sexta-feira, 31 de julho de 2009

Secretário Osmar Terra

Sem criticar os que "tomaram carona" no projeto da nova UTI, inaugurada ontem (29/07) pelo Hospital Nossa Senhora da Oliveira de Vacaria, o deputado Francisco Appio, que acompanhou o processo desde o início em 2006, destaca os méritos do Secretário da Saúde, o deputado federal Osmar Terra, no credenciamento junto ao Ministério da Saúde, através do Ministro José Gomes Temporão (PMDB).



- “Muitos agiram na defesa do Hospital, mas ninguém mais do que o Secretário Osmar Terra interferiu positivamente na oficialização desta conquista", declarou Francisco Appio na inauguração.



- Desde o primeiro momento, em 19 de outubro de 2008, no gabinete do deputado Francisco Appio com o prefeito Aquiles Susin, bem como depois em Vacaria, atendendo convite do parlamentar e da prefeita Mara Barcellos, presidente da Amucser, na visita ao Hospital e novas reuniões realizadas em Porto Alegre, Osmar Terra, que tem laços familiares em Vacaria (avô e bisavô foram prefeitos da cidade), intensificou os esforços pela legalização dos 10 leitos junto ao Ministério da Saúde.



Osmar Terra também garantiu mais duas conquistas na área da Saúde. Uma delas, a implantação do SAMU e a outra, o oferecimento de leitos para dependentes químicos no Hospital, com remuneração especial.



Francisco Appio também destacou o empenho do Prefeito Elói Poltronieri, junto ao Governo Federal.



"Todos estes cumpriram com suas obrigações, são detentores de mandatos. Mas neste projeto não tem dinheiro público, deve-se à iniciativa privada, graças aos senhores Francisco Schio e Paulo Ossani. Liderando um pequeno grupo de empresários, garantiram mais da metade da verba da UTI, com a doação de 400 mil reais. Fizeram mais do que sua parte, e servem de exemplo de mobilização da comunidade em favor de uma causa nobre", afirma Appio.



Avesso às homenagens, Francisco Schio prefere compartilhar com as Irmãs de São José o êxito do projeto em favor de Vacaria, com a moderníssima UTI. "As irmãs da Congregação de São José colocaram 300 mil reais de sua Fundação Religiosa, acreditaram nos esforços das lideranças locais e merecem nosso apoio", afirma Appio. O parlamentar destaca igualmente a atuação do Promotor Público, Luiz Augusto Gonçalves, sempre atento e vigilante em favor da Saúde Pública.





Deputado Estadual Francisco Appio - www.appio.com.br

Câmera de Monitoramento em Vacaria RS

* Fui me informar junto ao Consepro de Vacaria RS sobre as câmeras de video de monitoramento do centro de nossa cidade, o qual segundo foi postado neste Blog uma matéria da Rádio Fátima sobre a falta de segurança no centro na Praça Daltro Filho. Segundo as informações que obtive os aparelhos estão funcionando bem, 24 horas, estão de responsabilidade do monitoramento pela Brigada Militar. Existe duas Câmeras de video no centro de Vacaria uma na esquina da Rua Borges de Medeiros, com a Ramiro Barcelos próxima a Catedral e a Prefeitura e outra na Rua Marechal Floriano esquina com a Rua Dr. Flores.
Paulo Furtado
Editor-Chefe Jornal Negritude
http://paulofurtado.blog.terra.com.br

CTG'S Recebem verba Pública em Vacaria RS

* Li o Jornal da Prefeitura Municipal de Vacaria RS e fiquei apavorado, o nosso dinheiro é destinado no valor de R$12 mil Reais aos CTG'S de nossa cidade. Os mesmo já recebem verbas da Lei de Incentivo à cultura do RS, verbas do Ministério da Cultura. Já possue os CTG'S apoios de empresas e de verbas federeais não precisam desse dinheiro. A Via Popular infelizmente é só no nome, não estimula as expressões culturais marginalizadas em nosso municipio, dá apoio a entidades culturais que não precisam de verbas. É lamentável continuam a exclusão cultural e ditadura gaudéria. A visão estreita da monocultura dominante em nossa cidade.
Paulo Furtado
Editor-Chefe

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Recebe veículo do Projeto Mata Atlântica

Brigada Militar recebe veículo do Projeto Mata Atlântica
30/07/2009 13:51


Na manhã desta quinta-feira (30/7), em solenidade na Fundação Zoobotânica, em Porto Alegre, o Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) recebeu uma motocicleta e um reboque para o veículo, repassados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meio do Projeto Conservação da Mata Atlântica no Rio Grande do Sul. A moto e o reboque serão utilizados pela polícia ostensiva de proteção ambiental em área de cobertura do bioma Mata Atlântica.

O comandante do CABM, tenente coronel Eduardo Passos Mereb, esteve presente à solenidade, juntamente com o comandante do 2º Pelotão da 2ª companhia do 3º BABM, capitão Chaves, que recebeu a chave da motocicleta das mãos do secretário estadual do Meio Ambiente, Berfran Rosado.

O CABM é um dos co-executores do Projeto Conservação da Mata Atlântica, viabilizado por meio da Cooperação Financeira Oficial Brasil/Alemanha, firmada pelo governo do Estado com o banco alemão KfW.

Fonte: Ascom/ BM

Ressocialização

Projeto de ressocialização de apenados tem reuniões no Interior
29/07/2009 19:50


A coordenação do Projeto Recomeçar, vinculado ao Programa Estruturante Nossas Cidades, do governo do Estado, visitou dirigentes municipais de Ijuí, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga, para implantação de equipes de saúde e leitos hospitalares nos presídios do Estado. Os objetivos do programa são a ressocialização e o resgate da cidadania dos apenados egressos e de seus familiares.

Entre as ações que compõem o projeto, a adesão ao Programa de Saúde proporcionou à população prisional do Estado (em torno de 29 mil detentos) um serviço de saúde estruturado com pessoal devidamente qualificado e treinado, distribuição de medicamentos e de recursos financeiros para adaptações físicas nos prédios e equipamentos dentro dos presídios.

Segundo a gerente do projeto, Maria Lúcia Médici, a adesão dos gestores municipais é fundamental para que os programas vinculados diretamente ao resgate de condições mais humanas e saudáveis possam auxiliar na recuperação do sistema prisional no RS. "Não bastam somente a vontade do governo e a liberação de recursos. É preciso que prefeitos e lideranças municipais entendam a força e o impacto que esta ação provoca e que participem conosco", diz Maria Lucia.

A coordenadora temática do Recomeçar, Rejane Richter, explica que os municípios citados são apenas alguns exemplos de cidades já visitadas e o início de uma série de abordagens que a equipe fará em outras localidades, sempre com a preocupação de mapear as cidades que ainda não aderiram ao projeto.

Fonte: Site do Estado

Apreensão de Drogas

Polícia Civil apreende 104 quilos de maconha na Capital
29/07/2009 20:00


Na manhã desta quarta-feira (29), agentes da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (DIN), do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), apreenderam, cerca de 104 quilos de maconha. A ação ocorreu na Avenida Dea Coufal, na via pública, bairro Ipanema, em Porto Alegre.

De acordo com o delegado Cleomar Marangoni, parte da droga foi encontrada no porta-malas de um veículo cCorsa, verde metálico, com placas de Dois Irmãos, também apreendido. A outra parte estava no Bairro Mathias Velho, em Canoas. Além da droga e do carro, foram apreendidos no bairro Matias Velho um revólver Taurus calibre 38 e com a numeração raspada, uma balança eletrônica de precisão, um saco plástico preto (com 5 kg do produto) e quatro caixas de papelão, lacradas, contendo o restante da droga (99 kg), totalizando 104 quilos.

Segundo o diretor do Denarc, João Bancolini, esta foi a maior apreensão de maconha realizada este ano pelo Departamento. Bancolini disse, ainda, que nos sete meses do ano já foram presas 300 pessoas, todas autuadas em flagrante e encaminhadas aos Presídios competentes. Durante todo o ano de 2008, foram presas 430 pessoas e, em 2007, 237 pessoas.

Na ação, um homem de 38 anos foi preso em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Ele possui antecedentes por tráfico de drogas e atualmente estava em liberdade provisória. No momento da prisão, o homem tentou fugir, mas acabou se entregando. Após ser ouvido foi encaminhado ao Presídio Central. Trabalharam na operação um delegado, oito agentes e duas viaturas.

O Denarc recebe denúncias anônimas através do número 0800 518 518.

Fonte: Ascom PC

Página Rural






20:07 » RS: secretário da Agricultura apresenta projeto para alojamentos de peões na Expointer
20:01 » DF: alterações do Procap-Agro ampliam benefícios para cooperativas
19:58 » DF: CMN formaliza linha especial de crédito para comercialização de derivados de frutas
19:51 » DF: confira os votos da área agrícola na reunião do CMN
19:44 » DF: estabelecidos novos parâmetros de garantias para fertilizantes orgânicos
19:11 » DF: Conselho Monetário amplia programa de preços mínimos para agricultura familiar
19:11 » SC: Joaçaba realiza 8º Seminário do Milho na sexta-feira
18:57 » RJ: inscrições abertas para o 5º Simpósio de Óleos Essenciais
18:55 » DF: anunciados vencedores do Prêmio Cooperativa do Ano
18:48 » RS: Souza Cruz se reúne com representações dos produtores de tabaco
18:41 » RS: Santa Vitória do Palmar discute alta produtividade do arroz
18:36 » ES: Banestes marca presença na Festa da Banana e do Leite em Alfredo Chaves
18:25 » DF: setor agrícola registra maior diminuição do tempo de trabalho
18:11 » GO: Workshop CTC exibe tecnologias e pesquisas da Comigo
17:58 » MS: Cooperativa Lar recebe R$ 20,8 milhões para investimentos do BRDE
17:58 » RJ: Estado terá R$ 200 milhões para financiar safra agrícola
17:30 » RS: projeto de turismo rural beneficia 60 famílias em S.A.da Patrulha
17:28 » RS: diretora técnica da Emater visita agroindústria em Áurea
17:26 » AP: Embrapa Amapá realiza dia de campo sobre feijão-caupi
17:19 » PR: BRDE vai lançar Plano de Promoção de Genética Animal no Codesul
16:55 » TO: Seagro realiza palestra sobre pragas e doenças do abacaxi
16:52 » DF: tudo pronto para a Caravana do Araguaia, destaca a CNA
16:50 » SP: Ital promoverá I Seminário sobre Biodiesel e Coprodutos
16:43 » PR: Engenharia Florestal da Ufpr faz concurso para Logomarca dos 50 anos
16:23 » ES: padrões de qualidade e certificação garantem mercado a produtores de cachaça
16:18 » GO: 59ª Exposição Agropecuária de Formosa começa amanhã
16:17 » SP: Águas de Lindoia abre 49º Congresso Brasileiro de Olericultura na próxima semana
16:17 » GO: Comigo realiza curso de GPS nesta sexta
16:12 » GO: Comigo promove 8º Seminário de Cooperativismo e Desenvolvimento da Pecuária Leiteira
16:09 » GO: fixação biológica de nitrogênio será tema de palestra em Rio Verde
16:09 » SP: prefeito norte-americano demonstra interesse no etanol brasileiro
16:02 » SP: Embrapa faz diagnóstico de doenças online
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15:49 » MS: cultivo de pepino é alternativa de renda a produtores de Nova Andradina
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15:46 » MT: representantes sindicais recebem treinamento sobre cadastro digital da Sema
15:36 » EUA: confira o fechamento do mercado futuro do algodão hoje na Bolsa de Nova York
15:34 » EUA: confira fechamento do mercado futuro do trigo nas bolsas de Chicago e Kansas
15:31 » EUA: confira o fechamento do mercado futuro da soja na Bolsa de Chicago
15:29 » PR: Iapar é parceiro em projeto que garante qualidade do leite em Ibiporã
15:23 » BA: cooperativa de Pintadas comemora venda de carne certificada
15:19 » AC: capacitação enfoca manejo de recursos não madeireiros por meio digital
15:17 » MG: produção agrícola é tema de palestra em Viçosa
15:14 » RS: evento em setembro debaterá pragas de solo
15:12 » DF: novos projetos são aprovados nas chamadas do convênio Embrapa-Monsanto
15:07 » PR: Faep reivindica medidas urgentes para reduzir crise da cafeicultura
15:03 » AL: ação conscientiza sobre devolução de embalagens de agrotóxicos
14:59 » CE: Ematerce convida 40 agricultores familiares para Expoguape
14:58 » CE: Programa do Biodiesel foi tema do Agropacto
14:41 » ES: preços de frutas da safra já apresentam queda na Ceasa
14:31 » GO: Seagro apoia a 21ª Expocrixás
14:30 » SP: 120 mil brasileiros comemorarão o Dia Nacional do Campo Limpo 2009
14:23 » RJ: Randon participa da Intermodal no Rio de Janeiro
14:22 » PR: pimenta Mari será avaliada por produtores do Estado
14:10 » MS: otimismo dos produtores marca a Exposição Agropecuária de Bela Vista
13:56 » SP: Compromisso Nacional já tem adesão de 323 usinas sucroenergéticas
13:26 » MS: mestranda apresenta dissertação sobre efeito de diferentes temperaturas no crescimento de mudas de guanandi
13:22 » SP: queda de 3,34% nos preços agropecuários na terceira quadrissemana de julho
13:04 » SC já tem cinco frigoríficos habilitados pela Rússia
12:33 » MT: Mapa entrega 34 novos veículos para o Indea para intensificar a fiscalização no Estado
12:03 » GO: Festival do Leitão reúne especialistas em Rio Verde
11:47 » BA: Seagri entrega caprinos em Glória
11:22 » SP: Clube da Fibra FMC promove debates sobre a profissionalização da agricultura
11:14 » Minas Gerais lança variedade de batata própria para fritura
11:04 » SP: Casa Branca Agropastoril leiloa touros Simental linhagem sul-africana no dia 18 de agosto
10:59 » Paraguai: IICA e Farm realizam Fórum Regional Sul de jovens líderes na agricultura
10:52 » SP: posicionamento Monsanto – Cartilha Mapa
10:43 » DF: Brasil e Argentina debatem comércio de frutas
10:35 » DF: confira agenda do ministro da Agricultura
10:26 » DF: selo vai identificar produtos da agricultura familiar
09:26 » PR: Foz do Iguaçu recebe Simpósio sobre Plantio Direto na Palha em setembro
09:05 » DF: cooperativas formam consórcios para acessar novos mercados
08:59 » DF: fiscalização de leite e carnes é o serviço mais procurado na Ouvidoria do Mapa
08:52 » DF: projeto da Embrapa busca parceria em pesquisas com universidades inglesas
08:46 » DF: Inmet alerta para geada no Rio Grande do Sul
07:25 » RS: primeira palestra on-line da Pioneer Sementes ocorre hoje às 17h30min
06:55 » RS: siga a Página Rural no Twitter

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INDICADORESFUTURO
Índice Venc. Valor %
Açúcar . . .
Álcool . . .
Algodão . . .
Bezerro . . .
Boi Gordo Set 84,10 +0,06
Café Set 137,90 +0,25
Etanol . . .
Milho Set 20.00 -0,99
Soja Set 26,30 +0,19

Índices: 29/07 - Fonte: BM&F
Para saber mais clique aqui

FÍSICO
Índice Praça Valor %
Açucar SP 41,73 -0,02
Algodão SP 116,80 -0,08
Arroz RS 27,82 -0,41
Bezerro MS 632,40 -0,32
Boi Gordo SP 79,37 -0,15
Café SP 248,76 +0,69
Etanol PR . .
Milho Camp. 20,02 -0,04
Soja PR 47,48 +1,28

Índices: 29/07 - Fonte: CEPEA
Para saber mais clique aqui
ARTIGOSPIT, qualidade e rastreabilidade

No mercado de grãos há uma crescente tendência para a diferenciação e segregação de produtos, visando atender exigências específicas do mercado. No setor tritícola, podem ser formados lotes homogêneos de trigo de acordo com a especificidade de indicação de uso em produtos finais (pães, massas, biscoitos). Dentre as iniciativas que fomentam parcerias entre agentes da cadeia produtiva, visando a segregação e a qualificação, destaca-se o projeto Produção Integrada de Trigo (PIT).

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DF: votos agrícolas do CMN


Ouça votos agricolas na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) realizada hoje (29), no Ministério da Fazenda, em Brasília.


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Preso Suspeito de Pedofilia

Polícia Civil de Rio Grande prende homem suspeito de pedofilia no município
29/07/2009 20:13


Agentes do Posto Policial para a Mulher (PPM), de Rio Grande, prenderam nessa terça-feira (28) um homem de 52 anos. A prisão ocorreu na Praia do Cassino e o indivíduo possuía mandado de prisão preventiva por ser suspeito dos crimes de atentado violento ao pudor e pedofilia pela internet. Um computador foi apreendido na residência do detido e será submetido à perícia.

Segundo a delegada Lígia Marques Furlanetto, titular da 1ª DP de Rio Grande e respondendo pelo PPM de Rio Grande, a vítima do atentado violento ao pudor seria a própria enteada do capturado, uma menina de 12 anos. O preso foi conduzido à Penitenciária Estadual de Rio Grande

Fonte: Ascom PC.

Apreensão de equipamentos

Polícia Civil apreende equipamentos em bingo na Zona Norte de Porto Alegre
29/07/2009 20:24


Agentes da 19ª Delegacia de Polícia, de Porto Alegre, apreenderam, na tarde desta quarta-feira (29), na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, na Capital, 45 computadores, nove televisores de 20, um de 14 e um de três polegadas.

No local, onde funcionava uma casa de Bingo,
também foram apreendidos dois painéis de eletrônicos e R$ 170 em dinheiro.

Fonte: Ascom PC

Boletim do Sindicato dos Jornalistas


Quarta-feira, 29 de julho de 2009

Jornalistas defendem profissionalização da função de assessor de comunicação nas prefeituras do RS
Em debate sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão, ocorrida na última segunda-feira na sede da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), professores e representantes das entidades ligadas ao jornalismo defenderam a profissionalização da função de assesor de imprensa nas prefeituras gaúchas. O encontro foi promovido pelo Conselho dos Assessores Municipais de Comunicação do RS (CEASCOM), e contou com a presença de representantes do Sindicato dos Jornalistas do RS, Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Famecos/PUC, Unisinos.
Da reunião saiu a Carta Aberta do CEASCOM onde os assessores solicitam a exigência do diploma de jornalista, relações públicas e publicidade e propaganda, nas prefeituras e Câmaras de Vereadores quando da realização dos concursos públicos destinados aos cargos da área de Comunicação Social dos Municípios, no documento foi incluido também os casos de contratação em cargos de comissão. O documento foi entregue pela presidente do CEASCOM e coordenadora de Comunicação da prefeitura de Lajeado, Genoveva Penz, ao presidente da FAMURS, Marcus Vinícius Vieira de Almeida, que defendeu a profissionalização da categoria. – Nosso objetivo não é defender o corporativismo, mas sim a qualidade da informação – disse Genoveva.
A Carta Aberta do CEASCOM também será entregue aos deputados estaduais e federais, senadores e autoridades do Ministério Público e Poder Judiciário. Participaram do debate a coordenadora do curso de Jornalismo da FAMECOS/PUCRS, Cristiane Finger; vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Celso Schröder; presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS, José Maria Rodrigues Nunes, coordenador do curso de Jornalismo da Unisinos, Edelberto Behs; o professor da PUC e consultor do CEASCOM, Nelson Fossatti; e o presidente da Associação Riograndense de Imprensa, Ercy Torma.

Foto: Fernando Rezende| Famurs


Conferência Nacional de Comunicação
Antes da abertura dos debates na Famurs, a primeira vice-presidente do Sindicatos dos jornalistas, Marcia Camarano fez uma breve explanação dos temas que estarão sendo discutidos na Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) que acontecerá nos dias 2 e 3 de dezembro, em Brasília/DF. Participam Gestores municipais, estaduais e federal, trabalhadores, sociedade civil e empresários. ‘Que comunicação queremos?’ é o tema central e antiga reivindicação dos sindicatos de jornalistas. Marcia lembrou ainda que no dia 13 de agosto vai se realizar, às 9h30min, na Sala Maurício Cardoso (4º andar), da Assembléia Legislativa do RS, uma audiência pública da Comissão Estadual de Comunicação. Ela destacou ainda a importância dos municípios se mobilizarem para a realização das conferência municipais e regionais.


Sindicato, ARI e Brigada Militar dialogam sobre incidente com jornalistas
Os presidentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes e da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Pereira Torma, se reuniram com o alto comando da Brigada Militar do RS, na sede da instituição. O Comandante-geral coronel João Carlos Trindade Lopes, o Comandante do Policiamento da Capital Jones Calixtrato Barreto dos Santos, Sub-comandante coronel Lauro Binsfeld, o representante do sub-chefe da PM5 major Eduardo Biancchi Rodrigues que representava o chefe da assessoria de comunicação, explanaram a posição da instituição sobre a Nota Oficial publicada pelas entidades de imprensa em decorrência do impedimento dos jornalistas de realizarem seu trabalho durante manifestação do Cpers-Sindicato, no último dia 16 de julho em frente a casa da governadora Yeda Crusius. Participou do início da reunião como convidado da Brigada Militar, o Chefe da Polícia Civil João Paulo Martins e pelo sindicato dos jornalistas participou ainda o diretor Arfio Mazzei.

O presidente do Sindicato José Maria Rodrigues Nunes apresentou fotos dos incidentes ocorridos durante a manifestação. "Aqui estão algumas fotos que assustam pela contundência da ação da brigada", salientou Nunes. Argumentou ainda da necessidade da instituição entender a diferença entre o profissional de imprensa e o cidadão engajado num movimento social. "E é igualmente importante a Brigada saber identificar também o profissional jornalista que desempenha a função de assessor de imprensa", explicou Nunes. O Comandante-geral coronel João Carlos Trindade Lopes, explicou que há padrões de conduta da corporação em casos como os ocorridos, mas admitiu que houve alguns equívocos por parte da instituição.

O presidente da ARI, Ercy Torma, enfatizou que as entidades de classe não estavam – em nenhum momento – questionando a legitimidade da ação da Brigada Militar do dia em questão, "mas estamos externando um sentimento dos profissionais que se sentiram de alguma forma agredidos pela forma como a instituição agiu com eles", ressaltou Torma.

O Comandante-geral quer estreitar a relação com as entidades representativas da imprensa, sugerindo ações conjuntas. A idéia central é elaborar uma série de seminários ou palestras sobre a função e condutas de ambos, buscando um entendimento de como devem agir os profissionais. "Se for possível desenvolvermos juntos um tipo de modelo de conduta nas situações de risco e que venha a facilitar o trabalho da imprensa, isso será um passo importante", avalia o presidente do sindicato José Maria Rodrigues Nunes. O Comandante-geral da Brigada Militar endossou a análise salientando que a instituição está de portas abertas para todos os profissionais de imprensa.

