quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Glória 1 x 1 Brasil de Pelotas (17)

Livraria Antonio Gramsci

Boletim da Livraria Antonio Gramsci

Tem lançamento na Livraria Antonio Gramsci!

Companheiras e companheiros! No dia 24 de fevereiro, às 18 horas, vai acontecer o primeiro lançamento de 2016 na Livraria Antonio Gramsci. Vai ser do livro "As Batalhas de O Globo - Ditadura Militar, Lula x Collor, Privatizações e a Vitória do PT em 2002", de João Braga Arêas. Na obra, o autor analisa detalhadamente a trajetória de O Globo, mostrando a permanente atividade desse jornal para assegurar seu próprio enriquecimento às custas de uma requentada ideologia de neutralidade e objetividade que mal recobre a mais intensa e desabrida parcialidade. Arêas mostra como o jornal  atua como propagandista das grandes empresas monopolistas no Brasil (não importa a sua nacionalidade), defendendo governos anti-populares (como Collor de Melo) e as privatizações. Enquanto isso, aproveita-se para desqualificar e mesmo criminalizar sistematicamente as organizações populares que conservam algum grau de autonomia.
Imperdível!
A Livraria Antonio Gramsci fica na Rua Alcindo Guanabara, 17, Cinelândia. Ao lado da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. 
Mais informações pelo telefone (21) 2220-5618 ou pelo email livraria@piratininga.org.br. 
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As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen - Michel Lowy

Presos que menstruam

Nana Queiroz
Record
R$ 42,90 
Em reportagem sobre o cotidiano das prisões femininas no Brasil, um tabu neste país, Nana Queiroz alcança o que é esperado do futuro do jornalismo: ao ouvir e dar voz às presas (e às famílias delas), desde os episódios que as levaram à cadeia até o cotidiano no cárcere, a autora costura e ilumina o mais completo e ambicioso panorama da vida de uma presidiária brasileira. Um livro obrigatório à compreensão de que não se pode falar da miséria do sistema carcerário brasileiro sem incorporar e discutir sua porção invisível.

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Lobotomia e Comunicação - André Lobão

anti-Dühring

Friedrich Engels
Boitempo
R$ 59
No ano em que se completam doze décadas da morte de Friedrich Engels (1820-1895), a Boitempo lança a primeira tradução direta do alemão de um de seus mais celebrados textos, A revolução da ciência segundo o senhor Eugen Dühring, mais conhecido como Anti-Dühring. O livro é dividido em três seções – Filosofia, Economia Política e Socialismo – e, em cada uma, Engels discute temas como moral, igualdade, liberdade, necessidade, verdades eternas, a dialética “quantidade e qualidade”, teoria do poder, teoria do valor, renda fundiária, entre outros assuntos.

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O Negro no Brasil - Júlio José Chiavenato

Resistência atrás das grades

Maurice Politi
Garamond
R$ 42,00
Este livro conta parte importante da história da ditadura militar sob o ponto de vista dos presos políticos, homens e mulheres, que continuaram sua luta dentro das prisões políticas sem se render ao inimigo. A partir de um diário de greve de fome, escrito numa cela da enfermaria da Penitenciária Regional de Presidente Venceslau, extremo oeste de São Paulo, em 1972, feita para impedir a separação e a repressão dos combatentes encarcerados, é contado o cotidiano das pessoas presas por um Estado que sequer admitia a existência de presos políticos. Resgatado 37 anos depois e transcrito na íntegra, tal qual foi escrito na época, somam-se a esse diário vários documentos importantíssimos, nunca antes publicados ou que nunca foram analisados adequadamente, para entender o que movia os repressores na sua sanha e quem eram os militantes contra a ditadura. 

