quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

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Quilombhoje

Mojúbà
Queremos agradecer a todos aqueles que foram ao lançamento do livro Cadernos Negros 32, no último dia 17, e aos que, mesmo não indo, enviaram seus pensamentos positivos.
Apesar da chuva, apesar do atrativo de eventos mais "chiques" marcados para o mesmo dia que o nosso, o público de Cadernos compareceu e foi bem recebido num espaço amplo e bonito.
Muita gente bonita e inteligente estava lá.
Os autores e professores, de São Paulo, Rio, Brasília, Salvador, estavam lá (dentre eles: Cristiane Sobral, Cuti, José Luanga, Débora Almeida, Elizandra Souza, Sergio Ballouk, Sidney Oliveira, Cristian Sales, Basilele Malomalo); os atores encenaram uma peça em que um Macunaíma revisitado mostrou o poder do "livrinho"; Nino Brown, ativista do hip hop, homenageou James Brown, e o grupo Umojá encerrou com suas danças populares de origem afro, mostrando a riqueza e alegria de nossa cultura.
Tudo isso temperado com o prazer de sabermos que Cadernos é nosso e sobrevive somente devido à vontade de escritores, leitores e organizadores.
Pois é, trabalho, solidariedade e um pouco de insanidade podem trazer resultados gratificantes!
Algumas fotos neste link: http://www.quilombhoje2.com.br/cn32fotos/album/
Aproveitamos para desejar muito axé, muitas realizações, muita paz em 2010.

Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa

Apoio:
• UNINOVE - UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
• GABINETE DO VEREADOR NETINHO DE PAULA
• DEPUTADO JOSÉ CÂNDIDO

Agradecimentos:
Cosme Nascimento, Cristina Barbosa, Edson Robson Alves dos Santos, Evelin Cristine, Loreta Maria Berne, Márcia Luanda, Maria das Dores Fernandes, Marinete Floriano Silva, Nei, Paulo Lima, “Seu” Afonso e Thyko de Souza

Rumos do Planeta


Leonardo Boff fala sobre os rumos do planeta terra e do ser humano

Rogéria Araújo *

As mobilizações sociais e os alardes sobre os prejuízos que a ação humana vem causando ao meio ambiente não foram suficientes para garantir o fechamento de acordos eficazes durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), concluída sexta-feira (18) em Copenhague, na Dinamarca.
Os líderes mundiais demonstraram mais uma vez preferência pelo desenvolvimento do capital em detrimento da vida. Ainda assim, a postura de desdém para com os problemas climáticos do planeta não está engessando as ações da população na luta por pequenas mudanças. A evidência dada à causa ambiental tem servido para gerar consciência e, aos poucos, mudar maus hábitos de consumo. "O lugar mais imediato é começar com cada um", acredita Leonardo Boff.
Em entrevista à ADITAL, o teólogo, filósofo e escritor fala sobre a necessidade de começarmos as mudanças que irão beneficiar a Terra por nós. "Cada um em seu lugar, cada comunidade, cada entidade, enfim, todos devem começar a fazer alguma coisa para dar um outro rumo à nossa presença neste planeta". Para Boff, não devemos depositar nossas esperanças nas decisões que vêm de cima.
Adital - O senhor acredita na vontade política dos grandes líderes mundiais em reverter a situação climática em que se encontra nosso planeta?
Leonardo Boff - Não acredito. Os grandes não possuem nenhuma preocupação que vá além de seus interesses materiais. Todas as políticas até agora pensadas e projetadas pelo G-20 visam salvar o sistema econômico-financeiro, com correções e regulações (que até agora não foram feitas) para que tudo volte ao que era antes. Antes reinava a especulação a mais desbragada que se possa imaginar. Basta pensar que o capital produtivo, aquele que se encontra nas fábricas e no processo de geração de bens soma 60 trilhões de dólares.
O capital especulativo, baseado em papéis, alcançava a cifra de 500 trilhões. Ele circulava nas bolsas especulativas do mundo inteiro, gerenciado por verdadeiros ladrões e falsários. A verdadeira alternativa só pode ser: salvar a vida e a Terra e colocar a economia a serviço destas duas prioridades. Há uma tendência autosuicidária do capitalismo: prefere morrer ou fazer morrer do que renunciar aos seus benefícios.
Adital - Muito esperada a COP 15, que acontece em Copenhague, Dinamarca, parece não apontar para resultados eficazes e em comprometimentos mais sérios. Qual deve ser o papel da sociedade civil caso os resultados não sejam os esperados?
Leonardo Boff - Chegamos a um ponto em que todos seremos afetados pelas mudanças climáticas. Todos corremos riscos, inclusive de grande parte da humanidade ter que desaparecer por não conseguir se adaptar nem mitigar os efeitos maléficos do aquecimento global. Não podemos confiar nosso destino a representantes políticos que, na verdade, não representam seus povos mas os capitais com seus interesses presentes em seus povos. Precisamos nós mesmos assumir uma tarefa salvadora. Cada um em seu lugar, cada comunidade, cada entidade, enfim, todos devem começar a fazer alguma coisa para dar um outro rumo à nossa presença neste planeta. Se não podemos mudar o mundo, podemos mudar este pedaço do mundo que somos cada um de nós.
Sabemos pela nova biologia e pela física das energias que toda atividade positiva, que vai na direção da lógica da vida, produz uma ressonância morfogenética, como se diz. Em outras palavras, o bem que fazemos não fica reduzido ao nosso espaço pessoal. Ele se ressoa longe, irradia e entra nas redes de energia que ligam todos com todos e reforçam o sentido profundo da vida.
Daí podem ocorrer emergências surpreendentes que apontam para um novo modo de habitar o planeta e novas relações pessoais e sociais mais inclusivas, solidárias e compassivas. Efetivamente, se nota por todas as partes que a humanidade não está parada nem enrijecida pelas perplexidades. Milhares de movimentos estão buscando formas novas de produção e alternativas que respondem aos desafios.
Somente em ONG existem mais de um milhão no mundo inteiro. É da base e não da cúpula que sempre irrompem as mudanças.
Adital - Nunca as questões ambientais estiveram tão em evidência como nos últimos anos. Termos como aquecimento global, mudanças climáticas apesar de vários alertas feitos há bem mais tempo, hoje fazem parte do cotidiano de muita gente em todo o planeta. Nessa "crise civilizatória" ainda há tempo para se fazer algo? De onde poderá vir essa "salvação"?
Leonardo Boff - Se trabalharmos com os parâmetros da física clássica, aquela inaugurada por Newton, Galileo Galilei e Francis Bacon, orientada pela relação causa-efeito, estamos perdidos. Não temos tempo suficiente para introduzir mudanças, nem sabedoria para aplicá-las. Iríamos fatalmente ao encontro do pior. Mas se trocarmos de registro e pensarmos em termos do processo evolucionário, cuja lógica vem descrita pela física quântica que já não trabalha com matéria mas com energia (a matéria, pela fórmula de Einstein, é energia altamente condensada) aí o cenário muda de figura.
Do caos nasce uma nova ordem. As turbulências atuais prenunciam uma emergência nova, vinda daquele transfundo de Energia que subjaz ao universo e a cada ser (chamada também de Vazio Quântico ou Fonte Originária de todo ser). As emergências introduzem uma ruptura e inauguram algo novo ainda não ensaiado. Assim não seria de se admirar se, de repente, os seres humanos caiam em si e pensem numa articulação central da humanidade para atender as demandas de todos com os recursos da Terra que, quando racionalmente gerenciados, são suficientes para nós humanos e para toda a comunidade de vida (animais,plantas e outros seres vivos).
Possivelmente, chegaríamos a isso face um perigo iminente ou após um desastre de grandes proporções. Bem dizia Hegel: o ser humano aprende da história que não aprende nada da história, mas aprende tudo do sofrimento. Prefiro Santo Agostinho que nas Confissões ponderava: o ser humano aprende a partir de duas fontes de experiência: o sofrimento e o amor. O sofrimento pela Mãe Terra e por seus filhos e filhas e o amor por nossa própria vida e sobrevivência irão ainda nos salvar.
Então não estaríamos face a um cenário de tragédia cujo fim é fatal mas de uma crise que nos acrisola e purifica e nos cria a chance de um salto rumo a um novo ensaio civilizatório, este sim, caracterizado pelo cuidado e pela responsabilidade coletiva pela única Casa Comum e por todos os seus habitantes.
Adital - Há varias demandas para que a Corte Penal Internacional reconheça os crimes ambientais como crime de lesa humanidade. O senhor acha que seria uma alternativa?
Leonardo Boff - As leis somente têm sentido e funcionam quando previamente se tenha criado uma nova consciência com os valores ligados ao respeito e ao cuidado pela vida e pela Terra, tida como nossa Mãe, pois nos fornece tudo o que precisamos para viver. Havendo essa consciência, ela pode se materializar em leis, tribunais e cortes que fazem justiça à vida, à Humanidade e à Terra com punições exemplares. Caso contrário, os tribunais possuem um caráter legalista, de difícil aplicação, sem sua necessária aura moral que lhe confere legitimidade e reconhecimento por todos.
Então devemos primeiro trabalhar na criação dessa nova consciência. Eu mesmo estou trabalhando com um pequeno grupo, a pedido da Presidência da Assembléia da ONU, numa Declaração Universal do Bem Comum da Terra e da Humanidade. Ela deverá entrar por todos os meios de comunicação, especialmente, pela Internet para favorecer a criação desta nova consciência da humanidade. A nova centralidade não é mais o desenvolvimento sustentável, mas a vida, a humanidade e a Terra, entendida como Gaia, um superorganismo vivo.
Adital - Por outro lado não se cogita nada do tipo voltado para o consumo, por exemplo, que tem interferência direta no caos em que se tornou a Terra. Poderia falar um pouco sobre isso?
Leonardo Boff - O propósito de todo o projeto da modernidade, nascido já no século XVI, está assentado sobre a vontade de poder que se traduz pela vontade de enriquecimento que pressupõe a dominação e exploração ilimitada dos recursos e serviços da Terra. Em nome desta intenção se construiu o projeto-mundo, primeiro pelas potências ibéricas, depois pelas centro-europeias e por fim pela hegemonia norte-americana. No início não havia condições de se perceber as consequências funestas desta empreitada, pois incluía entender a Terra como um simples baú de recursos, algo sem espírito que poderia ser tratada como quiséssemos. Surgiu o grande instrumento da tecno-ciência que facilitou a concretização deste projeto. Transformou o mundo, surgiu a sociedade industrial e hoje a sociedade da informação e da automação.
Toda esta civilização oferece aos seres humanos, como felicidade, a capacidade de consumo sem entraves, seja dos bens naturais seja dos bens industriais. Chegamos a um ponto em que consumimos 30% a mais do que aquilo que a Terra pode reproduzir. Ela está perdendo mais e mais sustentabilidade e sua biocapacidade. Ela simplesmente não aguenta mais o nível excessivo de consumo por parte dos donos do poder e dos controladores do processo da modernidade. Os 20% mais ricos consomem 82,4% de toda a riqueza da Terra, enquanto os 20% mais pobres têm que se contentar com apenas 1,6% da riqueza total. Agora nos damos conta de que uma Terra limitada não suporta um projeto ilimitado. Se quiséssemos universalizar o nível de consumo dos países ricos para toda a Humanidade, cálculos já foram feitos - precisaríamos de pelo menos 3 Terras iguais a esta, o que se revela como uma impossibilidade. Temos que mudar, caso quisermos superar esta injustiça social e ecológica universal e termos um mínimo de equidade entre todos.
Adital - Até que ponto o senhor acredita que a sociedade civil organizada pode ser agente de uma nova prática de consumo?
Leonardo Boff - Deve-se começar em algum lugar. O lugar mais imediato é começar com cada um. O desafio, face ao problema universal, é convencer-se de que podemos ser mais com menos. Importa fazer uma opção por uma simplicidade voluntária e por um consumo compassivo e solidário pensando em todos os demais irmãos e irmãs e demais seres vivos da natureza que passam fome e estão sofrendo todo tipo de carência. Mas para isso, devemos realizar a experiência radicalmente humana de que de fato somos todos irmãos e irmãs e que somos ecointerdependentes e que formamos a comunidade de vida.
A economia se orientará para produzir o que realmente precisamos para a vida e não para a acumulação e para o supérfluo, uma economia do suficiente e do decente para todos, respeitando os limites ecológicos de cada ecossistema e obedecendo aos ritmos da natureza. Isso é possível. Mas precisamos de uma "metanoia" bíblica, de uma transformação de nossos hábitos, de nossa mente e de nossos corações. Essa transformação constitui a espiritualidade. Ela não é facultativa, é necessária. Cada um é como a gota de chuva. Uma molha pouco. Mas milhões e milhões de gotas fazem uma tempestade, agora um tsunami do
bem.
Adital - O Brasil, por conta da Floresta Amazônica e outra matas nativas, deveria ter um papel fundamental na questão ambiental. Como o senhor avalia a postura do governo brasileiro em relação ao tema?
Leonardo Boff - O governo brasileiro não acumulou ainda suficiente massa crítica nem consciência da importância da floresta amazônica para os equilíbrios climáticos da Terra inteira. Se o problema é o excesso de dióxido de carbono na atmosfera, então são as florestas as grandes sequestradoras deste gás que produz o efeito estufa e, em conseqüência, o aquecimento global.
Elas absorvem os gases poluentes pela fotossíntese e os transforma em biomassa, liberando oxigênio. Ao invés de estabelecer a meta de desmatamento 0 e ai ser rígido e implacável, por amor à humanidade e à Terra, o governo estabelece que até 2020 vai reduzir o desmatamento até 15%. E há políticas contraditórias, pois de um lado o Ministério do Meio Ambiente combate o desmatamento, por outro o BNDS financia projetos de expansão da soja e da pecuária que avançam sobre a floresta. Por detrás estão grandes interesses do agronegócio que pressionam o governo a manter uma política flexível e danosa para o equilíbrio da Terra.
Adital - Todavia percebe-se grande atuação de movimentos sociais e entidades em defesa da natureza e cobrando mais de seus governos em âmbitos internacionais. Acredita que haja, no momento, mais empoderamento?
Leonardo Boff - Acredito que a Cúpula de Copenhague terá função semelhante que teve a Eco-92 no Rio de Janeiro. Depois da Eco-92 surgiu no mundo inteiro a questão da sustentabilidade e da crítica ao sistema do capital visto como essencialmente anti-ecológico, pois ele implica uma produção ilimitada à custa da extração ilimitada dos recursos e serviços da natureza. Creio que a partir de agora a Humanidade tomará consciência de que ou ela, a partir da sociedade civil mundial, dos movimentos, organizações, instituições, religiões e igrejas, muda de rumo ou então terá que aceitar a dizimação da biodiversidade e o risco do extermínio de milhões e milhões de seres humanos, não excluída a eventualidade do desaparecimento da própria espécie humana.
Essa consciência vai encontrar os meios para pressionar as empresas, os grandes empreendimentos e os Estados para encontrarem uma nova relação para com a Terra. O problema não é a Terra, mas nossa relação para com ela, relação de agressão e de exploração implacável. Precisamos estabelecer um acordo Terra e Humanidade para que ambos possam conviver interdependentes, com sinergia e espírito de reciprocidade. Sem isso não teremos futuro. O futuro virá a partir da força da semente, quer dizer, das práticas humanas pessoais e comunitárias que criam redes, ganham força e conseguem impor um novo arranjo que garantirá um novo tipo de história.