"Independente do veículo que o jornalista represente, sendo freelance ou estando na função de assessor de imprensa dos movimentos sociais este profissional precisa estar dentro dos princípios éticos e de conduta da categoria", afirmou Nunes, explicando que uma das principais lutas do sindicato é pela legalidade da função."A ação do jornalista é ir em busca das informaçõesdos dois lados dos fatos e este será sempre o objetivo, o principio e não a excessão ", finalizou Nunes. A reunião terminou com a proposição dos presentes de realizarem um próximo encontro com o objetivo de definir, em conjunto, a construção dos seminários ou palestras, com data a ser definida.

Foto: Arfio Mazzei | Sindicato

Itaú Cultural prorroga prazo
A coordenação do Itaú Cultural informou que está sendo prorrogado o prazo das inscrições para o edital do programa Rumos Jornalismo Cultural 2009-2010. Público alvo: professores (graduação e pós) e estudantes do curso de Jornalismo e/ou Comunicação Social.


Prêmio João Valiante de Jornalismo 2010
A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) lança a sexta edição do Prêmio João Valiante de Jornalismo. A premiação destacará as melhores reportagens sobre reciclagem do alumínio veiculadas na imprensa brasileira entre 1º de agosto de 2009 a 31 de março de 2010.Poderão concorrer reportagens veiculadas em jornais, revistas, portais e sites jornalísticos da internet, emissoras de rádio e televisão nacionais, nas categorias Mídia impressa & webjornalismo e Mídia eletrônica. O regulamento completo e a ficha de inscrição estarão disponíveis em breve no site www.expoaluminio.com.br

Saiba quais Prêmios Nacionais e Internacionais ainda estão com as inscrições abertas:
- 54º Prêmio Esso de Jornalismo. Inscrições até 15 de agosto.
- 6º Prêmio Interamericano de Jornalismo sobre Problemas à Saúde Provocados pelo Tabagismo. Insc.até 31/07/09.
- Prêmio Lorenzo Natali 2009. Inscrições prorrogadas até 31 de julho de 2009.
- 11º Prêmio Imprensa Embratel. Inscrições até 8 de agosto de 2009.
- 1º Prêmio Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) de Reportagem. Inscrições até 1º de outubro de 2009.
- Prêmio Fiema de Jornalismo Ambiental. Inscrições até 31 de agosto de 2009.
- XXXI Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Inscrições até 3 de setembro de 2009.
- VI Prêmio Abecip de Jornalismo. Inscrições até 10 de setembro de 2009.
- Prêmio FIP Periodismo para la Tolerancia. Inscrições até 30 de setembro de 2009.
- Prêmio Unimed de Jornalismo. Inscrições até 1º de novembro de 2009.
- 10ª Edição do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo. Inscrições até 31 de dezembro de 2009.


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Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul
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Morre paciente com suspeita de Gripe Suina

Morre o quarto paciente com suspeita de Gripe A em Vacaria


O homem, de 45 anos, do Rio de Janeiro estava trabalhando em Vacaria. Foi internado na terça-feira, 28/07, a tarde, no Hospital Nossa Senhora da Oliveira. Devido à rápida evolução do quadro, ele acabou falecendo ainda nesta madrugada.
Segundo os médicos, foi feito a coleta do material do paciente suspeito, que será encaminhado para análise laboratorial. O resultado deve ser divulgado em até 15 dias.
Esta é a quarta morte suspeita registrada em Vacaria. Também morreram duas mulheres, de 23 e 35 anos e outro homem, de 51 anos.
Nesta quinta-feira, 30/07, cinco pacientes estão internados no Hospital de Vacaria. São quatro moradores de Vacaria e uma de Bom Jesus.


Rádio Fátima AM (Jornalismo), 30/07/2009, 08h58

Governadora Yeda

Governadora Yeda Crusius paraninfa turma de 138 novos servidores do IGP
30/07/2009 11:06


A governadora Yeda Crusius será a paraninfa dos 138 novos servidores do Instituto-Geral de Perícias, que se formam amanhã (31/07), às 16 horas, no auditório Romildo Bolzan do Tribunal de Contas do Estado. O evento se insere dentro das metas pactuadas no Projeto Estruturante de Recomposição de Efetivos da Segurança Pública, que integra o Programa Estruturante Cidadão Seguro, desenvolvido pelo Governo do Estado, sob a responsabilidade do secretário da Segurança Pública, Edson de Oliveira Goularte, e coordenação executiva da diretora geral da SSP, Clarice Helena Pedrolo Padilha.

A nova turma de Servidores Periciais do IGP iniciou o Curso de Formação referente à etapa 3 do Concurso Público do Instituto-Geral de Perícias/2008 no dia 4 de maio de 2009. O curso consistiu em primeira etapa técnico-teórica, e segunda etapa específica, com carga horária total, mínima, de 600 horas-aula, ficando todos os alunos sujeitos exclusivamente ao regime didático e disciplinar do referido curso.

O concurso público do Instituto-Geral de Perícias foi autorizado pela governadora Yeda Crusius no dia 14 de fevereiro de 2008. O Edital de Abertura do Concurso Público do Instituto-Geral de Perícias foi assinado pela governadora Yeda Crusius no dia 17 de julho de 2008 e publicado no Diário Oficial do Estado no dia 21 de julho de 2008.

A primeira fase do Concurso Público do IGP – provas objetivas e redação – foi realizada no dia 19 de outubro de 2008; a segunda fase – avaliação psicológica – no dia 07 de fevereiro de 2009; e a terceira fase – Curso de Formação – se iniciou no dia 04 de maio de 2009.

Os formandos escolheram como paraninfa a governadora Yeda Crusius, que recebeu a Comissão de Formatura, acompanhada do secretário da Segurança Pública, Edson de Oliveira Goularte, e do diretor-geral do IGP, Áureo Luiz Figueiredo Martins, na tarde de 14 de julho de 2009, no Palácio Piratini, quando foi formulado o convite (conforme fotografia retratada na matéria ora em voga).

No dia 31 de julho de 2009, formam-se 44 peritos criminais, 13 peritos criminais, Área Engenharia Mecânica, 1 perito criminal, Área Psicologia, 2 peritos químicos forenses, Área Química, 2 peritos químicos forenses, Área Biologia, 14 peritos médico-legistas, 3 peritos médico-legistas, Área Psiquiatria, 18 papiloscopistas, 19 fotógrafos criminalísticos, 22 auxiliares de perícias.

Os novos peritos serão destinados aos seguintes municípios: Caxias do Sul, Santana do Livramento, Porto Alegre, Santo Ângelo, Passo Fundo, Santa Maria, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande, Cruz Alta, Osório, Taquara, Vacaria, Bagé, Bento Gonçalves, São Jerônimo, Três Passos, Cachoeira do Sul, Itaqui, Carazinho, Sapucaia do Sul, Viamão, Gramado, São Sepé, Santa Rosa, Alegrete, São Borja, Santa Cruz do Sul e Palmeira das Missões.

Fonte: Ascom/ IGP

Sinaleira da Av. Militar sem solução


A Sinaleira continua na mesma. Até quando os pedestres vão correr risco de vida?

Notícias do Piratini


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Nº 21 de Quarta-feira, 29 de Julho de 2009 - Porto Alegre - RS - BrasilBoletimEnviar para um amigoReceber por e-mailEdições AnterioresFale ConoscoSaúde
Governadora determina adiamento da volta às aulas nas escolas estaduais por 14 dias
Medida é para evitar aumento da transmissão do vírus da gripe A. Educação
Recuperação de aulas na rede estadual será decidida na próxima semana
Pelos primeiros cálculos, será possível terminar o ano letivo ainda em 2009. Saúde
Laboratório Central do RS deve realizar diagnóstico de gripe A
Tempo de espera dos resultados de exames deve ser reduzido para no máximo 72 horas. Segurança
Governo entrega Albergue Penal de Carazinho nesta quarta-feira
Novo prédio possui 300 metros quadrados e capacidade para abrigar 64 apenados.
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Leia a Entrevista coletiva do Técnico Bagé do Glória


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Brasil de Fato

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Política
“O enfrentamento com as elites nunca é fácil”, afirma Jackson Lago
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, o governador do Maranhão aponta a família Sarney como a principal responsável por sua cassação


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Dunga

Dunga
Técnico do Brasil


A Era Dunga ficou conhecida como sinônimo de futebol retranqueiro e excessivamente defensivo, e foi acusada como responsável pela má campanha do Brasil na Copa da Itália, em 1990. Quatro anos depois, nos Estados Unidos, ele virou o jogo e se transformou no exemplo de garra e determinação que garantiram, depois de 24 anos, um novo título mundial para o Brasil. Dunga foi o capitão que ergueu a taça do Brasil tetracampeão.

Como jogador, Dunga conquistou mais de vinte títulos. Ele começou no Internacional e passou por outros clubes brasileiros: Corinthians, Santos e Vasco da Gama. Atuou também na Itália, Alemanha e no Japão. Na Seleção, ele marcou 7 gols nas 96 partidas que disputou, sendo 18 delas em três Mundiais (90, 94 e 98).

Dunga estreou como técnico com a Seleção Brasileira. Ele assumiu o comando em julho de 2006, logo após o fracasso do Brasil na Copa do Mundo da Alemanha, diante da França. Foi criticado pelo começo ruim da Seleção nas E liminatórias para a Copa do Mundo de 2010, mas a equipe se recuperou e está, atualmente, em segundo lugar na classificação.

Participam como convidados entrevistadores:
Soninha Francine, apresentadora e comentarista da ESPN Brasil; José Silvério, narrador da Rádio Bandeirantes/SP; Raí, ex-jogador e diretor-presidente da Fundação Gol de Letra; Nuno Leal Maia, ator e ex-técnico de futebol.

Apresentação: Heródoto Barbeiro


O programa terá transmissão ao vivo na Internet a partir das 17:30, com a câmera dos bastidores. A entrevista terá início às 18:30. Na TV, a entrevista será exibida na íntegra, sem edição ou cortes, às 22:10.



O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h10.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www.tvcultura.com.br/rodaviva

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Para cancelar o recebimento dos emails do Roda Viva, por favor, acesse:
http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/comenteeparticipe-cancelar.asp.

TV Jornal Negritude


Acesse a TV Jornal Negritude
http://br.youtube.com/jornalnegritude

Pai Ogum

Escrava Anastácia

Bola Na Arquibancada


Acesse as reportagens da Trajetória do Glória na Segundona 2009
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Deise Nunes

Poa, 17/07/09

Assista o vídeo e veja porque o país não vai para frente.

É lamentável e triste.

Beijos e ótimo fim de semana.

Deise Nunes.

CQC

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Homenagem ao ex-Goleiro Zé Carlos



Material do Arquivo de Gabriel Waldrigues, homenagem ao ex-goleiro do Flamengo Zé Carlos falecido no dia 24 de Julho de 2009

Cartão da Governadora Yeda Crusius

Sociedade Amigo do Bicho

Foto Marcos Gargioni e Paulo Miklos

Fotos show de Paulo Miklos dos Titãs em Vacaria RS

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Fotos: Marcos Gargioni

Show de Paulo Miklos





Fotos: Marcos Gargioni
Show de Paulo Miklos vocalista dos Titãs em Vacaria/RS dia 25 de Julho de 2009

Veja Porto Alegre






85


Encontre na cidade: Restaurantes | Bares | Comidinhas | Cinema


1
BARES
Ossip
Foi eleito novamente o melhor boteco da cidade por VEJA PORTO ALEGRE. Os garçons são chamados pelo nome e, na falta de mesa, pode-se apreciar uma boa cachaça em pé ou no balcão.




