terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Teatro Negro

Compas.,

       Segue abaixo matérica (com link para o vídeo) sobre a manifestação organizada pelo grupo de teatro negro "Os crespos", na noite de sábado, em frente à racista Pizzaria Nonno Paolo, em São Paulo. A matéria também faz referência ao ato que aconteceu durante a tarde.

       A idéia de organizar uma série de atividades que culminem em um ato expresivo no Dia Internacional de Combate ao Racismo (21 de março) está ganhando força. Agora, é preciso organizar a história. E, acredito, de imediato é necessário procurar as organizações e movimentos de LGBT e mulheres, para construirmos algo juntos. Vamos nos falando.

        Abraços e saudações,

        Wilson
        Movimento Quilombo Raça e Classe

---------- Forwarded message ----------
From: wilson honorio silva <wilsonhsilva@gmail.com>
Date: 2012/1/9
Subject: Protesto (com vídeo) de "Os crespos" na Pizzaria Nonno Paolo
To: p Jornal - Lu Candido <candido.lu@gmail.com>


Lu,
      Na matéria tem o link para um vídeo produzido pelos "Os crespos" (um grupo de teatro negro) na noite de sábado. Acho que vale divulgar.

      Beijos,

      Wilson



AFROPRESS - Agência de Informação Multiétnica 
Ativistas negros paulistas promovem protesto em restaurante
Por: Redação: Com informações da Folha de S. Paulo - Fonte: Afropress - 8/1/2012
S. Paulo - Ativistas do Movimento Negro promoveram neste sábado (07/12) em frente ao Restaurante Nonno Paolo, na Zona Sul de S. Paulo, atos em protesto pelo caso do garoto etíope, de seis anos, filho adotivo de um casal de espanhóis, expulso do estabelecimento enquanto os pais se serviam.

A expulsão do garoto, que foi encontrado chorando pelos pais numa rua próxima, ocorreu no dia 30 de dezembro do ano passado, e está sendo investigado pela 36ª Delegacia de Polícia do bairro do Paraíso, com base na Lei 7.716/89, que pune os crimes de racismo.

A manifestação se dividiu em dois momentos. Num deles cerca de 20 pessoas portando velas gritaram palavras de ordem contra o racismo. Em outro, um grupo de manifestantes promoveu um panelaço com cartazes com os dizeres "Não ao Racismo".

Presença da Polícia

Sandra Mariano, da Articulação Popular e Sindical de Mulheres Negras, disse que a manifestação transcorreu em clima tranqüilo, exceto pela presença de viaturas da Polícia chamadas pelos donos do restaurante.

Policiais abordaram algumas ativistas e queriam levá-los para a Delegacia exigindo a identificação. Diante do argumento de que isso representava um abuso, já que a manifestação transcorria pacificamente, as viaturas deixaram o local. “As pessoas vinham conversar com agente solidárias”, contou Mariano.

Para a estudante Carina Paola Cardenas, uma das idealizadoras do protesto organizado pelas redes sociais, o objetivo da manifestação foi “mostrar às pessoas que o racismo é uma realidade”. “Não se consegue mudá-lo somente por leis. O que muda isso é a conscientização. Por isso, estamos estimulando o boicote aos estabelecimentos que tenham esse tipo de política de maltratar pessoas seja por causa da raça ou por questão social”, afirmou.

Os manifestantes prometem repetir atos semelhantes todas as vezes que ocorrerem atos de discriminação contra negros.

Para o dia 31 de março – Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial – grupos de ativistas prometem se unir para um megaprotesto contra todos os casos de discriminação, como ocorrido no Hipermercado Extra, da Marginal Tietê – envolvendo três garotos negros – vítimas de ameaças e maus-tratos por seguranças.

O Grupo Pão de Açúcar já indenizou a família de um dos meninos, porém, se recusa a receber o advogado Alexandre Mariano, que defende os outros dois. Mariano denunciou que o Grupo, além de recusar o diálogo, tentou abafar a investigação e o Inquérito Policial, conduzido pelo delegado Marcos Aníbal Andrade, do 1º DP da Penha, foi concluído sem que os responsáveis tenham sido indiciados, embora tenham sido reconhecidos pelos menores.

Recado

Segundo Wilson Honório da Silva, do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, o protesto teve o objetivo de “mandar um recado para a sociedade”. “Estamos cansados de viver em um país onde ser negro é parecer marginal. Estamos propondo transformar o dia 21 de março, que é o Dia Internacional de Combate ao Racismo, num grande ato de protesto a todos esses casos que têm se repetido em S. Paulo”, afirmou.

Os outros casos que devem provocar a mobilização do ativismo negro em S. Paulo são os ocorridos com Edvanda de Carvalho Rodrigues, 52 anos, e sua filha, Aline Carvalho Murça, 27
maltratadas por seguranças no Supermercado Compr e e Bem (do mesmo Grupo Pão de Açúcar) em Itaquera, e Clécia Maria da Silva, a dona de casa que, depois de ser abordada por seguranças de uma loja do Hipermercado Walmart, em Osasco, teve de ser socorrida em um Hospital, em crise hipertensiva.

O inquérito já foi concluído e aguarda-se a manifestação do Ministério Público e da Justiça sobre a denúncia de constrangimento ilegal e injúria racial prevista no parágrafo 3º do art. 140 do Código Penal. No caso do Walmart, a empresa também se recusa a abrir diálogo com a defesa da vítima.

Veja o vídeo da manifestação


- Leitor(a): Professor de História Carlos Machado.

Ativistas negros paulistas promovem protesto em restaurante

Afropress.com - Agência de Informação Multiétnica

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim