segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Fundação Boticário


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160ª Edição
Dezembro de 2013
Conservação On-line
Linhas de apoio da Fundação têm novas temáticas
 
O apoio será direcionado a iniciativas com foco em unidades de conservação de proteção integral e RPPNs, espécies ameaçadas, ambientes marinhos e políticas públicas.
 
 
OUÇA
 • Projeto levanta informações sobre o mero (Epinephelus itajara) no Piauí.
NA REDE
 • Conheça a Trilha da Figueira, na Reserva Natural Salto Motaro.
 
 
Fundação aprova 23 novas iniciativas

Estados de diversas regiões brasileiras estão entre os que receberão apoio para conservação de espécies e áreas naturais.
Fundação conquista ‘Oscar da Ecologia’ com o Oásis

Inciativa que já beneficiou mais de 200 proprietários de terra em todo o Brasil foi uma das vencedoras do prêmio Hugo Werneck.
Tocantins terá incentivo para conservação

Bacia que abastece 70% da população de Palmas (TO) será beneficiada com iniciativa de Pagamento por Serviços Ambientais.
Dicas para economizar na ceia de Natal

Chefs do movimento Gastronomia Responsável sugerem como preparar um jantar natalino saboroso e gastando pouco.
COP19 termina com poucos resultados práticos

Artigo reúne principais avanços e retrocessos da 19ª Conferência das Partes da Convenção do Clima.
 


Produção: Área de Comunicação e Relacionamento da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Contatos: contato@fundacaogrupoboticario.org.br 
Crédito das imagens: Adriano Gambarini, Foz|Saneatins, Haroldo Palo Jr., Renato Amendola / Acervo Fundação e Robertson Luz / Acervo Fundação.
 
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Mandela

A Boneca Barbie Mandela


Sexta-Feira, 13 de dezembro de 2013
Por Greg Palast para Truthout
Tradução: Ana Amorim
Eu não aguento mais. Eu assisti a semana inteira Nelson Mandela ser reduzido a uma boneca Barbie. Da empresa de notícias Fox até a família Bush, os políticos e especialistas de mídia que bloquearam o Movimento anti-Aphartheid e não tiveram problema nenhum em manter Mandela por detrás das grades, vestem hoje a sua imagem da maneira que lhes é mais conveniente.

Mandela em seu escritório de advocacia mandela & Tambo.
(Foto JurgenSchadeberg/Mandiba de A a Z: as Muitas Faces de Nelson Mandela)