2
TEATRO
Stand-up com Marco Luque
O humorista, integrante do programa CQC, faz apresentação única no Teatro da UFRGS, quinta (30). No palco as piadas que satirizam o cotidiano, característica do estilo stand-up.




3
TEATRO
Como Agarrar um Marido Antes dos 40
A peça está em cartaz no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, sábado (1), com a luta de Lúcia para encontrar um marido, a qualquer custo. A comédia traz as suas investidas, atropelos e aventuras, para sair da solteirice.




4
TEATRO
A Moça Tecelã
O espetáculo está em cartaz no Centro Cultural Usina do Gasômetro, terça (28). A história narra a trajetória de uma mulher com o dom de transformar a imaginação em realidade.




5
EXPOSIÇÕES
Código Pessoal
A artista Eliane Santos Rocha expõe algumas das obras feitas ao longo de 40 anos de carreira. Seu trabalho é feito em gravura em metal e pode ser visto na Gallery of Arts Dante Sfoggia, até 25 de agosto.




6
CINEMA
Estreia de À Deriva
O filme de Heitor Dhalia ganhou reconhecimento após ser exibido no último Festival de Cannes. Com estreia prometida para sexta (31), narra o drama de uma menina de 14 anos que descobre que seu pai tem uma amante.




7
COMIDINHAS
Flor de Primavera
O título de melhor sanduíche na edição 2009 de VEJA PORTO ALEGRE foi para a Flor de Primavera. Experimente o miga, tradicional na Argentina, com ingredientes delicados.




8
SHOWS
João Bosco
Na sexta (31), o cantor e compositor mineiro traz seus maiores sucessos para o Teatro do Bourbon Country. Entre eles, composições de Tom Jobim, Dorival Caymmi e Noel Rosa.




9
SHOWS
No te Va Gustar
A banda uruguaia toca na quarta (29) no Bar Opinião. Eles relembram as canções dos quatro CDs lançados até agora, no bar que foi eleito o melhor com música ao vivo pelo júri de VEJA PORTO ALEGRE.



O que é
Esta newsletter informa o melhor da programação de gastronomia, lazer e entretenimento do Porto Alegre

Curso de Teatro

CURSO DE TEATRO
--- "ABRINDO PORTAS" ---





A proposta do curso tem como base a preparação do ser-artista com foco no autoconhecimento. Libertar-se dos bloqueios para abrir as portas da expressividade.
Tomar posse de nossas capacidades e emoções para o desenvolvimento pessoal.

Módulo I: Módulo II:
Turma Terças, das 18:30 às 22:00h
Período: de 28/07/09 até 24/11/09

Turma Quartas, das 18:30 às 22:00h
Período: de 29/07/09 até 18/11/09

Turma Quintas, das 14:00 às 17:30h
Período: de 30/07/09 até 19/11/09 Saiba + Turma Terças, das 14:00 às 17:30h
Período: de 28/07/09 até 24/11/09

Turma Quintas, das 18:30 às 22:00h
Período: de 30/07/09 até 19/11/09


Saiba +
Módulo III:
Módulo IV:


Turma Segundas, das 18:30 às 22:00h
Período: de 27/07/09 até 07/12/09 Saiba +

Turma Sextas, das 18:30 às 22:00h
Período: de 31/07/09 até 04/12/09 Saiba +



Fazer Teatro:
* Ensina a lidar com as EMOÇÕES
* Possibilita FALAR EM PÚBLICO com desenvoltura
* Ajuda a vencer a TIMIDEZ
* Melhora a CONVIVÊNCIA em grupo
* Desenvolve a EXPRESSIVIDADE



Professor: Walter Rozadilla - Faça sua reserva!!! Saiba mais!!!
Para marcar entrevista, favor ligar 3240-7267
Para mais informações: Metodologia - Horários -Investimento- Veja aqui!!!


TEATRO INFANTIL ORATÓRIA
INICIANTES: De 6 a 12 anos
Período: 27/07/09 a 16/12/09
Dias: Segundas e Quartas, das 16:30 às 18:00h

AVANÇADOS: De 6 a 12 anos
Período: 20/07/09 a 02/12/09
Dias: Segundas e Quartas, das 14:30 às 16:30h
Professor: Marconi Araponga. Saiba +
FALANDO EM PÚBLICO
Visa atender a demanda de profissionais que buscam melhorar seu desempenho.

Período: 05/08/09 a 21/10/09
Dias: Quartas-feiras
Horário: das 19:00h às 22:00h
Professora: Christiane Veigga. Saiba +

CANTO INFANTIL
DRENAGEM LINFÁTICA
O curso fornece ferramentas para o encontro da criança com a própria voz, sua musicalidade.

Período: 07/08/09 a 13/11/09
Dias: Sextas-feiras, das 15:00 às 17:00h
Professora: Paula Castagnet. Saiba +
O Curso visa a qualificação para o mercado de trabalho, desenvolvendo no aluno princípios de emancipação para a sua prática profissional.

Período: 23/07/09 a 28/08/09
Dias: Quintas e Sextas das 15:00 às 17:00h Professora: Norleide Lobo. Saiba +


O curso é um processo de descoberta de nós mesmos para que possamos estar
livremente inseridos no cenário..."da nossa vida".

O local do curso é movimentado e bem iluminado. O espaço conta com porteiro para maior segurança das pessoas e dos automóveis.


Seu endereço de e-mail está em nossa lista porque algum conhecido em comum o indicou. Mas, não é nossa intenção incomodar você, caso seja assim, solicite remover da lista que não enviaremos mais e-mails. Agora, se achou interessante nosso trabalho, ajude-nos a crescer encaminhando este e-mail para seus conhecidos.



Mais Informações e inscrições (das 14:00 às 21:00):
Tel: 71 3346-6286 / 3240-7267
Travessa Dr. Artur Napoleão Carneiro Rego, 190 - Pituba - Salvador - Bahia -
www.vanacontramao.com.br / contato@vanacontramao.com.br
REMOVER DA LISTA

DP de Alvorada Recupera Pistola

1ª DP de Alvorada recupera pistola da Polícia Rodoviária Federal
28/07/2009 09:03


Os policiais da 1ª DP de Alvorada, na noite de sábado (25/07), suspeitaram de um Siena vermelho que trafegava em alta velocidade pela Av. Getúlio Vargas, em Alvorada. O condutor do veículo ao perceber a presença dos policiais, evadiu-se abandonando o automóvel na Rua Selva de Pedra, Vila Salomé, com as portas abertas. Os policias ao revistarem o veículo encontraram uma pistola PT100 da Polícia Rodoviária Federal, que estava com a numeração suprimida. O veículo também estava com placas que pertencem a uma moto da cidade de Rio Pardo.

Segundo o delegado titular da 1ª DP de Alvorada, Marcos Antonio Machado, a procedência do veículo será investigada e a pistola encaminhada ao Departamento de Criminalística para perícia.

Fonte: Ascom/ PC

Homem preso

Polícia Civil prende dois homens e apreende mais de seis quilos de maconha
28/07/2009 09:16


Agentes da 12ª Delegacia de Polícia prenderam em flagrante na tarde dessa segunda-feira (27/7), no interior da Vila Nazaré, bairro Sarandi, Capital, A.M.S.S., 26 anos e A.S.C., 21 anos. Com eles foram apreendidos 6,785kg de maconha; duas facas usadas para partir a droga; cinco cartuchos de calibre 12; 45 cartuchos de calibre 9mm de uso restrito das Forças Armadas; uma balança de precisão e R$ 46,00 em espécie.

Segundo o delegado André Mocciaro, a dupla, que tem antecedentes por tráfico e uso de drogas e tentativa de homicídio, foi presa enquanto partia a droga para ser vendida. Após serem autuados por tráfico, associação para o tráfico de drogas e posse de munição, os traficantes foram encaminhados ao Presídio Central.

Fonte: Ascom/ PC

News Negro

EUA: Gravação da polícia não mostra racismo na detenção de ...
G1.com.br - Brazil
BOSTON, EUA, 27 Jul 2009 (AFP) - A gravação da conversa entre um policial e seus colegas durante a detenção de um professor negro de Harvard (Massachusetts, ...
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DCE da UNB quer cotas como ferramente para igualdade racial
O Globo
Na segunda-feira, 27 de julho, os estudantes, advogados voluntários e integrantes de movimentos negros se reunirão para planejar formas de intervir no ...
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Gravação da polícia americana não mostra racismo na prisão de ...
AFP
BOSTON, EUA — A gravação da conversa entre um policial e seus colegas durante a detenção de um professor negro de Harvard (Massachusetts, nordeste dos EUA), ...
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Criador do sistema de cotas da UnB diz que ação contra a política ...
Último Segundo
A comissão que analisa os cotistas é uma comissão formada por pessoas da sociedade, do movimento negro, por professores e estudantes. ...
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A ação do DEM contra as cotas – semeando ódio para colher votos
Congresso em Foco
Nessa UTI típica de hospital público brasileiro destinado à população de baixa renda, que coincidentemente é negra, falta tudo. E, em razão disso, ...
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Negro precisa ser brilhante para se destacar no meio acadêmico ...
Terra Brasil
Arivaldo Lima Alves: É o primeiro programa entre as universidades públicas brasileiras que reserva vagas para negros e índios. Só por isso já tem uma grande ...
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Jovem de 25 anos é eleita Rainha Pérola Negra em Campinas
EPTV
A jovem Gisele Aparecida dos Santos, de 25 anos, foi eleita Rainha Pérola Negra de Campinas no concurso de beleza negra ocorrido no final de semana. ...
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Morre escritor que focou gays negros
Parou Tudo
O escritor E. Lynn Harris, pioneiro na literatura dos EUA na temática homossexual e negra, morreu de causa desconhecida na quinta-feira 23 em Los Angeles. ...
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HEITOR (((((º_º))))) CARLOS
http://portodoscasa is.blogspot. com/
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A sobrevivência humana ameaçada


"A sobrevivência humana ameaçada"

Palestra de Washington Novaes
no sistema sesc,senac, dia 16 de abril de 2009.
No limite da sustentabilidade


Washington Luiz Rodrigues Novaes é bacharel em direito pela Universidade de São Paulo e jornalista há 52 anos. Foi repórter, editor, diretor ou colunista de várias publicações brasileiras, como "Folha de S. Paulo", "O Estado de S. Paulo", "Jornal do Brasil", "Última Hora", Correio da Manhã", "Veja" e "Visão". Na televisão, foi editor-chefe do "Globo Repórter" e editor do "Jornal Nacional", além de comentarista de telejornais das redes Bandeirantes e Manchete e do programa "Globo Ecologia". Como produtor independente de televisão, dirigiu as séries "Xingu", "Kuarup" e "Pantanal".

Recebeu inúmeros prêmios internacionais e nacionais de jornalismo e televisão, e ainda o de Meio Ambiente da Unesco, em 2004.

Tem vários livros publicados, entre eles "Xingu – Uma Flecha no Coração", "A Quem Pertence a Informação?", "A Terra Pede Água" e "A Década do Impasse". Foi consultor do primeiro relatório brasileiro para a Convenção de Diversidade Biológica e dos relatórios sobre desenvolvimento humano da ONU, além de sistematizador da Agenda 21 brasileira.

Atualmente é colunista dos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Popular", de Goiânia. É consultor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo, supervisor e comentarista do programa "Repórter Eco". Representou durante quatro anos a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência na Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira.

Esta palestra de Washington Novaes, com o tema "Os limites da sustentabilidade no mundo atual", foi proferida no Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio, Sesc e Senac de São Paulo, no dia 16 de abril de 2009.

