sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tenente-Coronel da Brigada Militar Envolvido no Caso Eliseu Santos

Militar envolvido no caso Eliseu Santos
volta a trabalhar normalmente

Oficial foi denunciado na segunda-feira (16) por pagar pela morte de ex-secretário
Do R7, com Rádio Guaíba
  •  
O tenente-coronel suspeito de envolvimento na morte do ex-secretario de Saúde de Porto Alegre (RS), Eliseu Santos, voltou a trabalhar normalmente. Conforme o advogado Carlos de Souza Scheneider, o militar retornou de férias há uma semana. Segundo o Departamento Administrativo da Brigada Militar, ele foi lotado no Departamento de Logística e Patrimônio que fica na avenida Praia de Belas, em Porto Alegre. As informações são da Rádio Guaíba.

O oficial foi denunciado na segunda-feira (16) pelo Ministério Público por pagar pela morte do ex-secretario, ocorrida em 26 de fevereiro do ano passado. A promotora Lúcia Helena Callegari pediu a prisão preventiva dele há dois dias, mas o juiz Cléber Augusto Tonial ainda não definiu se expedirá ou não o mandado.

O advogado disse não acreditar que o magistrado deva aceitar o pedido do Ministério Pública, porque entende que todos os outros 11 réus deveriam, dessa forma, também ser presos. No início de maio, um habeas corpus concedeu liberdade provisória a sete denunciados. Dois não haviam sido presos e outro já estava livre desde o final do ano passado.

O tenente-coronel era subchefe da Brigada Militar no Vale do Caí até o final do ano passado. No início de janeiro, ganhou um cargo de confiança de assessor do secretário adjunto da Segurança Pública do Estado, Juarez Pinheiro. Em março, tirou férias, foi exonerado do cargo e transferido de volta para a Brigada Militar.

Segundo a assessoria de imprensa da pasta, o secretário Airton Michels preferiu que o tenente-coronel não ocupasse qualquer cargo político até o final das investigações do caso. Ele, inicialmente, foi listado como testemunha abonatória de um dos supostos mandantes da morte e gerente da empresa de segurança privada Reação, que mantinha contratos com secretaria de Saúde.

As denúncias contra o oficial surgiram no depoimento espontâneo de um homem condenado por estelionato, que também estaria envolvido no crime, que procurou o Ministério Público para dizer que estava sendo ameaçado dentro do Presídio Central, onde cumpria pena.

No depoimento, divulgado com exclusividade pela repórter Renata Colombo, o homem contava que tinha sido o portador de R$ 15 mil, dados por pelo tenente-coronel a um homem suspeito de ser o assassino do secretari. O detento ainda garante que o focial é um dos proprietários da Reação.

O apenado trabalhava na oficina do presídio, onde recebeu a visita do tenente-coronel diversas vezes antes dos depoimentos ao Ministério Público, conforme e-mail da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) enviado à promotora Lúcia Helenai. A morte teria ocorrido porque os convênios foram suspensos.

Ainda existe a tese de que a morte teve motivação política. Por causa dessa hipótese, o presidente municipal do PTB, partido ao qual Eliseu Santos era filiado, José Carlos Brack, faz parte da lista de denunciados. Ele não chegou a ser preso.

O crime
Eliseu Santos morreu em 26 de fevereiro, na saída de um culto religioso no bairro Floresta, em Porto Alegre. A Polícia Civil entendeu, na época, que ocorreu um latrocínio. O Ministério Público alega que o crime foi motivado pela perda de licitações da empresa Reação na Secretaria Municipal de Saúde. Hoje, todos os 13 denunciados estão soltos.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim