quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alto Risco

Gays, lésbicas e travestis pobres no Rio: entre a cruz e a espada

Ser gay, lésbica, bissexual, travesti ou transexual (LGBT) e, ainda por cima, pobre implica em uma situação de alto risco, como demonstra a espantosa realidade nas comunidades pobres do Rio e da Baixada Fluminense.

Wilson H. da Silva,
da redação


• Uma reportagem intitulada “Gays são caçados nas favelas do Rio pelo tráfico e pela milícia”, escrita pelo jornalista Mahomed Saigg para o “O Dia”, do Rio de Janeiro, no dia 5 de julho, deu nomes e rostos para uma realidade que, apesar de constantemente denunciada, muitas vezes é menosprezada: ser parte da comunidade LGBT neste país é sinônimo de situação de risco.

Um risco muitas vezes letal, como há décadas o Grupo Gay da Bahia vem denunciando através de pesquisas que demonstram que o Brasil detém o vergonhoso recorde de ser o país onde mais se matam homossexuais: desde 1980, já foram contabilizadas 3.300 mortes, o que significa que um membro da comunidade LGBT é assassinado a cada dois dias.

Ao contrário do que a propaganda oficial e as ilusões alimentadas por alguns setores do movimento nos querem fazer acreditar, a tendência não está diminuindo: em 2008, foram 189 assassinatos; em 2009, 198 mortes; e, em 2010, o número saltou para 254.

A “novidade”, ainda mais sórdida, revelada pela reportagem (baseada em uma pesquisa feita pela ONG Conexão G, localizada na Maré) é que, nas comunidades empobrecidas, a comunidade LGBT está sendo cercada e brutalizada por todos os lados (pelas milícias paramilitares, pelos narcotraficantes e pelos agentes das malfadadas Unidades Pacificadoras), o que tem provocado uma situação ainda pior: todos os dias pelo menos um homossexual é agredido e muitos deles são mortos, literalmente, com requintes de crueldade.

O terrível quadro descrito pelo repórter foi baseado em relatos e histórias pra lá de reais. Cabe citar algumas delas.



Leia matéria na integra no site do PSTU:

http://pstu.org.br/opressao_materia.asp?id=13099&ida=0

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