Estamos vivendo um novo tempo, porque já não se trata mais de cuidar apenas do meio ambiente. É bem mais do que isso: a questão é não ultrapassar limites que colocam em risco a própria vida. Para isso invoco as palavras de Kofi Annan, que durante mais de uma década foi secretário-geral da Organização das Nações Unidas [ONU], uma pessoa com muito conhecimento. Ele diz que hoje o problema central da humanidade está nas mudanças climáticas e na insustentabilidade dos padrões de produção e de consumo no mundo, porque já estão além da capacidade de reposição do planeta. Ele afirma que essas duas questões ameaçam a sobrevivência da espécie humana. É preciso prestar atenção nisso.

Vejamos a questão do clima. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas [IPCC, na sigla do nome em inglês], órgão científico da ONU para a Convenção do Clima, diz que as ações humanas já aumentaram a temperatura do planeta em quase 0,8 grau Celsius, e para evitar que o acréscimo vá além de 2 graus será preciso reduzir as atuais emissões em 80% até 2050. Elas, porém, continuam crescendo. Às vezes as pessoas estranham que um aumento de temperatura de 0,8 grau tenha efeitos tão graves, mas, sendo bastante simplistas, podemos dizer que a Terra é um organismo vivo e sabemos o que acontece no organismo humano quando a temperatura sobe um grau. É o início de um processo de febre que, se não for contido, terá sérias consequências. No planeta não é diferente. O IPCC afirma ainda: se as emissões continuarem no ritmo atual, a temperatura poderá elevar-se em quase 6 graus neste século e o nível dos oceanos poderá subir até 88 centímetros, o que produzirá aumento de secas, inundações e outros desastres.

Há uma parte dos cientistas, pequena, que nega a validade dessas conclusões do IPCC, mas lembro que eles são minoria e se dividem em várias categorias, sendo muitos ligados a indústrias relacionadas com combustíveis fósseis, com petróleo, outros que são absolutamente céticos e outros ainda que dizem que realmente o planeta está se esquentando, vai se aquecer muito mais ainda, mas que isso é um processo do sistema planetário e não consequência de ações humanas. As previsões do IPCC, porém, têm o consenso entre mais de 2,5 mil cientistas de quase 200 países. No último relatório do órgão, que é o quarto, somente se publicou o que foi objeto de consenso e com probabilidade acima de 90% de se confirmar. E os diagnósticos mais recentes mostram que talvez já estejamos adiante das previsões do IPCC, com o derretimento do gelo que se verifica nos polos e nas montanhas da Groenlândia. A ameaça maior nessa área é o aquecimento do permafrost [solo formado por terra, rochas e gelo], uma camada que esconde uma quantidade imensa de metano, gás 23 vezes mais poluente que o carbono. Um dos últimos números da revista New Scientist publicou um trabalho aprofundado sobre isso, revelando que é alguma coisa assustadora. O estudo prevê que em 20 ou 30 anos talvez já não haja mais gelo no Ártico e que a camada de poluentes que pode ser liberada é 1,6 mil vezes maior do que a concentração que já está na atmosfera.

A cada ano cresce o número de vítimas dos desastres naturais. O último balanço referente a 2008 mostra que 200 milhões de pessoas no mundo foram atingidas por eles. O prejuízo causado por esses acidentes, calculado por um conglomerado de empresas da área de seguros, principalmente a Munich Health, chegou a US$ 200 bilhões em 2008. E o Brasil já é o décimo primeiro país em número de vítimas. Tivemos furacão em Santa Catarina, tornados, inundações e outros eventos extremos. As emissões totais no mundo hoje estão acima de 25 bilhões de toneladas anuais em equivalente de carbono. A China passou a ser o maior emissor, seguida dos Estados Unidos. O Brasil, se forem utilizados também critérios de emissões de carbono e metano em função de desmatamento, mudanças no uso da terra e queimadas, é o quarto maior emissor. Em 1994, no primeiro e único inventário que o Brasil fez, apresentado apenas em 2004, as emissões atingiam mais de 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono e mais de 30 milhões de toneladas de metano.

Recentemente esteve no Brasil Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial, que não é um cientista voltado para o meio ambiente mas fez um estudo sobre as mudanças climáticas a pedido do governo britânico. No programa Roda Viva, da TV Cultura, gravado em novembro de 2008, ele afirmou que as emissões brasileiras já estavam entre 11 e 12 toneladas anuais por habitante, o que significaria que dobraram em relação a 1994. Há um novo inventário brasileiro, que vem sendo adiado desde 2005, mas cuja apresentação está prevista para este ano. A peculiaridade é que quase três quartos das emissões brasileiras se devem a mudanças no uso do solo pela agropecuária, desmatamentos e queimadas, e que 59% dessas emissões acontecem na Amazônia. O restante ocorre principalmente no cerrado, embora não se fale disso.

O cerrado é uma espécie de primo pobre dos biomas brasileiros e por isso muitos pensam que ali se pode fazer tudo, desde que se preserve a Amazônia. Segundo o último estudo do Instituto Sociedade, População e Natureza [ISPN], junto com a Universidade de Brasília, o cerrado está perdendo 22 mil quilômetros quadrados por ano, uma barbaridade. Cerca de 50% de sua vegetação, que é irrecuperável, já se foi. A área de preservação obrigatória por lei é muito pequena e o avanço continua muito acentuado. E não se fala que uma grande parte das emissões brasileiras acontece nas áreas de cerrado.

Das emissões totais de metano no país, a maior parte se deve à pecuária e à agricultura. Um estudo da Embrapa Meio Ambiente mostra que cada boi emite 58 quilos de metano por ano com os seus arrotos e flatulências. Esse valor multiplicado por 205 milhões de cabeças significa mais de 10 milhões de toneladas desse gás, que vão equivaler a perto de 250 milhões de toneladas de carbono.

O problema, no rumo em que está, tende a se agravar no mundo, que não encontrou ainda soluções. A Agência Internacional de Energia mostra que o consumo de energia no planeta vai aumentar 71% até 2030. E 80% das emissões se devem à queima de combustíveis fósseis, principalmente para geração de energia. Os países industrializados consomem 51% da energia total, mas como eles têm uma população que não chega a 20% da mundial, cada habitante dos países ricos emite 11 vezes mais do que um habitante das nações mais pobres.

Diante desse quadro, não temos nem regras nem instituições capazes de impor mudanças de forma global, obrigatórias para todos os países, como deve ser. Nem o Protocolo de Kyoto, que previa uma redução de 5,2% nas emissões dos países industrializados, foi ainda cumprido. Os Estados Unidos não ratificaram o acordo, que é de 1997, bem como outros países. O prazo vai até dezembro de 2009, quando haverá uma nova reunião em Copenhague, para que se defina um novo acordo e se regulamente a Convenção do Clima. Houve recentemente um encontro em Bonn mas não se conseguiu nenhum avanço importante. A Europa propunha reduzir 20% nas emissões dos industrializados até 2020 e se dispunha a chegar até 30% se houvesse acordo, que não aconteceu. O novo governo dos Estados Unidos propõe reduzir as emissões em 15% em relação ao que eram em 1990, que é a base do Protocolo de Kyoto, mas o Congresso americano não aprovou nada ainda.

Novas tecnologias

Há quem acredite que o caminho não será um acordo internacional e, sim, a adoção de novas tecnologias que permitam resolver a questão. A primeira delas, mais significante, seria o chamado sepultamento de carbono. Essa tecnologia permitiria capturar o carbono na fonte de emissão, principalmente nas usinas de produção de energia que queimam carvão mineral e gás, e colocá-lo no subsolo, em antigos campos de petróleo esgotados, ou no fundo do mar. A ideia foi avaliada em princípio pelo Painel do Clima, que concluiu que tecnicamente é viável. Mas é preciso ver que consequências, geológicas e hidrológicas principalmente, sísmicas talvez, haverá no fundo da terra. E para a diversidade marinha. Os especialistas dizem que no mar será um desastre, porque na água não há como conter o carbono, que se espalhará e provocará não apenas aquecimento do oceano como praticamente a extinção da biodiversidade.

Outra possibilidade seriam as fontes de energia renováveis e limpas – energia solar, eólica, das marés e os biocombustíveis. A grande questão são os custos. Serão viáveis, competitivas em matéria de preço? Tudo dependerá dos fatores que entram ou não na questão. Por exemplo, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [Inpe] de São José dos Campos, avalia que o potencial de energia eólica no Brasil é maior do que todo o consumo brasileiro de energia hoje. Alega-se, porém, que essa fonte não é permanente, pois há momentos de pausa nos ventos. Por essa razão, o sistema tem de ser ligado a outras fontes energéticas que possam supri-lo nos períodos de falta de vento.

Quanto à energia solar, há um estudo que mostra o seguinte: se um quarto da área do reservatório de Itaipu fosse ocupado com painéis solares, isso produziria tanta energia quanto a própria usina. Nesse caso, a questão é como armazenar essa energia. A tecnologia para a qual se caminha é de aquecimento de óleo, que depois seria aproveitado progressivamente. Mas aqui há também o problema dos custos. Nessa questão, os defensores da energia eólica e solar perguntam: quem coloca na conta da energia derivada dos combustíveis fósseis o custo da poluição do ar, ou dos gastos com a saúde? Ou ainda os de implantação e manutenção do sistema viário? Quem faz a conta dos desperdícios? Um automóvel, por exemplo, pode chegar a utilizar 90% da energia para transportar a si mesmo e não ao passageiro. E perde 70% sob a forma de calor, usando somente 30%.

O professor Adriano Murgel Branco mostrou recentemente que numa viagem por automóvel se consome 20 vezes mais energia que no mesmo trajeto por metrô. Então há muitas contas a fazer, e isso vai determinar o rumo das decisões. De qualquer forma parece inevitável que se caminhe realmente em direção a uma nova matriz de transportes e veículos menos poluentes, como aqueles híbridos, que queimam combustível somente para a partida e depois usam energia elétrica. Mas há o lado da indústria automobilística, cujo lucro por unidade de produto, se forem usados os veículos híbridos em lugar das supercaminhonetes, pode cair em até 15 vezes. Então há questões econômicas e comerciais a considerar.

Nos cenários possíveis, Nicholas Stern disse em 2006 que teríamos dez anos para enfrentar essa questão, ao custo de 1% do produto bruto mundial a cada ano. Isso significaria cerca de US$ 600 bilhões hoje. Ele afirmou: "Se não o fizermos, teremos a maior recessão de todos os tempos, poderemos perder 20% do produto bruto mundial". Em 2009, quando esteve em São Paulo, disse que foi muito otimista em 2006. Não tínhamos dez anos, o prazo era muito menor e o custo será muito maior, de 2% a 3% do produto bruto mundial a cada ano, o que significaria de US$ 1,2 trilhão a US$ 1,8 trilhão por ano.

A Agência Internacional de Energia [AIE] diz que serão necessários investimentos de US$ 15 trilhões em 15 anos em novas fontes de energia para chegar à emissão zero, mas que isso custará menos do que enfrentar as consequências. Convém lembrar que a AIE não é uma instituição de ambientalistas nem de pessoas que encaram a questão por esse ângulo, mas de técnicos em energia.

Há cenários para o Brasil, construídos pelo Inpe, que mostram o seguinte: no ritmo atual, a temperatura na Amazônia poderá subir até 6 graus e no centro-oeste até 4 graus até 2070. No semiárido poderá haver uma perda de até 20% dos recursos hídricos e os prejuízos para a agricultura serão progressivos. Eles já estão presentes, aliás, com as secas, inundações etc. Um dos exemplos mais mencionados – no sul-sudeste – é o deslocamento da cultura do café do estado de São Paulo e do norte do Paraná exatamente por causa do aumento médio da temperatura nessas áreas, que leva a uma queda precoce das flores e gera redução grave de produtividade. Por isso o café migrou quase todo para regiões mais altas de Minas Gerais e algumas outras, onde também se começam a enfrentar problemas de temperatura.

