sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Museu Afro




Museu Afro Brasil inaugura a exposição “Deusa dos Fluídos” do fotógrafo ensaísta Gal Oppido

Trabalhos inspirados na figura de Iemanjá apresentam sensibilidade e misticismo

Abertura: 26 de fevereiro
Hora: 12h00
Duração: 26 de fevereiro a 17 de abril
Funcionamento: de terça a domingo, das 10 às 17 horas (permanência até às 18h)
Estacionamento: Portão 3 – Zona Azul
Entrada: Grátis
Classificação: Livre
Para maiores informações: faleconosco@museuafrobrasil.org.br
Para agendar visitas: agendamento@museuafrobrasil.org.br ou
Fone: 55 11 3032-8900 ramal 121


O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, inaugura no próximo dia 26 de fevereiro a exposição “Deusa dos Fluídos” de Gal Oppido. Inspirado na figura de Iemanjá e em sua significação, o fotógrafo ensaísta lança um olhar provocativo para a figura da divindade africana. A exposição traz 10 mulheres, com personalidades e características físicas diferentes, apresentadas numa mistura de rostos, corpos e almas, resultando em possíveis caracterizações. Segundo Gal, a intenção é ter uma perspectiva universalista da imagem da mulher, para representar o orixá africano. Para o artista, ao contrário do simbolismo inatingível de Nossa Senhora, Iemanjá revela-se mais acessível à humanidade. “Acredito nessa idéia de que Iemanjá é a santa possível do século XXI”, afirma. A maior parte das fotos foi produzida em estúdio e invade o universo interior de cada mulher, buscando em cada uma características que as aproximem da imagem do orixá. A mostra também inclui uma instalação para a exibição dos vídeos  "Bras au Vent” e "Iemanjá Deusa dos Fluídos: processo de construção de um ensaio”.

Deusa dos Fluidos

A partir da figura de Iemanjá, despojada de suas vestes marianizadas e entendida como aparição palpável, aquela que com o cordão umbilical alimenta dentro de seu mar interno a vida sêmen-ada que jorra para o mundo seus oceanos vaginais com felizes náufragos incubados durante meses para aportarem na praia dos humanos.

O erótico como provedor dos ritos de celebração e pró-criação da vida, o corpo da mãe que se orgulha da não-virgindade, pois possibilita o outro corpo, que protege o irmão, o companheiro de luta e desespero; o mesmo corpo que na vigília e no caminhar épico pelos campos africanos religou todos os continentes.

A Maria das Marias, a Maria do Mar, a Maria Preta, a Maria Ninguém, portanto etérea, fluída, onipresente, dos terreiros, terrenos e da terra.

"Humanos úmidos, uni-vos!"  Gal Oppido

Fotógrafo ensaísta, Marcos Aurélio Oppido é nome marcante quando o assunto é a fotografia aplicada às áreas de artes cênicas, expressão corporal e arquitetura. Expondo desde 1981, seus trabalhos integram acervos do MASP, MAM e MIS.  “A retomada psicológica da simbologia da vivência religiosa nos dias atuais está nos obrigando a retornar e retomar os valores projetados na figura de Iemanjá. Vivenciá-los de maneira correta e positiva, como uma parte importante a ser integrada dentro de nós nos ajuda a entronizar o Eros ao lado do Logos, na busca de uma nova religiosidade enriquecida, desta vez, também com os valores do feminino. O resgate do sentimento, na sua mais ampla e aplicável contextualização, inclusive religiosa, pode ser a chave que procuramos para abrir as portas do novo milênio.” Extraído do texto “A fé em Iemanjá do ponto de vista psicológico. O Resgate dos Valores femininos na religiosidade brasileira” Estela Noronha /Revista Jung & Corpo Editora Sedes Sapientiae

Sobre o Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.
Localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador, Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor Curador do Museu. A biblioteca do museu, cujo nome homenageia a escritora, “Carolina Maria de Jesus”, possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque em uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade, nas instituições sociais são temas presentes na biblioteca.
O museu mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados, instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o programa “Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade”, atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.

 Diretor curador: Emanoel Araujo
Diretor executivo: Luiz Henrique Marcon Neves
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº
Parque Ibirapuera- Portão 10
São Paulo- SP - Brasil
CEP: 040094-050
Fone: 55 11 3320-8900

Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque Ibirapuera - Portão 10
São Paulo / SP - Brasil - 04094 050
Fone: 55 11 5579 0593//  11 7881-2688
http://www.museuafrobrasil.org.br/

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