Pobre Mandela. Quando não é uma boneca, é uma estátua. Ele se junta agora a Martin Luther King como um outro monumento em bronze cuja função é nos dizer que o Aphartheid foi “derrotado” - citando a ridícula manchete da Times.
É mais nauseante do que hipocrisia e ignorância. A Barbie Mandela veste uma nova versão do racismo, Apartheid 2.0, que esta piorando tanto na África do Sul como nos Estados Unidos.
A classe dominante cria bonecas comemorativas e estátuas de revolucionários como forma de nos dizer que as suas causas estão ganhas, e portanto podemos ir para casa. Por exemplo, alguns meses atrás, a Suprema Corte dos Estados Unidos anulou o Ato dos Direitos ao Voto, o maior feito do Dr. King, sob a alegação enganosa de que, “evasões discriminatórias flagrantes são raras”, e assim, as práticas eleitorais Jim Crow agora foram “erradicadas.”
“Erradicada?” Em que planeta? A última movimentação dos Republicanos da Flórida para remover 181.000 eleitores de cor – assim como o mau cheiro das favelas de Cape Town – deixam claro que nem Jim Crow , nem o Apartheid foram derrotados. Eles apenas se retiraram temporariamente.
Aliás, os nosso superiores nos EUA e na Europa declararam que King acabou com a segregação, Mandela derrotou o Apartheid; e portanto, as novas vítimas da injustiça racial deveriam calar a boca e deixar de se lamentar.
O Homem Que Andou Lado a lado com Mandela
Para substituir os Mandelas de plástico e metal com carne e osso, eu conversei com Danny Schechter. Schechter conheceu Mandela pessoalmente, e mais profundamente, do que qualquer outro jornalista norte-americano. “Um dos grandes repórteres da nossa geração, Schechter produziu o 
Africa do Sul Hoje [em inglês: South Africa Now], um programa semanal para a estação de televisão PBS, de 1988-91, trazendo a causa de Mandela para os norte-americanos estupidificados e entorpecidos pela isca vermelha de Ronald Reagan.
Schechter acaba de completar a difícil tarefa de produzir o documentário oficial que se faz par à versão de Hollywood da vida de Mandela, Longo Caminho para a Liberdade [em inglês: Long Walk to Freedom].
O filme ficcional é sobre triunfo e perdão. O documentário de Schechter, Mandela Confidencial [em inglês: Inside Mandela], oferece muito disso, mas conhecendo Mandela, Schechter inclui a raiva, o desespero e o seu legado magoado: uma África do Sul corroída e ainda dominada pelo brutal apartheid econômico. Hoje, uma família branca média possui quatro vezes mais renda do que uma família negra. Bem vindos a “liberdade.”
A imprensa dos EUA e Europa se concentraram na santificada habilidade de Mandela em solenemente abdicar da amargura e de todo desejo de vingança, e pelo seu perdão aos seus captores, semelhante a Jesus. Isso para assegurar a todos nós que “bons” revolucionários são aqueles que não responsabilizam ninguém por assassinatos, pilhagens, e horrores cobertos de sangue – ou exigem compensações. Esse é o Mandela vestido como Mahatma Gandhi – dando a outra face para bater, e beijando os seus carcereiros.
Schechter não joga com bonecas. Ele conheceu o homem Mandela - e Mandela como sendo um dentre um grupo de líderes revolucionários.
O círculo de Mandela sabia disso: Você não pode perdoar aqueles que você derrota até você derrotá-los.
E apesar de todo o alarido, Mandela não derrotou o apartheid somente sendo simpático. Nos anos 80, diz Schechter, os brancos sul africanos enfrentavam a seguinte realidade: Os Cubanos que derrotaram as tropas Sul Africanas na vizinha Angola estavam prontos para se mover para a África do Sul. Os Vietnamitas que haviam derrotado o poderoso EUA estavam aconselhando as forças militares de Mandela.
E assim, enquanto Mandela estendeu uma mão perdoando – na outra mão ele segurava Umkhonto we Sizwe, uma lança no coração do apartheid. E os companheiros de Mandela deram um nó: um embargo internacional, embora permeável, que sitiou a economia Sul Africana.
Vendo os escritos na parede ( e pressentindo o seu sangue no chão), os cartéis do ouro e diamante de propriedade dos brancos, a Anglo-American e DeBeers, apoiadas pelo Banco Mundial, vieram até Mandela com uma barganha: os negros Africanos poderiam ter o poder de voto... mas não o poder econômico.
Mandela escolheu apertar a mão com o demônio e aceitou a continuação do apartheid econômico. Em troca por salvaguardar os interesses do diamante e do ouro e proteger o controle da propriedade da terra, das minas e dos negócios pelos brancos, ele obteve a concessão da presidência, ou pelo menos o título e o escritório.
Foi uma barganha que correu o coração de Mandela. Ele enfrentou a ameaça direta de um embargo do capital, e tendo presente a sujeição sofrida pelo seus aliados Cubanos sobre a nacionalização dos recursos, Mandela engoliu o veneno com um sorriso forçado. Sim, uma nova classe média negra Sul Africana recebeu uma fatia do “bolo” mineral, mas isso só muda a cor da mão que segura o chicote.
O 1% do Arco-Íris
No final, todas as revoluções representam uma coisa: os 99% versus o 1%. O tempo e a história podem mudar a cor do aristocrata, mas não a sua ganância, contra a qual Mandela parecia quase totalmente impotente.
Então a vida de Mandela foi em vão, a sua história de vida uma fraude? De forma alguma. Nenhum homem faz a revolução.
Temos muito a aprender de uma ampla perspectiva da história de Mandela, de sua tão louvada compaixão pacífica assim como a sua muito-acobertada determinação fria e cruel. A rachadura da parede da prisão do apartheid, o fim da guerra racial, se ainda não é uma paz racial, é um feito real de Mandela – e de seus companheiros revolucionários – cujos nomes em sua maioria nunca serão escritos em bronze.
Lendo o novo livro de Schechter Madiba A to Z: The Many Faces of Nelson Mandela(como Mandela é conhecido pelos negros Sul Africanos) e vendo o filme, não feito por Hollywood, de Schechter, fica uma forte impressão: De Moisés a Martin e Mandela, os nossos profetas nunca atingem a Terra Prometida.
Isso deve ser realizado por nós. O caminho é longo. Comecem a andar.

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Crédito das imagens: Adriano Gambarini, Foz|Saneatins, Haroldo Palo Jr., Renato Amendola / Acervo Fundação e Robertson Luz / Acervo Fundação.
 
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