* Jornalista da Adital

-----Anexo incorporado-----

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Polícia desarticula quadrilha

Polícia Civil de Esteio desarticula quadrilha comandada por detento do Presídio Central
30/12/2009 10:02

A Delegacia de Esteio desarticulou nessa terça-feira (29/12) uma quadrilha de tráfico de drogas que era comandada por um detento recolhido no Presídio Central de Porto Alegre. O delegado Leonel Baldasso apurou que o apenado Alexandre dos Santos determinava a distribuição de drogas na cidade de Esteio, de dentro da cadeia, por meio de um aparelho de telefone celular.
Ele emitia ordens e cobrava dívidas de usuários; também é suspeito de mandar matar pessoas. A operação da Polícia Civil, denominada Operação Central, porque o criminoso comandava o crime de dentro do Presídio Central , contou com a participação de 25 policiais civis da Segunda Delegacia Regional de Polícia Metropolitana e por policiais militares de Esteio, que também participaram das buscas em sete residências.
Seis pessoas foram presas até o presente momento e foi aprendido um quilo de crack, além de armas de fogo, celulares, rádios comunicadores, e outros objetos relacionados com a prática criminosa. Os policiais cumpriram dez mandados de busca e apreensão e de prisão temporária.
O delegado Leonel Baldasso, titular da Delegacia de Polícia de Esteio, solicitou à Susepe a apreensão do aparelho celular utilizado pelo detento e indiciou dez pessoas pela prática de crimes de homicídio, porte ilegal de arma, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Fonte: Ascom/ PC

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28-12-2009 23:49

Discurso
Íntegra do discurso do Presidente José Eduardo dos Santos



DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS POR OCASIÃO DOS
CUMPRIMENTOS DE FIM-DE-ANO



Senhor Presidente da Assembleia Nacional
Senhor Primeiro-ministro
Distintos convidados
Minhas senhoras e meus senhores





Sensibilizado pelas palavras do senhor presidente da Assembleia Nacional, venho aqui para agradecer a sua mensagem de felicitações e também os votos que formulou para a minha saúde pessoal e para a minha família, assim como para que tenha um ano 2010 muito próspero.



Eu segui com atenção o discurso que proferiu. Constato que ele se insere perfeitamente na linha de pensamento que traçou o recente congresso do partido do Governo, o MPLA, partido este que realizou o congresso que já referi e estabeleceu orientações estratégicas para o desenvolvimento e futuro do nosso país. Seria difícil proferir agora uma outra intervenção sem repetir praticamente tudo o que já foi dito.



Portanto, o que pretendo fazer agora é apenas constatar que o partido do Governo enriqueceu o seu projecto de sociedade
para Angola apresentado aos eleitores, no ano de 2008, traçou orientações estratégicas, definiu objectivos de curto, médio e
longo prazo que nós temos a intenção de começar a materializar desde os primeiros meses de 2010.



Desde já, preconiza-se um reajustamento do plano nacional e do Orçamento Geral do Estado para conformá-lo com a perspectiva definida pelo partido maioritário.



Em segundo lugar, foi recomendado que seja formado um Governo com menos membros que o actual. Esta tarefa está em
curso. A reflexão deverá terminar dentro de poucas semanas e tão logo haja a nova Constituição esse Governo poderá ser formado.



Por outro lado, recomendou-se ainda que se promova uma nova uma atitude perante o trabalho e a gestão da coisa pública. Eu
diria uma atitude mais responsável perante o trabalho e a coisa pública.



Medidas estão também em estudo seja no plano legislativo, seja no plano institucional, seja no plano partidário, e aqui refiro-me
especificamente na minha qualidade de presidente do MPLA, no sentido de levarmos à prática de forma sustentada aquilo que
foi considerado como a intenção de estabelecer uma tolerância zero com relação a falta de transparência e a má gestão.



Queria agora pedir que todos nos acompanhem neste esforço para iniciarmos, em 2010, uma nova era, uma era que nos permita ir atacando os problemas que foram relegados para segundo plano porque tínhamos outras prioridades, seja no contexto da consolidação da paz e da reconciliação nacional, seja no contexto da reconstrução nacional.



Mas, a esta tarefa precede uma outra. Temos pela frente o desafio de realizar o CAN. Temos todos o dever de organizar bem o CAN, de incentivar e apoiar os nossos jogadores para que consigam o melhor resultado possível.



Eu penso que todos nós os angolanos podemos juntar forças, conjugar esforços para que iniciemos um processo participativo,
inclusivo, em que cada um possa encontrar um lugar de intervenção para consolidar a paz, continuar a reconstrução nacional e iniciar um processo sustentável de desenvolvimento.



Eu queria terminar, depois desse convite, pedindo a todos que me acompanhem num brinde a todo angolano, desejando aos
nossos concidadãos, festas felizes, um ano muito próspero e que cada um nesse processo de reconstrução e desenvolvimento encontre um lugar para a realização do seu sonho de hoje e do futuro.

Avião não Trupulado em Favelas

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2912200906.htm

Avião não tripulado vai monitorar favelas
Nova aeronave da PF dispensa piloto, é comandada à distância e permite identificar uma pessoa a 10 mil metros de altitude

Comprado de empresa israelense, Heron, que é capaz de visualizar até embarcações submersas, vai monitorar Amazônia
ROBERTA DE ABREU LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

A primeira aeronave não tripulada da Polícia Federal -a ser utilizada tanto na vigilância da Amazônia quanto no sobrevoo a favelas- está próxima a entrar em operação. Faz parte da frota de 15 aviões controlados à distância, comprada em outubro da empresa israelense IAI (Israel Aerospace Industries) por R$ 345 milhões.
O Heron, modelo adquirido pelo governo brasileiro, é usado atualmente por órgãos de defesa de países como EUA, Canadá, Índia e Turquia. No Brasil, esses aviões -cujo nome técnico é Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado)- serão usados pela PF para mapear e monitorar todo o território nacional.
O Heron pode ser comandado por um piloto em terra, que fica numa base a até mil quilômetros de distância, ou voar em missões pré-programadas. Decolagem e pouso são automáticos. Cada aeronave é dotada de aparelhos que permitem captar imagens em alta resolução mesmo quando está a 10 mil metros de altitude. Pessoas, automóveis e até as informações de um crachá podem ser visualizados com nitidez. "A nova frota será uma ferramenta estratégica para combater crimes que vão desde o tráfico de drogas até o desmatamento da Amazônia", diz o delegado Alessandro Moretti, diretor do Centro de Inteligência da PF.
Além de monitorar a entrada de drogas e armas na fronteira, os aviões serão usados em favelas do Rio e de SP. Fornecerão à polícia um mapa detalhado desses lugares e poderão servir de apoio em incursões em morros, munindo os soldados de informações sobre a movimentação dos traficantes sem que nenhum deles precise se arriscar sobrevoando uma área conflagrada em um helicóptero.
Em regiões muito extensas e de difícil acesso, como a floresta amazônica, a aeronave poderá identificar invasões de áreas indígenas e focos de desmatamento ilegal. O Heron tem autonomia para voar 36 horas e é capaz de visualizar túneis e embarcações submersas. Seus sensores permitem que ele opere à noite e em condições climáticas desfavoráveis. Mas o avião não tripulado também tem risco de acidente. Aeronaves como a americana Predator já precisaram ser abatidas no ar, por estarem descontroladas. A maioria dos acidentes envolve erros de operação dos pilotos em terra. Falhas técnicas e choque com objetos, como antenas, também são comuns.
No Brasil, equipe da PF passou por treinamento no exterior para a operação dos aviões que começam a chegar.




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A ressaca de Copenhague



A ressaca de Copenhague
Aldem Bourscheit
24/12/2009, 09:59
Co-presidente do Diálogo Internacional sobre Clima e Florestas, membro do Fórum Brasileiro sobre Mudanças Climáticas e diretor (desde 1989) da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Roberto Smeraldi avalia nesta entrevista concedida a O Eco por e-mail os resultados da 15a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), terminada no último 20 de dezembro, em Copenhague. O ambientalista projeta reflexos políticos no Brasil e no mundo do fracassado megaevento. Autor de ensaios e livros sobre políticas públicas, desenvolvimento, Amazônia e tendências gastronômicas, Smeraldi argumenta que as conferências climáticas tornaram-se grandes feiras, com resultados pouco efetivos. "A partir do (4o) relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), ou seja de quando o tema estourou midiaticamente, e portanto a partir da COP de Bali, a conferência virou um teatro gigante", diz.


Foto: Divulgação
roberto smaldi, amigos da terra brasil
Quais fatores levaram ao fracasso da COP15? O quê faltou?
Roberto Smeraldi - Faltavam condições básicas para um acordo deste tipo, que não pode ser atingido com negociações diplomáticas e requer uma decisão política de pelo menos um dos três atores com massa crítica suficiente, ou seja, Estados Unidos, China e Europa (como bloco). O desfecho da COP15 era óbvio, há muito tempo, como sempre declarei.
Será possível desatar esses nós até a COP16, no México, em 2010?
RS - Da mesma forma, não vai ser a COP16, enquanto processo diplomático, que vai desatar os nós. Eu acho que, politicamente, o processo de transição para uma economia de baixo carbono vai ser sim desencadeado ao longo dos próximos dois anos. Não sei se antes ou depois da COP16. Espero que antes. Neste caso a COP16 terá de lidar com esse fato e negociar as modalidades para essa transição, mas o assunto é outro. É o que pode ser feito na esfera diplomática e no sistema ONU: ratificar, não inovar. A inovação será unilateral. Inclusive escrevi isso no meu último livro, lançado em outubro, O novo manual de negócios sustentáveis.
Que efeito colateral o resultado da COP15 pode ter sobre a mobilização de organismos não-governamentais e sobre a diplomacia internacional? Foi um balde de água fria?
RS - Há o risco de ser um balde de água fria por conta de expectativas equivocadas, ilusões que podem gerar desilusões. Mas tem de saber interpretar: por exemplo, o cinismo chinês pode chocar, mas na realidade eles jogaram uma batalha desesperada para adiar qualquer compromisso porque não queriam que outros saíssem na frente ganhando vantagens competitivas, enquanto eles não estavam ainda prontos para sair na frente. Daí fizeram de tudo para provocar Estados Unidos e Europa e usaram bem os úteis idiotas do G77, como o Sudão, assim como os úteis espertinhos, por exemplo o grande vendedor de combustíveis fósseis para os Estados Unidos, Hugo Chavez. Mas isso não significa que a China não esteja tentando se preparar para queimar Estados Unidos e Europa logo que possível.
E as próximas eleições presidenciais no Brasil? A mensagem de Copenhague foi de que é possível adiar ações na área ambiental, oferecendo vantagem a candidatos desenvolvimentistas? Ou o contrário?
RS - Podemos até questionar a credibilidade dos compromissos brasileiros, por conta de projeções de curva equivocadas na área de energia e transporte, ou por conta de contradições de políticas públicas na área do desmatamento. Mas do ponto de vista político não há dúvida de que o tema cresceu politicamente no Brasil, e prova disso é até o fato que o próprio presidente Lula chegou a desautorizar sua ministra-candidata em seu discurso oficial, quando reparou que o discurso dela estava atrasado. Em termos de eleição, teremos o tema em pauta sim, e alguns até começam a compreender que o tema tem de ser enfrentado como questão de vantagem competitiva econômica para o país.