Há muita coisa ainda que poderia ser dita sobre o clima, principalmente o agravamento dos chamados eventos extremos, que temos visto recentemente em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo. A Amazônia e uma grande parte do nordeste estão sofrendo com o excesso de chuvas. Há poucos dias em Uauá, no sertão da Bahia, considerada uma espécie de capital da seca, choveu 250 milímetros em uma noite. São 250 litros de água por metro quadrado de solo. Segundo os cientistas, há uma mudança evidente no formato das chuvas. Verificam-se cada vez menos aquelas chuvas miúdas e continuadas na estação das águas e temos os chamados eventos extremos, uma grande quantidade de água que cai num curto espaço de tempo, gerando problemas imensos. Recentemente em Blumenau (SC) em um dia choveu 819 milímetros, quase um metro cúbico de água por metro quadrado de solo em 24 horas, uma barbaridade. Esses acontecimentos são cada vez mais frequentes, o que vai exigir inclusive, embora pouco se fale disso, mudança de métodos construtivos em rodovias, pontes, aterros e inclusive áreas urbanas, porque esses sistemas foram calculados para outros tempos e não para os impactos que estamos sofrendo hoje.

Ecossistemas em colapso

A segunda questão mencionada por Kofi Annan são os padrões de produção e consumo. Segundo os relatórios do Pnuma [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente], do WWF e de outros, já estamos consumindo mais de 25% além da capacidade de reposição da biosfera planetária. É um déficit que está aumentando de ano para ano. As previsões do Pnuma são de que em meio século a exigência humana sobre a natureza será duas vezes superior à capacidade de reposição da biosfera e é provável a exaustão dos ativos ecológicos, assim como o colapso dos ecossistemas em larga escala. Na verdade estamos nos comportando como uma família que consome mais do que seu orçamento permite – ela não tem essa disponibilidade e caminha para situações muito graves.

Essa pressão cada vez maior intensifica a desertificação no mundo, hoje já de cerca de 60 mil quilômetros quadrados a cada ano, agravando a crise da água e várias outras. A chamada pegada ecológica média é de 2,2 hectares por pessoa, quando a disponibilidade média é de 1,8 hectare. Não há essa disponibilidade. O Brasil tem uma situação relativamente privilegiada por causa de seu território e recursos, mas a pegada média brasileira é de 2,1 hectares por pessoa/ano, superior à disponibilidade média mundial. Algumas das consequências desse uso excessivo são a perda de espécies tropicais e a degradação dos manguezais, em ritmo duas vezes superior ao das florestas. Continuamos a perder no mundo 12 mil quilômetros quadrados de florestas por ano. Na América do Sul a perda dos manguezais, que são o berço da vida no oceano, é mais grave que no restante do mundo e seu principal fator é a conversão de áreas para agricultura. Outro é a pesca excessiva, que já exauriu um quarto dos estoques pesqueiros mundiais.

Essa pressão leva também a problemas na área dos recursos hídricos, em que há uma alteração e retenção forte do fluxo fluvial para vários usos, industrial, para energia ou abastecimento humano. Mais de metade dos maiores sistemas fluviais no mundo já se fragmentaram e a quantidade de água armazenada em reservatórios é pelo menos três vezes maior do que a do fluxo fluvial superficial. Um estudo da Comissão Mundial de Barragens informa que só de barragens com mais de 15 metros de altura temos 45 mil no mundo e já há muitos grandes rios que não conseguem chegar ao final de seu curso primitivo, que seria o mar. Exemplo disso é o rio Amarelo, na China, e vários outros, como os que correm para o mar de Aral, na Ásia, e rios nos Estados Unidos também.

Isso se torna mais dramático ainda se observarmos que os países industrializados, com menos de 20% da população mundial, respondem por quase 80% do consumo dos recursos. Dizem os relatórios do PNUD [Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento] que se todas as pessoas consumissem como americanos, japoneses e europeus, teríamos necessidade de mais dois ou três planetas Terra para suprir os recursos. Então não é exagero dizer que estamos vivendo uma crise do padrão civilizatório. Nossos modos de viver são incompatíveis com os recursos do planeta, mesmo com quase 1 bilhão de pessoas passando fome e 2,5 bilhões vivendo abaixo da linha da pobreza. Com o agravante de que até meados deste século, segundo os demógrafos da ONU, a população passará dos atuais 6,7 bilhões para 8,5 ou 9 bilhões de pessoas, embora a taxa de natalidade no mundo tenha baixado muito. O Brasil já tem uma taxa de nascimentos inferior ao que seria a chamada taxa de reposição, a substituição das pessoas que morrem.

Crescimento insustentável

O que se vai fazer diante desse quadro? Muitos dizem que a solução é crescimento econômico, é desenvolvimento. O biólogo americano Edward Wilson, que é considerado o maior especialista em biodiversidade no mundo, admite que o caminho seja esse. Vamos supor então que o crescimento do produto mundial seja de 3,5% ao ano. Seria modesto, mas não há recursos e serviços capazes de sustentá-lo. Será indispensável então praticar padrões de consumo que poupem recursos e não os desperdicem. Teremos de reformular as matrizes energéticas, de transportes, os métodos na agropecuária, os padrões de construção. E os fatores de custos ambientais terão de estar no centro e no início de todas as políticas públicas e planejamentos privados.

O Brasil terá de adotar uma estratégia que leve em conta mudanças climáticas e sustentabilidade na produção e no consumo. Temos uma posição privilegiada em matéria de recursos naturais, fator escasso de que o mundo mais precisa. Temos território continental, sol o ano todo para plantar, temos de 15% a 20% da biodiversidade global. Isso é um privilégio, porque daí é que virão os novos alimentos, medicamentos, materiais para substituir os que se esgotarem ou se inviabilizarem. O biólogo Thomas Lovejoy calcula que só de medicamentos com base na biodiversidade das plantas se comercializam hoje no mundo mais de US$ 200 bilhões por ano. Temos de 12% a 13% do fluxo hídrico superficial num mundo carente desses recursos. Temos grandes aquíferos subterrâneos e a possibilidade de utilizar uma matriz energética limpa e renovável, com hidreletricidade, energia eólica, solar, energia das marés e os biocombustíveis.

Em 2006, a Unicamp [Universidade Estadual de Campinas], junto com o WWF, publicou um estudo sobre a matriz energética brasileira, com estes dados: o país, se quiser, pode ganhar 30% da energia que consome hoje com programas de eficiência e conservação, como ocorreu em 2001 no apagão. Pode ganhar 10% com repotenciação de antigas usinas que estão com equipamentos ultrapassados, a um custo muito menor do que construir uma nova usina. E pode ganhar 10% reduzindo as perdas nas linhas de transmissão. Perdemos hoje de 15% a 17% de energia nessas linhas, enquanto no Japão esse índice é de apenas 1%.

As hidrelétricas produzem hoje 20% da energia mundial, mas há muita pressão da agropecuária em relação aos recursos hídricos. Um quilo de trigo requer entre 400 e 2 mil litros para ser produzido, um quilo de carne entre mil e 20 mil litros – carne bovina são 15 mil litros e de aves 4 mil litros. Se uma pessoa come um bife de 200 gramas de carne de boi no almoço e outro no jantar, consome perto de 3 mil litros de água por dia. Somando-se isso aos outros usos em casa – chuveiro, cozinha, descarga sanitária – e àqueles fora de casa, não será exagero dizer que uma pessoa consome 4 mil litros de água por dia.

Isso alimenta o debate com os vegetarianos, que rejeitam o consumo de carne pelo ser humano. Mas há outros complicadores: produzir 1 litro de combustível verde exige 2,5 litros de água. Isso também começa a ser discutido, bem como outros problemas, como a contribuição do etanol para a chuva ácida, para a disseminação de nitrogênio. Um relatório recente da ONU diz o seguinte: chegam por ano aos oceanos cerca de 100 milhões de toneladas de nitrogênio, levadas pelos rios e recebidas das lavouras. Esse nitrogênio é a principal causa de eutrofização [aumento da quantidade de nutrientes, levando ao acúmulo de matéria orgânica em decomposição] da água, que forma algas e vegetação, prejudicando a biodiversidade. Os oceanos já têm hoje várias áreas mortas, algumas com até 70 mil quilômetros quadrados, como no Pacífico e no golfo do México.

Também começa a ser discutida a questão do metano na pecuária, já mencionada, e na produção de arroz irrigado por inundação, outra fonte de emissão desse gás. Há poucos dias surgiu uma notícia interessante: cientistas alemães conseguiram reduzir em 25% a produção de metano pelo gado bovino adicionando óleo de peixe na ração. Se isso se confirmar e for viável em larga escala, pode ser extremamente importante.

Água e saneamento

Esse é o quadro final. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, um ser humano precisa de 3 litros diários para beber e 3 mil litros para seus alimentos. Doenças veiculadas pela água são a segunda causa de morte de crianças com menos de 5 anos no mundo. São 4,2 mil por dia e 125 milhões de crianças vivem em casas sem água potável de boa qualidade. O problema do saneamento é dramático, 23% da população mundial não tem sequer instalações sanitárias e defeca ao ar livre. Se o saneamento fosse universalizado, as doenças diarreicas poderiam se reduzir em 32%. No Brasil, 80% das internações e das consultas pediátricas na rede pública se devem a doenças veiculadas pela água, principalmente infecções intestinais. Nos países em desenvolvimento esses males matam 1,7 milhão de pessoas por ano.

As propostas no Fórum Mundial da Água precisariam de votação unânime, como ocorre em todos os fóruns da ONU. Uma seria impedir a comercialização e a privatização da água, porque em muitos países onde isso acontece as populações mais pobres ficam sem água, e há nações na África onde esse problema é dramático, Mali, por exemplo. Outras: regras mais exigentes para a construção de barragens e água como direito constitucional. Houve uma discussão também sobre instituir a água como direito humano, o que não foi aprovado (o Brasil foi contra). A delegação brasileira levou algumas propostas para Istambul: cobrar mais pelo uso dos que poluem mais, promover maior participação da sociedade na gestão e remunerar produtores agrícolas por serviços ambientais. Este último ponto tem como exemplo a cidade de Nova York, que estava com a capacidade de abastecimento de água esgotada e já em déficit. Fez um acordo com os produtores das margens dos mananciais para que deixassem de usar tanta água na irrigação e passou a pagá-los pela conservação das áreas para que ali se pudesse aumentar a captação. O acordo foi feito e deu muito resultado. No Brasil, o município mineiro de Extrema começou a fazer isso, remunerando os produtores por serviços ambientais.

Há um problema muito grave, do qual se fala pouco, que é o derretimento do gelo das montanhas, inclusive na América do Sul. Na Ásia certamente o efeito será dramático, isso já está acontecendo e são centenas de milhões de pessoas que dependem dessa fonte de água. Na América do Sul também já está ocorrendo nos Andes, e determinará menor acúmulo nas montanhas e um fluxo menor de água, inclusive para a bacia amazônica, que depende bastante dele.

Privilégio brasileiro

Vejamos o panorama brasileiro, com seus 12% a 13% da água superficial total do planeta, 182 mil metros cúbicos por segundo, fora os aquíferos subterrâneos. Mas a distribuição desse precioso líquido é muito desigual: 72% estão na Amazônia, o sudeste tem 6%, a bacia do São Francisco 1,7% e a do Paraíba do Sul 1,8%. O único estado brasileiro em situação crítica é Pernambuco, que utiliza para o abastecimento humano mais de 20% da disponibilidade, índice que é considerado como limite. O nordeste apresenta problemas muito peculiares, tem 70 mil açudes com 36 bilhões de metros cúbicos, mas essa água não é distribuída e tem altíssimo índice de evaporação, que pode chegar até a 70%.