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Getúlio: 1882 - 1930, dos anos de formação à conquista do poder - Lira Neto

Problema no paraíso – do fim da história ao fim do capitalismo

Slavoj Zizek
Boitempo
R$ 49,90
As coisas não vão bem no paraíso capitalista global. Mas, apesar de vivermos em crise permanente, parece que ainda aceitamos a ideia de que o capitalismo representa o melhor de todos os mundos possíveis. Essa é a premissa inicial de Slavoj Zizek em “Problema no paraíso”. O autor argumenta que, alternativas como maior igualdade, democracia e solidariedade são consideradas ultrapassadas e fantasiosas – ou, pior, nos levariam a uma sociedade cinzenta e supercontrolada. E diz que se queremos realmente imaginar um caminho melhor, precisamos entender que é exatamente o capitalismo que nos oferece o mais sombrio dos futuros – servindo sempre mais do mesmo sob o disfarce de mudança constante.

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Redes Sociais

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Contato
Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia (rua do Amarelinho)
Rio de Janeiro – RJ - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220 4623
livraria@piratininga.org.br

Outras Palavras


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Boletim de atualização - Nº 619 - 17/2/2016


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Crescimento, nos EUA, do candidato que quer redistribuir riqueza terá repercussão global: ele mostra que é possível reagir à aristocracia financeira. Por Thomas Piketty (Outras Palavras)

Marketing da Samarco zomba dos brasileiros
Mineradora subestima inteligência da população e utiliza imagem de funcionários de forma torpe, para tentar salvar a pele. Empresa quer trocar pagamento de multas por publicidade. Por Alceu Luís Castilho (Blog do Alceu Castilho)

Bolívia, transformação desconhecida
O que explica os sucessivos governos de Evo Morales? Por que foi legitimado duas vezes nas urnas? O que estará em jogo domigo, quando bolivianos votam se permitem (ou não) sua nova candidatura? Por Juan Manuel Karg, no Opera Mundi (Outras Mìdias)

Duas receitas opostas contra a crise
Quem julga o "ajuste fiscal" de Dilma inevitável deveria ao menos estudar uma alternativa singela: o programa adotado por Lula, diante da recessão global de 2008. As diferenças são chocantes. PorJoão Sicsú, em Carta Capital (Outras Mìdias)

TV Digital, retrocesso à vista?
Inovação tecnológica brasileira, que pode permitir acesso importante a serviços através da TV, está sendo sabotada por lobby de empresas de telecomunicação. Governo parece capitular. Por Rafael Diniz e Alan Livio (Blog da Redação)

Afinidades Eletivas
Quase cem anos após 1917, a ]ideia de Revolução estaria superada? Ou seria, assim como o amor, a reinvenção do risco e da aventura, contra a segurança e o conforto? Por Nuno Ramos de Almeida (Outras Palavras)

--Boletim de atualização do site Outras PalavrasA reprodução é bem-vinda. Interessados em recebê-lo devem clicar aqui. Para deixar de receber, aqui. Acompanhe nossas novidades também no Facebook


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Glória 1 x 1 Brasil de Pelotas (17)

Atrizes Negras

Sua Excelência a Atriz: a Divina Léa Garcia. Mulher Negra, Naturalmente...


Meus Amigos e Minhas Amigas.

Basta um capítulo, poucas cenas alguns planos para que a grandiosidade da minha, da sua, nossa Candace das artes, da cultura e da vida mostrasse ao Brasil todo o eu talento, entrega e empenho da grande atriz que é. Seu nome está perpetuado ao lado de outras três grandes atrizes e Candaces, Ruth de Souza, Zezé Motta e Chica Xavier. Refiro-me a Sua Excelência a Atriz. A Divina Léa Garcia. Mulher Negra, Naturalmente...