Como avalias os discursos oficiais na COP15 e a prática interna?
RS - Ainda há distância considerável entre discurso e prática.
O combate ao desmatamento no Brasil, inclusive com mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), está comprometido ou enfraquecido com o resultado da COP15?
RS - Não por isso. Talvez possa estar enfraquecido por conta de anistias legais ou práticas de bancos públicos, mais do que por conta da COP15. Até porque foi na COP que muitos governadores assumiram prioridade para políticas de REDD.
O modelo de reuniões diplomáticas do porte da COP15 ainda faz sentido?
RS - Faz sentido para reuniões diplomáticas, não para feiras de negócios de 40 mil pessoas. Até três anos atrás, os que acompanhavam a COP eram pessoas que realmente interagiam com o processo. A partir do (4o) relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), ou seja de quando o tema estourou midiaticamente, e portanto a partir da COP de Bali, a conferência virou um teatro gigante. As expectativas da sociedade, e inclusive do mundo dos negócios, se dirigiram de forma equivocada para a COP, como se ela fosse o local onde se tomam todas as decisões. E aí o modelo não sustenta, porque foi feito para outros fins. Se eu quero vender uma turbina eólica, agora vou na COP. Isso não tem muito a ver.

Mensagem de Ano Novo

Caros amigos,
Gostaria de manifestar minha alegria pelo apoio e pelo carinho recebidos durante todo o ano de 2009. Este foi um período de muito trabalho. Assumimos a Secretaria Extraordinária da Copa 2014, com a missão de preparar nosso Estado para o maior evento esportivo do mundo. Graças ao comprometimento de muita gente, nós tivemos inúmeros sucessos, os quais eu gostaria de compartilhar.
Desejo que este ano que se aproxima seja marcado pelo empenho de cada um de nós em contribuir para o fortalecimento do Rio Grande do Sul.
Um grande abraço,
Paulo Odone.
Secretario Extraordinário da Copa do Mundo 2014

Destaque do Dia



ques do Dia

Vistoria das obras de conclusão da ERS 407
O diretor-geral do Daer, Vicente Britto Pereira, acompanhado de diretores e técnicos do órgão visitou as obras da conclusão da ERS 407 que liga a Estrada do Mar a BR 101, entre Capão da Canoa/Xangri-lá a BR 101 (Morro Alto).
Local: Capão da Canoa - RS
Data: 30/12/2009
Foto: Linei Zago / Palácio Piratini
Código: 32987

O secretario da Fazenda Ricardo Englert durante entrevista coletiva a imprensa
O secretario da Fazenda, Ricardo Englert durante entrevista coletiva a imprensa.
Local: Porto Alegre - RS
Data: 30/12/2009
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Código: 32986

Vistoria das obras de conclusão da ERS 407
O diretor-geral do Daer, Vicente Britto Pereira, acompanhado de diretores e técnicos do órgão visitou as obras da conclusão da ERS 407 que liga a Estrada do Mar a BR 101, entre Capão da Canoa/Xangri-lá a BR 101 (Morro Alto).
Local: Capão da Canoa - RS
Data: 30/12/2009
Foto: Linei Zago / Palácio Piratini
Código: 32989

O secretario da fazenda Ricardo Englert durante coletiva de imprensa
O secretario da Fazenda, Ricardo Englert durante entrevista coletiva a imprensa.
Local: Porto Alegre - RS
Data: 30/12/2009
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Código: 32985

Vistoria das obras de conclusão da ERS 407
O diretor-geral do Daer, Vicente Britto Pereira, acompanhado de diretores e técnicos do órgão visitou as obras da conclusão da ERS 407 que liga a Estrada do Mar a BR 101, entre Capão da Canoa/Xangri-lá a BR 101 (Morro Alto).
Local: Capão da Canoa - RS
Data: 30/12/2009
Foto: Linei Zago / Palácio Piratini
Código: 32988


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Que as ruas de nossas vidas sejam sempre iluminadas.
Que não hajam apagões nem vendavais que derrubem nossas luminárias, nossos sonhos.
Se houver queda de tensão, que tenhamos sempre por perto um transformador de alegria...
E caso aconteça um curto circuito nos relacionamentos, que sejamos humildes para corrigir nossos erros.
No Balancete final, o que importa mesmo são todos os relatórios conferidos e todas as planilhas executadas. E principalmente lembrar que a vida não nos permite hora extra.
Pois então, que sejamos felizes... Mesmo que seja em meia fase.
E que possamos construir perimetrais e avenidas de harmonia....
Vera Lilge - Smov
CONSERVAÇÃO DE VIAS
Mais R$ 6 milhões para revitalização asfáltica

Começa a licitação para a terceira etapa do programa, que contará com investimentos de R$ 6 milhões para recuperar vias estruturais da cidade e ruas e avenidas de grande circulação nos bairros. O edital foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial de Porto Alegre. A Operação Tapa Buracos também ganhará reforço. Mais seis equipes e três vans vão atuar diariamente na manutenção da malha viária. Com a ampliação do grupo, serão 14 equipes identificando problemas e realizando reparos. Leia mais...
DESTAQUES
IPTU com desconto de 20% vai até segunda

Os porto-alegrenses que quiserem aproveitar o desconto de 20% no IPTU e na Taxa de Coleta de Lixo devem efetuar o pagamento até segunda-feira, 4 de janeiro. As guias já foram distribuídas pelos Correios e o contribuinte também pode ter acesso ao documento no site da administração municipal. O pagamento deve ser feito na rede bancária conveniada com a prefeitura. Leia mais...
Sancionada lei que autoriza financiamento para os Portais

Assinada hoje pelo prefeito em exercício João Batista Linck Figueira, a lei permite a contratação do empréstimo de 100 milhões de dólares junto à Cooperação Andina de Fomento para o projeto Portais da Cidade. “Acredito que esse é um verdadeiro presente para a Capital, pois os portais vão mudar a cara da cidade em termos de mobilidade urbana”, disse Linck. A operação de crédito já havia sido autorizada pela Comissão de Financiamentos Externos do governo federal e agora será apreciada no Senado Federal. Para o secretário de Gestão, Clóvis Magalhães, o novo sistema pode começar a ser implantado no primeiro semestre de 2010. Leia mais...
Escola municipal terá rematrículas on line

A Emílio Meyer é a primeira escola do município a implantar o sistema, que entra em funcionamento na segunda-feira, 4. Desenvolvida pela Procempa, a solução permite aos alunos dos cursos de ensino médio e técnico em Contabilidade acessar, com uma senha, os espaços para rematrícula, além de dados a respeito de sua vida estudantil. Estão registradas informações sobre disciplinas cursadas, respectivos conceitos e as matérias disponíveis para matrícula. O sistema indica se há ou não vagas e colisão de horário nas disciplinas desejadas. Leia mais...
Luz mais eficiente e econômica em nove mil pontos

Com investimento de R$ 33,4 milhões, o projeto Porto Alegre + Luz prevê a substituição dos 80,5 mil pontos de iluminação da Capital. Até agora, técnicos da Smov já trocaram mais de nove mil pontos. Os novos equipamentos, que incluem a substituição de lâmpadas de vapor de mercúrio por lâmpadas de vapor de sódio, são 30% mais econômicos e duas vezes mais eficientes. Leia mais...
FIM DE ANO
Linha Turismo tem horário modificado

Amanhã, 31, o Linha Turismo só terá passeios no turno da manhã, com saídas às 9h (roteiro tradicional) e 10h30 (Zona Sul). Já na sexta-feira, 1º de janeiro, o ônibus irá circular somente à tarde, oferecendo os passeios das 13h30 (roteiro Zona Sul) e das 15h30 (tradicional). Os ingressos para o city tour devem ser comprados na Central de Atendimento, na Travessa do Carmo, 84, Cidade Baixa. Leia mais...
Capital terá coleta de lixo no feriado

Porto Alegre vai passar o Réveillon sem lixo nas ruas. A coleta será feita todos os dias, menos no domingo, como normalmente ocorre. Neste feriado, o DMLU espera corrigir problemas observados no Natal. “As pessoas devem ter pensado que faríamos feriado na sexta-feira, 25, porque havia muito pouco lixo disposto nas ruas. A consequência foi uma demanda reprimida no final de semana”, explica o diretor-geral do departamento, Mário Moncks. Informações sobre dias das coletas domiciliar e seletiva pelo telefone 156 ou no site do departamento. Leia mais...
EPTC orienta motoristas para um trânsito seguro

Na Operação Boas Festas, cerca de 200 agentes de fiscalização do trânsito e do transporte estão nos principais pontos de saída da Capital, hoje, 30, desde as 15h até a noite, e amanhã, 31, pela manhã, tarde e início da noite. A EPTC pede serenidade a todos, sem o uso de bebidas alcoólicas para evitar acidentes. Leia mais...
Município mantém serviços essenciais no Réveillon

Os serviços essenciais da prefeitura não param no feriado de Ano-novo. Confira o que estará funcionando
Samba de Jair Rodrigues celebra a chegada de 2010 na Usina

A programação que promete animar as cerca de 70 mil pessoas aguardadas na orla do Guaíba começa às 21h de amanhã, 31, com o samba e o pagode do Grupo Senzala. Às 22h30, sobe ao palco Jair Rodrigues, que tocará até a contagem regressiva para a chegada de 2010. Após a queima de dez toneladas de fogos, o primeiro grande concerto do ano fica com o Musical Essência. No intervalo entre os shows, o DJ Claudinho Pereira manterá o alto astral nas caixas de som. Leia mais...
PREVISÃO DO TEMPO
Confira a previsão do tempo desta quinta-feira, dia 31

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TEMPO HOJE
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VEJA PAUTAS DO DIA
Pautas para o dia 31 de dezembro

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Presos em Caxias

olícia Civil de Caxias prende três homens por receptação de trator furtado
30/12/2009 18:33

Agentes da DEFREC — Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas —sob a coordenação do delegado Ives Trindade Abreu da Silva Júnior, prenderam, nessa terça-feira, (29), três homens pelo crime de receptação de um trator que fora furtado.
No dia que antecedeu às prisões, os policiais obtiveram a informação de que alguns homens estavam se dirigindo à cidade de Caxias do Sul conduzindo um caminhão, com a finalidade de buscar um trator furtado. Os policiais passaram a monitorar o veículo, o que resultou na abordagem do condutor, bem como de um veículo GM Chevette que o acompanhava. Constatou-se que o caminhão realmente transportava um trator furtado, tendo sido todos os veículos apreendidos.
Foram presos três homens, em flagrante, pela prática do delito de receptação, tendo sido os mesmos encaminhados ao Presídio de Caxias do Sul.
Fonte: Ascom PC

Balanço do MST

Final de ano é momento de fazer balanço das atividades do período que passou, avaliar os avanços e as dificuldades encontradas e começar a planejar o ano que vem chegando.

2009 vai ficar marcado na história como o ano da grande crise capitalista que assolou os mercados financeiros de todo mundo. Crise que se iniciou nos EUA, mas varreu vários países, ricos e pobres, quebrando bolsas, bancos, empresas e, sobretudo, desmoronou a hegemonia ideológica das certezas dos grandes capitalistas no seu deus Mercado, o chamado neoliberalismo.

Tivemos a triste notícia que, segundo a ONU, o número de famintos já passa de 1 bilhão de pessoas, ou seja, a cada seis pessoas uma passa fome em alguma parte do mundo. Houve ainda um aumento da concentração da riqueza e renda em todo planeta, globalizado pelo jeito capitalista de funcionar.

A derrubada das florestas pelo agronegócio e a grande quantidade de carros produzidos no último período para salvar a crise têm agravado ainda mais os problemas ambientais, obrigando o mundo a debater o aquecimento global e suas consequências para a humanidade. Além disso, a pecuária intensiva e o modelo produtivo do agronegócio, - que se baseia no uso abusivo de máquinas e venenos agrícolas - aumentaram o desequilíbrio ambiental no meio rural.

