algo muy importante, al caer el Muro de Berlín, y que el mundo cambió. Tenemos que aceptar que este es un mundo distinto, y en eso francamente pienso que todos los académicos, que toda la gente de pensamiento, que todos los economistas, que todos los historiadores, casi que coinciden en que el siglo XXI es el siglo de los asiáticos, no de los latinoamericanos. Y yo, lamentablemente, coincido con ellos. Porque mientras nosotros seguimos discutiendo sobre ideologías, seguimos discutiendo sobre todos los “ismos” (¿cuál es el mejor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...), los asiáticos encontraron un “ismo” muy realista para el siglo XXI y el final del siglo XX, que es el pragmatismo. Para sólo citar un ejemplo, recordemos que cuando Deng Xiaoping visitó Singapur y Corea del Sur, después de haberse dado cuenta de que sus propios vecinos se estaban enriqueciendo de una manera muy acelerada, regresó a Pekín y dijo a los viejos camaradas maoístas que lo habían acompañado en la Larga Marcha: “Bueno, la verdad, queridos camaradas, es que mí no me importa si el gato es blanco o negro, lo único que me interesa es que cace ratones”. Y si hubiera estado vivo Mao, se hubiera muerto de nuevo cuando dijo que “la verdad es que enriquecerse es glorioso”.





Y mientras los chinos hacen esto, y desde el 79 a hoy crecen a un 11%, 12% o 13%, y han sacado a 300 millones de habitantes de la pobreza, nosotros seguimos discutiendo sobre ideologías que tuvimos que haber enterrado hace mucho tiempo atrás.



La buena noticia es que esto lo logró Deng Xioping cuando tenía 74 años. Viendo alrededor, queridos presidentes, no veo a nadie que esté cerca de los 74 años. Por eso solo les pido que no esperemos a cumplirlos para hacer los cambios que tenemos que hacer.



Muchas gracias".



Dr. Oscar Arias Sánchez





Fonte: http://www.nacion.com/ln_ee/2009/abril/26/opinion1944940.html

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