quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Taís Araújo


Taís Araújo é nossa musa da igualdade
A partir de setembro, quando estreia a novela global Viver a Vida, Taís Araújo tem nas mãos uma conquista enorme e responsabilidade idem. A atriz é a primeira negra a protagonizar uma trama das 9 e quer que sua personagem entre para a história da TV brasileira e da luta contra o racismo

Vera Gudin / Fotos Nana Moraes, com Lázaro Ramos, Marcos Pinto, em 'Cobras e Lagartos', William Andrade, Rede Globo, Divulgação
A cara lavada, as unhas por fazer e o shortinho jeans ressaltam o jeito de menina de Taís Araújo, 30 anos, que chega às 5 da tarde para a sessão de fotos e entrevista. A atriz es tá realizando um sonho antigo: interpretar uma Helena de Manoel Carlos, o mais prestigiado roteirista da TV brasileira. Helenas são o carro-chefe das novelas de Maneco. Em Viver a Vida, que estreia dia 14 deste mês na Rede Globo, ela é uma modelo internacional que se envolve com um homem mais velho, Mar cos, vivido por José Mayer. Taís é a primeira atriz negra a protagonizar uma novela do horário nobre da Globo. Ela tem consciência do peso que a novidade carrega: “É um passo importante que vai melhorar a minha vida, a dos meus filhos e a de todos os negros. Num país preconceituoso como o nosso, não há como negar que meu trabalho tem uma função social”.

Manoel Carlos, que há vários anos pensava numa heroína negra, esperou Taís Araújo estar madura para a empreitada. “Eu a admiro muito”, afirma o autor. “Considero Taís uma das melhores atrizes brasileiras, com um potencial que ainda não foi totalmente explorado.” Autor e atriz estão dando o máximo que têm para tornar a nova Helena um marco na teledramaturgia brasileira – e também na biografia dessa produtiva carioca, que já soma 11 novelas, sete longas, cinco peças de teatro, participações em seriados e minisséries, vários prêmios e um diploma de jornalista.

A atuação de Taís começou a derrubar barreiras raciais em 1996, quando, aos 17 anos, protagonizou Xica da Silva, na extinta Rede Manchete. Em 2004, na Globo, repetiu a dose na trama das 7, Da Cor do Pecado. Dois anos depois, apresentava o programa Superbonita, do GNT, o qual deixou temporariamente para se dedicar à novela.

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