Todos esperávamos que os chefes de Estado compreendessem a gravidade da situação e que em Copenhague assinassem um compromisso de recuperação da Terra. Triste engano. Os governos dos países responsáveis pelos maiores desequilíbrios continuam iguais, cada vez mais insensatos e irresponsáveis. Afinal não querem mudar seu padrão de consumo, nem seus privilégios, pagos por toda humanidade. Como bem avaliaram a Via Campesina internacional e os movimentos ambientalistas: só a mobilização popular pode agora salvar a vida no planeta.

NO BRASIL
No Brasil, o ano foi marcado por debates importantes, como a questão das reservas do petróleo no pré-sal, que pode mudar o rumo da economia e dos problemas sociais; a atualização dos índices de produtividade, promessa assumida pelo governo Lula desde maio de 2005, que poderia acelerar a Reforma Agrária; e a redução da jornada de trabalho para 40 horas, pauta antiga dos trabalhadores, agora assumida por todas as centrais sindicais.

Também tivemos um ano marcado pela criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. Temos visto em diversos governos estaduais, que o Estado continua com posições reacionárias, judicializando os problemas sociais e criminalizando os movimentos que organizam as lutas e batalhas de resistência nas comunidades pobres das grandes cidades e do campo. O MST pagou caro, perdemos o companheiro Elton Brum, assassinado pela Brigada Militar gaúcha. E tivemos vários mandatos de prisões contra nossas lideranças.

Na luta política, a direita brasileira ampliou sua presença nos espaços que detêm hegemonia, como o Poder Judiciário, transformando o presidente do STF em mero porta-voz de seus interesses. No Congresso Nacional, além dos inúmeros casos de corrupção, a direita aumentou a ofensiva com projetos de lei que caminham na contra-mão da história, como tentativas de apropriação da Amazônia, mudanças no Código Florestal e a intenção de liberar completamente o uso e comercialização de venenos agrícolas e sementes transgênicas.

Na Reforma Agrária

Fizemos grandes jornadas de lutas cobrando o cumprimento da Reforma Agrária, em abril e agosto, mas mais uma vez fechamos o ano com poucos avanços para a Reforma Agrária. Estima-se que foram assentadas menos de 20 mil famílias, ou seja, apenas 20% da meta proposta pelo proprio Incra, de 100 mil famílias por ano. Mais de 96 mil famílias continuam acampadas, em sua maioria há mais de três anos debaixo de um barraco de lona.

Tivemos algumas melhorias nos assentamentos, como a expansão da energia elétrica, água encanada, moradia e infra-estrutura. No entanto, não houve avanços em uma questão central para o desenvolvimento dos assentamentos: a implementação de agroindústrias cooperativadas, a universalização do atendimento público de assistência técnica e uma política de crédito rural adequada aos assentados. O Pronaf tem se mostrado insuficiente para resolver os problemas dos assentados, mesmo aumentando o volume do crédito. Essa situação dificulta o aumento da renda das famílias.

Diante desse balanço, nosso papel prioritário é seguir organizando os trabalhadores para garantir o assentamento das famílias acampadas e melhorar as condições de vida das famílias já assentadas, avançando no debate e na implementação de uma Reforma Agrária popular.

Desafios para 2010

2010 nos exige o enfrentamento de muitos desafios, desde a luta geral por mudanças na politica até na luta por Reforma Agrária.

Precisamos consolidar alianças com setores do movimento social e sindical do meio urbano, já que os desafios são grandes, e exigem a mobilização de toda classe. Os temas agrários também se resolvem com a mobilização de toda classe, para alterar a atual correlação de forças politicas. Precisamos contribuir na organização, junto com as pastorais sociais, Assembléia Popular e Coordenação de Movimentos Sociais, para realização de um plebiscito pelo limite máximo da propriedade da terra no Brasil. Buscaremos também fortalecer a luta pela redução da jornada de trabalho e seguir pautando, denunciando e enfrentando a criminalização dos movimentos sociais, além de lutar para garantir que o petróleo do pré-sal pertença de fato ao povo e seus recursos sejam destinados para o combate à pobreza e investimento na educação e na saúde da população brasileira.

O próximo ano terá o desafio das eleições e, mesmo sabendo das limitações da democracia representativa burguesa, entendemos que é importante aproveitar esse momento, em que a população se envolve no pleito, para fazer um grande debate. É momento oportuno para discutir os problemas sociais e estruturais do país e pautar a necessidade da construção de um projeto popular para o Brasil. Precisamos votar nos candidatos socialistas e progressistas, comprometidos com a Reforma Agrária, e não deixar que candidaturas de direita se elejam com votos dos trabalhadores.

O Brasil precisa mostrar ao mundo no próximo período que, mais do que ser o país das Olimpíadas ou da Copa, precisa ser um país de justiça social, para todos os seus cidadãos. Um país sem analfabetos e símbolo da produção agroecológica. Um país onde não haja mais concentração de terra, nem de renda. É esse o país que desejamos a todas e todos em 2010.

Indique o MST Informa para um amigo ou uma amiga
Indique pelo menos, mais um correio eletrônico e envie para letraviva@mst.org.br com assunto "cadastro letraviva", para continuarmos a difundir e colocar para a sociedade as análises e posições do MST.
MST Informa é uma publicação quinzenal do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, enviada por correio eletrônico.
Sugestões de temas, artigos, formato: letraviva@mst.org.br. Incluir ou remover correios eletrônicos no cadastro do MST Informa.
O MST não modera ou coordena nenhuma comunidade no Orkut e ninguém está autorizado a fazê-lo em seu nome.
Opine
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Feliz 2010

Fabio:

O Ano Novo vai chegar à estação!
Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo à janela e desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem de vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
Desdobre o mapa e planeje roteiros.
Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
Desembarque nela os seus sonhos...
Desejo que a sua viagem pelos dias do próximo ano, seja de PRIMEIRA CLASSE.

Feliz 2010!

Estacionamento para Idosos em Vacaria RS

Consepro cria vagas para estacionamento de idosos

O Consepro atendendo uma resolução federal, está criando vagas para idosos no estacionamento da zona azul.

São 35 vagas criadas, porém os idosos terão que pagar o mesmo valor das demais vagas da zona azul.

Será feita uma credencial para que ao estacionar, o condutor deixe sobre o painel essa identificação como sendo idoso.

Inicialmente até que as credenciais sejam confeccionadas, as pessoas devem utilizar a carteira de identidade.

O departamento municipal de trânsito está colocando a sinalização e a guarda municipal vai fazer a fiscalização.



Data: 30/12/2009 - 16:57
Fonte: Miro Santos/Rádio Esmeralda

Revista Veja

30 de dezembro de 2009
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Caro leitor, aqui estão os destaques de VEJA desta semana.

VEJA.com - veja@abril.com.br


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Edição da semana (nº 2146 - 6 de janeiro de 2009)

[Especial]
-----------
Laser, a medicina da luz
Metade de todos os procedimentos médicos, das mais diversas especialidades, tem como primeira indicação o uso desse feixe de luz concentrada. E as pesquisas indicam que seu uso pode se ampliar para muitos outros.
http://veja.abril.com.br/060110/laser-medicina-luz-p-068.shtml

Índice da edição
http://veja.abril.com.br/060110/sumario.shtml


[Entrevista]
----------
Rogério Fasano diz por que alguns restaurantes morrem
http://veja.abril.com.br/060110/o-bom-ser-classico-p-015.shtml


[TCU]
----------
O TCU consegue rastrear por onde nossos recursos escapam
http://veja.abril.com.br/060110/desvios-subterraneos-p-042.shtml

[Estados Unidos]
-----------------
Terrorismo volta a assombrar
O atentado de jovem nigeriano falhou, mas tumultuou.
http://veja.abril.com.br/060110/bomba-na-cueca-p-058.shtml


[Negócios]
----------
A nova cara do sabonete no mercado
Barras artesanais tornaram-se um negócio lucrativo.
http://veja.abril.com.br/060110/a-nova-cara-do-sabonete-p-086.shtml


[Saúde]
----------
Como esticar a pele após a cirurgia de estômago
http://veja.abril.com.br/060110/enxugou-tem-que-esticar-p-084.shtml


[Cinema]
----------
Novo filme, Watson leva a melhor sobre Sherlock
http://veja.abril.com.br/060110/sherlock-watson-sem-retoques-p-092.shtml


[Ambiente]
----------
Como podemos salvar o atum-azul
Existe uma nova técnica para produção em cativeiros.
http://veja.abril.com.br/060110/como-salvar-atum-azul-p-082.shtml


[Guia]
----------
Os benefícios dos alimentos com fibras
Eles fazem bem à saúde e melhor: não têm calorias.
http://veja.abril.com.br/060110/alimentos-de-fibra-p-088.shtml


[Lya Luft]
----------
O ano de pensar
http://veja.abril.com.br/060110/o-ano-de-pensar-p-021.shtml


[Roberto Pompeu de Toledo]
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Recomeços passados e presentes
http://veja.abril.com.br/060110/recomecos-passados-presentes-p-102.shtml



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[Destaques on-line]
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[Reportagem]
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Fat-pride, o orgulho de ser gordo
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/fat-pride-orgulho-ser-gordinha-obesidade-519659.shtml

[Entrevista]
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Gilberto Silva, o jogador operário que conquistou Dunga
http://veja.abril.com.br/blog/copa-2010/selecao-brasileira/gilberto-silva-o-operario-um-passo-por-vez/

[Perguntas e respostas]
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Mudança no seguro-desemprego
http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/seguro-desemprego.shtml

[Vídeos]
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O melhor amigo do homem

Como escolher um filhote
http://veja.abril.com.br/mediacenter/curiosidades/dicas-escolher-seu-filhote-826d0268e15af9e24dbb533a35db4193.shtml

Técnicas de adestramento
http://veja.abril.com.br/mediacenter/curiosidades/cao-obediente-seu-tambem-pode-ser-a09736076aee8f4485ea2cf30adda68e.shtml

Crianças e cães
http://veja.abril.com.br/mediacenter/curiosidades/vantagens-convivencia-caes-criancas-406095651cd3d5a109aee09db4183c43.shtml

Adoção
http://veja.abril.com.br/mediacenter/curiosidades/20-milhoes-caes-procura-lar-adf3f798f60a39a06136c8d752f32399.shtml


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Colunistas

[Blog]
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Reinaldo Azevedo
O PT privatizou a Caixa Econômica Federal
http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/

[Coluna]
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Augusto Nunes
Momentos de 2009
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

[Cenas Urbanas]
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Tony Bellotto
Batatas
http://veja.abril.com.br/blog/cenas-urbanas/

[Sustentável é pouco]
---------------------
Denis Russo Burgierman
Mensagem de ano novo
http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/

[Genética]
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Mayana Zatz
O caso Sean Goldman e o direito de decidir
http://veja.abril.com.br/blog/genetica/

[Consultório Sentimental]
------------------------
Betty Milan
Um homem infeliz
http://veja.abril.com.br/blog/consultorio-sentimental/

[Blogs da redação]
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Internet
Vida em Rede
Como visualizar graficamente seguidores do Twitter
http://veja.abril.com.br/blog/vida-em-rede/

[Futebol]
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Blog da Copa
Os surpreendentes votos para melhor do mundo
http://veja.abril.com.br/blog/copa-2010/

[Variedades]
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Dez mais
Piores micos envolvendo celebridades em 2009
http://veja.abril.com.br/blog/10-mais/

[Literatura]
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VEJA Meus Livros
O gigante russo e o abolicionista
http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/



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[VEJA 40 ANOS]
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O BRASIL QUE QUEREMOS SER

Hora de discutir as Megacidades no Brasil
Nesta semana o painel de VEJA 40 anos discute o planejamento e crescimento das cidades no país. Envie sua proposta.

Participe e ajude a Mata Atlântica
Cada proposta ou comentário publicado no projeto VEJA 40 anos contribuirá para o plantio de uma muda de árvore nativa pela Fundação SOS Mata Atlântica.
www.veja.com.br/40anos/megacidades

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Caixa Investiu quase R$20 Milhões e, Casas em Vacaria RS

Caixa investiu quase R$20 milhões em casa própria neste ano

A agência de Vacaria tem quase 4.500 contratos habitacionais. Para 2010, o valor deve ser superior a R$20 milhões.

A meta inicial da Caixa Federal para Vacaria, neste ano, era de R$9,31 milhões, entretanto a agência liberou R$19,9 milhões.
Os recursos foram para a construção de casas próprias , compra de terrenos para posterior construção, aquisições de imóveis usados e reforma de residências. Hoje, a agência está com quase 4.500 contratos habitacionais. O gerente local, Frederico Rech destaca que todo esse dinheiro foi investido no município de Vacaria.
Para 2010 a caixa federal deverá liberar mais de R$20 milhões para a casa própria, já que para o programa "Minha Casa, Minha Vida" estão inscritas quase 2.000 famílias.
O secretário de Desenvolvimento e Assistência Social Valdecir Panisson informa que a administração vai criar vários núcleos habitacionais para comtemplar o maior número de bairros.
As imobiliárias de Vacaria também estão credenciadas pela Caixa Econômica Federal para orientar e informar os programas que estão disponíveis para a construção da casa própria.


