Compas.,

      A primeira batalha foi ganha, mas pra vencer a guerra é preciso mobilizar as "tropas". Por favor, assine a moção,  rebata para o Matheus, no e-mail acima, e divulgue para as entidades que conhecer.

      Saudações negras,

      Wilson
      Quilombo Raça e Classe
Todo apoio à luta pelas cotas raciais na UFRGS!
Na última sexta-feira (20/06), o Conselho Universitário realizou a primeira discussão da fase decisiva da avaliação das cotas na UFRGS. Na ocasião, representantes do DCE, em conjunto com professores e técnicos-administrativos favoráveis à continuidade da política, fizeram um pedido de vistas frente ao parecer apresentado pela Reitoria, enquanto mais de uma centena de estudantes e representantes do movimento social negro e popular protestavam do lado de fora. O movimento entende que a proposta defendida pelo Reitor Carlos Alexandre Neto é limitada, pois propõe a ampliação das cotas para 40%, mas não garante políticas de assistência estudantil e a desvinculação da reserva de vagas para estudantes negros das cotas sociais, principal pauta do movimento. A próxima reunião vai ocorrer no dia 03/08 e será a última antes da votação.

Leia e assine a moção proposta pelo DCE, assinada pela ANEL e pelo Comando Nacional de Greve Estudantil:

MOCÃO DE APOIO À LUTA PELA AMPLIAÇÃO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS NA UFRGS
Após 5 anos de implementação das Ações Afirmativas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, temos a certeza que o balanço é extremamente positivo. A reserva de 30% das vagas no processo seletivo para os cursos de graduação, sendo 15% destinadas a estudantes provenientes de escola pública, 15% para estudantes autodeclarados negros de escola pública e 10 vagas reservadas para indígenas, modificou de forma significativa a composição social e racial da universidade.
Os setores mais explorados e oprimidos do nosso estado começaram a fazer parte do ambiente acadêmico, um dos principais locais de produção de conhecimento da nossa sociedade, que sempre se identificou única e exclusivamente com a elite gaúcha. Agora é preciso avançar.
Defendemos a ampliação das cotas para 50% e a desvinculação das cotas raciais das cotas sociais, destinando 25% para os negros. Além disso, propomos a ampliação da reserva indígena para 20 vagas e uma serie de medidas que visam aperfeiçoar a aplicação da política afirmativa na universidade, principalmente no âmbito da assistência estudantil, que no momento está sendo questionada a nível nacional por estudantes, técnicos-administrativos e professores em greve.
Nossa proposta foi referendada por diversas representações do movimento social negro, quilombola, sindical e popular, pois a luta pelo acesso à educação pública e de qualidade é fundamental na construção de uma sociedade sem desigualdade social. A ampliação é necessária para abrir ainda mais as portas da universidade para a classe trabalhadora. Já a desvinculação está no marco das reparações históricas exigidas pelo povo negro frente ao estado brasileiro, devido ao sequestro de milhões de negros de África e os séculos de escravidão.
Frente aos ataques desferidos pelos governos de todos os níveis sob a classe trabalhadora, a juventude e a população negra, a unificação das lutas que estão ocorrendo é fundamental. A greve nacional da educação deve estar conectada a luta da população do Quilombo Rio dos Macacos na Bahia, ameaçado pela Marinha do Brasil. É necessário ter solidariedade ativa com a luta contra o genocídio da juventude negra em São Paulo e as consecutivas remoções de comunidades populares para satisfazer a especulação imobiliária e a realização dos megaeventos. É necessário construir ações conjuntas para que avancemos contra o racismo e pelas cotas raciais na UFRGS, dessa forma ampliaremos nossas possibilidades de vitória!
 ASSINAM: 
DCE/UFRGS, 
QUILOMBO RAÇA E CLASSE, 
ANEL, 
CNGE.