Não sou adepto e nem seguidor de novelas, mas aqui, na bela e acolhedora Cidade de São Mateus, ES, onde encontrava-me para atividades profissionais, ligo a TV e eis que surge com toda a sua graça e pujança artística a nossa divina Léa Garcia.  Meu Deus do Céu, que categoria! Quanta essência cênica! Que tamanha grandiosidade dramatúrgica! Mirem-se todos os atores e todas as atrizes no talento dessa negra mulher!
Tive a honra e a glória em dirigi-la no meu 1º filme de curta metragem, Comportamento Humano, baseado na chacina da Candelária, em 1995. Nenhum constrangimento me causa quando, num filme de 14 minutos, as pessoas sempre comentam sobre – A bela cena do parto da menina, onde a Lea Garcia da um banho de interpretação.  – ou – Adorei a cena com a Lea Garcia.

O nome verdadeiro dessa nossa Candace é Léa Lucas Garcia de Aguiar, carioca e mãe de três filhos.
A mãe, uma famosa modista, caprichava no figurino da filha única, mas faleceu quando a menina tinha apenas onze, indo então morar com a avó, governanta de uma família tradicional do Rio de Janeiro. A avó consciente da responsabilidade de criar a neta a colocou em bons colégios para lhe garantir um futuro seguro.

Aos dezesseis anos, com todo o seu encanto juvenil, Lea foi assistir um espetáculo realizado pelo Teatro experimental do Negro, e conheceu o seu fundador, Abdias Nascimento, por quem se apaixonou. Após uma surra do pai, em plena rua, fugiu de casa e foi viver com o líder negro. Três anos depois, estreava na peça de Rapsódia Negra, do próprio Abdias.

E vieram outras peças onde a atriz levava para o palco toda uma carga dramatúrgica em interpretações memoráveis como em         Orfeu da Conceição, Casa Grande e Senzala,Cenas Cariocas e Piaf.

No cinema não foi diferente. O clássico icônico, Orfeu do Carnaval, de Marcel Camus, levou-a a Cannes para concorrer ao premio de melhor atriz, concorrendo com atrizes consagradas do cinema internacional como Ana Magnani e Simone Signoret, que levou o premio.
Outros filmes de igual importância vieram e a atriz desfilou o mesmo talento demonstrado no palco. Cacá Diegues, em início de carreira, a convidou para o seu Ganza Zumba - Rei dos Palmares, e não se arrependeu: – A Léa brinca de interpretar e interpreta com seriedade – comentou certa vez o cineasta.

Várias foram as suas atuações no cinema, em produções de grande qualidade audiovisual e fílmica entre eles Em Compasso de Espera, de Antunes Filho; O Forte, de Olney São Paulo; Ladrões de Cinema, de Fernando Cony Campos; Quilombo, de Cacá Diegues; e o belo As Filhas do Vento, do Joel Zito, que lhe rendeu o premio de melhor atriz no Festival de Cinema dede Gramado. São mais de trinta filmes patenteados pela presença marcante, profissional e dramatúrgica dessa grande atriz.

As suas atuações presentes são tão significativas quanto as anteriores. Mulheres do Brasil; O Maior Amor do Mundo; Nzinga; Memórias da Chibata; Billy Pig, entre outras, são as relevantes produções onde de Lea Garcia desfila o seu talento.

A carreira televisiva da Lea Garcia foi, e é tão relevante e promissora quanto sua carreira nas telas do cinema e no palco. Sua trajetória não se resume em trabalhos numa única emissora. Lea atuou e tem atuado em novelas das principais emissoras brasileiras. Seu nome consta em novelas comoAcorrentados, de Janete Clair, da antiga TV Rio; Dona Beija;Helena; Tocaia Grande Xica da Silva, na antiga Rede Manchete. Foram novelas de sucessos onde Lea Garcia estabeleceu a sua marca de atriz fincada nos anais da teledramaturgia brasileira.

Na Rede Record de Televisão não foi diferente. As atuações da Lea Garcia foram e tem sido de grande repercussão na teledramaturgia. Luz do Sol; Cidadão Brasileiro; A Lei e o Crime; A História de Esther foram novelas onde a atriz patenteou a sua passagem pela emissora.
Mas as novelas que lhe trouxeram destaques, não somente pelo desempenho, mas por causa do reconhecimento da mídia foi grande parte realizadas pela Rede Globo de Televisão. Minha Doce Namorada; Selva de Pedra; O Homem que Deve Morrer; A Escrava Isaura; Os Ossos do Barão; A Moreninha; Marina entre outras novelas marcantes. Um papel que lhe deu também reconhecimento não só da mídia, mas também de público, foi a novela mística transcendental A Viagem, de Ivani Ribeiro, exibida pela emissora em, 1994.