Rádio Fátima AM (Jornalismo), 31/12/2009, 08h20

O Funciona no Feriadão


Saiba o que funciona neste feriadão

Imagem: Arquivo Google
Os bancos não terão expediente nesta quinta-feira, 31/12. O atendimento ao público será retomado na segunda-feira, 04/01.
As repartições públicas funcionam hoje, somente no período da manhã.
As lojas ficam abertas até as 18 horas e 30 minutos. Já os supermercados têm expediente até as 20 horas.
As três paroquias, Nossa Senhora da Oliveira, Fátima e Glória realizam nesta quinta-feira, a Celebração de Ação de Graças, às 21 horas.


Rádio Fátima AM (Jornalismo), 31/12/2009, 08h06

Assassinos de pm seguem Foragidos

Suspeitos do assassinato de policial militar em Jaquirana seguem foragidos
Entretanto, a polícia já identificou os três suspeitos e segue as buscas na região.

A Polícia Civil e a Brigada Militar continuam mobilizadas para deter o trio que praticou uma série de roubos na região e também matou o policial militar Valdecir Cândido Luiz.
No dia 25/12, às 9h, em Caxias do Sul, o trio assaltou um mercado no bairro Esplanada e tentou roubar uma Ford Pampa. Em seguida, roubaram outro mercado no mesmo bairro e levaram um automóvel Corsa.
Depois, já em Jaquirana , por volta das 11h, assaltaram um casal de Caxias do Sul que parou na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, na RS 110, e tentaram levar o automóvel do casal.
Ainda no dia 25, as 17h, no centro de Jaquirana, em frente a Estação Rodoviária, enquanto um dos assaltantes comprava cartões telefônicos, os outros dois foram abordados pela Brigada Militar, onde reagiram e mataram o policial militar Valdecir Cândido Luiz, fugindo pela RS 110 e abandonando o Corsa após estourar um pneu.
Eles se esconderam em um mato, onde reapareceram no último domingo, dia 27, sendo que na ocasião renderam um casal de aposentados que pescava no Rio dos Novilhos, na localidade de Princesa da Serra, onde levaram uma caminhonete F-1000.
Segundo informações de populares, adentraram nas estradas secundárias que dão acesso a Cazuza Ferreira, mas até o momento não foram localizados.
A Polícia chegou a receber informações de que a camihonete teria sido abandonada em determinados locais da região, mas nada foi confirmado.
A camioneta roubada é de cor marrom, cabine dupla, com rodas de alumínio.
Os três assaltantes já foram formalmente identificados pela Delegacia de Polícia de Jaquirana, que apura os crimes acontecidos no município.

Os suspeitos são:
Fábio, 29 anos, conhecido como Pica-Pau, com antecedentes por roubos a mão-armada e receptação em Caxias do Sul. A dez anos atrás ele também matou o sogro em Jaquirana.
Adilson, 38 anos, residente em Esteio, mas natural de Tuparendi, com passagens policiais por tráfico de drogas e roubo em Gravataí.
Édson , 26 anos , do Bairro Matias Velho em Canoas, com antecedentes por tráfico de drogas, furtos, roubos e latrocínio na região de Canoas.

Os três estão foragidos desde o dia 23/12 do regime semi-aberto do Instituto Penal da Escola Profissional em Charqueadas, mas o Delegado Carlos Alberto Defaveri que responde pela Delegacia de Jaquirana solicitou ontem a prisão judicial dos três à Justiça de Bom Jesus.



Rádio Fátima AM (Jornalismo), 30/12/2009, 16h37

Revista Veja








30 de dezembro de 2009
Caro leitor, aqui estão os destaques de VEJA desta semana.
VEJA.com - veja@abril.com.br


Edição da semana (n° 2146 - 6 de janeiro de 2010)


Especial
Laser, a medicina da luz
Metade de todos os procedimentos médicos, das mais diversas especialidades, tem como primeira indicação o uso desse feixe de luz concentrada. E as pesquisas indicam que seu uso pode se ampliar para muitos outros.

• Índice da edição



Entrevista
Rogério Fasano diz por que alguns restaurantes morrem

TCU
O TCU consegue rastrear por onde nossos recursos escapam



Estados Unidos
Terrorismo volta a assombrar
O atentado de jovem nigeriano falhou, mas tumultuou. Negócios
A nova cara do sabonete no mercado
Barras artesanais tornaram-se um negócio lucrativo.



Saúde
Como esticar a pele após a cirurgia de estômago

Cinema
Novo filme, Watson leva a melhor sobre Sherlock



Ambiente
Como podemos salvar o atum-azul
Existe uma nova técnica para produção em cativeiros. Guia
Os benefícios dos alimentos com fibras
Eles fazem bem à saúde e melhor: não têm calorias.



Lya Luft
O ano de pensar

Roberto Pompeu de Toledo
Recomeços passados e presentes


Destaques on-line
Reportagem
Fat-pride, o orgulho de ser gordo

Entrevista
• Gilberto Silva, o jogador operário que conquistou Dunga
Perguntas e respostas
• Mudança no seguro-desemprego

Vídeos
O melhor amigo do homem
• Como escolher um filhote
• Técnicas de adestramento
• Crianças e cães
• Adoção


O BRASIL QUE QUEREMOS SER

Hora de discutir a democracia no Brasil
Nesta semana o painel de VEJA 40 anos discute a profissionalização da gestão pública brasileira. Envie sua proposta.

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Colunistas
Blog
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O PT privatizou a Caixa Econômica Federal

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Momentos de 2009

Cenas Urbanas
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Batatas

Sustentável é pouco
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Copenhagen

Melhor não ter nenhum acordo em Copenhagen do que um que signifique uma catástrofe.

A única oferta na mesa em Copenhagen seria condenar o mundo em desenvolvimento a perpétua pobreza e sofrimento



Naomi Klein

guardian.co.uk, 17 de dezembro de 2009



No nono dia da conferencia sobre o clima em Copenhagen a África foi sacrificada. A posição do bloco de negociação do G77, incluindo os estados Africanos, foi clara: um aumento de 2 ° C na temperatura média global se traduz em 3-3,5°C para a África. Isso significa, segundo a Aliança Pan-africana por Justiça Climática [em inglês: Pan African Climate Justice Alliance], "que 55 milhões de pessoas a mais poderiam estar em risco de passar fome”, e “pressões relacionadas à água poderiam afetar entre 350 e 600 milhões pessoas".

O arcebispo Desmond Tutu diz: “Estamos diante de um desastre iminente em escala monstruosa … O objetivo global de aproximadamente 2°C significa condenar a África a incineração e nenhum desenvolvimento moderno.”

Mesmo assim, isso é exatamente o que o primeiro ministro da Etiópia, Meles Zenawi, se propôs a fazer na sua escala em Paris a caminho de Copenhagen: ao lado do Presidente Nicolas Sarkozy, afirmando falar por toda a África (ele é o chefe do grupo Africano de negociação do clima), revelou um plano que inclui o temido aumento de 2°C e oferece aos países em desenvolvimento apenas $10bilhões ao ano para ajudar a pagar por tudo que se relaciona ao clima, desde muros no mar até tratamento de malária e a luta contra o desmatamento.

É difícil acreditar que esse é o mesmo homem que há apenas três meses estava dizendo o seguinte: “iremos usar nossos números para deslegitimar qualquer acordo que não seja consistente com a nossa posição mínima... Se necessário, estamos preparados a nos retirarmos de qualquer negociação que ameace ser outro estupro ao nosso continente... O que não estamos preparados a aceitar é o aquecimento global acima do nível evitável mínimo.” E isso: “iremos participar nas próximas negociações não suplicando para defender o nosso caso mas sim como negociadores que defendem as nossas visões e interesses.”

Ainda não sabemos exatamente o que Zenawi recebeu em troca de uma mudança tão radical no seu tom ou como, exatamente se vai de uma posição exigindo $400bilhões de dólares por ano em financiamento (a posição do grupo africano) para um mero $10bilhões de dólares. Analogamente, não sabemos o que aconteceu quando a secretária de estado Hillary Clinton se encontrou dom o presidente Filipino Gloria Arroyo apenas algumas semanas antes da conferencia e repentinamente a mais dura negociadora Filipina foi retirada de sua delegação e o país, que vinha exigindo cortes profundos no mundo rico, repentinamente entrou na linha.



Sabemos sim, ao testemunhar uma série desses rostos sorridentes, que as potencias do G8 estão dispostas a fazer qualquer coisa para chegar a um acordo em Copenhagen. Essa urgência não flui de um desejo ardente de evitar uma mudança climática cataclísmica, já que os negociadores sabem muito bem que os cortes insignificantes nas emissões que estão propondo são uma garantia de que as temperaturas irão subir os dantescos 3,9° C, como afirma Bill McKibben.

Matthew Stilwell do Instituto de Governança e Desenvolvimento de Sustentabilidade [em inglês: Institute for Governance and Sustainable Development]– um dos mais influentes orientadores nessas discussões – diz que as negociações não estão voltadas a realmente evitar a mudança climática e são na verdade um campo de batalha sobre um recurso profundamente valioso: o direito ao céu. Há um limite limitado de carbono que pode ser emitido na atmosfera. Se os países ricos fracassarem em reduzir drasticamente as suas emissões, eles estão ativamente devorando a parcela insuficiente disponível para o sul. O que esta em jogo, argumenta Stilwell, não é nada menos do que a “importância do compartilhamento do céu”. A Europa, ele diz, entende muito bem quanto dinheiro pode ser ganho com o comércio de carbono, já que usa esse mecanismo há anos. Os países em desenvolvimento, por outro lado, nunca lidaram com restrições de carbono, portanto muitos governos não entendem o que estão perdendo. Comparados os $1.2 trilhões de dólares ao ano, segundo o eminente economista britânico Nicholas Stern - com os insignificantes $10bilhões de dólares na mesa para os países em desenvolvimento , nos próximos três anos, Stilwell afirma que os países ricos estão tentando trocar “miçangas e cobertores por Manhattan”. Ele acrescenta: “Esse é um momento colonial. Por isso nenhuma pedra ficou encoberta para conseguir que os chefes de Estado viessem aqui para assinar esse tipo de acordo... E não tem volta. O último recurso sem dono acaba de ser dividido e distribuído entre os ricos.”

Por meses agora ONGs estavam por trás da mensagem de que o objetivo de Copenhagen “era selar o acordo”. Em toda parte no Bella Centre, os relógios estão rodando. Mas não é suficiente apenas um acordo, qualquer acordo, principalmente por que o único acordo oferecido não irá resolver a crise climática e pode piorar muito as coisas, amarrando indefinidamente as atuais desigualdades entre norte e o sul.

Augustine Njamnshi da Aliança Pan-africana por Justiça Climática explica a proposta de 2°C de forma muito crua: “Você não pode dizer que esta propondo a ‘solução’ para a mudança climática se a sua solução irá causar a morte de milhões de Africanos e se serão os pobres, não os poluidores, que irão continuar a pagar pela mudança climática.”

Stilwell diz que um acordo errado iria “amarrar uma abordagem errada até 2020” – muito além da data de limite para o pico de emissões. Mas ele insiste que não é muito tarde para se evitar uma tragédia maior. “Eu prefiro esperar seis meses ou um ano e fazer a coisa certa, por que a ciência esta se desenvolvendo, a vontade política esta crescendo, a compreensão da sociedade civil e comunidades afetadas esta crescendo, e eles estarão prontos a pressionar os seus líderes a assinarem o tipo de acordo certo.”

No início dessa negociação a mera noção de um adiamento era uma heresia ambiental. Mas agora muitos estão vendo o valor de se diminuir a pressa e de fazer a coisa certa. Mais significativo, após descrever o que significariam 2°C para África, o arcebispo Tuto pronunciou que é “melhor não se chegar a nenhum acordo, do que se assinar um mau acordo”. Isso com certeza seria um desastre político para alguns chefes de estado – mas poderia ser a última chance de se evitar um desastre real para todos os demais.



tradução: Ana Amorim, São paulo, 19 de dezembro 09

Ovos da Serpente


A tapetada da ignorância ou os novos ovos da serpente

As mídias vêm divulgando uma nova moda, que contaria com muitos adeptos. Ela consiste em enrolar tapetes dos automóveis, transformando-os em cassetetes improvisados. Estes são manejados por jovens, que se divertem com os efeitos dos golpes desferidos no corpo de desavisados, pedestres ou ciclistas. Estes jovens são os novos ovos da serpente.

