Jean Wyllys

	Sobre aqueles que lucram com a homofobia, a lesbofobia e a transfobia Dias atrás denunciei aqui que o deputado estadual Édino Fonseca, pastor fundamentalista e homofóbico, estava distribuindo uma custosa revista de 24 páginas e um CD com conteúdo homofóbico e medieval, anunciando "os planos do Anticristo". Hoje recebi a denúncia de uma moradora de Bento Ribeiro, na zona norte do Rio, que recebeu ONTEM um exemplar da revista e do CD, que continuam sendo distribuídos!!! Misturando discurso religioso com uma linha argumental que lembra a propaganda nazista contra os judeus (no caso, em vez dos judeus, o "inimigo" apontado está composto por homossexuais, prostitutas, ateus, comunistas, "abortistas", usuários de drogas e o governo Dilma), a publicação descreve uma conspiração satânica internacional para a criação de uma "nova ordem mundial" que pretende "se rebelar contra Deus". Enquanto escrevia esse texto, meu companheiro Waldir, ativista gay, enfermeiro e candidato a deputado federal pelo Psol no estado do Amapá (seu número, como o meu no Rio, é 5005) me ligou para avisar que foi vítima de uma agressão homofóbica enquanto fazia campanha. Chegou-me também o caso do fotógrafo Zé Britto, agredido nesta última noite na Zona Sul do Rio com um cabo de vassoura enquanto exercia o seu trabalho. Alguém perguntará o que tem a ver o panfleto homofóbico de Fonseca com a agressão contra Waldir. Explico melhor aqui.
	Jornal Extra corrige informações sobre prestação de contas da minha campanha A jornalista Berenice Seara entrou em contato com a minha assessoria para pedir desculpas pela matéria publicada no seu blog do jornal Extra, que fazia imputações caluniosas e dava informações falsas sobre mim e sobre minha campanha. Berenice também esclareceu que a coluna não foi escrita por ela, mas por uma colaboradora do blog, Fabiana Paiva. Eu também peço desculpas por essa confusão. Como o blog tem o nome e o rosto de Berenice, eu não percebi que o texto era de uma colaboradora e não dela mesma e interpretei que a ligação recebida tivesse sido sua. A jornalista publicou no blog uma nova coluna pedindo publicamente desculpas - a mim e a seus leitores -. Esse gesto de humildade e honestidade fala muito bem sobre ela. O assunto fica esclarecido!
	Fala aí, Jean! Todos os dias, às 11h, publicamos um novo vídeo onde Jean comenta aspectos da política nacional. Já são oito episódios, que você pode acompanhar aqui: Direitos da mulher O direito de escolha é de todos. Mas o direito de escolha é de todas? As bancadas no Congresso Alguns parlamentares representam os direitos coletivos. Outros não... Insulto na Câmara Às vezes a atitude de alguns parlamentares me faz sentir como se estivesse de volta à quinta série.  Gay no Congresso O melhor deputado do Brasil é gay. Desculpa aí, tá? Minhas bandeiras As minhas batalhas me definem. E você, luta pelo quê? Saída do armário E para vocês, como foi sair do armário? A igreja e eu E você, qual reação teria com a resposta do bispo? Gente é para brilhar Vocês sabem o que é passar fome?
	Caminhada pela Liberdade Religiosa Uma pequena parada durante a sétima Caminhada pela Liberdade Religiosa em Copacabana. Claro que a reivindicação de liberdade inclui também a liberdade dos ateus de não crer em nada! Amém, axé, saravá, shalom, namastê, as-salamu alaikum!
	Obrigado, Caê! Antes de Caetano Veloso chegar à minha vida, por meio do disco "Nomes, cores", Caetano já estava nela. Quando o ouvi pela primeira vez (a primeira música do disco que ouvi foi "Queixa", mas a que mais me impressionou foi "Ele me deu um beijo na boca", por razões óbvias que já aparecem no título), a sensação foi a de que já o conhecia em intimidade há anos. A foto em que aparece de perfil, cabelos encaracolados sob um chapéu azul e dorso adornado por uma guia de Oxóssi, encheu de amor meu coração pré-adolescente. A partir de então, Caetano não sairia mais de minha vida e a ajudaria a se expressar e se reinventar. Nas eleições de 2010, Caetano me surpreendeu ao declarar espontaneamente, em coluna para O Globo, que eu teria seu voto. Acredito que parte dos quase quatorze mil votos que obtive com aquela campanha quase invisível veio dessa declaração de Caetano Veloso. Este ano, ele declarou mais uma vez seu voto em mim em publicação no Facebook. Sou muito grato a Caetano. Ele é um artista e intelectual não só atento às questões políticas, mas envolvido nelas pessoalmente. Só posso ficar lisonjeado com o voto e a confiança renovados. Obrigado, Caê! Sempre que alguém me pergunta quem eu acho que é o "novo Caetano Veloso", eu respondo: Caetano Veloso, ora!
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