sexta-feira, 27 de março de 2009

Violência dentro das Escolas

Violência dentro das escolas assusta famílias brasileiras
Histórias de agressões a professores, brigas entre alunos, mortes e estudantes armados, mostram que a violência virou rotina na vida de alunos e professores de escolas públicas no Brasil.

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Nesta manhã, em uma escola da periferia de São Paulo, uma adolescente foi atingida acidentalmente na perna por um tiro. A arma foi levada pelo namorado da garota.

Em Salvador, um estudante de 18 anos foi morto a tiros, dentro da escola. A polícia investiga se há envolvimento com o tráfico de drogas.

Em Vacaria, na Serra Gaúcha, Claudiomiro Abreu é acusado de matar um professor que tentou separar uma briga de alunos. O julgamento é amanhã.

“A responsabilidade é da escola, é de cada criança, de cada professor, de cada pai, deste todo que tem que caminhar junto numa relação de ajuda, se não as coisas não vão”, diz Geci dallegrave, pedagoga.

Em Porto Alegre, uma aluna de 15 anos agrediu uma professora depois de ser mandada para a sala da direção. Gláucia caiu, bateu a cabeça e teve traumatismo craniano. “Me senti pequena, me senti inútil, me senti um nada”, Gláucia da Silvia, professora..

A violência acirrou o clima na escola e prejudicou o andamento das aulas. Os alunos estão divididos e parte deles ainda defende o que a estudante fez. Agora a direção e professores buscam ações para que a escola volte a normalidade e a seu objetivo, que é o de ensinar.

Segundo um psiquiatra, os professores hoje precisam se preparar para uma realidade que não está nos livros.

"Falta recurso pro próprio professor estar capacitado para intervir e dar aula de uma maneira onde ser humano, mostrar vontade por aquilo que faz, respeito por si mesmo e pelo outro pode estar muito pequeno”, declara Renato Piltcher, psiquiatra.

Um estudo da Unesco e do Ministério da Educação mostra que quarenta e sete por cento dos professores e funcionários de escolas públicas de quatro capitais brasileiras, já foram xingados por alunos. E 11%, agredidos.

“É preciso que haja uma dinâmica que anteceda esses atos e que o preparo, que torne possível. Mais difícil pras escolas é identificar essas dinâmicas no sentido de se antecipar elas, de preveni-las”, declara Marcos Rolim, consultor da Unesco.

“É complicado, eu tenho medo, tenho medo de sair na rua. Tenho medo que aconteça tudo de novo”, diz a professora.

Fonte: Jornal Hoje

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