Quanto ao saneamento, o IPEA [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada] divulgou em fevereiro de 2009 estes números: 34,5 milhões não contam com rede de esgotos nas áreas urbanas. Se acrescentarmos a isso as pessoas que têm apenas fossas sépticas, vamos chegar perto de 50% da população brasileira, e quase 10% não dispõem de abastecimento doméstico de água. Há lugares onde a situação é dramática, como Belém, em que só 8% dos esgotos são coletados e 3% tratados. No país todo, quase 80% dos esgotos coletados não são tratados, e eles constituem o fator mais grave de poluição. Temos de lembrar também que mesmo nos pouco mais de 20% dos esgotos que são tratados no Brasil, a quase totalidade passa apenas por tratamento primário, que remove somente 50% da carga orgânica, sendo o restante despejado de volta nos rios e no mar. Assim, os esgotos são a principal causa de poluição da água no Brasil, e nossos programas de saneamento estão muito atrasados. Prevê-se a universalização em 20 anos, a um custo de quase R$ 200 bilhões, se forem liberados de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões por ano, o que não está acontecendo. E o governo federal acaba de devolver ao BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] US$ 202 milhões destinados a financiamento nessa área, porque não foi capaz de apresentar projetos a tempo.

Outro problema grave é a perda média de água nas grandes cidades brasileiras. Furos e vazamentos nas redes são responsáveis pela perda de 45% do total. Em São Paulo, onde já se cuidou bastante disso, esse número foi reduzido para 28%, mas ainda é muita água, são quase 2 bilhões de litros que se esvaem a cada dia nos vazamentos. Recentemente "O Estado de S. Paulo" publicou que a Sabesp começa a testar equipamentos japoneses que permitem detectar furos e vazamentos na rede sem fazer escavações, que são caras e demoradas. Se isso se viabilizar, será um progresso enorme. Outro avanço que houve em São Paulo foi a instalação de hidrômetros por unidade em edifícios. Quando a conta é coletiva, a pessoa não se sente estimulada a economizar água, porque o gasto se distribui por todos os apartamentos e não se reflete na conta individual. A separação estimula a economia. Outro avanço seria uma maior diferenciação das faixas de cobrança. Atualmente, salvo engano, há uma taxa para quem consome até 10 mil litros por mês, e a faixa seguinte já é de 30 mil litros. O consumidor que economiza 8 mil litros não ganha nenhum incentivo, continua com a mesma tarifa.

É preciso também avançar na questão da gestão por bacias hidrográficas, que é a solução mais recomendável. Até agora, porém, somente as bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, assim como a do Paraíba do Sul, cobram pelo uso. Um problema adicional é que o Tesouro Nacional contingencia uma grande parte dos recursos arrecadados com o pagamento pelo uso. Um diretor da Agência Nacional de Águas [ANA] me informou que o Tesouro retém, por esse caminho, mais do que todos os recursos que o governo federal coloca na ANA.

Outro problema é que, segundo a lei da política nacional de recursos hídricos, não se cobra das hidrelétricas pelo uso da água. Foi permitido que considerassem pagamento pelo uso da água o ressarcimento que fazem aos municípios pela inundação, que é outra coisa. Isso é dano ambiental, não é pagamento pelo uso.

Há necessidade urgente de disciplinar o uso de água pelos pivôs centrais de irrigação, que em média desperdiçam mais de 50% do líquido que retiram dos aquíferos, além de outros problemas. Como a água cai de grande altura, há um nível de evaporação muito alto e a queda produz impacto no solo que leva à compactação e também à erosão, carreando para os rios sedimentos e agrotóxicos. Também seria importante uma expansão das redes de coleta de esgotos, com sistema de ramais condominiais, que são muito mais baratos. Ao contrário do que ocorre no sistema tradicional, em que a empresa coloca aquelas manilhas gigantescas em volta de toda a quadra para implantar o esgoto, no sistema condominial faz-se apenas um ramal no meio da quadra e ligam-se as casas por ali. A economia – de 50% a 30% – é muito alta. Brasília é a cidade que mais fez isso e é provavelmente a de melhores condições sanitárias do país. Coleta e trata todos os esgotos que recebe, e a maior parte por ramais condominiais.

Mudanças velozes

Outras possibilidades seriam reciclagem e reúso de água, principalmente nas indústrias, e a retenção de água de chuva para certos usos, que deveria ser obrigatória em todos os imóveis. Essa água serve para descarga sanitária, lavagem de quintais e jardins, rega de plantas, todas essas coisas. Mesmo que não seja usada, a retenção nas zonas urbanas diminuiria o volume de água na hora das chuvas fortes, reduzindo as inundações. Há muitas cidades onde já existe legislação a respeito, mas não se cumpre.

São necessários também equipamentos sanitários mais eficientes. Ainda temos dispositivos que gastam 20 litros por descarga, o que pode ser feito com 3 litros ou 4, ou até a vácuo, sem usar água nenhuma, como o Japão faz.

Precisamos cuidar dessas coisas porque temos obrigações com as futuras gerações. Cabe-nos legar a elas um mundo sustentável e a água é um dos primeiros fatores. Na Cúpula Mundial do Desenvolvimento Sustentável, em 2002, em Johannesburgo, Jacques Chirac, presidente da França na época, fez um levantamento de grande parte dos problemas mencionados aqui e terminou em tom dramático, afirmando o seguinte: "As futuras gerações vão nos cobrar. Elas vão dizer: ‘Vocês sabiam de tudo e não fizeram nada’". Acrescento que é preciso lembrar que vivemos em tempos de mudanças muito velozes. O que antes levava um século para acontecer hoje ocorre em uma década, o que demorava uma década leva um ano. Quem não correr será atropelado pelos tempos, porque a velocidade da informação é cada vez maior.

É esse o quadro que está diante de nós. Ao me perguntarem, quando falo sobre isso, se sou otimista ou pessimista, digo que não faz a menor diferença. Temos obrigação de ser realistas e de trabalhar para que tudo mude para melhor. Essa é nossa função como seres humanos.

Debate

Nota do Editor: As colocações dirigidas ao palestrante foram algumas vezes reunidas em blocos, para ser respondidas de forma concentrada.

MOACYR VAZ GUIMARÃES – Washington Novaes pintou um quadro de gravidade preocupante. Estamos seguindo um caminho cujo fim se anuncia trágico. Mas também deixou claro que há soluções. Então pergunto: seria correto concluir que a saída depende fundamentalmente de uma decisiva vontade política global?

ROBERT APPY – Geralmente o economista tem um inimigo, que é o ecologista. Isso porque o economista pensa só em crescimento, que aumenta os problemas ecológicos, criando um paradoxo. Seria possível reduzir o tempo para obter autorizações ambientais em projetos de investimento, já que os atrasos custam muito caro? Quanto à fome na África, pergunto se essa carência alimentar é resultado mais de políticas regionais falhas do que de condições climáticas adversas.

SAMUEL PFROMM NETTO – Quero referir-me particularmente a algo que está de certo modo embutido em sua exposição, que é o analfabetismo científico e tecnológico da imensa maioria da população brasileira. E o mais grave, um analfabetismo que grassa entre as crianças e jovens, ignorantes de quase tudo em matéria de química, física, ciência da terra, biologia, e jejunos em tecnologia. Não poderia ser diferente, se considerarmos que seus professores, na grande maioria, são igualmente analfabetos em ciência e tecnologia. Refiro-me, é claro, não aos mestres do ensino privado, mas aos modestos e despreparados professores do ensino público básico pelo Brasil afora. Um despreparo que aparentemente não abala nossas autoridades de ensino, nem as leva a tomar medidas a fim de superar esse estado de coisas. Não estaria na efetiva melhoria da qualidade do ensino público a saída para a superação paulatina desse sombrio panorama de um mundo que se encaminha a passos largos para um desastre apocalíptico?

Quanto às catástrofes globais que nos esperam nesse amanhã sombrio, peço licença para sublinhar que me refiro aqui não a uma ciência e uma tecnologia para crianças e adolescentes de conversa fiada, mas alicerçadas em problemas reais, em práticas de laboratório e oficinas, em conhecimentos que nos ajudem a preservar a espaçonave Terra, em que todos os cidadãos, sem exceção, são tripulantes e responsáveis.

WASHINGTON NOVAES – Começando pela primeira intervenção, se a solução não depende de vontade política global. Essa é exatamente a questão, pois ela tem de ser universal. O grande resultado dependerá de uma mudança mundial e não temos órgãos nem regras para fazer isso. O melhor que temos são as convenções da ONU, mas elas, para adotar qualquer resolução, dependem de consenso, que é praticamente impossível diante da diversidade de situações, opiniões e reivindicações. Então é difícil avançar. Um caso em que se caminhou foi a questão da camada de ozônio, pois se conseguiu chegar ao Protocolo de Montreal em 1987 para eliminar o uso do CFC [clorofluorcarboneto, gás utilizado em refrigeração]. Porém, isso não foi completado, ainda está sendo feito e mesmo assim com um resultado muito lento. O buraco na camada de ozônio não diminuiu, está praticamente a mesma coisa.

Há quem opine que seria preciso criar uma organização mundial do meio ambiente para substituir a ONU nessas questões, mas as pessoas que discutem isso acreditam que o resultado será o mesmo. Não vai haver unanimidade e não se avançará. Esses temas são extremamente inquietantes para todo mundo e por isso é muito difícil conseguir consenso. São ameaçadores, por exemplo, para governantes e políticos, porque se eles levarem essas questões a sério terão de mudar sua forma de atuação. Desafiam também os empresários, que precisam assimilar novos custos. Num mundo em recessão, eles não podem perder competitividade, mercado. A própria publicidade, os meios de comunicação, se tratarem mais sistematicamente desses assuntos, vão enfrentar conflitos com governos, empresas, com todo mundo. Isso só mudará quando conseguirmos levar a sociedade a discutir esses tópicos, a tomar posições, a formular propostas políticas, a votar corretamente.

No que respeita às observações de Robert Appy sobre ecologia e desenvolvimento, tudo deve ser analisado caso a caso. A resolução nº 1 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 1986, diz que a obrigação primeira de qualquer estudo de impacto ambiental é examinar se é conveniente ou não o investimento e se há ou não alternativas para que não haja impacto. Isso devia ser a primeira regra, mas não é seguido. Então é preciso estudar cada caso. Por exemplo, Santa Catarina acaba de fazer uma opção dramática, reduziu a margem de proteção dos rios, permitiu plantação em encostas e topos de morros. Esqueceu as lições que sofreu no final do ano passado, as inundações como consequência da ocupação desordenada e do desmatamento de encostas. O preço é muito alto e os próprios agricultores sofrerão com menos vegetação.

Quanto à fome na África, certamente essa é uma questão política, antes de tudo. Esse continente foi massacrado pelo colonialismo. A África era dividida em mais de 10 mil etnias e o processo de colonização foi separando e juntando as pessoas, provocando guerras terríveis. Hoje, por exemplo, há guerra civil na região do Congo, Ruanda, Uganda e Burundi, um conflito que já matou 4,5 milhões de pessoas e que nem sequer notícia é. As etnias foram expulsas do lugar em que viviam e no espaço em que foram colocadas não têm como sobreviver, porque falta água, não têm como plantar, não têm nada. A África é uma calamidade, um cotidiano de horrores. Sobre esse tema há dois livros, da Companhia das Letras, Ébano e A Guerra do Futebol, ambos de um jornalista polonês falecido em 2007, Ryszard Kapuscinski, um documento dramático.