Luís Carlos Lopes

As mídias vêm divulgando a nova moda, que contaria com muitos adeptos e admiradores. Ela consiste em enrolar os tapetes dos automóveis, transformando-os em cassetetes improvisados. Estes são manejados por jovens, que se divertem com os efeitos dos golpes desferidos no corpo de desavisados, pedestres ou ciclistas que circulam no espaço público. A ‘brincadeira’, fortemente ofensiva, consiste em fazer o outro sentir uma dor intensa. Pelo menos em um caso, a tapetada foi acompanhada de outras agressões racistas feitas a um homem negro.

Os alvos são os passantes, aqueles que ousam dividir o espaço das cidades com os demais membros da população. Os eventos são filmados e depois divulgados na Internet, com muito orgulho e sensação do dever cumprido. Os tapeteiros têm muitos fãs, como se pode ver nas redes de relacionamento. Ao que parece, eles se acham o máximo e desconhecem qualquer regra de convivência e respeito social. Existem os que fazem, os que ajudam e os que aprovam tal barbaridade. Eles batem em moças – Será que existe algum teor sexual no comportamento deles? –, rapazes e em qualquer outro alvo que lhes pareça ‘merecedor’ de uma tapetada.

Estes novos agressores criptofascistas nada tem a ver com a sapatada iraquiana em Bush e com o doido que agrediu o Berlusconi. Não são atos cometidos por pessoas insatisfeitas com a ordem. Ao contrário, os tapeteiros têm mais a ver com os que agridem verbalmente ou fisicamente mulheres, negros, índios, mendigos e homossexuais. São filhos de um certo humor televisivo baseado no preconceito e no sofrimento do outro. Acreditam que estão acima de todos e podem fazer o que bem entendem. Divertem-se com a dor alheia, tal como todos que conseguem achar graça das diferenças, das tragédias e das misérias humanas.

Certamente, eles têm automóveis e alguns recursos. Há provas que vários são estudantes de nível superior de escolas privadas. Alguns freqüentam cursos que lhes darão diplomas impossíveis de serem acessados pela maioria dos estudantes brasileiros. Moram, comem e bebem sem nenhum problema. Eles têm tempo livre à vontade para vadiar por aí, buscando encontrar um sentido, mesmo que negativo, para suas vidas. Vão da ação violenta à sua divulgação na Internet em minutos.

Eles não conhecem o real significado da expressão direitos humanos e têm raiva de quem lembra da mesma. Acham que são mais brasileiros do que os que agridem, não demonstrando qualquer culpa ou remorso. Mesmo assim, como são, em sua maioria, brancos e socialmente bem situados, conseguem ter um tratamento diferencial quando são pegos. Não há registro que suas famílias deixem de apoiá-los ou exerçam qualquer tipo de controle de seus comportamentos violentos. Flutuam na atmosfera de uma sociedade baseada na diferença extrema, na baixa cultura e na falta de inteligência e de compaixão.

Estes jovens são os novos ovos da serpente. Representam o que há de pior na sociedade brasileira. Aqueles que, dependendo da evolução da história do país, estarão prontos para tentar impedir qualquer mudança e para garantir seus privilégios de classe. Estão sendo chocados e se preparando para um possível embate no futuro. O que fazem hoje, talvez seja uma pequena amostra do que poderão fazer em outro contexto. Só é possível evitar isto, se desde hoje a vigilância democrática esteja atenta para as manifestações ainda líquidas de um fascismo que poderá se solidificar, dependendo de quem estiver no poder central.

O estímulo à leitura e ao consumo da obra de arte de qualidade - popular e erudita - são antídotos a ser considerados. A Internet, por exemplo, é um meio de comunicação, onde há de tudo um pouco. Eles trafegam no lixo, mas poderiam usar o mesmo meio para acessar as conquistas da filosofia, das artes e das ciências. É tecnofobia demonizar o meio. O problema está no modo que eles são capturados para usá-lo.

Na verdade, eles vieram do consumo de uma televisão de baixíssima qualidade e de outras mídias também pouco edificantes. Hoje, estes jovens encontram na Internet os mesmos vícios e problemas, potencializados pela interatividade. Não é difícil que eles acreditem que o mundo é só o que eles e suas redes intersubjetivas imaginam como o único e possível.

Eles pouco ou nada ouvem, vêem ou lêem comunicando o combate aos preconceitos tradicionais da sociedade brasileira. Não sabem o que são exatamente o racismo, o sexismo, a homofobia, o idadismo e o terrível e secreto preconceito contra a inteligência. Certamente, não compreendem que a pobreza não é um destino e sim um problema político.

Há razões de sobra para desconfiarem de tudo que cheire a política e para imaginarem que qualquer um interessado nisto é um ladrão. Em suma, estão apartados de um instrumental básico para compreender o mundo em que vivem. São alienados, manipulados pelos mais fortes e manipuladores dos mais fracos que conseguem alcançar.



Luís Carlos Lopes é professor e autor do livro "Tv, poder e substância: a espiral da intriga", dentre outros



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Viva Favela






Valeu 2009! Viva 2010!
por: Renata Sequeira - 22/12/2009



Em 2009, o Viva Favela ganhou novos correspondentes, parceiros e até um prêmio. Para 2010, esperamos muito mais novidades: vem aí o Viva Favela 2.0!! Confira também a mensagem de fim de ano, em vídeo, do Viva Rio.



Boa opção de compras
por: Renata Sequeira e Landa Araújo - 21/12/2009



Se você ainda não comprou todos os presentes da sua lista de Natal, e a grana anda curta, já pensou em dar uma passada em um brechó? Brechós do Terreirão e da Rocinha são uma boa opção de compras para a festa de final de ano e o amigo-oculto.



Drogas e juventude
por: Viviane Oliveira* - 21/12/2009


Jovens participantes do PROTEJO apresentaram o resultado de suas pesquisas sobre drogas e dependência química em seminário que reuniu, pela primeira vez, os alunos dos quatro pólos da Maré. Eles mostraram suas impressões e reflexões em relação ao uso de drogas e a descriminalização.




Concurso de fotografias “Fototalentos’10”

Curso de Fono da UFRJ oferece tratamento gratuito

Pré-Vestibular da Maré abre processo seletivo

Concurso para o Exército

2238 vagas para concurso dos Correios

Vagas para aprendiz

Mensagem

NATAL é o simbólico, no nascimento, um tempo de renovar

a esperança, na certeza e luta por um mundo novo.

Ele nos mostra a cada ano que é o novo de novo:

o renascimento das convicções que não foram alcançadas.

E pede no seu simbolismo, sem desesperança, o caminho

a seguir, de novo.

Portanto,

você que sonhou um sonho de solidariedade e extrapolou esse sonho;

que acreditou que é preciso mais que acreditar;

que soube dar a mão e caminhar junto;

que soube ser mais que amigo e irmão. Mais, ainda, ser cúmplice e companheiro;

que teve olhos para olhar os oprimidos sem a piedade. Mas capáz de reuní-los como companheiros de jornada;

que sabe enxergar os opressores da humanidade. Confronta-los e denunciá-los;

que almeja e luta por um mundo melhor, justo, fraterno e de oportunidades iguais;

que elege as estrelas como objetivo;

que constroi um sendeiro de beleza onde todos possam caminhar dando as mãos;

que acredita que todos os Natais trazem a mensagem de um renascimento em busca de lúz e esperança;



À você que nos recebe à cada dia,;

que nos lê;

que nos repassa; (ou não)

que amplia os espaços e o tempo da consciência do caminho;

desejando, agradecendo e retribuindo.



Um FELIZ NATAL!



CARTA O BERRO

Vanderley Caixe



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2010

Caros do Grupo,



de um lado temos um Brasil sem rumo, pautado pela mentira, embustes, principalmente pela discriminação espacial¹, agora promovida pelo programa “Minha casa, Minha vida”, esta como uma das principais causas da escalada da violência, temos a supressão da liberdade individual e a divisão da sociedade pela luta de classes e das etnias que a compõe. É o circo que sustenta o clientelismo político, com a corrupção crescente.



"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)



Mas teremos em 2010 um novo ano, quando teremos a oportunidade de escolher nossos representantes, e mais importante que isso, muito mais importante, a oportunidade de lutarmos pela nossa liberdade. E nesta luta teremos um fator motivador, as comemorações do Ano Nacional Joaquim Nabuco.



Eu tenho comigo que de todos os brasileiros, o que mais dignificou o termo "brasileiro" foi o engenheiro André Pinto Rebouças, hoje ele seria lembrado por ser afrodescendente, não pela sua grandeza, idealismo e capacidade de empreender. Se Johann Moritz von Nassau-Siegen é denominado pela “história” de o "brasileiro", Rebouças deu outro sentido ao termo, ou melhor deu sentido ao termo.



De um lado comemoramos o dia 20 de novembro, que com a lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluído no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra, que é também feriado em muitas cidades brasileiras.



Mas não nos damos conta de que devemos também ter a consciência de sermos brasileiros, mesmo porque a defesa de uma pretensa pureza étnica não nos pode ser aceitável, a história da humanidade mostra como isso é falso e produz muito sofrimento, dor e mortes e esta está longe de uma realidade, pois atende somente a falsas propostas e programas de políticos demagogos. Um povo não pode ser separado pela cor da pele ou etnia da qual descende, muito menos pela religião que professa.



Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência, não antiescravagista, mas sim em defesa da liberdade. Muitos o consideram um mito, e a partir desta realidade o enaltecem, outros já criticam a escolha, pois deixa de ser um exemplo, um referencial, como o foi Martin Luther King para os Estados Unidos da América, como o foi Rebouças para o Brasil, que souberam deixar seu legado de luta pela mudança em toda sociedade, não se apartando dela, mas se inserindo e promovendo as mudanças necessárias.



Quanto a Zumbi, infelizmente temos poucos registros históricos, algumas pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Não está claro se ele conquistou a sua liberdade nos conflitos entre os portugueses e os remanescentes da transnacional WIC. Mas é certo que ele nasceu durante o período da insurreição pernambucana. A insurreição pernambucana, também referida como Guerra da Luz Divina, registrou-se no contexto do segundo período de atuação da WIC, indevidamente chamado de invasões holandesas do Brasil, culminando com a expulsão dos neerlandeses da região Nordeste do Brasil. O movimento integrou forças lideradas pelos senhores de engenho André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, pelo africano Henrique Dias e pelo indígena Felipe Camarão.



Para entendermos o “Brasil” da época de Zumbi, recomendo que acessem: http://www.culturabrasil.pro.br/holanda.htm



A Restauração Portuguesa em 1640 conduziu à assinatura de uma trégua de dez anos entre Portugal e os Países Baixos. Com este abalo ao domínio espanhol, a guerra de independência dos Países Baixos prosseguiu.



Na América, o Brasil se pronunciou em favor do Duque de Bragança (1640). Na região Nordeste, sob domínio da WIC, Maurício de Nassau foi substituído na administração. Ao contrário do que preconizara em seu "testamento" político, os novos administradores da companhia passaram a exigir a liquidação das dívidas aos senhores de engenho inadimplentes, política que conduziu à Insurreição Pernambucana de 1645 e que culminou com a extinção do domínio neerlandês após a segunda Batalha dos Guararapes.



Formalmente, a rendição foi assinada em 26 de Janeiro de 1654, na campina do Taborda, mas só provocou efeitos plenos, em 6 de agosto de 1661, com a assinatura da Paz de Haia, onde Portugal concordou em pagar aos Países Baixos oito milhões de Florins, equivalente a sessenta e três toneladas de ouro.



Isso mesmo, sessenta e três toneladas de ouro.



Este valor foi pago aos Países Baixos, em prestações, ao longo de quarenta anos e sob a ameaça de invasão da Marinha de Guerra. De acordo com uma corrente historiográfica tradicional em História Militar do Brasil, o movimento assinalou ainda o germen do nacionalismo brasileiro, pois os brancos, africanos e indígenas fundiram seus interesses na expulsão do invasor.



Nesta conjuntura é que estudos nos indicam que em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados portugueses e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de português e latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco.



Era um período de intensos conflitos, e em linhas gerais, a atuação da WIC no Brasil, erroneamente denominadas de invasões holandesas podem ser recortadas em dois grandes períodos:



1624-1625 - Invasão de Salvador, na Bahia

1630-1654 - Invasão de Olinda e Recife, em Pernambuco

1630-1637 - Fase de resistência ao invasor

1637-1644 - Administração de Johann Moritz von Nassau-Siegen

1644-1654 - Insurreição pernambucana



Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Francisco (Zumbi). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta pela liberdade, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.



O nome Palmares foi dado pelos portugueses, devido ao grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de luta pela liberdade, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.



O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. Período no qual tivemos também o desenvolvimento de boa parte do Brasil, não como colônia, mas como fruto da atuação de uma transnacional do então Sacro Império Romano-Germânico - Sacrum Romanum Imperium, a West-Indische Compagnie ou WIC, que por nós é conhecida como sendo a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais ou Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais. O século XVII vê um grande desenvolvimento da agricultura, que usa a mão-de-obra africana, com culturas de tabaco e especialmente da cana-de-açúcar na Bahia, Pernambuco, e mais tardiamente no Rio de Janeiro.



Neste período as expedições chamadas de Entradas e Bandeiras dos paulistas descobriram o ouro, pedras preciosas em Minas Gerais e ervas no sertão. As colônias nordestinas foram ocupadas pela em 1624 e entre 1630 e 1654, principalmente sob o comando de Johann Moritz von Nassau-Siegen, sendo enfim expulsos na batalha de Guararapes. Nessa época foi fundado o Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, guerreiro, que congregava milhares de negros fugidos dos engenhos de cana do Nordeste brasileiro e alguns índios e brancos pobres ou indesejáveis. Este "submundo" foi finalmente destruído, não sem uma resistência heróica e violenta, por bandeirantes portugueses comandados por Domingos Jorge Velho, tendo seu líder sido morto e decapitado (segundo a tradição não-oficial, Zumbi teria conseguido escapar).



No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital, era Macaco, na Serra da Barriga.



A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.



O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.



Sobre a morte de Zumbi existem inúmeros relatos, mas nada oficial, seguindo os historiadores, que se baseiam em documentos da época;

- no final da Guerra dos Palmares, um membro do exército luso-brasileiro escreveu que viu Zumbi jogar-se do alto de um penhasco para não ser aprisionado;

- outro afirma que o feriu e matou durante um dos combates;

- um terceiro garante que depois de morto cortou a sua cabeça e a levou para Recife;

- ninguém afirmou que Zumbi tenha levado dois tiros mas conseguido escapar;

o que nos leva a concluir que haveria vários Zumbi em Palmares, ou que o termo Zumbi designasse por exemplo um capitão ou chefe de um quilombo.



Ainda as mesmas fontes afirmam que para acabar com a resistência - heróica, sem dúvida - dos palmarinos, foi pedido ao Governo que mandasse canhões, mas quando estes finalmente chegaram, tinha já acabado a guerra e nem um só tiro de canhão foi disparado.





A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003 também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, já começaram a propiciar o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.



Assim como Zumbi dos Palmares, temos a história do engenheiro André Pinto Rebouças, parte de nossa história mais recente, de uma história que dignifica os brasileiros, e muitas de suas obras estão ainda presentes para homenageá-lo. O engenheiro André Pinto Rebouças era brasileiro e foi, e ainda hoje, é exemplo. Em Curitiba temos ruas e um bairro em homenagem a ele e seu irmão, também engenheiro.



No ano de 1891, o engenheiro e intelectual liberal André Rebouças desenhou em seu Registro de Correspondência um triângulo equilátero, nomeando cada um dos lados: Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Liberal), Taunay (Conservador) e André Rebouças (sem partido). Por meio de uma tênue linha pontilhada, os ângulos da figura uniam-se em uma pirâmide, em cujo vértice encontrava-se o nome de Dom Pedro II. Assim ilustrava Rebouças suas relações com seus companheiros de campanha abolicionista e militância reformadora, reunidos pelo exílio europeu: divergentes em suas escolhas partidárias, mas unidos em sua lealdade a Dom Pedro II.



Estudei a vida e as obras do engenheiro André Pinto Rebouças e assim pude entender a sua grandeza, o fiz quando ainda estudava no Colégio Estadual de minha cidade natal, depois disso cursei engenharia (UFRJ), administração (UFPR), fiz alguns cursos de pós-graduação, etc... Mas sempre com admiração crescente para com a vida e a obra de Rebouças, e assim passando a entender as razões do fracasso do Brasil republicano, quando todo um idealismo, e não apenas isso, mas todo um exemplo, passou a ser deixado de lado, com a quartelada que muitos chamam de "Proclamação da República", deixamos de ter espaço para não apenas o engenheiro André Pinto Rebouças, mas também dos demais nomes que compunham o grupo que viria a se destacar no nosso III Reinado. Tivéssemos um Duque de Caxias ainda vivo, a vergonhosa quartelada não teria ocorrido. Os republicanos se anteciparam e impediram que as indenizações aos recém libertos fossem feitas, a exemplo do que se debateu e tornou realidade nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo.



Recomendo que, ao longo deste Ano Nacional Joaquim Nabuco, não apenas leiam as obras de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, mas também o livro "O quinto século: André Rebouças e a construção do Brasil", de Maria Alice Rezende de Carvalho, que foi publicado pela editora Revan.



O tema da obra é a trajetória de André Pinto Rebouças (1833-1898). Filho de um advogado mulato autodidata e da filha de um comerciante, ele nasceu em Cachoeira, na Bahia. Depois de formar-se como engenheiro no Rio, foi estudar na Europa em 1861. De volta ao Brasil, trabalhou na reforma de portos e edificações no litoral. De 1865 a 1866, serviu como engenheiro na Guerra do Paraguai. André Rebouças teve papel importante nas obras do plano de abastecimento de águas para o Rio e na construção das docas da Alfândega. Como empresário, envolveu-se, sem sucesso, em vários empreendimentos que visavam a modernização do país. Na década de 1880, Rebouças engajou-se no movimento abolicionista ao lado de amigos como Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo e o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay.



Rebouças era muito ligado a D. Pedro II, viu com hostilidade o movimento militar que levou à República. Embarcou para a Europa no Alagoas, acompanhado o imperador na viagem para o exílio. E o que vemos hoje que esta continua a ser uma das, senão a maior perda que todos nós brasileiros tivemos e assim demos oportunidade para oportunistas republicanos e inúmeros políticos que se alternaram e também hoje ocupam o Palácio do Planalto, com suas realizações pautadas pelo clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas, e agora com seu socialismo de privilegiados.



"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)



Perdemos o ideal da liberdade, hoje os brasileiros são escravos de outra forma, agora o somos pela abusiva carga tributária, que retira de nós 40% do resultado de nosso trabalho e ao contrário do que o engenheiro André Pinto Rebouças nos ensinava, perdemos o compromisso com as futuras gerações, pois não valorizamos o ensino fundamental, pois por conta da falta de nosso compromisso como brasileiros, retiramos ou anulamos o potencial dos brasileirinhos.



Trazendo para os dias atuais o idealismo de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o nosso desafio é e deve ser a luta contra a excessiva carga tributária que nos é imposta, pois além de ser um verdadeiro manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os juros, os recursos para criar e desenvolver os negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado confiando no empreendedorismo e a realização profissional.



"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)



Assim, além de simplificar a legislação tributária, a União, os estados e municípios deveriam se comprometer em reduzir significativamente a carga de impostos. Este entrave expõe o brasileiro à escravidão, pois contribui e os recursos não retornam à sociedade através de serviços públicos de qualidade, em especial o ensino básico de qualidade e a segurança pública. Atualmente temos a perda de liberdade de ir e vir em muitos lugares e períodos do dia, sem contar o elevado custo de vida resultante com as despesas para conferir ao cidadão melhores condições de segurança. O cidadão é triplamente penalizado, paga impostos para ter segurança pública, aloca recursos na segurança pessoal e sofre os resultados (prejuízos materiais, morais, físicos, sem contar as vidas humanas que são imensuráveis) da violência e a impunidade devido à falta de justiça. O resultado é o custo de vida crescente, piores condições de qualidade de vida e a sonegação, a corrupção e falta de transparência nas contas públicas.



Muito embora os atuais políticos queiram nos fazer acreditar, no Brasil nunca tivemos luta de classes de verdade; a tensão social sempre foi entre o Estado, ou seus donos, e a Sociedade, especialmente os brasileiros desprovidos de privilégio. E não será com poucos privilégios, como a questão de cotas nas universidades que iremos fazer a diferença. Não descarto que a questão das cotas tenha um impacto positivo, seguramente, mas também tem um impacto negativo muito grande, é e está sendo mais um motivo para nos desviarmos do compromisso com a educação fundamental, para que ela seja o grande diferencial na vida de todos os brasileiros.



"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)




Já que estamos nos aproximando da Copa do Mundo, inclusive no Brasil, e das Olimpíadas, aqui vale uma reflexão, até hoje, exceto o primeiro grande craque brasileiro do futebol, Arthur Friedenreich, que defendeu inicialmente o Sport Club Germânia, equipe que disputou 26 vezes o Campeonato Paulista de Futebol, conquistando o título nos anos de 1906 e 1915, foram raros os esportistas brasileiros que tiveram seus talentos despertados e aperfeiçoados em suas respectivas escolas. E isso também deve nos encher de vergonha, pois esta realidade mostra como as escolas não fazem parte de nossas vidas, como o potencial de milhões de brasileiros são destruídos, escondidos ou ...



Hoje vivemos dando sustentação a um circo promovidos pelos nossos políticos, promovem uma falsa luta entre esquerda e direita, uma falsa luta de classes, uma falsa luta entre as etnias dais quais descendemos, etc... ... perdemos assim a possibilidade de discutirmos aspectos éticos, os nossos princípios e valores. E como bem nos lembra o Luciano Pires, temos os nossos refugiados éticos.



Não podemos inverter as coisas, como bem nos lembra o Luciano Pires, recomendo, portanto, que leiam o novo livro de Luciano Pires: "Nóis...qui invertemo as coisa."

Este livro foi lançado este ano. É mais um divertido bestseller.



“No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas sua ideologia. Sua cor. Sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal. Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado das coisas que devemos gritar” (Luciano Dias Pires Filho)



http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/?Pagina=/2009/12/04/refugiados-eticos/



Com a república, passamos a ter a sociedade dos privilegiados. Este negócio de direita e esquerda permite que entrem em cena atores de um enredo menor num país onde o Estado sempre soube definir-se como um fim em si mesmo, como uma encarnação falsificada da Nação. O Estado sempre foi propriedade privada de poucos, e por isso Brasil nasceu e cresceu desigual. A maioria, ou o povo, esta entidade sem rosto, multidão silenciosa e amorfa, sempre foi coadjuvante da sociedade do privilégio e, basicamente, é gente demais para dividir a pouca riqueza existente.



A democracia de massa no Brasil, a oclocracia, é fenômeno muito recente, e seu aparecimento em meados dos anos 1980 tem a mais inesperada conseqüência: a hiperinflação. O leitor já parou para pensar por que a inflação vai de 100% anuais para 84% mensais de 1984 a 1989 durante os primeiros anos de democracia depois de três décadas de ditadura?



A resposta para este enigma é simples: o Povo quis participar da Sociedade do Privilégio, anseio absolutamente legítimo, pois se as políticas públicas eram dirigidas a setores “especiais” ou “estratégicos”, por que exatamente alguém, qualquer pessoa, deve ser excluído desta categoria? Por que apenas alguns e não todos não são merecedores das benesses do Estado?



Os primeiros anos da nossa democracia de massa produziram a hiperinflação por que a dinâmica política foi a de “incorporar” todo mundo que aparecesse, todos que quisessem podiam ter a sua Emenda no Orçamento, a sua “Conquista” consagrada na Constituição, seu programinha de apoio no contexto da “Política Industrial”, todo o país passou a ser “estratégico”, e por força do Princípio da Isonomia, todos passaram a merecer o direito a algum pequeno Cartório pelo menos igual ao do vizinho. Todos se tornaram Credores do Estado, e portanto cobradores implacáveis da Dívida Social.



O novo Estado Democrático, diante destes anseios, adotou um modelo de “Clientelismo de Massa”, cujo espírito ainda permanece muito vivo, e que consiste em estender a todos os brasileiros algum Privilégio, via orçamento, ou via regulação, por que todos têm direito. É o Espírito (da Constituição) de 1988.



Todavia, como o Estado não é criador de riqueza, apenas um veículo de transferência, o modelo rapidamente se revelou impraticável. O nobre propósito de “incluir os excluídos” a qualquer custo, acabou corrompido pelo fato de que o dinheiro advinha da tributação do próprio “excluído” através da inflação. Ou das futuras gerações através de dívidas crescentes.



Todos têm direito, mas simplesmente não é possível conceder tantos privilégios a tanta gente; não vamos acabar com a Sociedade do Privilégio multiplicando Direitos e Privilégios de forma irreal.



Com efeito, quem vai terminar com a sociedade do privilégio é a economia de mercado, e isso assusta as esquerdas, e não é outro o motivo pelo qual a estabilização, a abertura, a desregulamentação, e a privatização geraram tantas tensões.



A economia de mercado é subversiva numa sociedade do privilégio pois propugna a competição, a impessoalidade e a meritocracia, e dispensa, tanto quanto possível a interveniência de um Estado cheio de vícios.



Só uma verdadeira e bem urdida sociedade do privilégio consegue o prodígio de alijar a economia de mercado do sistema político-partidário, e consegue nos impor quatro candidatos a desancar o que chamam de “o modelo neoliberal”, cada qual propondo, em diferentes vestimentas, a extensão de novos privilégios e o crescimento do Estado.



Uma coisa é certa, como o Luciano Pires nos alerta, nos faltam princípios e valores, e digo mais, nos falta entender nossa história, em especial a história brasileira, com os feitos do engenheiro André Pinto Rebouças, do engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e em especial, de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, principalmente por termos o ano de 2010 como o Ano Nacional de Joaquim Nabuco.



