sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Notícias da Palestina

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O objetivo de Israel não é o Hamas, mas sim o povo palestino
Foto: Fátima Kalil (na esquerda) e amiga vieram ao Brasil visitar parentes. Para Fátima, invasão de Israel quer extinguir palestinos./ Crédito: Nanda Duarte
Em entrevista, a escritora e professora aposentada Fatima Kalil, que vive na Cisjordânia, relata a difícil situação dos palestinos devido aos ataques militares de Israel na Faixa de Gaza. Ouça também:Protesto em Porto Alegre denuncia genocídio de Israel na Faixa de Gaza
Porto Alegre (RS) - A escritora e professora aposentada Fatima Kalil vive na Cisjordânia, território palestino ocupado pelos israelenses. Ela estava visitando parentes em Santana do Livramento, na Campanha, e participou do protesto em apoio ao povo palestino realizado em Porto Alegre (RS) na última terça-feira (13).Em entrevista, Fatima relata a difícil situação dos palestinos devido aos ataques militares de Israel na Faixa de Gaza e em toda a Cisjordânia. Para a escritora, os ataques israelenses não querem atingir o Hamas, mas sim dizimar a população palestina.Como está a situação dos palestinos com a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza? A situação é muito difícil e complicada. Israel acredita que está num país que não tem povo, que os palestinos são um empecilho para ele. Desde a entrada de Israel na Faixa de Gaza muitas cidades foram destruídas, a maioria dos palestinos foi expulsa do território. Israel continua construindo assentamentos dentro do território palestino e toma propriedades, não-satisfeito com tudo o que já pegou desde antes de 1940. O pequeno pedaço que sobrou para os palestinos está sendo roubado; Israel torna a região cada vez mais insuportável de viver para que os palestinos vão embora dali e deixem a região para ele. Os israelenses dividiram as cidades pequenas e as capitais no próprio território ocupado - hoje, para um palestino chegar até Ramallah (que é a cidade principal) é preciso atravessar barreiras feitas por Israel. Existem hoje em torno de 600 barreiras israelenses no território da Cisjordânia, além do muro que separa os dois países.Israel afirma que sua ofensiva militar é uma resposta a ataques promovidos recentemente pelo Hamas. Na sua opinião, o argumento justifica a ação? O objetivo da matança promovida por Israel é o povo palestino, independente de ser inocente ou não, ou independente de qualquer partido - seja Hamas ou Fatah. As balas não diferenciam as crianças dos membros do partido. Até porque não teria como. O importante para eles é que morram palestinos.A atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à ofensiva militar de Israel tem sido eficaz? A presença da ONU na região é de uma parte positiva e de outra negativa. Isso porque Israel não considera as leis e não respeita as resoluções do órgão. Para ele, nada disso interessa.O que esperas com os diversos protestos que ocorrem em todo o mundo contra a invasão israelense e em apoio aos palestinos? Eu espero que os protestos consigam mudar a opinião pública. Sei que é muito difícil, mas é o que espero. Temos que tentar, não podemos desistir. Agradecemos ao Brasil por ser amigo nosso e nós somos seu amigo.Tradução de Nasser Muhamad, de Santana do Livramento (RS).

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