A questão que Samuel Pfromm Netto levantou sobre o ensino de ciência e tecnologia realmente é séria. Já vi um estudo mostrando que mais de 70% das pessoas que concluem os dois primeiros ciclos da educação no Brasil são analfabetas funcionais, isto é, não são capazes de ler uma instrução de três ou quatro linhas e transformá-la em norma, em regra de trabalho. O corpo docente é também despreparado. Recentemente tive uma assistente que já era professora de história, fazia mestrado e não sabia escrever português, precisei pagar um curso para ela.

Na Agenda 21 propus e foi aprovado que se aperfeiçoasse o capítulo sobre ciência e tecnologia, inclusive por causa da ausência de uma parte sobre clima. Há cerca de quatro anos, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência [SBPC], numa reunião na Amazônia, propôs que o governo criasse um programa para o aproveitamento de centenas de milhares de quilômetros quadrados daquela região já desmatados e sem utilização econômica, com forte investimento na formação de cientistas voltados para a biodiversidade. Levou isso ao governo federal e nunca aconteceu nada. Recentemente o Ministério de Ciência e Tecnologia sofreu um corte de 40% em suas verbas. A questão da ciência e da tecnologia é vital. Se o Brasil mantiver a postura que tem hoje vai perder mais terreno ainda, seja internamente, seja diante da competição mundial.

HUGO NAPOLEÃO – Soube que nos Estados Unidos a emissão de gás metano é muito grave, porque lá o gado se alimenta de ração animal, enquanto no Brasil seria vegetal. O número citado pelo conferencista é de 58 quilos de gás metano por boi ao ano. Pergunto se o gado brasileiro também emite esse volume.

EDUARDO SILVA – Na prática, vejo que muitos engenheiros se empenham, mas não conseguem fazer projetos com uma ação mais global. Ninguém é capaz de aceitar a tese de que o futuro é amanhã mesmo. Isso em transporte, energia e até na aquisição de bens materiais. Gostaria de solicitar que, além da tese, se pudessem mencionar ações práticas.

ÁLVARO MORTARI – O degelo que o senhor mencionou pode criar grandes problemas, com o aumento do nível dos oceanos? Isso leva um longo tempo ou pode acontecer em alguns anos? E será que a dessalinização do mar poderá ser futuramente uma maneira de conseguir água para consumo?

WASHINGTON NOVAES – Quanto à questão do metano produzido pelo gado, que aliás não é somente bovino, mas inclui ovelhas, cabras e outros, a medição foi feita pela Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna, no interior de São Paulo. Estive há uns três anos acompanhando esse trabalho. Coloca-se uma espécie de receptor no focinho do animal, preso a uma canga, e as emissões de metano que passam pelo caminho dos arrotos são captadas, sem incluir as que ocorrem por flatulências e derivadas do esterco. O número não é muito diferente do de outros países em função do tipo de alimentação, o problema existe lá como aqui. A Embrapa está tentando desenvolver variedades de capim que emitam menos metano no processo digestivo. A Alemanha está seguindo o caminho de aditivos químicos na ração, saiu há poucos dias a notícia. Tenho pouca informação ainda a respeito, mas a ideia de que seria possível reduzir as emissões em 25% por meio da adição de óleo de peixe à ração é algo extraordinário. A Nova Zelândia já está discutindo e provavelmente vai chegar à decisão de criar uma taxa de emissões por animal. Nos Estados Unidos isso está em estudo também, existe uma proposta da Agência de Proteção Ambiental. E aqui há um novo inventário das emissões brasileiras prometido para este ano.

Eduardo Silva falou de uma ação mais global. Realmente a lógica financeira é muito complicada. Argumentar com alguém que deve assumir custos em função de questões ambientais é muito difícil, pois reduzem-se a competitividade e o lucro. Isso somente terá solução quando houver uma discussão pela sociedade e se chegar ao terreno legal, onde se comece a atribuir os custos a quem os gera, sem repassá-los para a sociedade, como ocorre hoje. Por exemplo, quem paga os custos ambientais do transporte? O estudo de Adriano Murgel registra que a preferência pelo transporte individual, em quatro décadas, significa um custo de US$ 1 trilhão, valor mais do que suficiente para implantar uma rede de metrô na cidade de São Paulo inteira.

A Associação Nacional de Transportes Públicos faz uma argumentação mostrando o seguinte: na Grande São Paulo, se somarmos o sistema viário, praças, estacionamentos e garagens, o transporte já ocupa mais de 50% do espaço urbano. A entidade conclui que isso é um absurdo, pois o meio não pode se transformar num fim, a cidade não pode viver em função do transporte, este é que deve servir a ela. Quanto às ações práticas, tenho escrito e falado muitas coisas, mas precisamos de políticas públicas e que a sociedade pressione por isso.

Quanto ao degelo, estudos mais recentes são muito alarmantes. De acordo com eles, em 20 a 30 anos não haverá mais gelo no Ártico, e isso vai causar mudanças na temperatura do mar, elevar o nível dos oceanos e aumentar a absorção de radiação pela Terra, porque a área gelada reflete uma grande parte dela. Segundo o Painel do Clima, a continuar a atual tendência, poderemos ter entre 39 e 58 centímetros de elevação no nível do mar ao longo deste século. Ultimamente os estudos falam mesmo em 1 metro. Isso significará a inundação de uma grande parte das regiões costeiras do mundo, e temos de lembrar que 40% da população mundial vive nessas áreas.

A dessalinização da água do mar é possível, tecnicamente está demonstrado, inclusive há países que já usam isso em grande escala, como Israel e Dubai. A questão é o custo, que é alto.

JANICE THEODORO – O senhor falou em crise civilizacional, e essa me pareceu uma excelente palavra para caracterizar o momento por que estamos passando. Atualmente vivemos uma série de crises e a ONU não consegue coordenar as atividades em torno de um mesmo objetivo. É extremamente difícil mudar a atitude em âmbito mundial. A crise ambiental não seria o elemento que deflagraria a crise civilizacional? Se os gregos estão certos, o homem só toma consciência dos grandes movimentos políticos quando uma parte expressiva dos cidadãos sente na pele o significado da tragédia. Quando ela ocorrerá?

ADIB JATENE – Quando pedem minha opinião sobre a situação, digo que não está boa, mas, se tivermos paciência, com o tempo vai piorar. Sua exposição me faz perguntar o seguinte: como o consenso nos organismos internacionais não tem sido possível, será que nosso planeta tem futuro?

ZEVI GHIVELDER – Quanto à questão de conciliar desenvolvimento com meio ambiente, vemos no Brasil coisas espantosas. Lembro-me de que a licença ambiental para a hidrelétrica do rio Madeira foi uma novela dividida em 300 capítulos. Agora parece que já se editou ou vai se editar uma medida provisória dispensando a construção de rodovias de licença ambiental. E o Ministério do Meio Ambiente, que é governo, reclama contra uma decisão de seu próprio governo. Há uma incompatibilidade tão grande nisso que pergunto onde vamos parar.

WASHINGTON NOVAES – Janice, as crises que estão aí, ou grande parte delas, têm base exatamente no desligamento das coisas concretas. Vejamos, por exemplo, a crise econômico-financeira que vivemos. O produto bruto mundial hoje é de US$ 60 trilhões. Vi recentemente um estudo segundo o qual os ativos financeiros mundiais alcançam hoje US$ 860 trilhões – um valor que está na estratosfera, não tem nada que o garanta, que lhe dê solidez. Temos de nos reaproximar das coisas concretas, reais, estamos no terreno das abstrações, enquanto o solo se mostra cada vez mais precário. Quanto a sua pergunta sobre a tragédia, acho que já a estamos vivendo. Já vivemos o desastre, pois, como mencionei, 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo, 2,5 bilhões estão abaixo da linha da pobreza, o mesmo número de pessoas que não dispõem de redes de esgoto ou de abastecimento de água em casa. Os desastres ambientais são cada vez maiores, afetando milhões de pessoas a cada ano. No Brasil já ultrapassamos a casa de centenas de milhares por ano, como em Santa Catarina. A tragédia já está aí.

A comunicação precisa mudar. No mundo e no Brasil segue-se um modelo hollywoodiano de informação, só se fala dessas questões nos momentos de tragédia, de grandes emoções e comoções. Passados esses períodos, tudo é esquecido, não se discute o assunto sistematicamente com a população. Voltemos a Santa Catarina: seria uma ilusão pensar que o que aconteceu lá no final do ano passado ocorreu da noite para o dia. A ocupação do topo de morros e o desmatamento das encostas aconteceram ao longo de décadas e ninguém falou nada sobre isso. A ocupação das planícies naturais de inundação ocorreu ao longo de séculos. A impermeabilização do solo das cidades, impedindo a infiltração, está acontecendo também há muitas dezenas de anos. Quando cai uma chuva mais intensa é que se revela a vulnerabilidade.

A Alemanha, por exemplo, está fazendo um programa admirável, chamado renaturalização do curso dos rios. O objetivo é desocupar todas as antigas planícies de inundação natural e devolver aos rios seu caminho primitivo. Está retirando as barragens, eliminando as retificações, tirando tudo o que entrou no caminho dos rios, porque sofreu inundações terríveis há alguns anos, morreu muita gente. Mais: proibiu quem estava nas planícies de ocupar o primeiro pavimento e agora está retirando todo mundo. O secretário do Meio Ambiente da cidade de São Paulo até já anunciou isso aqui, mas não sei se consegue avançar.

Doutor Jatene, será que não há futuro?

Não sei. A resposta depende do ser humano, ele tem de tomar consciência disso. Afirmei e repito que estamos vivendo uma crise de padrão civilizatório. Nossos modos de viver não são compatíveis com as possibilidades do planeta. É preciso então mudá-los. Não temos alternativa.

Quanto à questão que Zevi colocou, por que precisamos construir uma hidrelétrica no rio Madeira? Para a Amazônia consumir? Não existe esse consumo na região. A produção de mais energia elétrica na Amazônia se destina a suprir a indústria de eletrointensivos, principalmente alumínio. Os eletrointensivos consomem cerca de 30% da produção total de energia no Brasil e são subsidiados. Tucuruí, por exemplo, fez um contrato de 20 anos com as indústrias de eletrointensivos com subsídio de quase 60% no custo da energia. Ao final da obra havia um prejuízo de US$ 4 bilhões, que alguém tinha de pagar. Foi tudo repassado à sociedade, pagamos em nossa conta de luz, nada é de graça. E somente para exportar alumínio, não é consumo interno.

Países como o Brasil e alguns outros se dedicam à exportação intensiva de bens que os países industrializados não querem produzir exatamente por causa do custo ambiental ou social. Fazem isso arcando com todos os custos, sem nenhuma remuneração adicional. Mencionei o estudo da Unicamp sobre a matriz energética brasileira, não precisamos construir hidrelétrica nenhuma, muito menos termelétricas poluidoras. O ministro Edison Lobão chegou a anunciar 60 usinas nucleares, que são muito mais caras, muito mais inseguras, e não há solução, nem aqui, nem em lugar nenhum, para os resíduos nucleares. O Ministério do Meio Ambiente acaba de autorizar o início da construção e também o depósito. O ministro do Meio Ambiente, que lutou a vida inteira contra a energia nuclear e se elegeu deputado com base nisso, teve como primeiro ato como titular da pasta o licenciamento de uma usina nuclear. É difícil essa questão política.




Fonte: Portal SESC SP .