Desejo Feliz 2010 e boa leitura:



http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=55



Abraços,



Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 3095-8493
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80811-970 Curitiba - PR

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¹ Discriminação espacial e falta de educação



O nosso compromisso deve ser com a eliminação do analfabetismo, em especial o analfabetismo funcional e combatermos a discriminação espacial em nossa sociedade. Vale lembrar que 64% dos brasileiros são analfabetos funcionais, pois assim podem ser classificados aqueles que não possuem a competência para redigir um texto que relate o seu dia de ontem.



A questão da violência no Brasil é grave e no Rio de Janeiro há muito tempo se perdeu o controle, começou com a leniência do brasileiro frente à “malandragem do carioca”, enaltecida e “glamourizada” até mesmo por Walt Disney com seu personagem Zé Carioca (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alô,_amigo).



Depois com Getúlio Vargas protegendo moradores de áreas que deveriam ser saneadas, mas que seguia a tradição iniciada pelos políticos cariocas e brasileiros, então ainda na Capital do Brasil. Com o governador e médico Cândido Barata Ribeiro foi iniciada a fracassada República, o pontapé inicial foi a quartelada que muitos chamam de “Proclamação da República”, com seu notório populismo, o descaso público frente às favelas, sem um projeto de urbanização, e com a leniência das autoridades frente ao desrespeito ao patrimônio público e privado, com a ocupação de áreas impróprias. Tivéssemos um Duque de Caxias ainda vivo seguramente tal afronta ao povo brasileiro não teria ocorrido, o Brasil seguiria seu pujante desenvolvimento com o III Império.

Merece ser destacado, como um marco no que se refere à discriminação espacial no Brasil, um fato que ocorreu na gestão de Cândido Barata Ribeiro como prefeito em 1893, quando foi decidida a realização de uma "mega operação de limpeza", de saneamento, demolindo estalagens anti-higiênicas e cortiços que se localizavam no centro do Rio de Janeiro. O maior deles, com cerca de 4 mil pessoas, chamava-se Cabeça-de-Porco, que serviu de inspiração para o romance “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo. Como este, havia quase 600 cortiços no centro da cidade, que abrigavam cerca de 25% da população carioca.



O avô das favelas:

http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=63&from_info_index=6&sid=4



A discriminação espacial, fruto do descaso público e da falta de compromisso com planos diretores e que é, seguramente, após a falta de educação fundamental de qualidade, a principal causa da escalada de violência no Brasil, ainda mais agora, ao sabor de programas populistas e irresponsáveis como o “Minha casa, Minha vida”. Os despejados acabaram migrando para os morros próximos, inclusive o Morro da Favella (hoje Favela da Providência), dando origem à primeira favela brasileira (e à própria expressão “favela”).



"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)



O resultado desta discriminação espacial produziu no Rio de Janeiro as suas atuais quase 1.000 favelas e urbanizações populares, estas pautadas pela discriminação espacial, a exemplo da “Cidade de Deus”, a ausência do poder público é uma constante, são lugares onde as polícias não entram ou não se fazem presente. É o estado ausente onde deveria atuar.



“Um Estado, o chamado 1º Setor, deve apenas atuar subsidiariamente frente ao cidadão e não estar voltado para ocupar o papel que cabe ao 2º Setor - pois assim se cria o estado empresário e com ele fomenta-se o clientelismo, a corrupção e o nepotismo - ou 3º Setor - pois assim se promove o Estado populista que cria ou alimenta os movimentos (antis)sociais, o paternalismo e o assistencialismo, bem como que abre espaço para a demagogia político e perda da liberdade e responsabilidade do cidadão. Caso contrário ele acaba criando o 4º Setor - quando o poder coercitivo (tributação, defesa nacional, justiça e segurança pública) do Estado deixa de ser exercido por ele e é tomado por parte de segmentos desorganizados ou não da sociedade - cria-se então o Estado contemplativo, que prega a mentira, pratica a demagogia e o clientelismo e cria o caos social através da violência e desrespeito às leis”. (Gerhard Erich Böhme)

Entenda melhor: http://www.youtube.com/watch?v=GwGpTy-qpAw



Mas isso não é privilégio do Rio de Janeiro, pequenas cidades brasileiras, pois lá também temos a escravização do trabalhador brasileiro através da excessiva carga tributária.



Além de ser um verdadeiro manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os juros, os recursos para criar e desenvolver os negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado confiando no empreendedorismo e a realização profissional.



"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)



Assim, além de simplificar a legislação tributária, a União, os estados e municípios deveriam se comprometer em reduzir significativamente a carga de impostos. Este entrave expõe o brasileiro à escravidão, pois contribui e os recursos não retornam à sociedade através de serviços públicos de qualidade, em especial o ensino básico de qualidade e a segurança pública. Atualmente temos a perda de liberdade de ir e vir em muitos lugares e períodos do dia, sem contar o elevado custo de vida resultante com as despesas para conferir ao cidadão melhores condições de segurança. O cidadão é penalizado, pois paga impostos para ter segurança pública, aloca recursos na segurança pessoal e sofre os resultados (prejuízos materiais, morais, físicos, sem contar as vidas humanas que são imensuráveis) da violência e a impunidade devido à falta de justiça. O resultado é o custo de vida crescente, piores condições de qualidade de vida e a sonegação, a corrupção e falta de transparência nas contas públicas.



A discriminação espacial, com seus conjuntos de casas populares, nestes casos é mais grave, pois geram a violência por uma série de razões, dentre as quais destaco:



1. não permitem que as crianças tenham espaço para brincar sob os olhos dos pais ou responsáveis, já que em tenra idade são “expulsas” para as ruas, com todo tipo de influência negativa; fazendo com que a educação não venha de pessoas responsáveis, mas de oportunistas que se apropriam de nossas crianças para iniciá-las na criminalidade ou em atividades sexuais;

2. as famílias não possuem condições, em seu espaço físico, de exercer uma atividade econômica, como uma oficina, um atelier, etc., nem hoje e muito menos no futuro, assim destruindo qualquer iniciativa de voltada ao empreendorismo;

3. as famílias, impossibilitadas pela área disponibilizada, não podem ampliar as suas construções de forma que tenham uma vida mais digna e que acompanhe o seu crescimento natural, com a chegada dos filhos ou mesmo a vinda de pais ou parentes em idade mais avançada;

4. as famílias ficam impossibilitadas de terem uma complementação da alimentação, através de árvores frutíferas, hortas ou criação de pequenos animais (galinhas, codornas, etc);

5. as famílias, devido a irracional ocupação dos espaços, ficam privadas de sua intimidade;

6. as famílias ficam impossibilitadas de ampliarem as suas residências, conferindo a elas mais conforto, qualidade de vida e praticidade;

7. as famílias ficam impossibilitadas de investirem suas poupanças, tempo e recursos em suas residências, possibilitando o aumento natural do valor de seu patrimônio;

8. as famílias passam a ocupar o espaço sem preocupações com o ambiente que as cercam, criando e agravando os impactos ambientais e deteriorando o espaço urbano.



Minha casa, Minha vida é um estelionato eleitoral, reforça a cultura da lombada com suas cidades de deus:




"Cidade de Deus, o berço da criminalidade institucionalizada no Brasil foi construída pela COHAB e financiada pelo BNH, a Cidade de Deus foi construída pelos governadores do Estado da Guanabara de 1965 até 1970, idealizado pelo populista da extrema direita, Carlos Lacerda, cassado na Contra-Revolução de 1964, e concluído pelo então governador Negrão de Lima entre os anos 1968 e 1970.

Manteve-se a discriminação espacial, que antes os confinavam em favelas como Praia do Pinto, Parque da Gávea, Ilha das Dragas, Parque do Leblon, Catacumba e Rocinha. Atravessada pelo Rio Grande e seu afluente Estiva, a Cidade de Deus passou a ter um crescimento interno desordenado, observando-se um processo de favelização ao longo desses canais.

Junto ao conjunto surgiram as comunidades do Muquiço, Santa Efigênia, travessa Efraim, Rocinha II e Jardim do Amanhã II, além de mais discriminação espacial institucionalizada, com os novos conjuntos habitacionais como o Vila Nova Cruzada e o Jardim do Amanhã. Em 1997, com a inauguração da "Linha Amarela", a Cidade de Deus seria seccionada: de um lado os Conjuntos Margarida, Gabinal etc e, do outro, o restante das antigas glebas, as duas partes interligadas por passarelas. A vida no bairro inspirou o filme brasileiro "Cidade de Deus", baseado no romance homônimo de Paulo Lins, com roteiro de Bráulio Mantovani, dirigido por Fernando Meirelles. Lançado em 2002 no Brasil e, posteriormente, no exterior, o filme teve enorme sucesso, recebendo inúmeros prêmios e indicações. Infelizmente não trouxe à reflexão dos brasileiros, hoje pocotizados, como bem nos lembra Luciano Pires (www.lucianopires.com.br) em seu bestseller, para a questão da discriminação espacial no Brasil, decorrente de falta de políticas públicas consistentes, como Plano Diretor e Agenda 21 Local." (Gerhard Erich Boehme)




A questão é que, por uma serie de fatores, a violência tomou conta da sociedade brasileira e segundo estudos do IPEA, este de 2004, já era responsável por comprometer mais de 5% de nosso PIB. Mais recentemente citam 10%, percentual mais próximo da realidade, face o estudo do IPEA não considerar pontos importantes. E isso em uma época em que o Professor Pochmann ainda não fazia suas ingerências políticas na entidade. Mas se consideramos a perda com o turismo, podemos estimar valores acima de 20% do PIB. Se compararmos o nosso potencial com a Espanha, de 35 a 40% do PIB. E pensar que temos pela frente a Copa do Mundo de Futebol em 2.014 e as Olimpíadas de 2.016. Acaso não foi irresponsabilidade aceitar estes desafios?



http://www.nevusp.org/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=199&Itemid=29

http://desafios2.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=6177

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG77064-6009,00-DO+PIB.html





Temos hoje o gasto com a violência comprometendo mais de 5% de nosso PIB (Em 2004 eram R$ 95 bilhões/ano), isso segundo estudos do IPEA, que é entidade do Governo Federal. E segundo que o Brasil se tornou recordista mundial em acidentes de trânsito, com mais de 100 mortes por dia. Isso mesmo, somente uma pessoa ignorante não se comove com esta questão, mas se comovem com um personagem de novela que sofre um acidente no Reino da Jordânia, enquanto que a realidade está batendo a nossa porta, por conta dos incompetentes que elegemos, a começar por aquele que nos dá o pior exemplo.



Somos também recordistas de acidentes de trabalho, o Brasil tem 410 mil acidentes de trabalho por ano, que matam 3 mil brasileiros e custam R$ 32 bilhões ao país. Estes acidentes de trabalho matam oito trabalhadores brasileiros por dia e esta conta pode ser muito maior, já que não inclui os 40 a 80 milhões de brasileiros da economia informal. Números macabros retratam o descuido de boa parte do empresariado com as normas de segurança e com seus funcionários, mas de responsabilidade do Estado fiscalizar e antes de tudo, responsabilidade de nossas escolas formar cidadãos com noções básicas.



E no trânsito? Nos alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS), que nos mostra que o Brasil tem o quinto maior número de mortes no trânsito de todo o mundo. O dado foi divulgado com a publicação do maior estudo já realizado sobre o impacto dos desastres para a saúde.



Não temos dados mais atualizados, pois a OMS utilizou dados de 2007, com o objetivo de comparar todos os países. Segundo dados oficiais naquele ano, houve 35,1 mil mortes causadas por desastres com automóveis no Brasil. Especialistas acreditam que esse número pode ser bem maior, pois só são contabilizadas as mortes que ocorrem no local do acidente.



Recomendo que leia também o livro: Guerra Civil: Estado e Trauma de Luis Mir.



Em seu livro, o espanhol Luís Mir diz que nosso país está vivendo uma verdadeira guerra civil, em que as pessoas se matam entre elas ou são fuziladas pela polícia, principalmente a tiros, e nas favelas. Ou seja: as vítimas desta guerra são os pobres, que vivem em permanente estado de tensão e terror. As mortes chegam a 150 mil por ano e custam, para o Estado, metade do que o país gasta com saúde. Não existe no mercado nenhum outro livro igual a este, que é absolutamente inédito e original. Guerra Civil: Estado e Trauma, com quase mil páginas, é um estudo sobre a guerra civil brasileira e suas vítimas, desnuda com precisão documental, propriedade moral e serenidade investigatória essa verdadeira tragédia nacional, atordoante e aterradora.



E assim é hoje escrita a história brasileira, bilhões são colocados a serviço da corrupção e aos milhares, dezenas de brasileiros morrem nas estradas, outras tantos morrem no trabalho e o mais grave, mais de uma centena morre resultado da violência.



"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção éticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado ao deficiente físico ou mental ." (Gerhard Erich Boehme)