


Apenas uma provocação?
Ruy Carlos Ostermann
Claro que o Dacanal, de trás do olhar oblíquo que faz e do controlado recuo do corpo para melhor assestar o oponente de mesa, exagera. Lindamente mais uma vez exagera na defesa ofensiva que faz das ideias que vem formulando há quase 40 anos aqui na província e alhures.
Para ele, sucintamente, o Rio Grande terminou, não tem mais o que fazer, se não, talvez, se refazer com os pedaços sobrantes. Não é preciso concordar com essa denúncia. Talvez nem se deva em respeito à incontestável originalidade agressiva do Dacanal,
Adiantaria o que concordar com ele?
Um pouco de cuidado nessa calçada de paralelepípedos irregulares não faz mal, até ajuda. O que não se deve é rejeitar a discussão sob a alegação possível de que nada é assim tão grave ou com esse jeito destruído e mal cheiroso.
Pude ouvi-lo no rádio uma tarde dessas e recebi críticas que estava dando espaço para uma simples provocação. Falamos das oficinas de literatura ou escrita, ele é radicalmente contra porque opõe a todas as ideias numa única: a de que o talento não se ensina, só se propicia. Era interessante e, também, é verdade que ri muitas vezes, divertido com as consequências e as confusões que o Dacanal advertia como inevitáveis.
Acho que deveríamos discutir sim...
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