Mas na televisão não foram só as novelas que consagraram esse nosso orgulho das artes cênicas e audiovisuais. Várias séries e filmes televisivos fazem parte desse seu histórico currículo. Feliz Ilusão; A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água; Bandidos da Falange; Abolição; Pacto de Sanguetiveram a marcante participação da Lea Garcia.

A atriz todos conhece e admira. Com a mulher Lea Garcia não é diferente. É uma das figuras humanas mais dóceis, amáveis, generosa e solidária que conheço. Desde o nosso primeiro contato, em 1995, quando com escassos recursos ganhado no edital de cultura do MinC, tinha que realizar Comportamento Humano, e a verba não era suficiente para contratar uma atriz do mérito da Lea Garcia. Ao convidá-la – muito constrangido – expliquei-lhe os poucos recursos com os quais teria que pagá-la. – Use o dinheiro para outras ações da produção. Não vou cobrar para atuar num filme de curta metragem de um cineasta negro, estreante, da Baixada Fluminense. – Disse-me com aquela sua angelical maneira de ser.

Um ator negro, bastante conhecido e famoso, que também convidei e ofereci a mesma quantia oferecida à Lea se reportou a mim da seguinte maneira: – Flávio Leandro. Essa quantia eu uso para encher o tanque do meu carro. – Virou à costa e se foi. Hoje o cidadão tem a cara de pau de usar a mídia apresentando-se como defensor dos direitos do negro na televisão e no cinema. Coisa que nem ele mesmo acredita.
É de fato uma grande emoção, ver a minha querida amiga Lea Garcia atuando seja no cinema, na televisão ou no teatro. Uma cena que bem poderia passar despercebida cresce e ganha força pela presença dessa mulher me atriz. Qualquer uma cena curta ganha grande em densidade dramatúrgica com Léa Garcia atuando.

A presença da Léa numa novela, mesmo vivendo magistralmente uma mucama quebra, de uma vez por toda o paradigma nocivo aos atores e às atrizes negras apregoado pela turminha dos movimentos negros. Essas e esses vendilhões da raça bloqueiam, polemizam, interferem e ajuízam desastrosamente ações contra as emissoras de TVs, quando aos seus ditatômicos arbítrios julgam ser racismo, um ator ou uma atriz negra interpretar uma personagem subalterna ou que não demonstre o apoderamento do negro, na demagogia chula  dessa velha e conhecida turminha.

Podem os escritores, produtores e ou diretores oferecerem qualquer papel para a Lea Garcia. Ela interpretará com a mesma dignidade. Sabem por quê? Porque ela é atriz na sua essência e nem no estereótipo. O mesmo dar-se-ia com a Zezé Motta, Ruth de Souza e Xica Xavier, nossas queridas veteranas atrizes. Também a nova safra com Taís de Araújo, Brenda Meneses, Talma de Freitas, Maria Ceiça entre outras, que jamais se sentiriam diminuídas por interpretar uma empregada ou uma escrava.

Como dizia o inesquecível e saudoso ator e cineasta Zózimo Bulbul. – No Brasil existem três grandes riquezas: a herança cultural dos ancestrais africanos e os talentos da Ruth de Souza, da Zezé Motta e da Lea Garcia. 

Mirem-se todas as atrizes e atores no exemplo dessas três mulheres.

Abraços a todos.

Flávio Leandro
Cineasta, Professor de Produção Audiovisual, professor de Produção Teatral.

Glória 1 x 1 Brasil de Pelotas (16)

Glória 1 x 1 Brasil de Pelotas (15)