quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Violência Crescente

Prezado Sr. Rafael Greca de Macedo/COHAPAR,
Caro do Grupo Políticas Urbanas,


PACs e piriPACs, ou agora com o projeto promove a violência no Brasil, com o nome de Minha casa, Minha vida. Será Meu Sonho, Meu pesadelo. Será o pesadelo de todos os brasileiros, pois a discriminação espacial é, junto com a falta de um ensino fundamental de qualidade, um dos principais alimentos para a violência crescente em nosso país, onde o próprio IPEA já nos contabilizou, no meu entender, de forma subestimada, que a violência compromete mais de 5% de nosso PIB: http://www.nevusp.org/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=199&Itemid=29

Minha casa, Minha vida é um eslionato eleitoral, reforça a cultura da lombada com suas cidades de deus:

"Cidade de Deus, juntamente com as favelas, é o berço da criminalidade institucionalizada no Brasil foi construída pela COHAB e financiada pelo BNH, a Cidade de Deus foi construída pelos governadores do Estado da Guanabara de 1965 até 1970, idealizado pelo populista da extrema direita, Carlos Lacerda, cassado na Contra-Revolução de 1964, e concluído pelo então governador Negrão de Lima entre os anos 1968 e 1970.



Manteve-se a discriminação espacial, que antes os confinavam em favelas como Praia do Pinto, Parque da Gávea, Ilha das Dragas, Parque do Leblon, Catacumba e Rocinha. Atravessada pelo Rio Grande e seu afluente Estiva, a Cidade de Deus passou a ter um crescimento interno desordenado, observando-se um processo de favelização ao longo desses canais. Junto ao conjunto surgiram as comunidades do Muquiço, Santa Efigênia, travessa Efraim, Rocinha II e Jardim do Amanhã II, além de mais discriminação espacial institucionalizada, com os novos conjuntos habitacionais como o Vila Nova Cruzada e o Jardim do Amanhã. Em 1997, com a inauguração da "Linha Amarela", a Cidade de Deus seria seccionada: de um lado os Conjuntos Margarida, Gabinal etc e, do outro, o restante das antigas glebas, as duas partes interligadas por passarelas. A vida no bairro inspirou o filme brasileiro "Cidade de Deus", baseado no romance homônimo de Paulo Lins, com roteiro de Bráulio Mantovani, dirigido por Fernando Meirelles. Lançado em 2002 no Brasil e, posteriormente, no exterior, o filme teve enorme sucesso, recebendo inúmeros prêmios e indicações. Infelizmente não trouxe à reflexão dos brasileiros, hoje pocotizados, como bem nos lembra Luciano Pires (www.lucianopires.com.br) em seu bestseller, para a questão da discriminação espacial no Brasil, decorrente de falta de políticas públicas consistentes, como Plano Diretor." (Gerhard Erich Boehme)





"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)

Ocorre que a "Cidade de Deus" retrata bem o que está sendo feito em termos de discriminação e segregação espacial no Brasil e o filme retrata bem como este modelo, no melhor estilo do "Minha casa, Minha vida", incuba e produz a violência, somente políticos desonestos e corruPTos não enxergam isso.

Ainda que requeiram tempo, as soluções existem. Mas, dependem de pesquisa científica, projetos sérios e planejamento. Em resumo, de uma boa administração e de uma boa engenharia.

Mas, e os administradores? E os engenheiros?

Esta pergunta os eleitores do sr. Luiz Inácio da Silva não souberam fazer. Mas isso não é novidade, pois o Professor Dr. Stephen Kanitz, nacionalmente conhecido como colunista em importantes jornais e revistas de circulação nacional, já nos alertava, e isso a tempos, para a causa da má gestão pública:

http://www.kanitz.com.br/veja/pais.asp
http://www.kanitz.com.br/veja/faltam_engenheiros_governo.asp

E já que citei o Prof. Kanitz, recomendo o artigo - neste ele foi brilhante, pois defende a classe média, ou como dizem os ideologicamente estressados, a burguesia:

http://www.kanitz.com.br/impublicaveis/defesa_da_classe.asp


"O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver à custa de todo mundo." (Frédéric Bastiat)

"Lula e Dilma serão lembrados e deverão ser responsabilizados pelo pior estelionato eleitoral que engendraram, conceberam o maior processo de discriminação que houve no Brasil, o de acelerarem o processo de discriminação espacial e o consequente aumento de violência". (Gerhard Erich Boehme)

As alternativas para evitarmos a discriminação espacial são:
orientarmos o desenvolvimento para o interior do Brasil e para as pequenas cidades;
assegurarmos que os municípios possuam sua Agenda 21 Local, mas não com a pesquisa que está sendo feita, pois ela é limitada e não identifica pontos fundamentais;
assegurarmos que os municípios tenham seu Plano Diretor aprovado e consensado;
assegurar que entre as ações de formação de um candidato as prefeito ou vereador, este tenha noções fundamentais sobre Agenda 21 Local e Plano Diretor;
desonerar o contribuinte e formular políticas públicas adequadas para que haja investimento, entendido como poupança, na construção de imóveis para aluguel, estes com área de terreno superior a 800m².
assegurar o direito de propriedade, retirando do arcabouço legal todos os falsos direitos que protegem o inquilino, pois esta proteção, formulada por políticos demagogos, incentivaram a não aplicação na contrução de imóveis ou o motivam a mantê-los fechados a alugar. Esta legislação burra acarretou e está acarretando que no médio e longo prazo o déficit habitacional que é e será crescente.

Aguardo comentários e críticas,

Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80811-970 Curitiba - PR

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim